quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O príncipe dos games na telona


Príncipe da Persia – As Areias do Tempo é mais um daqueles filmes adaptados dos games, mas dessa vez parece que acertaram na dose. Particularmente, destaco poucos filmes de games como fiéis à sua história (já expliquei isso neste blog), e achei que Príncipe da Persia poderia se perder em um enredo genérico e sem sentido.

Ledo engano, o filme supera as expectativas, em todos os detalhes. São excelentes doses de ação, belíssima e bem cuidada fotografia, uma trilha sonora perfeita, e um elenco que funciona muito bem sem apostar em estrelas super ultra consagradas.

Com boas doses de ação, uma trama bem estruturada, um tempero de romance, além de personagens bem definidos, o filme agrada bastante. Sem exagerar na dose e deixando no ar aquela sensação de continuação (que virá em breve, com certeza).

O filme conta a história do príncipe Dastan (Jake Gyllenhaal) que precisa ajudar seu pai na luta contra inimigos que ameaçam seu reinado. Mas tudo se complica, porém, quando ele encontra uma adaga mágica, capaz de mudar a história. Induzido por um feiticeiro moribundo, Dastan acaba transformando todo o reino em um lugar demoníaco e agora somente ele poderá desfazer a maldição.

Um super filme para ser assistido e repetido até cansar por toda a família. Diversão garantida com direito a gostinho de quero mais. Não foi tão explorado pelos marketeiros, mas ainda assim deve se transformar num dos destaques do ano. Grande pedida.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Mike Newell
Elenco: Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton, Ben Kingsley, Alfred Molina, Toby Kebbell, Richard Coyle.
Produção: Jerry Bruckheimer
Roteiro: Carlo Bernard, Jordan Mechner, Doug Miro, Boaz Yakin
Fotografia: John Seale
Trilha Sonora: Harry Gregson-Williams
Duração: 116 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Buena Vista Pictures
Estúdio: Jerry Bruckheimer Films / Walt Disney Pictures
Classificação: 12 anos

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Shrek: A Evolução


Falar de um personagem que fez (e ainda faz) tanto sucesso é bastante complexo. Ainda mais quando a sua sequência não consegue acompanhar a qualidade de suas edições anteriores. Na verdade, percebo em muitas continuações uma perda de qualidade. Talvez, mais por não conseguir acompanhar fatos e detalhes iniciais, e ter que partir para uma nova trama, muitas vezes alterando a personalidade dos seus personagens, enfraquecendo assim as histórias seguintes.

Shrek conseguiu se tornar sinônimo de diversão. Principalmente por ironizar tantas outras produções, e associar de forma tão competente sua história à trilha sonora.

Neste quarto episódio, o último, de acordo com os seus produtores, Shrek sai um pouco dessa zona rebelde e de crítica ao padronizado, e assume uma postura mais leve, numa trama que não repete a dose de ação anterior, e exagera nos detalhes enfadonhos.

Não, Shrek para Sempre não é o pior episódio da série, mas ficou longe das duas primeiras versões, que causaram mais espanto e tinham muito mais qualidade.

Na quarta aventura do ogro verde nas terras do reino do Tão Tão Distante, Shrek está em crise por não ser mais o ogro assustador de sempre. Para recuperar sua fama de malvado, ele firma um pacto com Rumpelstiltskin. Tudo dá errado, Rumpelstiltskin assume o reino e Shrek tem de enfrentar como seria a vida em Tão Tão Distante se as pessoas não o tivessem conhecido.

Ainda é uma produção divertida, mas perde bastante qualidade e assume uma posição de despedida, que se salva com as excelentes tiradas do burro e do gato de botas.

Vale assistir, principalmente para ver o prometido desfecho da série. Nem pelo tom de despedida a qualidade da animação foi perdida. Continua sendo uma grande pedida para o público de qualquer idade e para ser assistido a qualquer momento.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Mike Mitchell
Elenco: Vozes no original de: Cameron Diaz, Antonio Banderas, Eddie Murphy, Mike Myers, Julie Andrews, Justin Timberlake.
Produção: Teresa Cheng, Gina Shay
Roteiro: Josh Klausner, Darren Lemke
Fotografia: Yong Duk Jhun
Trilha Sonora: Harry Gregson-Williams
Duração: 93 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: DreamWorks Animation / DreamWorks SKG / Pacific Pictures SRL
Classificação: Livre

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um duro golpe no telespectador


O Golpista do Ano choca. Mas o seu objetivo era esse desde o início. Causar desconforto em seus telespectadores, no meio artístico e, até mesmo, entre as grandes produtoras de cinema. Fato é que nenhuma das grandes produtoras aceitou ter o seu nome associado à distribuição do filme, por considerá-lo apelativo e muito exagerado.

