quinta-feira, 28 de abril de 2011

Justiceiros de Deus



Mais um para a série do MANTENHA A DISTÂNCIA. Justiceiros de Deus é um filme horroroso do começo ao fim. Também, o que esperar de John Leguizamo e Harvey Keitel? Nada de especial, respondo imediatamente. Um filme com uma narrativa confusa, um enredo bagunçado, elenco que não engrena, e um produto final daqueles que fica difícil assistir até o final.

Elenco e trama podem dar as mãos... péssimos!!! Uma garota que segue a carreira de policial após presenciar o assassinato de seu pai (também policial) é o máximo dos clichês. E a garotona, que deveria ser preparada, cai em pranto toda vez que está em ação. Sem contar a piadinha do cigarro e da comida sem qualidade que rola entre ela e seu parceiro (que antes era parceiro do seu pai). Nossa...

São tantos defeitos... John Leguizamo fazendo papel duplo, de gêmeos sedentos pela vingança de matar aqueles que foram responsáveis pela morte de seus pais, mas que depois também querem matar quem matou o irmão mais velho, e depois decidem matar aquele que matou uma mulher louca que queria matar alguém na rua... pois é nessa confusão que a história segue... e tudo em nome de Deus...

Uma história bagunçada, com um elenco de péssima qualidade, e a direção (desgovernada) não levam o filme a lugar nenhum. Com muito esforço é possível assistir o filme até o fim. A produção ultrapassa a barreira trash. Daqueles para se manter longe a qualquer preço. Dinheiro e tempo jogados no lixo.

Informações Técnicas
Título no Brasil: Justiceiros de Deus
Título Original: The Ministers
País de Origem: EUA
Gênero: Suspense
Classificação etária: 16 anos
Tempo de Duração: 89 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Estúdio/Distrib.: Playarte
Direção: Franc Reyes

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tubarão de Malibu





Fazia muito tempo que eu não assistia um filme tão trash. Mas pra matar a saudade, acho que exagerei na dose. Tubarão de Malibu é mais do que um filme B. É um filme, na melhor das avaliações, categoria L (do mais puro lixo).


Tudo é errado. Uma trama das mais absurdas. Efeitos da pior categoria. Um elenco desengonçado (nem a atriz que interpretava Nikita no começo dos anos 2000 salva a parada). Uma narrativa das mais confusas. E a coisa ruim segue por diversos caminhos.


Se no clássico Tubarão, o ápice do filme era o momento em que tocava aquela musiquinha assustadora, em Tubarão de Malibu, o ponto máximo acontece quando um coral é mostrado. Dando a impressão que está tudo tranquílo, mas a sequência promete uma boa borra de sangue em alto mar. Péssimo!


Um tremor submarino liberta seis tubarões pré-históricos que rumam famintos para as praias de Malibu. O grupo de salva-vidas do local vai ter que encarar os monstros e ainda enfrentar um tsunami que os levará cidade adentro.


O grupo de salva-vidas é o pior. Daqueles mais clichê que você já viu. Rola pedido de casamento na praia. Sexo na cabaninha (implícito, é claro). E briga pra ver quem é o mocinho, e quem é que consegue catar a mocinha. A praia... ah, a praia... somente jovens entre 21 e 25 anos... todos bombadões, no maior alto astral... nada de rolar uma farofinha, ou mostrar uma daquelas donas de casa, ou mesmo aquele tiozão fora de forma, com os pneus às vistas. Será que eles acreditam mesmo que as praias são daquele jeito???


Alguns filmes desse estilo ainda conseguem arrancar boas risadas. Não é o caso desse longa.


Enfim, se você procura um filme que alcança o cume do mais tosco que pode existir em uma produção cinematográfica, essa é uma excelente pedida. Mas se você não gosta de perder tempo com bobagens, fique longe. Na verdade, esse filme deveria ser tirado do mercado, de tão ruim...



Ficha Técnica
Título Original: Malibu Shark Attack
Gênero: Suspense
País de Origem: Austrália
Estreia no Brasil: 2007
Duração: 100 minutos



terça-feira, 26 de abril de 2011

Alice no País das Maravilhas





Demorei algum tempo para criar coragem e assistir esse filme. Não pela produção em si, mas pela história de Alice que, confesso, nunca me chamou a atenção. Não me sentia confortável com toda aquela nova perspectiva de mundo que seu criador, o autor Lewis Carroll, me empurrava com seus personagens desajeitados (aquele coelho do relógio sempre me irritou) e sem relação. Mesmo agora, entendendo a coisa toda, continuo não gostando, mas o filme de Tim Burton me deixou surpreso.


