segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

'O discurso do rei' vence filme, ator, diretor e roteiro original no Oscar


O filme "O discurso do rei" foi o grande vencedor da 83ª edição do Oscar, realizada na noite deste domingo (27) em Los Angeles. Indicado em 12 categorias, o longa-metragem de Tom Hooper saiu da cerimônia com quatro das principais estatuetas, incluindo a mais cobiçada: melhor filme, ator, diretor e roteiro original.

Principal rival de "O discurso do rei" na premiação, "A rede social", de David Fincher, recebeu três troféus: roteiro adaptado, trilha original e edição.

Como já se esperava, "A origem", de Christopher Nolan, dominou os chamados prêmios técnicos da noite, levando os Oscars de efeitos visuais, fotografia, mixagem e edição de som. O longa também estava indicado ao prêmio de melhor filme e direção, entre outros.

Concorrendo na categoria documentário, a coprodução Brasil/Reino Unido "Lixo extraordinário", sobre o trabalho do artista Vik Muniz com catadores do aterro do Gramacho, não levou a estatueta. O troféu ficou com "Trabalho interno" ("Inside job", no original), que joga luz sobre a grave crise financeira dos Estados Unidos de 2008.

'Meus homens e minha mãe'Ao receber o prêmio como melhor diretor, Hooper agradeceu aos "homens de meu triângulo amoroso: Colin Firth, Geoffrey Rush e eu". "Só estou aqui por causa de vocês... espero que essa referência não a deixe com ciúmes", completou dirigindo-se a Helena Bonham Carter, que faz o papel da Rainha Mãe em "O discurso do rei".

O diretor também agradeceu a seus pais, em especial à mãe. "Em 2007, minha mãe, que é australiana, foi convidada para ir a uma leitura de uma peça em Londres que não tinha sido produzida nem ensaiada de 'O discurso do rei'. Ela quase não foi, mas graças a Deus acabou indo e quando voltou para casa falou: 'Tom, eu acho que encontrei o seu próximo filme'. Com isso dedico [este prêmio] a você. E a moral da história é: escute a sua mãe."

O gago e a bailarina

" O discurso do rei" também garantiu o prêmio de melhor ator a Colin Firth, por sua interpretação do rei gago George VI. Aparentemente emocionado, o ator britânico não gaguejou em seu discurso de agradecimento, mas brincou: "Estou com um mal-estar no estômago, uma coisa que parece que está dançando na minha barriga. Talvez isso seja problemático, se isso descer para minhas pernas e eu ainda estiver no palco."

Natalie Portman confirmou o favoritismo e venceu a estatueta de melhor atriz por "Cisne negro". Grávida de seu primeiro filho e chorando muito, a atriz agradeceu à toda equipe do filme e principalmente a seu companheiro, o coreógrafo Benjamin Millepied, que a treinou para o filme. "Ele me deu o papel mais importante da minha vida", disse.

As categorias de ator e atriz coadjuvantes foram ambas de "O vencedor", para Melissa Leo e Christian Bale.A animação "Toy story 3", outra que concorria à estatueta de melhor filme, venceu o prêmio de longa-metragem animado e também canção original, por "We belong together". A versão de Tim Burton para "Alice no País das Maravilhas" também levou dois: figurino e direção de arte.




Confira a seguir a lista completa de vencedores do 83º Oscar:

Melhor direção de arte- "Alice no País das Maravilhas"
Melhor fotografia- "A origem"
Melhor atriz coadjuvante:- Melissa Leo – “O vencedor”
Melhor curta-metragem de animação- "The lost thing", de Shaun Tan, Andrew Ruheman
Melhor longa-metragem de animação:- "Toy story 3"
Melhor roteiro adaptado- “A rede social”
Melhor roteiro original- “O discurso do rei”
Melhor filme de língua estrangeira- "Em um mundo melhor" (Dinamarca)
Melhor ator coadjuvante- Christian Bale – “O vencedor”
Melhor trilha sonora original- "A rede social" - Trent Reznor e Atticus Ross
Melhor mixagem de som- "A origem"
Melhor edição de som- "A origem"
Melhor maquiagem- "O lobisomem"
Melhor figurino- "Alice no País das Maravilhas"
Melhor documentário em curta-metragem"Strangers no more"
Melhor curta-metragem- "God of love"
Melhor documentário (longa-metragem)- "Trabalho interno"
Melhores efeitos visuais- "A origem"
Melhor edição- "A rede social"
Melhor canção original- "We belong together", de "Toy story 3"
Melhor diretor- Tom Hooper – “O discurso do rei”
Melhor atriz- Natalie Portman – “Cisne negro”
Melhor ator- Colin Firth – “O discurso do rei”
Melhor filme- “O discurso do rei”

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estúdios de Hollywood reclamam dívidas da Blockbuster


Os estúdios de Hollywood começaram a reclamar as dívidas contraídas pela multinacional de locação de filmes Blockbuster, que está afundando financeiramente, informou nesta quinta-feira "The Hollywood Reporter".

A companhia se declarou em quebra no final de 2010 e depois que os acionistas não entraram em acordo sobre um plano para sua reestruturação se optou por colocar a empresa à venda, um operação que está prevista para ser concluída antes do final de abril.Enquanto isso, Universal Pictures, 20th Century Fox e Summit Entertainment exigiram que a Blockbuster pague as dívidas pendentes associadas à comercialização de seus filmes.

A soma total superaria os US$ 23 milhões, apesar de a Universal ter proposto que a Blockbuster devolvesse os DVDs de sua propriedade em lugar do dinheiro. Atualmente, a empresa de locação de filmes conta com uma oferta de compra de US$ 290 milhões por parte de fundos de investimento que, se for concretizada, resultaria no fechamento de mais de 600 lojas das cerca de de 3,3 mil que ainda tem em funcionamento.




Rede de videolocadoras americana entrou em concordata com o avanço da internet e a queda no aluguel de filmes



A Blockbuster, rede americana de locadoras de vídeos que entrou em concordata no ano passado, iniciou o processo de venda e já encontrou um possível comprador, segundo informou a Reuters. A Cobalt Video Holdco, empresa controlada por fundo de investimentos, apresentou uma oferta inicial de US$ 290 milhões (R$ 485 milhões aproximadamente).

Esse tipo de proposta ( chamada em inglês de “stalking horse”, ou pretexto) é utilizado como um valor mínimo e outros possíveis interessados terão de oferecer um preço maior para iniciar as negociações.

A Blockbuster também pediu autorização da Justiça para conduzir um leilão de venda.
Além dos EUA, a rede de videolocadoras possui negócios no Canadá, na Dinamarca, Itália, no México e Reino Unido. No Brasil, as operações da Blockbuster foram vendidas para a rede brasileira Lojas Americanas, que hoje apenas detém o direito de utilizar a marca no País. A varejista transformou as videolocadoras em lojas Americanas Express, um formato de lojas mais compactas.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A maldição do Oscar de ator e atriz

Para um ator, ganhar um Oscar nem sempre é sinônimo de sucesso na indústria do cinema. Enquanto para uns pode significar boas propostas de trabalho e um cachê polpudo, para outros a realidade pode ser bem mais cruel.

