sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pausa para as Festas


Pessoal, o Natal tá chegando, e vem com ele o Ano Novo. 2013 estivemos juntos por um bom período, mas a dinâmica dos posts já não seguiu o mesmo ritmo dos anos anteriores. Lamento por isso, mas acabei investindo meu tempo em outros projetos, e a continuidade do blog ficou em xeque durante alguns meses, até que decidi voltar.

Gosto muito de escrever por aqui, mas para 2014 talvez seja necessário mudar a dinâmica da coisa toda mais uma vez. Escrever menos vezes, ou tentar o mundo dos VLOGS... o que não é muito minha cara, mas isso tudo pode mudar com o início do ano.

Fato é que as Festas se aproximam, e é momento de dar um tempo e renovar as energias. Passar um tempo com a família, renovar sonhos, se preparar para o que vem por aí. E que o Natal traga para todos nós o que sempre desejamos de melhor... muita saúde, muita paz, muitas alegrias, muito sucesso, e muitas alegrias... que 2014 venha com tudo, e assim como foram os últimos anos, que continuemos juntos, com muito pique, e muitas doses de entretenimento.

Obrigado a todos e até 2014................

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Copa do Mundo ameaça calendário de festivais de cinema em 2014


A Copa do Mundo de 2014 está tirando o sono dos organizadores de mostras e festivais de cinema. Há um temor de que o calendário esteja em risco por causa da fuga do patrocínio de empresas que querem priorizar os investimentos no mundial de futebol, que acontecerá em junho e julho no Brasil. Entraves burocráticos em convênios com o MinC (Ministério da Cultura) e o pleito eleitoral que acontece no próximo ano agravam ainda mais o ambiente de crise.

A atual conjuntura só piora o que já estava ruim, afirma Adriano Lima, organizador do Curta Canoa (Festival Latino-americano de Curtas Metragens) e integrante da diretoria do Fórum de Festivais. A edição deste ano do evento, que acontece há nove anos em Canoa Quebrada (CE), teve duas datas adiadas e foi realizado na última semana de novembro, com metade dos recursos previstos e programação esfaqueada. "Quase não conseguimos fazer", disse ele ao UOL.

Lima lamenta a redução na programação. "Tivemos que ficar no básico, quase somente na mostra competitiva. Cancelamos oficinas, debates e convite a convidados". O evento costumava oferecer uma grade extensa de oficinas voltadas à formação audiovisual. "Quando começamos não havia nenhum filme feito aqui na região. Hoje são vários grupos, como o núcleo de animação, que teve que parar por falta de recursos".

O diretor do evento alerta que as atenções voltados ao esportivo está inviabilizando os caminhos. "As empresas afirmam que não têm verba por causa da Copa. Até o MinC abriu edital de R$ 50 milhões para projetos que associem cultura e futebol, mas que só vale para as cidades que sediarão os jogos. E como ficam as outras?", questiona.

Ele aponta como outro fator responsável as mudanças no sistema de convênios do MinC para repasse de recursos do Fundo Nacional de Cultura. "Está causando a destruição de festivais", reclama. Tecnicamente nada mudou, mas há cerca de três anos o MinC promoveu um aumento da fiscalização com o objetivo de dar mais transparência aos processos, utilizando um controle do acesso aos recursos por meio de chamamento público.

O resultado, segundo organizadores, é o aumento no volume de entraves burocráticos. "Mesmo após aprovação dos projetos e publicação no Diário Oficial, festivais ficam dependendo de assinatura dos convênios, que nunca acontece", disse Lima. Foi o que ocorreu com o Curta Canoa deste ano. Embora já estivesse com o projeto aprovado, a celebração do contrato não aconteceu a tempo de realizar o festival, que teve que buscar outras formas de financiamento.

O evento que encerra o calendário brasileiro de festivais também enfrenta problemas. O Fest Aruanda, que chegou a sua oitava edição este mês, em João Pessoa (PB), às vésperas de sua realização não havia recebido recursos na conta de incentivo municipal, de acordo com Heleno Bernardo, um dos produtores. "Todo mundo está sofrendo na cultura com todos os órgãos públicos", disse.