Outro dia falei dos filmes com o DNA de Clint Eastwood, e acho que o mesmo se aplica a Tim Burton. Seus filmes contêm seu jeito, sua fotografia e paleta de cores especial, que permite o destaque e o reconhecimento de que existe ali algo especial.


É isso mesmo o que é aplicado em Alice no País das Maravilhas. O filme tem a cara das produções de Tim, e representa exatamente tudo aquilo que é Alice. Uma história com personagens amalucados, situações sem muita explicação, e um tom sombrio que agrada bastante (mesmo para quem não é muito fã da história original).


Nada de diálogos exageradamente rebuscados, Johnny Depp na melhor versão do Chapeleiro Maluco, Helena Bonham Carter muito bem no papel da Rainha Vermelha e até a novata Mia Wasikowska, atuando como uma Alice nem tão inocente assim, garantem um bom resultado final.


Um filme cheio de efeitos e personagens distorcidos, que encaram de boa suas diferenças, e fogem dos modismos da história original sem perder a referência.


No filme, Alice (Mia Wasikowska), aos 19 anos de idade, volta ao País das Maravilhas, fugindo de um casamento arranjado. No mundo mágico, ela reencontra os personagens estranhos, como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), a Rainha Branca (Anne Hathaway) e a Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter), inspirados na obra de Lewis Carroll. É nessa jornada fantástica que a jovem tentará encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha Vermelha.


Um filme diferente, no final das contas. Uma versão mais dark do conto infantil, e com isso, uma leitura muito mais agradável deste clássico. O filme é bastante rápido, partindo logo para as soluções, sem detalhes longos e cansativos. Uma boa pedida para quem procura um filme alternativo. Para minha surpresa, muito agradável.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Tim Burton
Elenco: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Michael Sheen, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter, Matt Lucas, Alan Rickman, Christopher Lee, Crispin Glover, Stephen Fry
Produção: Richard Zanuck, Joe Roth, Jennifer e Suzanne Todd
Roteiro: Linda Woolverton
Fotografia: Dariusz Wolski
Duração: 109 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Fantasia
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Classificação: 10 anos

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Wall Street: O dinheiro nunca dorme





Mais um daqueles casos em que a continuação não consegue ter a mesma qualidade de seu filme original. Nesse caso, estamos falando de Wall Street - O dinheiro nunca dorme, continuação de Wall Street - Poder e cobiça. Embora seja uma "continuação", a história não segue a tendência de seguir acontecimentos de seu antecessor, na verdade, mesmo que faça várias menções à outra história, e tenha como um de seus protagonistas o velho Gordon Gekko (Michael Douglas), com suas peripécias capitalistas, a nova versão não pode ser tratada exatamente como sendo uma continuação.


Como em todo filme de Oliver Stone, prepare-se para um show de direção, com uma bela fotografia, e um elenco que vai bem do começo ao fim. Os únicos absurdos são os diálogos longos e algumas vezes desinteressantes, além de alguns acontecimentos excessivamente inocentes (vai me dizer que você transferiria 100 milhões de dólares para o nome de outra pessoa esperando que ela investisse em um novo tipo de energia ecológicamente responsável???).


No mais, é um filme envolvente, pesado, mas com uma trama atual e real. Tenta ainda dar alguns pitacos a respeito da crise financeira que atingiu o planeta em 2008, mas no fundo, mais uma vez se arrisca no campo do politicamente (in)correto, ao trazer a público muitas das sacanagens que rolam em bolsas de valores ou que são feitas por alguns grandes empresários.


No filme, Jacob "Jake" Moore (Shia LaBeouf) é um novato corretor da Bolsa de Valores norte-americana, que está namorando Winnie (Carey Mulligan), a filha de Gordon Gekko (Michael Douglas). Jake acredita que seu chefe, Bretton James (Josh Brolin), teve alguma ligação com a morte de seu mentor. Gekko decide, então, ajudar o jovem Jake em seus planos de vingança.


Destaque mesmo para as grandes interpretações de seu elenco repleto de estrelas. Michael Douglas, Shia LaBeouf, Susan Sarandon, John Brolin, Javier Bardem, e até mesmo Charlie Sheen (protagonista de Wall Street - O poder e cobiça) dão um show durante todo o filme.