No caso de Henry Fonda e Geraldine Page, o prêmio significou a despedida das telas e de Hollywood – ambos morreram pouco tempo depois da vitória. Em outros casos, trouxe uma série de escolhas erradas e a consequente bancarrota profissional.

Como não lembrar de Cuba Gooding Jr, que fez um discurso emocionante ao receber o Oscar e nunca mais conseguiu outro papel à altura? Ou de Faye Dunaway, saindo do auge da carreira com "Rede de Intrigas" para a mais completa irrelevância?

Relembre abaixo alguns casos famosos de atores que não conseguiram superar a maldição do Oscar e se reerguer.

Tatum O'Neal – O Oscar

Tinha apenas dez anos em 1974, quando recebeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu papel em "Lua de Papel", de Peter Bogdanovich, tornando-se a pessoa mais jovem a ganhar uma estatueta.

Antes

Filha do ator Ryan O'Neal, Tatum nunca havia trabalhado num longa antes de "Lua de Papel", o que tornou ainda mais impressionante sua escolha para o prêmio.

Depois

Tatum nunca conseguiu repetir o feito de "Lua de Papel". Um dos culpados pela fraca carreira teria sido o próprio pai, que, de acordo com ela, a teria abusado física e psicologicamente por causa do uso de drogas. Em sua adolescência, a própria atriz foi viciada em heroína e, em 2008, foi presa comprando crack em Nova York.


Whoopi Goldberg – O Oscar
Recebeu em 1991 a estatueta de melhor atriz coadjuvante pelo papel de uma médium no drama sobrenatural "Ghost - Do Outro Lado da Vida".

Antes

Cinco anos antes da vitória, Whoopi já havia sido indicada ao prêmio por "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg, de 1985.

Depois

Após protagonizar as comédias "Mudança de Hábito", em 1992, e "Mudança de Hábito 2", em 1993, participou de uma série de filmes menores em pontas quase imperceptíveis. A volta de Whoopi ao Oscar só ocorreu anos mais tarde, mas como apresentadora do evento.

Faye Dunaway – O Oscar

A estrela ganhou o Oscar de melhor atriz em 1977 por seu papel no filme "Rede de Intrigas", dirigido por Sidney Lumet. A atriz, na época com 36 anos, estava no auge da carreira.

Antes

Dunaway já havia sido indicada por papéis memoráveis nos longas "Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas", em 1967, e "Chinatown", em 1974. Antes deles, a atriz trabalhou no filme-catástrofe "Inferno na Torre", de 1974, ao lado de Steve McQueen e Paul Newman.

Depois
Cinco anos após ganhar a estatueta, a atriz recebeu o Framboesa de Ouro, paródia do Oscar que premia os piores filmes, atores e atrizes, por sua atuação em "Mamãezinha Querida", de 1981. Depois disso, nunca mais conseguiu um papel decente em Hollywood, tendo atuado em produções como "Don Juan DeMarco", de 1995, e filmes menores para a TV.


Henry Fonda – O Oscar
Recebeu em 1982 o Oscar de melhor ator por seu trabalho no filme "Num Lago Dourado", uma adaptação da peça teatral de Ernest Thompson.

Antes

O artista é patriarca de uma família de atores norte-americanos, que inclui seus filhos Jane e Peter Fonda, e sua neta Bridget Fonda. Além disso, seu currículo contém clássicos como "As Vinhas da Ira", de 1940, "Era Uma Vez no Oeste", de 1968, e "A Batalha de Midway", de 1976.

Depois

Quando recebeu o Oscar, Henry tinha 77 anos e viria a morrer meses depois.


F. Murray Abraham – O Oscar

O norte-americano F. Murray Abraham ganhou o Oscar de melhor ator em 1985 por "Amadeus", em que interpretou o compositor italiano Antonio Salieri.

Antes

Murray Abraham havia feito papeis menores nos cultuados "Todos os Homens do Presidente", de 1976, e "Scarface", de 1983.

Depois

Logo após receber o prêmio, o ator conseguiu o papel do vilão de "O Nome da Rosa", estrelado por Sean Connery em 1986. Depois disso, a carreira de Murray Abraham voltou aos papéis menores, em filmes como "O Último Grande Herói", de 1993, e "Jornada nas Estrelas: Insurreição", de 1998. Um desperdício para alguém que ganhou o prêmio máximo do cinema norte-americano.

Geraldine Page – O Oscar

Aos 62 anos, Geraldine Page recebeu o Oscar de melhor atriz em 1986 por seu papel em "O Regresso para Bountiful", batendo colegas como Jane Fonda e Kathleen Turner. Ela já havia sido indicada oito vezes ao prêmio.

Antes

Page já havia ganhado o Globo de Ouro e o BAFTA, além de ter trabalhado em filmes como "O Estranho que Nós Amamos", de 1971, com Clint Eastwood, e "Interiores", de 1978, dirigido por Woody Allen.

Depois

Após receber a estatueta, a atriz participou de apenas mais três filmes. Morreu em 1987, vítima de uma parada cardíaca.


Cuba Gooding Jr. – O Oscar

Foi o papel de um jogador de futebol americano temperamental em "Jerry Maguire - A Grande Virada" que rendeu a Cuba Gooding Jr. o Oscar de melhor ator coadjuvante em 1997, ocasião em que protagonizou um dos discursos mais memoráveis da premiação.

Antes

Apesar de iniciante, Gooding Jr. havia conseguido papeis em filmes interessantes antes de ser premiado, como "Os Donos da Rua", de 1991, e "Questão de Honra", de 1992.

Depois

Conseguiu papeis menores em raros bons filmes, como "Melhor É Impossível", de 1997, e talvez por isso tenha optado em protagonizar uma série de comédias de gosto duvidoso, como "Cruzeiro das Loucas", de 2003, e "Acampamento do Papai", de 2007.


Halle Berry – O Oscar

Ganhou o prêmio de melhor atriz em 2002 por "A Última Ceia", tornando-se a primeira mulher negra a ganhar a estatueta nessa categoria.

Antes

Com uma longa carreira em filmes pequenos, Halle seguia uma curva ascendente, participando de produções como "O Brilho de Uma Estrela", de 1999, e da série cinematográfica "X-Men", em que interpretava a heroína Tempestade.
Depois

Pouco tempo após o Oscar, conseguiu estar em um dos piores filmes da história, a fraca adaptação da personagem de quadrinhos "Mulher-Gato", que lhe rendeu o Framboesa de Ouro, paródia do Oscar para os maiores fracassos do ano. Depois de tamanho tropeço, sua carreira não voltou aos trilhos.