Modelos de financiamento

O novo sistema do MinC não representou problemas para a Mostra Tiradentes, que abre o calendário audiovisual brasileiro em 2014, agendado para acontecer entre 24 de janeiro e 1º de fevereiro. "O novo sistema do MinC pode ser aprimorado e ser mais inteligente", disse a coordenadora Raquel Hallak, diretora da Universo Produção, responsável pelas mostras de Tiradentes, Belo Horizonte e Ouro Preto.

O que mais preocupa a coordenadora da Mostra Tiradentes não é o calendário audiovisual em função da eleição e da Copa. "Os festivais podem existir em diálogo com estes acontecimentos". Para ela, a grande questão são os modelos de financiamento da área cultural no Brasil que não dialogam com ano de eleição, pois fica vedado qualquer convênio e edital público.

Raquel reclama também de precisar anualmente recomeçar o processo de inscrição do projeto em leis de incentivo e a busca desenfreada pelo patrocínio, mesmo sendo um evento consolidado no calendário brasileiro --em 2014 a Mostra Tiradentes chega a sua 17ª edição. "Precisamos recomeçar do zero a cada ano", lamenta.

Ela defende formatos de financiamento diferenciados para festivais e mostras para que gestores e empreendedores possam ter tempo hábil e compatível com a natureza e perfil do setor. "Realizamos três mostras anuais com edições consecutivas que requer planejamento, pesquisa e um tempo de pré-produção de, no mínimo, seis meses antes de cada evento. São 16 mostras já realizadas em Tiradentes, oito em Ouro Preto e sete em Belo Horizonte, totalizando 31 mostras. E, mesmo assim, não temos garantia de nada".

A coordenadora sugere implantar gestão bianual para festivais e mostras. "Seria uma forma de dar fôlego para atuarmos no mercado de maneira mais coerente com o planejamento das empresas patrocinadoras", defende. Mas ela não minimiza o impacto da Copa e eleição que, acredita, devem paralisar o país. "Tivemos várias respostas negativas de empresas que estão focando investimentos na Copa".

Com formação em economia, o produtor do Cine PE, Alfredo Bertini (autor do livro "Economia da Cultura"), propõe uma análise mais refinada dos problemas. "O buraco é mais embaixo", diz. Para ele, a Copa é uma questão conjuntural e pontual, e o entrave maior é provocado principalmente pelo crescimento da burocracia e de controles no atual governo federal.

"Toda a gestão da cultura foi contaminada por esses princípios de fiscalização. Temo que o já diminuto orçamento do MinC seja em parte devolvido, servindo para ajudar com cifras minguadas na redução de gastos públicos e a cumprir meta de superávit primário".

Carta ao MinC
Preocupado com o cenário crítico, o Fórum Nacional de Festivais encaminhou recentemente uma carta ao MinC e à Secretaria do Audiovisual, segundo informou a presidente da entidade, Marilha Naccari. O documento busca abrir diálogo sobre os problemas que ameaçam engessar o setor.

Segundo Naccari, o circuito de festivais brasileiros cria oportunidades ímpares de difusão do audiovisual feito no Brasil e do cinema cultural de países estrangeiros. "Encontrar a forma de apoio e incentivo a estes eventos que condigam com a realidade de atuação e planejamento dos festivais e mostras é nosso empenho na melhoria dos mecanismos de convênio do MinC".

A carta ressalta a importância dos festivais, que chegam atualmente a todas as regiões do país. "O festival de Canoa Quebrada é um exemplo disso, ele acontece numa região onde não há cinemas", disse a presidente da entidade. Endereçado ao novo secretário da pasta, Mário Borgneth, o documento cobra também solução sobre convênios paralisados pelo órgão, e que compromete o calendário de festivais.

Organizadora do Florianópolis Audiovisual de Mercosul (SC), Marilha Naccari também é nova no cargo. Foi eleita presidente da entidade em eleição realizada durante o Festival de Cinema de Vitória, em novembro passado. O Fórum de Festivais foi criado há uma década para representar o circuito de eventos do setor audiovisual, um calendário que já soma mais de 260 festivais e mostras.