Confesso que eu esperava um pouco mais da história, principalmente por causa do seu primeiro episódio. Mesmo assim, se você busca um filme com uma trama envolvente, grandes atuações e diálogos que exigem bastante da sua atenção, esse filme é feito especialmente pra você. Uma grande pedida para quem busca um filme mais "cabeça". Fique longe se espera puro e simples entretenimento.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Oliver Stone
Elenco: Michael Douglas, Susan Sarandon, Shia LaBeouf, Charlie Sheen, Javier Bardem, Frank Langella, Carey Mulligan, Vanessa Ferlito, John Brolin.
Produção: Oliver Stone, Edward R. Pressman, Eric Kopeloff, Michael Douglas
Roteiro: Allan Loeb, baseado na história de Bryan Burrough
Fotografia: Rodrigo Prieto
Trilha Sonora: Craig Armstrong
Duração: 127 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Edward R. Pressman Film
Classificação: 12 anos

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Além da vida





Além da Vida é um drama diferente, que retrata a morte de um jeito diferente. Na verdade, por ser um filme de Clint Eastwood, o mínimo que pode ser esperado é uma produção de muita qualidade. E isso não é diferente neste belo longa.


Confesso que depois de Cartas de Iwo Jima, Gran Torino e Invictus, eu esperava um pouco mais desse filme, mas o resultado não chega a ser decepcionante.


Acontece que a qualidade de direção, elenco, fotografia e efeitos é surpreendente, mas a história se alonga demais, e o final, embora atenda a demanda da história, não chega a empolgar.


Mesmo assim, Matt Damon, Cécile de France, e os irmãoes Frankie e George McLaren superam em suas atuações, com personagens fortes e envolventes.


Como já tratado em outras críticas, a cena do tsunami retratada logo no início do filme é uma das mais incríveis produzidas. E a fotografia (em conjunto com a iluminação) tem o DNA de Clint.


O filme gira em torno de três pessoas que são afetadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um operário norte-americano que tem uma conexão especial com o além. Em outro ponto do planeta, a jornalista francesa Marie (Cécile De France) acaba de passar por uma experiência de quase-morte que muda sua visão diante da vida. E, quando Marcus (Frankie/ George McLaren), um garoto londrino, perde uma pessoa muito próxima, começa uma procura desesperada por respostas. Enquanto cada um segue o caminho em busca da verdade, suas vidas se cruzam e são transformadas para sempre pelo que eles acreditam que possa existir, ou realmente exista - a vida após a morte.


Apesar de tratar um assunto tão em pauta no cinema ultimamente (a morte), o filme se preocupa mais com o lado daqueles que sobrevivem ou devem seguir suas vidas após a perda de alguém querido. No fundo, a mensagem de que é necessário seguir a vida, independente do que acontece está latente em vários momentos.


O filme é bastante agradável, embora lento em algumas passagens. Um drama de qualidade, com muitos pontos positivos. Atuações de peso, qualidade cenográfica, e uma trama bem trabalhada. Enfim, um filme com a qualidade da direção de Clint Eastwood. Mesmo sendo um drama e tratando um tema tão delicado, o filme não chega a ser um dramalhão. É forte na medida certa. Pra quem curte um filme inteligente, com bons elementos e uma boa trama, é imperdível. Pra assistir e se emocionar.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Clint Eastwood
Elenco: Matt Damon, Cecile de France, Frankie McLaren, George McLaren, Jay Mohr, Bryce Dallas Howard
Produção: Kathleen Kennedy, Robert Lorenz
Roteiro: Peter Morgan
Fotografia: Tom Stern
Trilha Sonora: Clint Eastwood
Duração: 129 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: The Kennedy/Marshall Company / Malpaso Productions
Classificação: 12 anos

terça-feira, 19 de abril de 2011

Olhares do outro mundo





Um Olhar do Paraíso é um filme diferente. Um drama que explora um problema atual, e que utiliza artifícios que nos dão uma nova perspectiva do que aconteceria após a morte. Ao mesmo tempo é chocante, pela própria situação vivida pela família do morto e, mais do que isso, da situação claustrofóbica daqueles que se foram, que se vêem presos a sentimentos e, de uma maneira geral, em uma situação fora de controle.


Mais do que explorar a morte, a história foge daqueles clichês de céu e paraíso, e colocam a protagonista em um mundo que se baseia em experiências e sonhos. Ponto para a direção, que conseguiu definir e apresentar essa outra realidade com maestria.