Se você é muito conservador, esta não é uma produção para você. No entanto, se você quer dar algumas boas risadas, se surpreender com um roteiro bastante diferente, e assistir a mais uma grande interpretação de Jim Carrey, então esse pode ser um bom filme.

Jim Carrey mescla um pouco dos seus papéis de O Mentiroso, As Loucuras de Dick e Jane, O Pentelho, e suas combinações de caras engraçadas de quase todas as outras produções. O resultado disso, embora às vezes pareça já termos visto a cena, é um personagem envolvente e muito bem construído. De fato, fenomenal!

No filme, Steven Russel (Jim Carrey), um ex-oficial e pai de família, foge constantemente da prisão. Em uma das fugas, conhece Philip Morris (Ewan McGregor), colega de cela. Quando este é liberto, Russel tenta de todas maneiras encontrar Morris fora da prisão e passa por situações inusitadas, como se tornar diretor financeiro de uma companhia.

A produção, que fez bastante sucesso fora do círculo comercial dos cinemas, é interessante. Não chega a ser um hit de sucesso, nem se caracteriza como um filme imperdível, mas ainda assim cumpre com o seu objetivo de entreter e chocar por sua temática homossexual. Boa pedida, se você procura um bom filme com boa atuações.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Glenn Ficarra, John Requa
Elenco: Jim Carrey, Ewan McGregor, Rodrigo Santoro, Leslie Mann, Jessica Heap, Michael Wozniak, Tony Bentley, Nicholas Alexander, Michael Beasley, Marcus Lyle Brown.
Produção: Andrew Lazar, Luc Besson
Roteiro: Glenn Ficarra, John Requa
Fotografia: Xavier Pérez Grobet
Trilha Sonora: Nick Urata
Duração: 97 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Mad Chance / Europa Corp.
Classificação: 16 anos

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Site lista jovens promessas para o ''primeiro time'' de Hollywood

Jovens rostos de Hollywood foram apontados pelo site Cinema Blend nesta segunda-feira (25) como promessas dos próximos anos. Trata-se de uma "A-list", ou seja, uma lista dos atores e atrizes que poderão chegar ao "primeiro time" do estrelato no cinema norte-americano. Em outras palavras, poderão se tornar os astros e estrelas cujos nomes e rostos têm destaque nos pôsteres. "As outras pessoas do elenco ficam em algum lugar em segundo plano", explica o texto na introdução (em tradução livre).

No Brasil, alguns destes nomes estão mais longe de serem reconhecidos num nível, digamos, de Julia Roberts ou Tom Cruise, do que nos EUA. Mas fica a dica para os observadores de filmes e pôsteres.

Segue a lista:
- Amber Heard
- Anton Yelchin
- Donald Glover
- Emma Stone
- Terry Crews
- Tom Felton
- Anna Kendrick
- Keiran Culkin
- Chloe Moretz
- Gillian Jacobs
- Clark Duke
- Michael Pitt
- Mia Wasikowska
- Aziz Ansari
- Joel McHale
- Ben Foster
- Aaron Paul
- Jaden Smith
- John Francis Daley
- Justin Timberlake

Em 25/10/2010, no link http://cinema.uol.com.br/ultnot/2010/10/25/site-lista-jovens-promessas-para-o-primeiro-time-de-hollywood.jhtm

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mostra de SP: Megaevento, Mostra de Cinema exige disposição e paciência