Por Carlos Minuano, em 19/12/2013, para o portal UOL.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Segundo "O Hobbit" bate US$ 73,7 mi na estreia na América do Norte

O filme "O Hobbit: A Desolação de Smaug" arrecadou mais de US$ 73,7 milhões no primeiro fim de semana de exibição dos cinemas da América do Norte, segundo estimativa do mercado. As informações são do site da revista "Variety".

Produzido com um orçamento de US$ 250 milhões, o filme provavelmente será um dos recordistas de bilheteria do ano, já que os estúdios esperam vender US$ 1 bilhão em ingressos no mundo todo. O filme estreou em primeiro lugar no mercado americano, passando a animação "Frozen", da Disney.

No ano passado, o primeiro filme da trilogia, "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada", bateu recorde de estreias em dezembro, com arrecadação de US$ 84,7 milhões no primeiro fim de semana. O recorde anterior pertencia a "Eu sou a Lenda", ficção com Will Smith que estreou em dezembro de 2007 acumulando US$ 77 milhões -- ainda acima do segundo "Hobbit".

No total, a primeira parte da série arrecadou mais de US$ 300 milhões nos cinemas dos Estados Unidos, e mais de US$ 1 bilhão no mundo todo.

"A Desolação de Smaug", o segundo da trilogia do diretor Peter Jackson baseada na obra de fantasia e aventura do escritor J. R. R. Tolkien, "O Hobbit", acompanha o hobbit Bilbo Bolseiro enquanto em sua perigosa busca com 13 anões até a Montanha Solitária, protegida por um dragão que expele fogo, Smaug.

O último filme da trilogia, "O Hobbit: Lá e de Volta outra Vez", chegará aos cinemas em dezembro de 2014.

Outros filmes

A animação "Frozen – O Reino de Gelo" ficou em segundo lugar nas bilheterias norte-americanas neste fim de semana, com US$ 22 milhões. "A Madea Christmas" aparece em terceiro, com US$ 16,2 milhões, seguido de "Jogos Vorazes – Em Chamas", que fez US$ 13,2 milhões.

Entre o fim de semana pós-feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e a semana passada, "Jogos Vorazes" e "Frozen" lideravam a bilheteria no país.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ator Peter O'Toole morre aos 81 anos



O ator irlandês Peter O'Toole morreu aos 81 anos, disse neste domingo (15) seu agente. O motivo da morte não foi divulgado. Ele estrelou o filme "Lawrence da Arábia" em 1962 e foi indicado oito vezes ao Oscar durante a carreira.

O agente Steve Kenis disse que o ator morreu no sábado (14) em um hospital de Londres. Ele estava doente há muito tempo, disse o agente, sem especificar a causa.

O ator também atuou em "O último imperador", de Bernardo Bertolucci, de 1987, "O leão no inverno", com Katharine Hepburn, de 1968, e diversos outros filmes em quase seis décadas de carreira no cinema.



Nascido em County Galway, na Irlanda, e criado em Leeds, na Inglaterra, ele começou a carreira no teatro britânico e se consagrou em um da das suas primeiras atuações no cinema, "Lawrence da Arábia". O trabalho de 1962, na pele de um militar inglês que lutou no Oriente Médio na Primeira Guerra Mundial, foi o mais marcante de O'Toole e ajudou a transformar o longa em um clássico do cinema.

Ele recebeu um Oscar honorário em 2003 - uma forma de a Academia de Hollywood compensá-lo por não ganhar nenhuma das outras indicações ao prêmio. Ele foi premiado quatro vezes no Globo de Ouro, uma no Emmy e uma no Bafta, entre outros reconhecimentos.

O filme mais recente pelo qual ele havia sido indicado ao Oscar foi "Venus", de 2006. No ano seguinte, ele fez a voz do personagem Anton Ego, no popular filme de animação "Ratatouille". Além de "Lawrence da Arábia", os outros filmes que renderam indicações ao Oscar foram "Becket, o favorito do rei" (1964), "O leão no inverno (1968)", "Adeus, Mr. Chips" (1969), "A classe governante" (1972), "O substituto" (1980) e "Um cara muito baratinado" (1982).