Ao mesmo tempo, o filme tem um peso (filosófico, até) que exige uma visão mais distante do espectador. A visão do perdão acima da vingança. A visão da busca pelo bem estar daqueles que ficam. Tão difícil de ser conseguida por aqueles que passam por uma situação parecida.


No filme, Susie Salmon (Saoirse Ronan) tem 14 anos, mora num bairro do subúrbio da Pensilvânia e é assassinada por um vizinho. Do céu, ela narra a história e mostra como a vida dos que viviam ao seu redor mudou após sua morte, bem como a busca por seu corpo ainda desaparecido.


O filme foge do moralismo, ou da intenção de vender uma mensagem, mas aplica de maneira diferenciada recursos de efeitos e narração que tratam com sutileza um assunto tão delicado. Destaque para o elenco, que consegue transpassar com honras o sentimento que acompanha tal tragédia. Além disso, tanto a fotografia como a combinação de efeitos visuais embelezam a trama.


Um filme denso, que exige bastante de seu espectador. Que apresenta a vulnerabilidade e a impotência que cai sobre as pessoas em situações trágicas. Um drama interessante para quem curte o estilo, mas forte para quem não aprecia uma visão mais direta de uma realidade tão latente na sociedade moderna. Vale pela nova perspectiva, pelo voto de esperança, e pela visão diferenciada aplicada sobre a morte.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Peter Jackson
Elenco: Saoirse Ronan, Mark Wahlberg, Rachel Weisz, Susan Sarandon, Stanley Tucci.
Produção: Carolynne Cunningham, Peter Jackson, Aimée Peyronnet, Fran Walsh, Steven Spielberg
Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson, baseado em livro de Alice Sebold
Fotografia: Andrew Lesnie
Duração: 139 min.
Ano: 2009
País: EUA/ Reino Unido/ Nova Zelândia
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: WingNut Films
Classificação: 14 anos

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Arraste-me para a próxima sessão



Arraste-me para o Inferno é um daqueles filmes de terror que garante bons sustos e boas risadas. Não chega a ser um terror violento, ao estilo dos modernosos Jogos Mortais e Cia., que ensinam como fazer as pessoas sofrerem, assim como fazem sofrer seus espectadores.


Arraste-me é uma produção mais light, que trabalha com maldições e possessões. Com algumas tiradas que satirizam a própria história e seus acontecimentos.


No filme, Christine Brown (Alison Lohman) é uma ambiciosa analista de crédito de um banco de Los Angeles, que tem um ótimo namorado, o professor Clay Dalton (Justin Long), e um futuro promissor. Um dia, a senhora Ganush (Lorna Raver) chega ao banco, implorando que prorrogue o pagamento de sua hipoteca. Mas, para agradar ao chefe, Christine nega o pedido, fazendo com que a senhora seja despejada de sua casa. Como retaliação, a senhora Ganush lança uma maldição sobre a jovem e sua vida se transforma em um verdadeiro inferno.


A produção conta com um elenco esforçado, mas que está mais acostumado com produções mais leves. O próprio namorado de Christine, o ator Justing Long, pode ser visto em muitas comédias. E a preocupação com as locações é bastante grande. Mesmo que muitas vezes o jeitão de "produzido em estúdio" fique evidente, isso não estraga o efeito geral e até dá um certo tom mais tosco à história.


Enfim, pra quem curte um terror mais leve e que tenta recuperar o estilo tradicional dessas produções, o filme é uma boa pedida. Além dos sustos, ainda existem momentos em que o filme tenta fazer piada do próprio filme, o que deixa as coisas ainda mais leves. Um terror agradável e deliciosamente divertido. Boa pedida pra quem gosta do estilo.


FICHA TÉCNICA Diretor: Sam Raimi Elenco: Justin Long, Alison Lohman, Jessica Lucas, Lorna Raver, David Paymer, Dileep Rao, Reggie Lee. Produção: Grant Curtis, Sam Raimi, Robert G. Tapert Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi Fotografia: Peter Deming Trilha Sonora: Christopher Young Duração: 99 min. Ano: 2009 País: EUA Gênero: Terror Cor: Colorido Distribuidora: Não definida Classificação: 16 anos

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Enroladamente delicioso



Enrolados é delicioso. Sem dúvida nenhuma, mais um grande desenho animado com o DNA Disney. Completo do início ao fim. Personagens cativantes, roteiro impecável, colorido como deve ser, com sacadas espetaculares de humor e ação, e a perfeição do desenho dos estúdios Disney.