A história da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo teve início em 21 de outubro de 1977, quando o auditório principal do Masp (Museu de Arte de São Paulo) exibiu, em duas sessões noturnas, "O Enigma de Kaspar Hauser", do alemão Werner Herzog. Nos dez dias seguintes, o público assistiu no mesmo local a outros 18 filmes. O voto popular foi caseiro e premiou "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia", de Hector Babenco.
A 34ª edição da Mostra, que será aberta ao público nesta sexta-feira (22) e se estenderá até 4 de novembro, lembra apenas vagamente aquele evento de dimensões modestas criado pelo crítico Leon Cakoff, então responsável pela programação de cinema do Masp. Cakoff continua à sua frente, mas agora o festival programa cerca de 450 títulos em 25 salas (incluindo uma instalada no terreiro "A Pele do Invisível", na Bienal de São Paulo) e no vão livre do próprio Masp.
Não há como acompanhar por inteiro um megaevento dessa natureza. Cada espectador é obrigado a fazer o seu recorte da programação, com base nas sugestões da imprensa, nas indicações de amigos, nos comentários trocados nas filas das salas e, por que não, em apostas -- calibradas ou cegas. A oferta combina longas que serão lançados em breve no circuito comercial com outros que talvez jamais sejam exibidos outra vez por aqui, em espécie de mosaico gigantesco do estado das coisas no cinema internacional hoje.
Inicialmente organizada em torno de uma única seleção, a Mostra divide-se agora em seções. Na competição Novos Diretores, cineastas que estejam no máximo em seu terceiro longa-metragem disputam os prêmios do júri oficial, que faz suas escolhas a partir de recorte determinado pelo voto do público. Os títulos estrangeiros fora de competição compõem a Perspectiva Internacional. A Mostra Brasil engloba três subseções: Competição (com o voto popular também restringindo o universo de candidatos), Perspectiva e Curtas. O pacote se completa com retrospectivas, homenagens e apresentações especiais.
A 34a. Mostra promoverá também o 11º Festival da Juventude, que exibirá -- exclusivamente para estudantes -- filmes de temática jovem, em sessões gratuitas no Cine Livraria Cultura, no Cine Sabesp e no MIS (Museu da Imagem e do Som). E pode-se acompanhar o festival até mesmo sem sair de casa: pelo segundo ano consecutivo, uma seleção de filmes estará disponível para streaming no Festival Online, hospedado no Mubi. Cada título será visto pelos primeiros 500 acessos, e apenas depois da primeira exibição na Mostra.
Além do Festival da Juventude, a entrada será gratuita também em todas as sessões do Centro Cultural São Paulo, do Cine Olido, do CEU Perus, do MIS, da Matilha Cultural e do vão livre do Masp. Nos outros espaços, os ingressos custam R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia), de segunda a quinta; e R$ 18 (inteira) e R$ 9 (meia), de sexta a domingo. Quem não comprou permanentes ou pacotes de vale-ingresso, que permitem retirada antecipada, tem garantida uma cota mínima de entradas para todas as sessões, disponível no horário de abertura da bilheteria de cada sala -- mas que se esgota rapidamente no caso dos filmes mais procurados.
Duas exposições também integram a programação da 34ª Mostra. "Kurosawa – Criando Imagens para Cinema" reúne 80 storyboards (desenhos de produção) criados pelo japonês Akira Kurosawa (1910-1998) para “Kagemusha” (1980), “Ran” (1985), “Sonhos” (1990), “Rapsódia em Agosto” (1991), “Madadayo” (1993) e “Sob o Olhar do Mar” (2002), de Kei Kumai, com roteiro de Kurosawa. Aberta nesta sexta (22), ela permanecerá em cartaz no Instituto Tomie Ohtake até 28 de novembro. Inaugurada nesta quinta (21), a exposição "Lugares, Estranhos e Quietos" reúne fotografias inéditas do cineasta alemão Wim Wenders no Masp, até 9 de janeiro. Ao menos nesses dois casos, ninguém precisa se estressar nas próximas semanas.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

'Cidade de Deus' é 6º melhor filme de ação da história, diz 'Guardian'


O filme "Cidade de Deus" (2002), do diretor brasileiro Fernando Meirelles, foi incluído na sexta posição em uma lista com os 25 melhores filmes de ação de todos os tempos, divulgada nesta terça-feira pelo jornal britânico The Guardian. Desde o último sábado, os jornais The Guardian e The Observer vem publicando listas com os 25 melhores filmes que seus críticos consideram os melhores em sete gêneros, um por dia, entre eles ação, romance e policial.