Volta a atuação

Em um comunicado divulgado em julho de 2011, Peter O'Toole disse que iria se aposentar e não mais atuar em filmes e no teatro. "O coração disso [ser ator] saiu de mim", disse, acrescentando que "não iria voltar". Mas o "The Guardian" disse que ele planejava voltar a atuar em um filme chamado "Katherine of Alexandria". O site IMDb diz que ele também estava no elenco de um filme programado para estrear em 2014, "Mary".

Ele deixa duas filhas, Pat e Kate O'Toole, de seu casamento com a atriz Siân Phillips, e um filho com Karen Brown, Lorcan O'Toole.

Peter O'Toole recebe o Oscar honorário em 2003, ao lado da atriz Meryl Streep (Foto: AFP PHOTO/TIMOTHY A. CLARY )

Repercussão

O presidente irlandês, Michael Higgins, disse ter sentido uma "grande tristeza" com o anúncio da morte do ator. "A Irlanda e o mundo perderam um dos gigantes do cinema e do teatro", escreveu em um comunicado.

Vários atores e cineastas também  lamentam a morte de Peter O'Toole no Twitter. "Um dos atores que admiro e nunca pude conhecer, Peter O'Toole morreu e eu tenho que dizer descanse em paz", disse Whoopi Goldberg. "Tão triste de ouvir da morte de Peter O'Toole. Tenho sorte de ter trabalhado com ele por um mês em Praga. Homem maravilhoso, talento memorável", escreveu Neil Patrick Harris.

"Pensamentos e orações direcionados à família de Peter O'Toole", disse o ator William Shatner. "Um brinde ao ator Peter O'Toole. Que grande estrela", disse o diretor Edgar Wright. "Que notícia terrível. Adeus, Peter O'Toole. Tive a honra de dirigir em uma cena. Monstro, aprendiz, amante da vida, gênio...", escreveu Stephen Fry.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Blockbuster abandona aluguel de DVDs e fecha suas lojas nos EUA



A locadora de vídeo norte-americana Blockbuster abandonará a atividade de aluguel de DVDs e fechará todas as suas lojas nos EUA, vítima do auge do consumo de conteúdos pela internet, anunciou nesta quarta-feira sua controladora, Dish Network.

A empresa deixará de alugar DVDs em suas lojas e por correio no começo de janeiro de 2014 e "fechará suas 300 lojas varejistas restantes nos EUA, assim como seus centros de distribuição", informou a empresa em comunicado.

"Não é uma decisão fácil, mas a demanda dos consumidores evolui claramente para a distribuição digital de vídeo", disse Joseph Clayton, diretor geral da Dish.

A marca Blockbuster continuará sendo usada para ofertas na internet.

A Dish Network, um grupo de TV por satélite, comprou a Blockbuster, que estava em quebra, em 2011.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Usar "gatonet" agora é crime e dá até dois anos de cadeia

Usar
Projeto de lei que trata da punição para a interceptação ou recepção não autorizada dos sinais de TV por assinatura, os chamados "gatonets" foi aprovado nesta terça-feira, 10/12, pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). A proposta (PLS 186/2013) considera essa prática como crime, punível com a detenção por seis meses a dois anos.

Os senadores da comissão acolheram o substitutivo proposto pelo relator, senador Sérgio Petecão (PSD-AC) ao projeto de lei do Senado, que foi apresentado por Blairo Maggi ( PR-MT), com o objetivo de preencher uma lacuna no ordenamento jurídico.

“A redação em vigor da Lei de TV a Cabo limita-se a caracterizá-las como ilícito penal, não estabelecendo as sanções correspondentes”, observa Petecão. Além de tentar inibir a interceptação e a receptação irregular de sinais de TV por assinatura, o substitutivo de Petecão amplia o texto original, prevendo outras obrigações dos assinantes para garantir “uma melhor fruição dos serviços.”

Ele propõe que a Lei nº 12.485/2011, que engloba todas as modalidades de serviços de TV por assinatura, incorpore alguns dispositivos já previstos na Lei de TV a Cabo e em regulamentos editados pela Anatel. Entre eles, que o assinante tenha os deveres de utilizar adequadamente o serviço e os equipamentos fornecidos pelas prestadoras; de pagar pela prestação do serviço na forma contratada; e de adquirir, quando for o caso, apenas equipamentos certificados pela Anatel.