O filme é perfeito para todos os públicos. Entre os personagens, destaque não somente a própria Rapunzel e seu "príncipe", mas principalmente para o camaleão e o cavalo real metido a cachorro de caça, são hilários.


O roteiro é impecável, com uma ótima releitura da madrasta do mal, do príncipe encantado, e da mocinha que espera paciente a vinda do seu salvador. A produção mostra uma protagonista mais ativa e curiosa, um ladrão metido a príncipe, e uma madrasta que enfrenta sérios problemas com sua "filha" adolescente.


No filme, para escapar de uma torre, na qual está presa há anos, a bela e mal-humorada Rapunzel (Mandy Moore) conta com a ajuda de Flynn Rider (Zachary Levi), um charmoso e ousado bandido. A dupla, então, parte em uma fuga repleta de ação e cabelos, muitos cabelos... ao lado de um cavalo policial, um camaleão superprotetor e um bando de criminosos beberrões.


A qualidade das cores e do desenho é um destaque à parte. Em todos os detalhes é possível perceber a qualidade da produção. As cores e a animação são surpreendentes (quem assistiu em 3D diz que tudo fica ainda melhor). Tornando a história ainda mais apaixonante.


Os momentos de ação e humor também superam. A sequência da perseguição pela antiga mina é excelente. E o humor é na medida certa. Impossível ficar sem rir quando Rapunzel tenta prender Flynn no armário, ou quando o cavalo banca o cão farejador e sai à caça do mesmo Flynn.


Um filme maravilhoso para assistir a qualquer momento por toda a família. E mais, vale repetir e repetir, já que as piadas parecem nunca perder a graça. Irresistível em todos os momentos. Uma grande pedida pra quem procura um filme divertido e inteligente. Simplesmente imperdível!!!


FICHA TÉCNICA


Diretor: Nathan Greno, Byron Howard


Elenco: Vozes na versão original de: Mandy Moore, Zachary Levi, Donna Murphy, Ron Perlman, M. C. Gainey, Jeffrey Tambor, Brad Garrett, Paul F. Tompkins, Richard Kiel Produção: Roy Conli


Roteiro: Dan Fogelman, baseado no conto de fadas de Jacob Grimm e Wilhelm Grimm


Trilha Sonora: Alan Menken


Duração: 92 min.


Ano: 2010


País: EUA


Gênero: Animação


Cor: Colorido


Distribuidora: Disney


Estúdio: Walt Disney Animation / Walt Disney Pictures


Classificação: Livre

quinta-feira, 7 de abril de 2011

E você tava achando que só a profissão era ruim


Não é só a profissão que é ruim, por aqui. O filme também segue a mesma linha, só que chega a ser pior. Com dois atores que vêm ganhando status no mundo das comédias em Hollywood, o longa O Pior Trabalho do Mundo chega a ser, na melhor das hipóteses, totalmente dispensável.


O filme apela para a piada pronta baseada em tiradas sexuais ou relacionadas a algum vício. Chega a oferecer boas risadas no seu começo, mas depois da metade se torna absurdo e cansativo.


Embora comediantes estrelas, Jonah Hill e Russell Brand não emplacam, e algumas cenas parecem forçadas e exageradas.


No filme, Aaron Green (Jonah Hill), ambicioso jovem de 24 anos de idade, precisa tomar um rumo em sua carreira e recebe uma oportunidade: ser segurança de um astro do rock durante sua viagem de Londres para Los Angeles. Aldous Snow (Russell Brand) é um músico brilhante, mas seu temperamento forte e o alcoolismo o levam a se tornar uma pessoa insuportável e a grande chance da vida de Aaron se transforma em um pesadelo.


Não é muito o meu estilo preferido de comédia. Pode agradar algumas pessoas que não ligam para a graça mais sem censura. Não se caracteriza como um filme para toda a família. Enfim, se tiver outras opções, mantenha distância com tranquilidade.


FICHA TÉCNICA

Diretor: Nicholas Stoller

Elenco: Jonah Hill, Russell Brand, Elisabeth Moss, Rose Byrne, Colm Meaney, Sean Combs Produção: Judd Apatow

Roteiro: Nicholas Stoller, Jason Segel

Fotografia: Robert D. Yeoman

Trilha Sonora: Lyle Workman

Duração: 109 min.