O filme de Meirelles, que recebeu quatro indicações ao Oscar em 2004, divide a lista de filmes de ação com clássicos como "Apocalypse Now" (1979, do diretor Francis Ford Coppola), em primeiro lugar, "Intriga Internacional" (1959, de Alfred Hitchcock), em segundo, e "Era Uma Vez no Oeste" (1968, de Sergio Leone), em terceiro.

A lista também inclui o clássico de 1938 "As Aventuras de Robin Hood", de Michael Curtiz e William Keighley, na 15ª posição, e sucessos contemporâneos como "O Tigre e o Dragão", do diretor Ang Lee, lançado em 2000, na nona posição. "Goldfinger" (1964), filme do diretor Guy Hamilton com o agente 007, é 17º na lista.
Outras categorias
Os jornais também já publicaram listas com os 25 melhores filmes nas categorias romance, policial e comédia. A lista de romance é liderada por "Desencanto" (1945), de David Lean, seguido de "Casablanca" (1942) e "Antes do Amanhecer" (1995). "Chinatown" (1974), de Roman Polanski, foi considerado o melhor filme policial, superando "A Marca da Maldade" (1958), em segundo lugar, e "Um Corpo que Cai" (1958), em terceiro.

Na categoria comédia, "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (1977), de Woody Allen foi considerado pelo The Guardian o melhor, à frente de "Borat" (2006) e "Quanto Mais Quente Melhor" (1959), respectivamente em segundo e terceiro lugares. Nos próximos dias, o jornal deve publicar suas listas com o que considera ser os 25 melhores filmes nos gêneros terror, drama e ficção científica.
Nos próximos dias, o jornal deve publicar suas listas com o que considera ser os 25 melhores filmes nos gêneros terror, drama e ficção científica.
Os melhores filmes de ação, segundo o The Guardian
1. "Apocalypse Now" (1979)
2. "Intriga Internacional" (1959)
3. "Era Uma Vez no Oeste" (1968)
4. "Meu Ódio Será Sua Herança" (1969)
5. "Amargo Pesadelo" (1972)
6. "Cidade de Deus" (2002)
7. "Glória Feita de Sangue" (1957)
8. "O Salário do Medo" (1953)
9. "O Tigre e o Dragão" (2000)
10. "Além da Linha Vermelha" (1998)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A crise americana explicada por Michael Moore



Não sei se Michael Moore pode ser definido como um grande cineasta. Acredito mais na hipótese de ele ser um grande contador de histórias, com muita coragem, e uma câmera na mão. A diferença? Bom, sem discutir a qualidade das suas produções, sempre impecáveis, diga-se de passagem, ele vende a história que ele quer, do jeito que ele quer, e faz com que você termine de assistir seus filmes acreditando no seu discurso de protesto. Isso é errado? Não! Mas é somente uma das formas em que o cinema, e os documentários podem ser explorados.

Nada contra. Sou até um grande admirador de suas produções, e compartilho de várias de suas opiniões. E, por isso mesmo acho que em Capitalismo: Uma história de Amor, Michael adotou uma postura mais conservadora, diferente dos seus primeiros filmes, em que ele queria colocar o dedo na ferida, independente de QUEM fosse essa ferida.

Claro que ele continua um cara muito corajoso com uma câmera na mão. Resultado, muito provavelmente, do seu sucesso em filmes anteriores. Como pode ser visto na cena em que ele isola a bolsa de valores de NY e outras empresas com uma fita de polícia com a inscrição "cena de crime", e com um megafone pede para que todos saiam com as mãos para cima pois aquele local aconteceram crimes e todos devem ser presos. Qualquer outro documentarista talvez não se arriscasse tanto.

O documentário explora as raízes da crise financeira global, no período de transição entre a saída de George Bush e a posse de Barack Obama no governo dos EUA, as falcatruas políticas e econômicas que culminaram no que o diretor descreve como "o maior roubo da história dos EUA": a transferência de dinheiro dos contribuintes para instituições financeiras privadas.

Fantástico talvez, pois suas produções têm a sua "cara", e mais do que mostrar a realidade, ele mostra o seu ponto de vista, e a sua contribuição numa situação com a qual não concorda.

