sexta-feira, 15 de julho de 2011

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal



Com os boatos de que poderia ser feito um quinto filme da série Indiana Jones, e que Harrison Ford adoraria que o fim do herói fosse sua morte (pois é, inacreditável, não é mesmo???) decidi falar um pouco do quarto filme da série. Difícil falar da quarta edição sem mencionar os outros três (em breve prometo fazer um especial sobre os primeiros filmes aqui, neste blog). Mas o fato é que o último filme (até agora) não conseguiu seguir à risca o sucesso ou a qualidade dos seus antecessores.

Indiana Joens e o Reino da Caveira de Cristal viaja em vários sentidos. Mantém a boa dinâmica dos diálogos inteligentes de Indi, assim como do seu restante elenco de peso. Tem bons cenários e uma bela fotografia, mas no quesito história e efeitos, se perde bastante. Os filmes anteriores eram mais simples, apesar da aparência glamourosa. Mesmo seus efeitos eram mais caprichados, seguindo essa simplicidade que era comum na série. Mas essa última versão as coisas parecem um pouco forçadas. Até mesmo para um grande fã dos filmes desse personagem.

A cena da floresta é a mais exagerada, com sequências de video game. Nesse caso, o mínimo esperado era que fosse oferecido ao espectador alguma semelhança entre história e realidade (sem querer estragar a surpresa de quem não assistiu, mas onde já se viu uma perseguição entre carros no meio de uma floresta parecer que é uma corrida em um autódromo com o melhor dos asfaltos que poderia existir?).

A inclusão de novos personagens sempre torna tudo mais trumatizante. Como a chegada de Shia LaBeouf como filho, e provável sucessor, de Indiana. Tornou a coisa mecanizada, já que em quase nenhum momento parece, de fato, que se trata de uma relação entre pai e filho.

A história também tem seus exageros. Não que nos filmes anteriores também não ocorresse uma sobra aqui ou ali, mas envolver alienígenas em um vilarejo Maya no meio de uma floresta, vigiada por índios que veneram esses seres, pareceu mais com o roteiro de um filme B de terror do que uma produção digna de Indiana Jones.

Depois de anos tentando reunir a equipe original, vários empecilhos e diversas alterações no misterioso roteiro, o quarto filme da série, protagonizada pelo arqueólogo Indiana Jones (Harrison Ford), chega com muito entusiasmo (pelo menos da parte de seus espectadores) e menos sucesso que os episódios anteriores. Dezenove anos depois do lançamento do último longa, o herói irá se aventurar em 1957, no meio da Guerra Fria, tendo os soviéticos como vilões da história.

Um filme divertido, mas que se perde com efeitos e detalhes desnecessários. Tenta passar a bola do personagem para outro ator, cogitando seu filho como provável sucessor de Indiana, o que não agrada (até porque Shia não chega a ser um ator dos mais agradáveis e simpáticos para o papel). No mais, é um filme com bons diálogos e tiradas ainda engraçadas por parte de Indiana. Em um certo momento se torna longo e cansativo. É um filme que cumpre seu papel de entreter, mas fica longe dos filmes anteriores em todas as categorias. Assista sem muitas expectativas. Pra curtir sem se preocupar com os exageros da história e das loucas cenas.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Harrison Ford, Karen Allen, Cate Blanchett, Shia LaBeouf, John Hurt, Ray Winstone, Jim Broadbent, Alan Dale, Andrew Divoff, Pavel Lychnikoff, Joel Stoffer, Igor Jijikine.
Produção: Frank Marshall
Roteiro: David Koepp, George Lucas
Fotografia: Janusz Kaminski
Trilha Sonora: John Williams
Duração: 122 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Paramount Pictures / Amblin Entertainment
Classificação: 12 anos

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