Ano: 2010

País: EUA

Gênero: Comédia

Cor: Colorido

Distribuidora: Paramount Pictures Brasil

Estúdio: Apatow Productions / Universal Pictures

quarta-feira, 6 de abril de 2011

No princípio, era tudo verdade

Sábado à noite, Rio de Janeiro. Depois de assistir a “Carne, Osso”, que disputa a mostra competitiva nacional de médias e longas-metragens do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, cerca de 60 espectadores participam de um debate por mais de uma hora e saem do cinema pouco antes de meia-noite. O que os fez permanecer ali todo esse tempo?
Resposta de quem teve a oportunidade de apresentar a sessão e mediar em seguida o debate: a força do cinema documental. “Carne, Osso” investiga as condições de trabalho em frigoríficos do país. Para quem nunca foi contratado por um deles ou não conhece alguém que tenha sido, as informações são terrivelmente impactantes.

Produzido pela ONG Repórter Brasil, o filme de Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros cumpre missão jornalística. Traz relatos de trabalhadores (alguns dos quais aposentados por invalidez), mostra imagens de linhas de produção (com rotinas estressantes que geram diversos problemas motores e psicológicos), apresenta dados que permitem compreender o cenário.

Mais do que um filme-denúncia voltado contra os frigoríficos, “Carne, Osso” lembra como o trabalhador continua frágil diante da força do capital, e também como o “rombo” da Previdência Social está relacionado, entre outros fatores, com doenças e acidentes de trabalho e aposentadorias precoces, que custam mais ao sistema do que o valor da contribuição previdenciária dos empregadores responsáveis por elas.

Cada um dos mais de 90 documentários de 29 países exibidos na 16a edição do É Tudo Verdade abre, a exemplo de “Carne, Osso”, uma janela própria para a leitura do real. Alguns são mais jornalísticos (e portanto informativos), como o filme de Cavechini e Barros; outros, mais experimentais e provocadores, como “Aterro do Flamengo”, de Alessandra Bergamaschi, e “Homem Erótico”, de Jorgen Leth.

No conjunto, o festival lembra o que perdemos quando o cinema de ficção se tornou hegemônico no circuito comercial, a partir do início do século 20, e deixou apenas migalhas para a produção documental e experimental. Nem sempre foi assim: nos primórdios do cinema, ainda no século 19, o princípio dominante era o de abordar diretamente o real para buscar uma compreensão mais ampla do mundo.

Hoje, documentários circulam, com raras exceções, apenas em festivais e salas específicas de grandes cidades. É bem verdade que encontraram na TV uma vitrine generosa (fenômeno muito mais forte na Europa e nos EUA do que no Brasil), ampliada nos últimos 15 anos pela internet. Mas, perto da ficção, continuam a ser o “patinho feio”.

O É Tudo Verdade prossegue até domingo, em São Paulo e no Rio de Janeiro. De quinta a sábado, o festival promoverá também a 11a. Conferência Internacional do Documentário, na Cinemateca Brasileira (SP). Ambos os eventos são gratuitos; para ver a programação completa, que inclui sessões em Brasília e Recife, clique aqui.

Uma boa maneira de checar o seu repertório nessa área é conferir abaixo a lista de 25 principais documentários da história, eleita em 2007 pela International Documentary Association (IDA). Pela lembrança, meu agradecimento ao blog da 2001 Vídeo, que informa quais deles estão disponíveis em DVD no Brasil e traz links para trailers. Não é uma lista “científica” e, evidentemente, gera debates, mas funciona como referência de partida.

1. “Basquete Blues” (Hoop Dreams, 1994), de Steve James.

2. "A Tênua Linha da Morte" (The Thin Blue Line, 1988), de Errol Morris.

3. “Tiros em Columbine” (Bowling for Columbine, 2002), de Michael Moore.

4. “Spellbound” (2002), de Jeffrey Blitz.

5. “Harlan County, uma Tragédia Americana” (Harlan County, 1976), de Barbara Kopple.

6. “Uma Verdade Inconveniente” (An Inconvenient Truth, 2006), de Davis Guggenheim.

7. “Crumb” (1994), de Terry Zwigoff.

8. “Gimme Shelter” (1970), de Albert e David Maysles e Charlotte Zwerin.

9. “Sob a Névoa da Guerra” (The Fog of War, 2003), de Errol Morris.

10. “Roger e Eu” (Roger & Me, 1989), de Michael Moore.

11. “Super Size Me” (2004), de Morgan Spurlock.

12. “Bob Dylan – Don’t Look Back” (Don’t Look Back, 1967), de D. A. Pennebaker.