Um documentário não é pra qualquer audiência, assim como não o é Michael Moore. Sua visão política e de protesto pode ser um pouco assustadora, mesmo para os já acostumados com suas peripécias. Sua produção é impecável, com grande cuidado com fotografia e áudio (grande parte com sua própria narração e entrevistas diversas com especialistas ou envolvidos nas questões apontadas). Uma grande pedida para quem busca um pouco mais de informação além do entretenimento, mas fica a ressalva de ser assistido com a cabeça aberta, uma vez que a realidade de Michael Moore pode ser mais chocante do que aquilo que estamos acostumados a ver nos telejornais.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Michael Moore
Elenco: -documentário-
Produção: Kathleen Glynn, Michael Moore
Roteiro: Michael Moore
Duração: 120 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Documentário
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Dog Eat Dog Films / Overture Films / Paramount Vantage

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Objetos de De Volta para o Futuro e outros filmes serão leiloados

Já pensou em ter a jaqueta que Marty McFly veste em 2015 ou tênis Nike que amarra seu cadarço sozinho, também usado pelo personagem em De Volta para o Futuro 2? Então prepare o bolso, porque esses e outros itens do filme estarão sendo leiloados no dia 6 de novembro.Além das peças do figurino de Marty (Michael J. Fox), a lista inclui ainda um mapa de Hill Valley, usado na terceira parte da trilogia, e uma réplica do DeLorean usado como máquina do tempo no primeiro filme.

Mas os fãs de De Volta para o Futuro não são o único alvo das vendas, que acontecem em Los Angeles, nos estúdios da Universal onde a trilogia foi feita. Itens de outras produções também serão leiloados no mesmo dia. Entre eles estão objetos usados em Tron: Legacy, Guerra nas Estrelas: Episódio 4, O Senhor dos Anéis: As Duas Torres e em Homem Aranha 2. Outras preciosidades anunciadas no site da Profiles in History (mesma empresa responsável pelo leilão de itens de lost) são uma marionete mecânica de Gremlins 2 e um bilhete dourado do A Fantástica Fábrica de Chocolate original, de 1971.

Parte do dinheiro arrecadado no leilão será doado a duas instituições de caridade, a Variety – the Children's Charity of Southern California e a Michael J. Fox Foundation's Team Fox.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Realidade retratada no cinema brasileiro

Fico um pouco desapontado com o excesso de "realidade" no cinema nacional. Acho que isso nem é privilégio nosso. O cinema está aí, mais globalizado do que jamais acontecera, e nunca a realidade local (seja ela de qualquer local) foi tão explorada e difundida. Reconheço que por aqui o cinema acabou se transformando em uma ferramenta para contar a história, de fazer o telespectador raciocinar e pensar a respeito daquilo que acontece à sua volta, mas sinto falta da fantasia nacional, do entreter simplesmente.

Também existe espaço para a história real, porém creio que mais real do que a rotina de cada um, impossível. Não quero exorcisar o real do cinema, as histórias dos bastidores do crime, da polícia, da política, da religião, e tantas outras. Acontece que isso já faz parte da nossa vida, dos nossos jornais, da nossa TV, da nossa novela, do nosso dia a dia, e eu simplesmente adoraria ir ao cinema e assistir atuações dos excelentes atores e atrizes também vendendo um pouco de ilusão, de sonhos, de fantasias e desejos.

É óbvio que isso é o que estrutura o cinema, a ilusão e a fantasia, mas a partir do momento em que todas as produções com melhor crítica sejam aquelas que apenas jogam na minha cara a realidade que costumo enfrentar desde a hora que acordo até a hora em que vou dormir (e muitas vezes até nos sonhos), isso faz com que aquele filme perca um pouco do seu lado interessante.

Ainda existem boas e diversificadas opções nesse estilo no cinema atual, mas são tão poucas, diante do exagerado realismo que a telona brasileira produz.

Quero ter a opção de ir ao cinema e ver o lado divertido do Brasil. As peculiaridades da nossa cultura, retratada de uma maneira leve, cujo desejo acima de tudo é o de entreter e divertir aqueles que cansaram de enfrentar a realidade até na hora da diversão. O cinema brasileiro tem uma história tão rica, apesar dos seus altos e baixos, que entristece saber que a única forma de encararmos essa arte, é retratando a dureza da vida. E você, o que acha desse realismo no cinema brasileiro?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A novela MGM...