O senador explicou que a dosimetria da pena proposta, bem como aspectos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, serão examinados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em caráter terminativo.

Dados da Anatel mostram que o serviço de TV por assinatura no Brasil cresceu 1,8% em outubro contra setembro, para 17,7 milhões. Foram mais 320 mil assinaturas adicionadas à base. Os serviços, segundo ainda a agência, são distribuídos para aproximadamente 56,6 milhões de brasileiros.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Novo filme do diretor de "Shame" lidera indicações ao SAG; veja lista

Reprodução/Facebook

Os atores Clark Gregg e Sasha Alexander posam para foto após o anúncio dos indicados aos SAG Awards 2014

O filme "12 Anos de Escravidão", de Steve McQueen (mesmo diretor de "Shame", de 2011), lidera as indicações da 20ª edição do SAG (Screen Actors Guild Awards), o sindicato de atores dos Estados Unidos e um dos principais termômetros para o Oscar. "Álbum de Família", "O Mordomo da Casa Branca" e "Dallas Buyers Club" receberam três indicações cada. Os vencedores do SAG Awards 2014 serão anunciados no dia 18 de janeiro.

O rápido anúncio dos indicados foi feito na manhã desta quarta-feira (11) pelos atores Clark Gregg e Sasha Alexander. O SAG tem entre seus integrantes as mesmas pessoas que votam em diversas categorias do Oscar --nos últimos cinco anos, os filmes escolhidos por este sindicato ganharam o Oscar de melhor filme.

O longa "12 Anos de Escravidão" recebeu indicações para elenco, ator principal para Chiwetel Ejiofor, ator coadjuvante para Michael Fassbender e atriz coadjuvante para Lupita Nyong.

Baseada nas memórias de um negro livre que é vendido como escravo, a trama segue o homem em seu cotidiano com a família, até que, enganado por uma oferta de trabalho, é aprisionado e levado ilegalmente ao sul escravista. Começam assim 12 anos de penúrias.

O SAG também distribui prêmios na área de televisão. Neste ano, o drama "Breaking Bad" recebeu o maior número de indicações. A série, que chegou ao fim este ano após a quinta temporada, foi indicada nas categorias de melhor ator de drama, melhor atriz de drama, melhor elenco de drama e melhor conjunto de dublê.

Na última edição, o filme "Lincoln" e a comédia "30 Rock" se destacaram entre os vencedores SAG Awards. A produção de Steven Spielberg, uma das favoritas ao Oscar 2013, deu prêmios aos atores Daniel Day-Lewis (melhor ator) e Tommy Lee Jones (melhor ator coadjuvante).

As indicações do SAG dão o pontapé inicial para temporada de premiações de Hollywood cujo clímax é o Oscar, no dia 2 de março, e que prossegue com a divulgação dos indicados ao Globo de Ouro, que serão anunciados nesta quinta-feira (12).

Veja os indicados ao SAG Awards 2014:

Melhor atriz
Cate Blanchett, por "Blue Jasmine"
Meryl Streep, por "Álbum de Família"
Judi Dench, por "Philomena"
Sandra Bullock, por "Gravidade"
Emma Thompson, por "Saving Mr. Banks"

Melhor ator
Matthew McConaughey, por "Dallas Buyers Club"
Forest Whitaker, por "O Mordomo"
Bruce Dern, por "Nebraska"
Tom Hanks, por "Capitão Phillips"
Chiwetel Ejiofor, por "12 Anos de Escravidão"

Atriz coadjuvante
Jennifer Lawrence, por "Trapaça"
Lupita Nyong'o, por "12 Anos de Escravidão"
Oprah Winfrey, por "O Mordomo da Casa Branca"
June Squibb, por "Nebraska"
Julia Roberts, por "Álbum de Família"

Ator coadjuvante
Barkhad Abi, por "Capitão Phillips"
Daniel Bruhl, por "Rush"
Jared Leto, por "Dallas Buyers Club"
Michael Fassbender, por "12 Anos de Escravidão"
James Gandolfini, por "À Procura do Amor"

Melhor elenco:
"Trapaça"
"Álbum de Família"
"12 Anos de Escravidão"
"O Mordomo da Casa Branca"
"Dallas Buyers Club"