Adrien Brody – O Oscar

O quase desconhecido Adrien Brody recebeu em 2003 o Oscar de melhor ator por sua atuação no drama "O Pianista", dirigido por Roman Polanski.

Antes

Brody perseguia o sucesso fazendo papeis menores em filmes como "Além da Linha Vermelha", de 1998, "O Verão de Sam", de 1999, e "As Flores de Harrison", de 2000.
Depois

Com o Oscar nas mãos e o reconhecimento após um papel de enorme carga dramática, o ator conseguiu desperdiçar seu talento em filmes severamente criticados como "A Vila", de 2004, "King Kong", de 2005, e "Predadores", de 2010.


Renée Zellweger – O Oscar

Uma das novas queridinhas da América, Renée Zellweger ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2004 por seu papel no drama histórico "Cold Mountain".

Antes

O rosto de Zellweger ganhou notoriedade em Hollywwod após a atriz interpretar o interesse romântico de Tom Cruise em "Jerry Maguire". Mas a fama chegou anos depois, com o papel da jornalista atrapalhada de "O Diário de Bridget Jones" (2001). Sua performance no musical "Chicago" (2002) garantiu o reconhecimento da crítica e sua segunda indicação ao Oscar.

Depois

Zellweger se perdeu em tentativas de firmar-se como atriz dramática, participando de produções fracas como "A Luta Pela Esperança" (2005) e "Miss Potter" (2006). Ao mesmo tempo, tentou manter-se na seara das comédias, tropeçando na sequência "mais do mesmo" "Bridget Jones no Limite da Razão" (2004). O fundo do poço foi o terror "Caso 39" (2009), cuja bilheteria não consegui pagar seu orçamento.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Saiba como entrar na Academia e vencer o Oscar de melhor filme

Política e matemática. Os flashes e as lágrimas são o que todo mundo vê no tapete vermelho e no palco do Oscar 2011, mas, nos bastidores da festa, o que norteia a premiação são a frieza dos números e o corporativismo dos profissionais da indústria do cinema. No segundo ano em que 10 concorrentes disputam o prêmio de melhor filme, muita gente ainda não conhece a fórmula complexa que permite que o segundo colocado favorito da maioria, por exemplo, ganhe a principal estatueta da noite.

Antes, no entanto, é preciso entender quem faz parte desse time da Academia de Hollywood, responsável por organizar e entregar o Oscar. Formada por mais de 6 mil membros, a entidade é um clube de "notáveis" e não tem tanto peso corporativo (para isso servem os sindicatos). Ela é dividida em 15 setores, de acordo com cada área da indústria cinematográfica, como atores, diretores, documentaristas e técnicos de efeitos especiais. Não é possível ser sócio de mais de um setor – se o sujeito é ao mesmo tempo ator, diretor e roteirista, será escolhido para participar de apenas um desses times particulares.

Ser indicado a um Oscar ajuda muito, mas não é garantia da carteirinha de sócio. Para entrar na Academia, o primeiro passo é ter uma boa relação com os colegas. Isso porque o processo de seleção é sempre o mesmo: o candidato precisa ter dois "padrinhos" em sua área, que defendam seu nome e o apresentem à diretoria do setor.

Se apoiada, a candidatura vai adiante e é avaliada pelo Conselho da Academia, uma espécie de Senado formado pela presidência – encabeçada atualmente pelo executivo Tom Sherak e seu vice, Sid Ganis, que já foi quatro vezes presidente – e por representantes eleitos. Esse pequeno grupo (menos de 10% do total de associados) avalia se o candidato representa os "altos padrões" da Academia ou tem uma contribuição importante ao cinema. Se for o caso, parabéns, o convite chega às mãos do felizardo (que talvez nem estivesse a par desse processo todo), assim como a cobrança da anuidade de 250 dólares.

Em 2011, coincidentemente, a diretora da área de atores da Academia – a mais populosa, com 1.183 sócios – é uma das indicadas a melhor atriz: Annette Bening, protagonista de "Minhas Mães e Meu Pai". Uma votação em massa dos associados pode fazer com que ela surpreenda a favorita Natalie Portman, de "Cisne Negro", e leve para casa a estatueta. Uma manobra política, portanto, que tem peso ainda maior no momento de definir os indicados.

No final de dezembro, cada associado envia uma lista de cinco concorrentes, em ordem de preferência, de sua área de atuação: roteiristas votam em roteiro, atores nos prêmios de interpretação, maquiadores em maquiagem e assim por diante. Todos os associados, no entanto, informam seus preferidos a melhor filme. A partir disso, chega-se à lista final de indicados que disputam a estatueta – a exceção fica por conta de melhor filme estrangeiro e longa-metragem de animação, selecionados por comitês específicos.

Já na hora de escolher os vencedores, dois meses depois, os membros votam em todas as categorias, apesar de nenhuma delas ser obrigatória – a princípio, é possível deixar algumas em branco, embora dificilmente isso aconteça. Assim, um maquiador pode opinar em outros prêmios técnicos, como edição e direção de fotografia, além dos principais. Em apenas cinco categorias é preciso comprovar ter visto todos os concorrentes: curta-metragem e curta de animação, documentário em longa e curta-metragem e filme estrangeiro.

A grande mudança do ano passado, com dez finalistas ao Oscar de melhor filme, é que, em vez de apenas marcar um "X" em seu favorito, o votante numera por ordem de preferência, de 1 a 10, todos os indicados, começando por seu filme predileto (1) e terminando com aquele que menos gostou (10).

As últimas cédulas foram enviadas aos eleitores no dia 02 de fevereiro e recebidas até o dia 22. Tudo é feito de forma manual, tanto o voto dos membros quanto a apuração: a Academia continua abrindo mão da tecnologia para garantir que os resultados finais, manejados por auditores, estejam ao alcance de poucos.

Sistema preferencial: o quebra-cabeças

Até 2009, ganhava o Oscar o indicado com o maior número de votos. Isso continua valendo para todas as categorias, exceto para o prêmio de melhor filme, o mais importante da festa. Com dez candidatos no páreo, a Academia achava arriscado que uma produção com apenas 11% de apoio pudesse, apesar de bastante improvável, ganhar a estatueta. Assim, a empresa responsável pela auditoria do prêmio decidiu adotar o complexo sistema de preferências.

Grosso modo, funciona da seguinte forma: na apuração, a empresa monta dez pilhas de votos, separando-as de acordo com os filmes que tiveram a nota máxima, ou seja, uma pilha para as cédulas com "O Discurso do Rei" na primeira posição, outra com "Cisne Negro", outra com "A Rede Social", até todas estarem divididas.