O estúdio de cinema MGM (Metro-Goldwyn-Mayer), que passa por graves dificuldades financeiras, está concluindo as formalidades para enquadrar-se na lei americana de falências, com o objetivo de realizar uma reestruturação de sua dívida de mais de US$ 4 bilhões, informou o "The Wall Street Journal" nesta sexta-feira.

O estúdio optou por fazer um acordo prévio com seus credores, permitindo que seu caso seja apresentado ao tribunal já na próxima semana e evitando o caminho tradicional do processo, que pode levar meses, segundo o jornal.

A MGM já apresentou seu plano de reestruturação aos credores. Se aprovado, o estúdio poderá submetê-lo ao acordo da justiça para que seja enquadrado na lei de falências.

O plano prevê que os credores, principalmente os fundos de especulação, renunciem ao conjunto da dívida em troca de ações da companhia, explicou o jornal.

Para ser aprovado, o plano deve obter o aval da metade dos 100 credores e donos de dois terços da dívida, que têm até o dia 22 de outubro para se pronunciar.

Se conseguir ser incluída na lei, a empresa pode passar até dois meses sem pagar sua dívida.
A MGM possui o maior catálogo de filmes do mundo, com 4.000 títulos.

Vários projetos de filmes importantes já foram suspensos em função das dificuldades financeiras do estúdio, incluindo o próximo filme de James Bond e dois filmes baseados no livro "O Hobbit", de J.R.R. Tolkien. Outros projetos que estão em suspenso incluem um filme planejado dos "Três Patetas" e um remake de "Robocop".

Antes das negociações para uma reestruturação, a MGM solicitou ofertas de compra da empresa. Mas a oferta máxima -- feita pela Time Warner, no valor de US$ 1,5 bilhão -- foi considerada insuficiente.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/811750-estudios-mgm-recorrerao-a-lei-de-falencias-para-reestruturar-divida.shtml

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Você acredita em fadas???


A velha fórmula de colocar um fortão num filme infantil se repete aqui. Arnold Schwarzeneger já tinha recorrido a essa modalidade em Um Tira no Jardim da Infância (péssimo, diga-se de passagem) e em Um Herói de Brinquedo (aqui com mais tiradas de ação, retratando melhor seu estilo), e até Vin Diesel, em Operação Babá (razoável, mas não tanto quanto se esperava).

Dessa vez Derek Thompson (Dwayne Johnson) é um jogador de segunda divisão de hóquei que tem a tendência de arrancar os dentes de seus adversários, daí o apelido. Sua crueldade inata faz com que ele destrua as crenças de uma criança de seis anos na Fada do Dente. Ele, então, é sentenciado a uma semana de trabalho forçado como uma verdadeira fada do dente, para redescobrir os próprios sonhos e esperanças.
Várias trapalhadas, várias situações desconfortáveis para o ex-Escorpião Rei, e situações engraçadinhas dirigidas ao público infantil. Nada de especial. Um filme com muitas limitações, numa história absurda, ainda mais para um ator acostumado aos filmes com mais ação.

Nada contra, a produção é, de fato, dirigida ao público infantil, e o filme até que prende bem a atenção. Trabalha com os estereótipos de sempre (o cara fortão sem tato para tratar crianças – e a si próprio, uma solteirona em busca de um modelo masculino para os filhos, e crianças decepcionadas com os adultos e descrentes da figura do pai), mas não tem nada fora do comum. Boa pedida para a criançada, mas para o público mais velho, fica devendo.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Michael Lembeck
Elenco: Dwayne Johnson, Ashley Judd, Julie Andrews, Stephen Merchant, Ryan Sheckler, Chase Ellison, Seth MacFarlane.
Produção: Jim Piddock
Roteiro: Lowell Ganz, Babaloo Mandel
Fotografia: David Tattersall
Trilha Sonora: George S. Clinton
Duração: 101 min.
Ano: 2010
País: EUA/ Canadá
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Twentieth Century-Fox Film Corporation / Blumhouse Productions / Foxvan Productions / Mayhem Pictures / Walden Media
Classificação: Livre

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tendo a diversão como recompensa


Um filme sem pretensões, sem excessos, com boa dose de diversão, mas que talvez não represente bem o peso do seu elenco. Na verdade, o lado bom de o Caçador de Recompensas é que ele não promete ser uma obra de arte, mas por Jennifer Aniston e Gerard Butler, talvez fosse esperado um resultado final mais classudo.