Melhor elenco de dublês
"Lone Survivor"
"Rush: No Limite da Emoção"
"All Is Lost"
"Velozes e Furiosos 6"
"Wolverine - Imortal"

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Burocracia trava bilhões arrecadados pela Ancine

Nunca se arrecadou tanto dinheiro para investimento no audiovisual brasileiro: só nos últimos dois anos, foram quase R$ 2 bilhões. Mas a maior parte dessa arrecadação não está chegando a quem faz filmes e séries de TV, por conta da burocracia da Ancine (Agência Nacional de Cinema).

Ciente do problema, a agência pretende anunciar, ainda neste ano, alterações no FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), com novos modelos de financiamento que pretendem dar mais agilidade à liberação dos recursos.

O problema é que parte da verba do fundo ainda não empenhada (mais de R$ 1 bilhão) corre o risco de ser contingenciada pelo governo federal, segundo fontes ouvidas pela Folha.


Ou seja: por não ter conseguido gastar, a Ancine se arrisca a perder parte do que acumulou.

Esse cenário começou a se desenhar com a chamada lei da TV Paga (2011), que fez com que as empresas de telecomunicações passassem a pagar a Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), que abastece o FSA.

Resultado: a arrecadação para o fundo aumentou quase 17 vezes,saltando de R$ 54,6 milhões em 2011 para R$ 906,7 milhões em 2012, patamar que se manteve neste ano (R$ 977,8 milhões).

Nem todo esse dinheiro vai para o FSA porque o governo pega 20% do valor bruto. Mas o crescimento no orçamento do fundo foi expressivo: de 2007 até junho deste ano, somou R$ 2,02 bilhões.

FATIAS DO BOLO

A Ancine ofereceu ao mercado (produtoras de cinema, de TV, distribuidores e exibidores), no mesmo período, pouco mais de 40% deste total --cerca de R$ 857 milhões.

Editoria de Arte/Folhapress

Por que o restante do orçamento ainda não foi investido? Procurada pela reportagem da Folha ao longo de duas semanas, a Ancine preferiu não responder a essa questão.

"A execução orçamentária dos recursos ocorre em três etapas, empenho, liquidação e pagamento", disse a agência, via assessoria, por e-mail.

"O saldo entre os valores inscritos na lei orçamentária e os pagos em cada exercício fiscal permanece em 'restos a pagar' para os exercícios seguintes, respeitando as disponibilidades financeiras do Tesouro Nacional."

O presidente da agência, Manoel Rangel, em seu terceiro mandato, também não quis dar entrevista.

"A Ancine tem absoluta consciência de tudo que está acontecendo, e está tentando superar. Agora, o Estado brasileiro está amarrado, por conta da estrutura burocrática", diz o cineasta Roberto Moreira, um dos integrantes do Comitê Gestor do FSA.

"Entre eles fazerem o concurso e o dinheiro ser liberado, às vezes vai um ano e meio, dois. É muito cruel, porque tem a inflação, você não consegue planejar. A gente tem uma sensação de uma máquina emperrada."

A lentidão do sistema fica evidente quando se compara o total disponibilizado pelo FSA (R$ 857 milhões) com o que foi efetivamente pago até agora: R$ 310 milhões.

REGRAS DO CONTRATO

Para a Ancine, a culpa é do mercado. "Todos os recursos disponibilizados nos editais e linhas de crédito contam com disponibilidade financeira para liquidação imediata. A liquidação depende exclusivamente do atendimento pelo privado das condições contratuais pactuadas", disse a agência, via assessoria.

O problema, segundo quem produz, está justamente nas "condições contratuais pactuadas", com regras como a que prevê que os projetos tenham de captar no mínimo 80% de seu orçamento antes de receberem o dinheiro da Ancine.

A esperança do mercado é que as novas regras do FSA, que trarão mecanismos de financiamento automático (o atual modelo é baseado em análise de projetos via edital), agilizem a liberação da verba e, por extensão, o ritmo das produções. Resta ver quanto sobrará do orçamento até lá.

Por Marco Aurélio Canônico, para o jornal Folha de São Paulo, em 10/12/2013.