O próximo passo é eliminar a pilha com o menor número de cédulas, redistribuindo os votos a partir do filme na segunda posição em cada uma delas. Caso um filme que tenha sido descartado esteja na segunda posição, usa-se aquele que está na terceira, e assim por diante. Esse procedimento se repete até que a pilha de um dos filmes tenha 51% do total de cédulas recebidas, que será o ganhador.

Essa técnica permite, por exemplo, que o filme na segunda posição da maioria dos votantes seja o grande vencedor da noite – é só ir eliminando as pilhas que se chega lá. Pode parecer complexo e até injusto, mas o sistema preferencial é utilizado atualmente nas eleições municipais de algumas cidades dos Estados Unidos e de forma geral na Austrália. Muita gente defende sua efetividade, em especial os auditores da PricewaterhouseCoopers, que zelou pela segurança do Oscar em 77 de seus 83 anos.

"Quando há 10 concorrentes para um prêmio específico, a vantagem do sistema preferencial é que ele realmente mede a profundidade do apoio entre os todos votantes", garantiu o auditor Rick Rosas à Associated Press. "A chave é sempre ter o maior número de votos na primeira posição, porque isso dá uma probabilidade maior de vitória. Os votos em segundo ou terceiro lugar podem nunca vir à tona, dependendo de quem ficou em primeiro."

Por Marco Tomazzoni, em 23/02/2011, no link http://ultimosegundo.ig.com.br/oscar/saiba+como+entrar+na+academia+e+vencer+o+oscar+de+melhor+filme/n1238096874423.html

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Illy... Billy... Wall-E...



Essa é uma daquelas animações mais do que especiais. Na minha modesta opinião, se destaca entre as 3 melhores dos últimos tempos. Mais do que a tecnologia, que permite que as animações apresentem coisas inimagináveis, a divisão Disney/Pixar consegue dar a um robozinho características quase humanas, e apresentar sentimentos que muitos atores reais não conseguem em suas atuações.

Wall-E é fantástico. Fora de série. Daquelas animações que divertem e emocionam, com seus personagens fortes e sua mensagem atual e real.

A boa trilha sonora, se une à qualidade da produção, e uma narrativa que faz com que o espectador nem perceba o tempo passar, e quando o filme acaba deixa a sensação de quero mais.

Uma das cenas mais tocantes é quando Wall-E encontra a robozinha Eva, e se apaixona à primeira vista. Falar assim pode ser estranho, mas quando você observa a cara do pequeno autômato, o brilho nos seus olhos é de derreter o coração.

Assisti esse filme quando foi lançado no cinema, e pude presenciar a reação de uma criança que estava próxima de mim que não via há muito tempo. Não quero estragar a surpresa de quem ainda não o assistiu, mas a emoção da criança é justificada pela grande qualidade dessa maravilhosa produção. Emoção sem apelar para algum detalhe triste.

O filme conta que cerca de 700 anos no futuro, a Terra está infestada por poluentes. Por isso, os humanos vivem numa nave que percorre a atmosfera do planeta. Um robô que vive na Terra coletando lixo se apaixona por uma máquina que está na companhia dos humanos, no espaço. Assim, ele sai numa jornada para se juntar a ela.

Vencedor do Oscar de Melhor Animação, Wall-E realmente o faz por merecer. Consegue ser atual e divertido, sem insistir na mensagem que reprova a maneira como vivemos nos dias de hoje. Um filme para as crianças e para os adultos curtirem muitas vezes. Vale repetições e repetições, e a cada vez você consegue observar novidades e se encantar ainda mais.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Andrew Stanton
Elenco: Vozes na versão original de: Fred Willard, Jeff Garlin, Ben Burtt, Kim Kopf, Garrett Palmer, Sigourney Weaver.
Produção: Jim Morris
Roteiro: Andrew Stanton
Fotografia: Jeremy Lasky
Trilha Sonora: Thomas Newman
Duração: 105 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Pixar Animation Studios
Classificação: Livre

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Esse francesinho era demais...


Esse é um daqueles casos de filmes clássicos e deliciosos. Não é uma produção muito comum, e o estilo de humor europeu não pode ser comparado às produções norte americanas da época. Também não acredito que seja possível algo parecido nos dias de hoje, talvez nos momentos mais egocêntricos de Jim Carrey, mas sem os trejeitos forçados de seu protagonista.


As Aventuras de Rabbi Jacob é um filme diferenciado, principalmente por causa do seu ator, o francês Louis de Funès, um mestre do humor da sua época. Confesso que depois de ter assistido esse longa fui obrigado a garimpar mais algumas pérolas desse ator e, como não poderia ser diferente, a qualidade do seu humor é mantida em outras obras (vejam também O Gendarme, e O Gendarme em St. Tropez).

Embora exista toda uma preocupação com a caracterização das locações, o forte do filme é o seu elenco, que garante muitas doses de boas risadas, em momentos que algumas vezes não esperamos ser possível fazer graça. Mesmo assim, o filme mescla a boa fotografia com uma narrativa envolvente.

No filme, Victor Pivert (Louis de Funès) é um homem que não tem nada contra imigrantes, desde que negros, judeus e árabes não se aproximem dele. Durante a viagem para o casamento da filha, ele se mete em diversas aventuras que o fazem mudar seus preconceitos. Para sair das confusões Victor precisa se passar por rabino, sendo até mesmo confundido com um negro quando o escapamento de seu carro estoura em seu rosto e o deixa coberto de fuligem.

Uma excelente pedida para quem curte um filme das antigas. Boas doses de humor, um elenco bastante coeso, além da boa história que retrata deliciosamente os anos 70. Se você busca uma comédia animada e diferente, esse é o seu filme. Vale a locação e muitos repetecos.

Ficha Técnica
título original:Les Aventures de Rabbi Jacob
gênero:Comédia
duração:1 hr 40 min
ano de lançamento: 1973
estúdio: Les Films Pomereu / Horse Film
distribuidora: 20th Century Fox Film Corp.
direção: Gérard Oury
roteiro: Josy Eisenberg, Gérard Oury e Daniéle Thompson
produção: Bertrand Javal
música: Vladimir Cosma
fotografia: Henri Decaë
edição: Albert Jurgenson

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

MGM planeja reinício de Robocop, Poltergeist e Hercules

Após se recuperar da falência, o estúdio MGM está com diversos planos para revigorar seus produtos. Segundo a Variety, a empresa pretende reiniciar três das franquias sobre as quais possui os direitos: Robocop, Poltergeist e Hercules.

Darren Aronofsky (Cisne Negro) era o diretor mais cotado para assumir o quarto filme de Robocop, que não é visto no cinema desde 1993. O último filme de Poltergeist também foi feito há mais tempo ainda: 1988.

Hercules é um caso à parte, por se tratar de um projeto antes trabalhado pela Spyglass - cujos donos assumiram a presidência da MGM nos últimos meses. Peter Berg (A Garota Ideal) está cotado para a produção da história, que será "centrada na figura mítica que virou as costas para os deuses, tornando-se um mercenário e treinador de um impiedoso exército".