Fato é que o filme até oferece alguma diversão, e se você avaliar de acordo com os trabalhos anteriores tanto de Gerard quanto de Jennifer perceberá que o filme representa bem seus currículos. O enredo se perde em alguns momentos, mas o resultado final é um filme leve, sem uma história que exige muito de seu telespectador, com algumas cenas de ação, e algumas boas tiradas de graça. Nada espetacular, mas que atende à expectativa de entreter sem forçar a barra.

Na história, Milo Boyd (Gerard Butler), um azarado caçador de recompensas, recebe o emprego dos seus sonhos quando é designado a capturar sua fugitiva ex-mulher, a repórter Nicole Hurly (Jennifer Aniston). Ele acredita que o trabalho será dinheiro fácil, mas, quando Nicole escapa para seguir a pista de um assassinato encoberto, Milo se dá conta de que nada é bem assim. Eles vivem passando a perna um no outro - até que se encontram numa fuga por suas vidas. Se eles achavam que a promessa de amar, honrar e respeitar era difícil, ficar vivos será ainda mais difícil.

O filme recebeu muitas críticas, e é muitas vezes avaliado negativamente. Da minha parte, creio ser uma produção interessante, que não agrega nada de especial, mas vale a diversão de ser assistido. O cinema pode entreter sem exigir histórias complexas, com atuações brilhantes e conteúdo mágico (efeitos, ação, emoção, diversão e arte). Claro que esses elementos ajudam e aumentam a qualidade de um filme, mas nem por isso outras produções menos favorecidas devem ser evitadas por esse motivo.

Vale o valor do ingresso ou locação, mas não espere uma comédia de guerra dos sexos fantástica, apenas boas doses de diversão que não exigem sua atenção em demasia.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Andy Tennant
Elenco: Gerard Butler, Jennifer Aniston, Christine Baranski, Natalie Morales, Jason Sudeikis, Cathy Moriarty, Siobhan Fallon, Dorian Missick, Liam Ferguson, Daisy Tahan.
Produção: Neal H. Moritz
Roteiro: Sarah Thorp
Fotografia: Oliver Bokelberg
Trilha Sonora: George Fenton
Duração: 106 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia Romântica
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O ensolarado solo do solista


O Solista é um drama baseado em uma história verídica. Um filme bem produzido, com uma trama envolvente e uma narração bem desenhada. Já vi críticas que o avaliam como impecável. Não sei se chega a tanto, mas de fato é um filme acima da média.

Com Robert Downey Jr. e Jamie Foxx como protagonistas, a produção alcança um novo nível. Robert, realmente um ator que faz a diferença e Jamie, que nem sempre é tão brilhante, dessa vez acerta na mosca. Atuações sérias e bem articuladas.
O filme conta a história do prodígio musical Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), que desenvolveu esquizofrenia no seu segundo ano na famosa escola de artes performáticas Juilliard, de Nova York. Ayers acabou como sem-teto nas ruas do centro de Los Angeles, onde toca violino e violoncelo.
Uma boa pedida de filme pra quem busca algo com mais conteúdo, mais bem construído (até por se basear em algo real) e que nem por isso apela para o sentimentalismo que talvez a situação pudesse exigir. Um filme pra prestar atenção, com a pitada bem dosada de um bom drama.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Joe Wright
Elenco: Jamie Foxx, Robert Downey Jr., Catherine Keener, Rachael Harri
Produção: Tim Bevan, Jeff Skoll, Eric Fellner, Patricia Whitcher
Roteiro: Susannah Grant
Fotografia: Seamus McGarvey
Trilha Sonora: Dario Marianelli
Duração: 109 min.
Ano: 2008
País: EUA/ França/ Inglaterra
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Dreamworks / Universal Pictures
Classificação: 12 anos

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Que fora...