13. “Caixeiro-Viajante” (Salesman, 1968), de Albert e David Maysles e Charlotte Zwerin.

14. “Koyaanisqatsi – Uma Vida Fora de Equilíbrio” (Koyaanisqatsi, 1983), de Godfrey Reggio.

15. “Sherman’s March” (1986), de Ross McElwee.

16. “Grey Gardens” (1976), de Albert e David Maysles, Ellen Hovde e Muffie Meyer.

17. “Na Captura dos Friedmans” (Capturing the Friedmans, 2003), de Andrew Jarecki.

18. “Nascidos em Bordeis” (Born into Brothels, 2004), de Zana Briski e Ross Kauffman.

19. “Titicut Follies” (1967), de Frederick Wiseman.

20. “Buena Vista Social Club” (1999), de Wim Wenders.

21. “Fahrenheit 11 de Setembro” (Fahrenheit 9/11, 2004), de Michael Moore.

22. “Migração Alada” (Le Peuple Migrateur, 2001), de Jacques Perrin.

23. “O Homem Urso” (Grizzly Man, 2005), de Werner Herzog.

24. “Noite e Neblina” (Night and Fog, 1955), de Alain Resnais.

25. “Woodstock – 3 Dias de Paz, Amor e Música” (Woodstock, 1970), de Michael Wadleigh.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Eles nunca cansam



Predadores é um daqueles filmes que se pode dizer que quem viu um já viu todos. Não se trata de uma sequência, mas a história precisa se basear em alguma coisa, e ela vai buscar referências no original de 1987, que contava com a estrela de Arnold Schwarzenegger. À época o filme já era meio tosco, na nova versão o tosco conseguiu se superar.


Nada contra o filme, que até cumpre bem a sua intenção de entreter. Mas acho que a saga desse alien já está um pouco saturada e não há muito o que fazer para salvar seu futuro.


Curiosas são algumas passagens que remetem a outros filmes, como as cenas no tal maquinário de perfuração. Seria uma referência ao longa Alien? Alien que já foi inimigo do Predador em outra tosca produção. E o fato de você ter referências do tal monstrão mas nunca vê-lo durante quase todo o começo do filme? Seria uma imitação da fórmula de Tubarão? Acredito que roteiristas e diretor tenham reciclado o filme usando artifícios de velhos filmes de sucesso.


No mais, o filme é apenas uma seleção de atores esforçados (com raros momentos de brilho de Adrien Brody ou da brasileira Alice Braga), em uma floresta tropical em um planeta qualquer que não a Terra, fugindo de alienígenas caçadores.


Por sinal, a trama se baseia na história do militar Royce (Adrien Brody), um mercenário que, relutantemente, tem de liderar um grupo de elite em um planeta alienígena. Ao chegar ao local, ele descobre que todos os outros membros da equipe são mercenários ou ex-condenados e tudo não passa de uma grande caçada. Eles são os principais alvos e os Predadores irão caçá-los.


Um filme pra assistir sem nenhum compromisso. Tirando o fato de o filme servir como passatempo não há muitos destaques positivos. Efeitos medianos e cenas de ação meio desencaixadas (a da luta entre o samurai e o predador é uma delas), com um elenco sem estrelas. Pra assistir sem muitas expectativas.


FICHA TÉCNICA Diretor: Nimród Antal Elenco: Adrien Brody, Topher Grace, Alice Braga, Walton Goggins, Laurence Fishburne, Carey Jones. Produção: Elizabeth Avellan, Robert Rodriguez Roteiro: Alex Litvak, Michael Finch Fotografia: Gyula Pados Trilha Sonora: John Debney Duração: 107 min. Ano: 2010 País: EUA Gênero: Ficção Científica Cor: Colorido Distribuidora: Fox Film Estúdio: Twentieth Century-Fox Film Corporation / Troublemaker Studios Classificação: 14 anos

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Leilão nesta segunda-feira decidirá quem fica com a rede Blockbuster