Os quartos episódios de Robocop e Poltergeist estão previstos para 2013. Hercules estava planejado para sair ainda em 2011 pela Spyglass, mas deve sofrer leve atraso pela mudança de estúdio.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Onde é que eu consigo um bichinho desses?



Como treinar seu dragão é garantia total de diversão. Isso já é quase lugar comum quando se fala em animações, mas o apelo deste filme vai além daquele de simplesmente entreter e ser engraçado, sua mensagem de aceitação é maior, e sua história explora a sempre positiva relação entre seres humanos e animais (sejam eles quais forem).

O filme é muito bem produzido, dando atenção a muitos detalhes e expressões que dizem mais do que muitas palavras. Os cenários simples ajudam nessa questão. Você tem condições de prestar mais atenção aos personagens do que ao que acontece à sua volta.

E essa é uma das forças do filme, seus personagens. Um dragão e um garoto, que teriam tudo para ser inimigos, principalmente devido à relação de guerra entre as raças, mas que se unem de uma maneira muito especial, e ao fim, transformam essa relação em algo ainda mais especial por causa de uma condição comum entre eles.

E a produção é muito mais do que uma animação com história engraçadinha e mensagem politicamente correta. É um filme de aceitação e de respeito, algo tão em desuso nos dias de hoje.

No filme, Soluço é um viking adolescente que não combina muito bem com a longa tradição de sua tribo de heróicos matadores de dragões. Seu mundo vira de cabeça para baixo quando ele encontra Banguela, um dragão que desafia tanto ele quanto seus amigos a encararem o mundo a partir de outro ponto de vista.

Um filme delicioso. Daqueles que deixam o gosto de quero mais. Uma excelente pedida para toda a família. Para assistir e repetir muitas e muitas vezes. Uma grande produção, que diverte, cativa e entretem.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Dean DeBlois, Chris Sanders
Elenco: Vozes originais de Gerard Butler, Jonah Hill, Jay Baruchel, America Ferrera.
Produção: Tim Johnson, Kristine Belson
Roteiro: Adam F. Goldberg, Peter Tolan
Trilha Sonora: John Powell
Duração: 98 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: DreamWorks Animation
Classificação: Livre

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Será que ela é demais?


Ela é demais pra mim é mais uma daquelas comédias que explora as situações cômicas vivenciadas por homens e mulheres no campo das conquistas, mas não é um filme comum. Seu apelo tem algum sentido, e sua trama é leve e agradável.
O resultado é um filme delicioso, com elenco desconhecido mas esforçado, e uma narrativa bastante dinâmica e bem distribuída. A trilha sonora é um detalhe à parte, com bons exemplos da nova safra de músicos.
O filme não abusa das situações, apelando para o humor mais pesado ou pastelão, ou investindo naquelas piadas mais conhecidas. O resultado é uma história que vai ficando interessante à medida que se assiste, com ótimas doses de risadas
Na história, Kirk (Jay Baruchel) trabalha como segurança num aeroporto americano e de repente encontra aquela que é a mulher perfeita para qualquer homem, Molly (Alice Eve).
Não é um filme com aquela produção elaborada, mas atende bem o seu propósito de entreter. As doses de graça e a força de seus personagens atrai o espectador que não se decepciona com o resultado final. Apesar de geralmente se ver um apelo mais sexual, a história não chega a esse extremo, enveredando mais para as relações de amizade (suas influências) e a relação entre um esquisitão e uma patricinha com jeito de modelo.
Uma boa pedida pra quem procura uma comédia que realmente divirta sem apelar. Uma história leve e dinâmica, com personagens que com certeza se parecem com algum conhecido seu. Sem dúvida, é um daqueles filmes que cumpre mais do que promete, ou cumpre algo muito melhor do que aquilo que promete. Excelente pra qualquer sessão de vídeo.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Jim Field Smith
Elenco: Alice Eve, Jay Baruchel, Mike Vogel, Krysten Ritter, Debra Jo Rupp, Lindsay Sloane, Kim Shaw , Geoff Stults, T.J. Miller, Jasika Nicole, Brenna Roth, Trevor Eve, Nate Torrence, Sharon Maughan, Kyle Bornheimer, Hayes MacArthur, Jessica Joslin, Andrew Daly
Produção: David B. Householter, Jimmy Miller
Roteiro: Sean Anders , John Morris
Fotografia: Jim Denault
Trilha Sonora: Michael Andrews
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: DreamWorks SKG

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O cara de cima do muro


Don Cheadle é um camarada curioso. Não creio que seja um astro, e somente nos últimos tempos (principalmente após aparecer em Homem de Ferro) é que melhorou um pouco o seu status. Mas apesar de não ser um ator muito cativante, seus filmes costumam der bons.

E é isso mesmo o que acontece em O traidor. Embora com uma tirada previsível, o velho golpe do mocinho que se passa por bandido e acaba derrubando os planos maquiavélicos dos vilões, o filme tem uma trama bem construída, dando justificativas bastante plausíveis para o caos terrorista que ataca o mundo e os EUA.


O filme tem uma narrativa bastante inteligente, com uma direção preocupada em não perder detalhes sem tornar a coisa chata. O elenco não é um primor, mas é esforçado e consegue fazer a história rodar sem estrelismos desagradáveis.

Na história, um operador da CIA (Don Cheadle) trabalha secretamente contra um grupo de terroristas e acaba tornando-se suspeito de terrorismo. Guy Pearce é um agente do FBI que investiga as atividades terroristas.

O ponto confuso fica para as viagens que os personagens participam. Em um momento o cara tá na Inglaterra, daqui a pouco toma um ônibus e um trem e já mudam para os EUA, depois já estão de volta à França. Parece que América e Europa estão a menos de uma hora de distância.

No mais, o filme é uma boa pedida. inteligente, com boas doses de ação, e uma trama que prende a atenção de quem o assiste. Não creio que o filmes seja exatamente um drama, mas como thriller político funciona bem. Um bom vídeo para quem procura investigação e fugas desconcertantes, sem perder o conteúdo da história.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Jeffrey Nachmanoff
Elenco: Guy Pearce, Don Cheadle, Jeff Daniels, Neal McDonough, Saïd Taghmaoui, Archie Panjabi, Simon Reynolds, Lorena Gale, Jonathan Walker, Alexandra Castillo.
Produção: Don Cheadle, David Hoberman, Kay Liberman, Todd Lieberman, Chris McGurk, Danny Rosett, Jeffrey Silve
Roteiro: Steve Martin
Fotografia: J. Michael Muro
Trilha Sonora: Mark Kilian
Duração: 114 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Classificação: 14 anos

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E agora, Daniel Sam?



O remake do filme Karate Kid de 1984 é uma agradável surpresa. Com um elenco cativante, ótima fotografia, e belíssimas locações, o filme supera as expectativas e não deixa feio para o seu original de 1984.