Deveria ser um filme fora de série. Steve Carell e Tina Fey juntos. Deveria ser um filme engraçado (muito engraçado). Deveria ser um filme inteligente. Deveria ser um filme, no mínimo, bom. Mas nada disso se confirma em Uma Noite Fora de Série.

Na história, Phil (Steve Carell) e Clara (Tina Fey) formam um casal sem muitas emoções. Mas, em uma noite, eles são confundidos com outras pessoas e, com isso, iniciam uma alucinada jornada para escapar de dois bandidos.

Acho que a coisa toda foi mal explorada, e o humor ficou superficial, com raros toques engraçados, sem as tiradas comuns e inteligentes que comumente vemos em produções de Steve e Tina (ok, nem sempre).

No geral, o filme se parece muito com Perdidos em Nova York (original de 1970, com Jack Lemmon e Sandy Dennis, e depois em 1999, com Steve Martin e Goldie Hawn), o que perde aquela sensação de novo. Apelando para velhos clichês que tornam o filme cansativo e desengonçado.

Não chega a ser um fracasso total, mas é um filme bastante fraco se você busca uma comédia divertida e que faça rir. A fotografia é bonita, e o roteiro é bem dirigido, mas o resultado final acaba sendo previsível e cansativo. Se não é a sua praia, fique longe.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Shawn Levy
Elenco: Steve Carell, Tina Fey, Mila Kunis, Leighton Meester, Mark Wahlberg, James Franco, Mark Ruffalo, Kristen Wiig, Ray Liotta, Olivia Munn, Taraji P. Henson.
Produção: Shawn Levy, Tom McNulty
Roteiro: Josh Klausner
Fotografia: Dean Semler
Trilha Sonora: Christophe Beck
Duração: 88 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: 21 Laps Entertainment
Classificação: 12 anos

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Esse cachorro metido a lobisomem



Ah, os filmes de monstros. Aqueles filmes apaixonantes com histórias que assustavam e tramas bem cosntruídas. Com pouco sangue e mais mistério. Com menos efeitos, e mais imaginação. Quanta saudade!!!

Sim, filmes de monstros, pois lobisomens, vampiros, frankensteins e tantos outros saíram do rol do terror já faz muito tempo. Hoje são filmes de monstros, mas não filmes de terror (talvez, salvo exceção por Anjos da Noite). Não por terem perdido sua capacidade de assustar, mas simplesmente por não terem a sorte de participarem de bons filmes.

O Lobisomem não surpreende. É previsível e com algumas passagens sem sentido. Tenta trazer aquela atmosfera noir, até citando Jack, o estripador, num certo momento, mas sem encanto.

O elenco com nomes fortes como Benicio Del Toro, Anthony Hopkins e, até, Emily Blunt, não sai do trivial. Esperava mais paixão, mais calor, uma trama mais bem construída. E daí, talvez a culpa seja pelo filme ser uma refilmagem de O Lobisomem, de 1941, e daí decidiu adicionar efeitos, sem alterar o roteiro inicial.

No filme, ambientado na Inglaterra vitoriana, Lawrence Talbot (Del Toro) retorna ao castelo de seu pai, Sir John Talbot (Anthony Hopkins), onde se apaixona pela bela Gwen Conliffe (Emily Blunt). Mas, após ser mordido por um lobisomem, Lawrence passa a viver a terrível maldição.

Um filme que pouco acrescenta ao currículo de um bom lobisomem. Muitos efeitos especiais, muito sangue, nenhum mistério (desde o início se sabe o que vai acontecer e com quem), numa trama pouco elaborada e atuações esforçadas. Pela propaganda e chamariz, eu esperava muito mais. Vale assistir pelo lado curioso da produção (para fazer parte da sua lista de filmes assistidos, talvez), mas não é um título imperdível.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Joe Johnston
Elenco: Emily Blunt, Benicio Del Toro, Hugo Weaving, Anthony Hopkins, Geraldine Chaplin, Art Malik.
Produção: Sean Daniel, Benicio Del Toro, Scott Stuber, Rick Yorn
Roteiro: Andrew Kevin Walker, David Self
Fotografia: Shelly Johnson
Trilha Sonora: Danny Elfman
Duração: 125 min.
Ano: 2009
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Universal Pictures Brasil
Estúdio: Universal Pictures / Stuber Productions
Classificação: 18 anos