Diversos interessados devem disputar o controle da concordatária rede de locadoras de vídeo Blockbuster em um leilão nesta segunda-feira (4) que decidirá quem controlará a empresa e quanto terá de pagar aos credores. A Blockbuster, no passado a maior rede de locadoras de vídeo do mundo, chegou a ter valor de mercado superior a US$ 5 bilhões em seu pico, em 2002, mas posteriormente passou a sofrer forte pressão por parte de concorrentes digitais e de entrega postal como a Netflix. O leilão pode preservar a Blockbuster como empresa, ainda que os participantes devam ter a opção de liquidar a companhia ou fechá-la. Os proventos da venda se tornarão parte da massa falida. A operadora de TV via satélite Dish Network e o investidor bilionário Carl Icahn se qualificaram para o leilão ao submeter lances na semana passada, reportou o “Wall Street Journal” na sexta-feira, mencionando fontes familiarizadas com o tema. A empresa decidiu se colocar à venda em fevereiro, depois do fracasso de um plano de reorganização. O leilão da segunda-feira será seguido por uma audiência diante do juiz Burton Lifland, do tribunal de falências, em 7 de abril, para aprovar o novo proprietário, que tirará a empresa da concordata. Um lance inicial apresentado em fevereiro por um grupo de fundos de hedge liderado pela Monarch Alternative Capital, no valor de US$ 290 milhões, estabeleceu um piso para as ofertas. Outros participantes apresentaram lances de valor inferior a US$ 296 milhões para se qualificar para o leilão, na semana passada, de acordo com o jornal. Um porta-voz da Dish se recusou a comentar; Icahn não respondeu a telefonemas solicitando comentários. O grupo liderado pela Monarch inclui Owl Creek Asset Management, Stonehill Capital Management e Varde Partners. A SK Telecom, maior operadora de telefonia móvel da Coreia do Sul, também está interessada em investir na Blockbuster, disse um executivo da empresa à Reuters na semana passada. Em 04/04/2011, no link http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2011/04/04/leilao-nesta-segunda-feira-decidira-quem-fica-com-a-rede-blockbuster.jhtm

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Para o mestre com carinho



O Último Mestre do Ar é um daqueles filmes que foi buscar inspiração no desenho animado. Isso não quer dizer que o filme é ruim, mas para aqueles que não conhecem a série, a luta entre as nações do fogo, água, terra e ar, pode se tornar um tanto confusa.


A verdade é que o filme explora bem efeitos especiais e efeitos de "embelezamento" das locações. O resultado disso é um filme bonito e com cenas com um cuidado plástico espetacular. No entanto, é na força do seu elenco e na trama que o filme deixa a desejar.


O elenco jovem não convence, e a história deixa algumas passagens de fora, deixando de fora também o espectador. O resultado disso é um filme bonito mas cansativo, previsível e, aparentemente, prediminantemente voltado ao público infanto juvenil.


Para essa galerinha que é fã da série, tudo faz sentido e até as lutas sem uma única gota de sangue, ou o estranho desaparecimento de lagartos gigantes no meio de uma grande batalha não reduzem a qualidade da produção. Não que eu faça questão do sangue, mas ainda gostaria de saber o que aconteceu com os animais, que poderiam ser cruciais na batalha...


No filme, quatro nações (Ar, Água, Terra e Fogo) unidas pelo destino quando a Nação do Fogo inicia uma guerra brutal com as outras. Um século se passou sem qualquer esperança em vista de uma mudança neste caminho de destruição. No fogo cruzado entre o combate e a coragem, Aang (Noah Ringer) descobre que é o Avatar, o único com o poder de manipular todos os quatro elementos. Aang reúne-se com Katara (Nicola Peltz), uma dobradora de água, e seu irmão Sokka (Jackson Rathbone), para restaurar o equilíbrio do seu mundo em guerra.


Um filme leve, com uma bela fotografia e bons efeitos visuais. No mais, a trama não parece querer criar muito apego, assim como os seus personagens. Se você é fã da série, não pode perder. Também pode ser uma boa pedida para a criançada, mas se você quer um filme mais "cabeça", talvez não seja uma boa pedida. Pra assistir, mas não considero um filme imperdível.


FICHA TÉCNICA


Diretor: M. Night Shyamalan


Elenco: Jackson Rathbone, Dev Patel, Nicola Peltz, Cliff Curtis, Jessica Andres, Noah Ringer, Seychelle Gabriel, Shaun Toub, Aasif Mandvi.


Produção: Scott Aversano, Frank Marshall, Sam Mercer, M. Night Shyamalan


Roteiro: M. Night Shymalan


Fotografia: Andrew Lesnie


Trilha Sonora: James Newton Howard


Duração: 103 min. Ano: 2010


País: EUA


Gênero: Aventura


Cor: Colorido


Distribuidora: Paramount Pictures Brasil


Estúdio: Paramount Pictures / Nickelodeon Movies


Classificação: 10 anos