Embora o original tivesse um tom mais romântico e melancólico, passional até, existia todo um cuidado na tratativa da relação entre o Sr. Miyagi (Pat Morita) e Daniel Larusso (Ralph Macchio), pra dar aquela impressão do respeito oriental.

A nova versão tem locações maravilhosas, lugares lindíssimos. Retratando a China de um jeito bastante especial. E o cuidado com os detalhes é muito parecido. Mesmo com mais de duas horas de filmes, a impressão que fica é que alguns detalhes poderiam ser melhor explicados, ou mais detalhados.

O filma, na verdade, é uma releitura muito feliz do original. Vários elementos foram alterados, e transportados para a realidade atual, sem abusar de elementos digitais (embora ocorram alguns efeitos especiais, mas sem abusos).

Jaden Smith mostra grande evolução como ator, e Jackie Chan em um papel mais dramático não deixa nada a desejar. No mais, o elenco não possui outras caras muito conhecidas.

No filme, Dre (Jaden Smith) vai com sua mãe para a China contra a sua vontade para que ela possa trabalhar. Ele não conhece a língua e tem dificuldades de se relacionar com as crianças de lá. O jovem sofre agressões verbais e psicológicas que não demoram a chegar à agressão física. Ele, então, conhece Mr. Han (Jackie Chan), que se oferece para lhe ensinar mandarim e artes marciais.

Alguns elementos são meio estranhos, como o fato de uma mãe solteira, trabalhadora de uma fábrica de automóveis, ser transferida para a China com o seu filho, sem saber o idioma local. É aquela velha máxima do americano que só quer falar inglês mesmo não estando em terras que tenham o inglês como idioma.

Ou a briga cabeluda que rola logo que Dre conhece a sua "namoradinha" chinesa. O pau que o garoto toma é cavernoso, mas sai apenas com um olho roxo, e no dia seguinte já tá novo, de novo. Engraçado também é o fato de o filme agora ser realmente protagonizado por adolescentes (ou semi adolescentes) enquanto que à época a produção usava atores de mais idade se passando por jovenzinhos.

Um belo filme, que surpreende e agrada. Não é um daqueles filmes para crianças ou adolescentes, pode ser visto por toda a família. Melhor ainda, pois os mais velhos poderão perceber e apontar as inúmeras diferenças entre as duas versões. Mesmo para os que não eram fãs do filme de 84, não existe muita relação, portanto, podem assistir sem grilo de ficar com a sensação de estar assistindo o mesmo filme com atores diferentes. Uma boa pedida para o vídeo em família da tarde de sábado ou domingo.



FICHA TÉCNICA
Diretor: Harald Zwart
Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji P. Henson, Wenwen Han, Rongguang Yu, Zhensu Wu, Zhiheng Wang, Jared Minns, Shijia Lü
Produção: Dany Wolf, Jada Pinkett Smith
Roteiro: Michael Soccio
Fotografia: Roger Pratt
Trilha Sonora: Atli Örvarsson
Duração: 140 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Columbia Pictures / China Film Group / Overbrook Entertainment / Jerry Weintraub Productions
Classificação: 10 anos

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Doido de pedra



Um dos melhores filmes de drama dos últimos tempos. Fotografia impecável, atuações de Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal e Robert Duvall extraordinárias e uma mensagem real e atual. Excelente pedida para quem gosta desse estilo.

A narrativa é mais lenta, com cenas longas e recheadas de diálogos, o que pode cansar algumas pessoas, mas a trama não permite que isso aconteça.

O resultado é um filme forte, que aponta um problema real, e cativa com a força de seus personagens.

Na história, Bad Blake (Jeff Bridges) é um cantor de música country acabado por uma vida dura, com casamentos demais, muitos anos na estrada e drinks demais. Ainda assim, Bad não pode evitar procurar sua salvação com a ajuda de Jean (Maggie Gyllenhaal), uma jornalista que descobre o homem por trás do músico.

O filme escolhe um tema muito interessante, a recuperação de um artista (que nem precisaria ser artista) que não acredita mais na vida e só se dedica à bebida. Nada mais atual e que faz parte da sociedade em todas as suas camadas. A partir daí, o esforço que se vê é digno de torcida por aqueles que o assistem, dando ainda mais emoção à história.

Uma bela produção, que apresenta uma história rica, atuações excelentes, e o lado vitorioso de um homem que teve o apoio e a força de vontade necessária para deixar seu vício e voltar a ser quem era. Filme emocionante para quem curte um drama muito bem elaborado e melhor ainda executado.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Scott Cooper
Elenco: Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal, Robert Duvall, James Keane, Anna Felix, Paul Herman, Tom Bower, Ryan Bingham, Beth Grant, Rick Dial, Jerry Handy.
Produção: Eric Brenner, Jeff Bridges, Michael A. Simpson
Roteiro: Scott Cooper
Fotografia: Barry Markowitz
Trilha Sonora: Stephen Brutom, T-Bone Burnett
Duração: 112 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Classificação: 14 anos

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Oscar 2011: Bom-humor e ansiedade marcam tradicional almoço

Los Angeles (EUA.), 7 fev (EFE).- O ambiente descontraído marcou o tradicional almoço dos indicados ao Oscar, realizado na segunda-feira em Los Angeles.

O espanhol Javier Bardem foi um dos primeiros a chegar ao hotel Beverly Hilton, onde aconteceu o encontro, no qual estiveram presentes os principais favoritos ao prêmio que será entregue em 27 de fevereiro, entre eles Colin Firth, Natalie Portman e Melissa Leo.

Bardem, candidato à láurea de melhor ator por seu papel em "Biutiful", declarou que foi "um presente incrível" o apoio dado por Julia Roberts, Sean Penn e Michael Mann ao filme nos Estados Unidos.

Apesar de ter experiência no Oscar, já que foi indicado em outras duas oportunidades, Bardem confessou que a candidatura é especial nesta ocasião pelo fato de ser um trabalho realizado em sua língua materna.

O britânico Colin Firth ("O Discurso do Rei") brincou sobre a importância do Oscar na carreira dos atores, e Natalie Portman ("Cisne Negro") criticou a demasiada importância atribuída à sua gravidez.

"É deprimente que isso tenha se transformado no tema de conversa em lugar do próprio filme", se queixou a favorita para o prêmio de melhor atriz.

Já a mais jovem entre as atrizes candidatas, Hailee Steinfeld ("Bravura Indômita"), reconheceu à imprensa que não esperava concorrer ao Oscar um dia.

"Nunca pensei que estaria aqui, isto é incrível", comentou a atriz de 14 anos, demonstrando sentimento semelhante ao de Jesse Eisenberg, que concorre a melhor ator por "A Rede Social".


Tenho a sensação de que não pertenço a este lugar, mas falo com gente que acho que merece estar aqui e me dizem que sentem o mesmo", disse Eisenberg.

O mesmo nervosismo não tomou conta de Jeff Bridges, que chega na edição 2011 do Oscar à sua sexta indicação, desta vez por "Bravura Indômita".

Por sua parte, James Franco, candidato a melhor ator por "127 Horas" e apresentador da gala de 27 de fevereiro junto a Anne Hathaway, aproveitou para antecipar que a cerimônia combinará "o novo e o velho" para atrair os espectadores de todas as idades.

O menu degustado pelas estrelas de Hollywood nesta segunda-feira teve como aperitivo uma salada de queijo de cabra, uma variedade de entradas, entre elas batatas recheadas com caviar, e bacalhau como prato principal.

Em 08/02/2011, da Agência EFE, no link http://cinema.yahoo.net/noticia/carregar/titulo/bom-humor-e-ansiedade-marcam-tradicional-almo-o-pr-oscar/id/29567

Se o filme é assim, imagina o game


Gamer é um daqueles filmes que tenta levar à ficção algo ainda mais fictício e irracional. Acredito que uma coisa seja querer adaptar uma história de um determinado jogo de video game para filme, mas tentar levar a execução do jogo para a tela da TV é massacrante.


O tema proposto pelo filme não é nada atraente, e a tentativa de levar a vicência de um jogo para o filme é assustadora. O resultado é um filme sem muito nexo, com cenas de ação exageradas, uma edição exageradamente fragmentada, jogo de câmeras que lembram (e causam o mesmo enjôo) os games.

Nem mesmo os astros Gerard Butler e John Leguizamo conseguem salvar a produção, que exagera na linguagem digital (sem necessariamente resolver a diferença entre os games e os filmes), e nos cortes violentos de cena.

O filme conta que num futuro próximo, um revolucionário videogame on-line será a mais popular forma de diversão. Semanalmente, milhões de internautas assistem a condenados lutando para sobreviver como se fossem personagens virtuais em um game. Kable (Gerard Butler), um prisioneiro, será a grande estrela deste jogo. Para o jogador, Kable é um mero personagem, mas para o grupo de resistência ele é a peça chave para a vitória.

O filme mais parecido que assisti nos últimos tempos foi Os Substitutos, com Bruce Willis, que também não é nada brilhante, mas que igualmente prega a ideia de um mundo sem seres humanos que comandam das suas casas robôs que tentam levar a vida nos seus lugares. Ao menos aqui a mensagem de protesto pelos exageros da vida virtual funciona.

As batalhas seguem sem sentido, e mesmo aqueles mais fanáticos por jogos perde o encanto com a sequência infindável de cenas sem sentido. Nada se salva. Se você não quer perder o seu tempo, deixe essa pérola na locadora, bem longe da sua TV.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Mark Neveldine, Brian Taylor
Elenco: Gerard Butler, Milo Ventimiglia, John Leguizamo, Alison Lohman, Michael C. Hall, Logan Lerman, Terry Crews.
Produção: Gary Lucchesi, Tom Rosenberg, Skip Williamson, Richard S. Wright
Roteiro: Mark Neveldine , Brian Taylor
Fotografia: Ekkehart Pollack
Trilha Sonora: Robb Williamson, Geoff Zanelli
Duração: 95 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Classificação: 18 anos

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Não se perca entre os perdedores


Não sei se Os Perdedores decepciona pelo seu conteúdo, ou pelo esforço necessário para ser assistido até o fim. Previsível, fraquinho, apesar de se basear em uma história em quadrinhos dos anos 70, a história deixa bastante a desejar.

Os detalhes bizarros são inúmeros: diálogos desnecessários; americanos vestidos como americanos no meio da Bolívia, sem ninguém perceber (???); mudança de cidades sem muita explicação; uma briga entre alguns personagens qe deveriam estar do mesmo lado; a narrativa fragmentada que destrói a história; entre outros detalhes que nem merecem citação.

O elenco nem é dos piores, com Zoe Saldana, Jeffrey Dean Morgan e Chris Evans, tentando nova investida em um filme de ação, mas a coisa entre eles não funciona muito bem. Tornando a trama fraca e sem sentido. Embora estejam tentando se salvar, apelam para o nacionalismo, naquelas de que só o herói americano tem as qualidades necessárias para prevalecer diante do inimigo.

No filme, um grupo das Forças Especiais americanas é enviado para a floresta boliviana em uma missão de busca e eliminação. O time - Clay (Jeffrey Dean Morgan), Jensen (Chris Evans), Roque (Idris Elba), Pooch (Columbus Short) e Cougar (Óscar Jaenada) – torna-se alvo de um poderoso inimigo, conhecido apenas como Max (Jason Patric). Dado como eliminado, o grupo planeja se vingar quando se une à misteriosa Aisha (Zoë Saldana). Trabalhando juntos, eles devem manter-se disfarçados, enquanto vão ao encalço do fortemente protegido Max, um impiedoso homem que pretende começar uma guerra tecnológica no mundo.

O filme tenta retratar o lado obscuro boliviano, e esquece de dar luz aos detalhes que justificariam a produção, que exige um forte esforço para ser assistida. A história é bastante bagunçada, e os personagens não cativam. Não é um filme para todos os gostos. Não tem o apelo necessário nem para a ação que pretende passar. Se puder, fique longe. Não serve nem para retratar um filme de ação de época.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Sylvain White
Elenco: Jeffrey Dean Morgan, Chris Evans, Jason Patric, Óscar Jaenada, Idris Elba, Zoë Saldana, Columbus Short,
Produção: Kerry Foster, Akiva Goldsman, Joel Silver
Roteiro: Peter Berg, James Vanderbilt, baseados na graphic novel de Andy Diggle
Fotografia: Scott Kevan
Trilha Sonora: John Ottman
Duração: 97 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Dark Castle Entertainment / DC Comics / Lakeshore Entertainment / Silver Pictures / Spyglass Entertainment / Weed Road Pictures

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Para morrer de rir


Morte no Funeral tem um elenco de peso. E é justamente o elenco que salva o filme. Sim, já que a história em si é muito bobinha e previsível, mas Chris Rock, Martin Lawrence e Tracy Morgan juntos, são muito bons.
O original inglês de 2007 não contava com estrelas, mas a história é muito parecida, exceto pelo elenco agora ser composto praticamente por atores negros.
Não é uma daquelas comédias certinhas, com doses homeopáticas de humor politicamente correto. Às vezes apelando para tons mais "heavy", a trama tem algumas sacadas deliciosas. Mas o destaque mesmo é para as atuações de Rock e Lawrence, irmãos que travam algumas discussões bastante interessantes.
No filme, uma família desajustada se junta para o enterro do patriarca. Quando um homem misterioso aparece e ameaça chantagear a família com um segredo obscuro do falecido, seus dois filhos tentam de tudo para não deixar que os presentes descubram.
A fotografia do filme é um caso à parte. Muito bem aproveitada. A narrativa é bastante fragmentada e rápida. Se você bobear, pode perder algum detalhe um pouco mais importante.
Outro destaque é Danny Glover. Em um elenco com tantas estrelas, a atuação de Glover, que faz o papel de tio resmungão, poderia ser mais extensa. Um veterano em perfeito equilibrio com o elenco muito mais jovem.
Não é um daqueles filmes certinhos. A história é bastante superficial, mas também não chega a ficar devendo. Tem momentos hilários, outros já batidos e sem graça. Não tente assistir o original e a refilmagem juntos... a sensação não é das melhores. Enfim, se você busca uma comédia mais pesada, é uma boa pedida.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Neil LaBute
Elenco: Chris Rock, Martin Lawrence, Tracy Morgan, Danny Glover, Regina Hall, James Marsden, Zoe Saldana, Columbus Short, Loretta Devine.
Produção: Dean Craig, Glenn S. Gainor, Jim Tauber
Roteiro: Dean Craig
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Screen Gems / Sidney Kimmel Entertainment

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

No velho oeste ele nasceu...


Nunca acompanhei as histórias em quadrinhos de Jonah Hex, e acredito que em uma época onde os filmes costumam ser moderninhos e tecnológicos, e os filmes de faroeste melados e românticos, saber de um que desponta desse horizonte repetitivo é um alento. Mas Jonah Hex não atende as necessidades dos amantes de uma boa produção de bang bang.
Na verdade, apesar de ser um filme de faroeste, ele é bastante moderninho, com efeitos especiais interessantes e cenas de luta bem desenvolvidas, mas retoma a velha máxima de vingança a qualquer preço que, quando conseguida, deixa a impressão que a história não tem mais sentido algum.
O tom sombrio do filme é um destaque. Os filmes de faroeste costumam ser muito claros, empoeirados, mas reluzentes. E é nesse viés que trabalham todas (ou pelo menos a grande maioria) as adaptações de HQs. Adotar um tom escurecido, que explore a falta de elementos visuais bem identificados. O melhor exemplo disso é Sin City. E até mesmo Batman e Homem de Ferro já enveredaram para esse caminho. Esse elemento quebra um pouco a sensação de estarmos assistindo um filme de bang bang.
O caso, aqui, é que Jonah Hex não chega a ser uma produção de faroeste, embora explore elementos desse estilo, e até se passe nesse tipo de cenário. O teor do malfeitor vingador também é parecido com o dos Clint Eastwoods desses filmes, mas as comparações acabam por aqui. No mais, a história tenta agregar elementos modernos aos de época, e confunde um pouco o espectador.
Na história, Jonah Hex (Josh Brolin) é um caçador de recompensas caracterizado pela metade do rosto desfigurada e pelo uniforme do exército dos Confederados (da Guerra Civil Americana). John Malkovich (A Troca) interpreta o vilão Turnbull, o rico proprietário de uma fazenda no sul dos EUA que culpa Hex erroneamente pela morte de seu filho e, claro, busca vingança.
Da parte do elenco, John Malkovich se destaca por ser um exímio vilão. Talvez até por eu gostar de vê-lo como tal. Já Josh Brolin e a musa Megan Fox não acrescentam muito com as suas fracas atuações.
É um filme interessante, com bons efeitos, cenas de luta e tiro, e que até tenta algumas sacadas divertidas com seus diálogos. Não chega a ser tão bom quanto outras adaptações (não julgando aqui a relação com o original dos quadrinhos), mas é um bom entretenimento. É uma produção pra ser assistida sem muitas exigências, por isso mesmo prepare-se para algumas cenas absurdas. Se você é fã desse estilo, provavelmente se divertirá bastante.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Jimmy Hayward
Elenco: Megan Fox, Josh Brolin, John Malkovich, Michael Fassbender, Will Arnett, Julia Jones, Michael Shannon, Aidan Quinn
Produção: Akiva Goldsman, Andrew Lazar
Roteiro: Brian Taylor, Mark Neveldine
Fotografia: Mitchell Amundsen
Trilha Sonora: Marco Beltrami, John Powell
Duração: 81 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Western
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Legendary Pictures / Mad Chance / Weed Road Pictures

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Hiper, super, extra, mega...


Megamente é uma animação bastante curiosa. Não só ao ser analisada, mas também ao ser assistida. Acontece que entre as animações "top" de linha, não acredito que o filme seja, de fato, mega. Mas em relação à trama, o roteiro tem uma sacada bastante diferente e surpreendente.


É um filme coloridão, legar para a criançada, com personagens bem definidos e que enriquecem a produção. Há apenas que se estranhar os estereótipos... o mocinho bombadão, metido a bacana e bonitão, contra o vilão franzino e azulado, e que onde pisa causa má impressão.

Acho também que o assistente peixe foi pouco explorado. Sem dúvidas o mais engraçado do pacote, em alguns momentos salva a cena. Quem imaginaria um assistente que vive dentro de um aquário?

Mas no geral, o filme não deixa a desejar. O destaque mesmo é para o roteiro, que explora a luta entre o bem e o mal, e o que acontece quando finalmente o mal vence o bem. Imagine o que aconteceria se o Pinguim vencesse o Batman... ou se o Lex Luthor vencesse o Super Homem... pois é esse lado que Megamente acaba explorando, dando um significado bem interessante e engraçado ao resultado final.

Destaque também para a excelente trilha sonora, com AC/DC, Ozzy Osbourne, Michael Jackson,
Guns N' Roses, e até Elvis Presley. Funciona perfeitamente em meio à ação que rola no filme.

Na história, Megamente (Will Ferrell) é um vilão magro, usa vestes nas cores azul e preta e sua cabeça é careca e grande, devido ao cérebro privilegiado. Ele deseja conquistar a cidade de Metro City e faz diversas tentativas, muitas delas frustradas. O vilão precisa ter oponentes para que sua vida tenha sentido e, após a morte de Metro Man (Brad Pitt), Megamind cria Titan (Jonah Hill) para ter com quem rivalizar.

Uma produção bastante interessante, principalmente quanto ao seu conteúdo. Como animação, poderia explorar um pouco mais a riqueza de detalhes possíveis na categoria. Mesmo assim, é uma pedida interessante para toda a família. Embora tenha concorrido como melhor animação, falta um tanto para merecer esse destaque. É um bom filme, mas não chega a ser maravilhoso. Se divirta sem compromisso. Vale o valor do ingresso de cinema.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Tom McGrath
Elenco: Vozes na versão original de: Brad Pitt, Will Ferrell, Jonah Hill, Tina Fey.
Produção: Stuart Cornfeld, Ben Stiller
Roteiro: Alan J. Schoolcraft, Brent Simons
Trilha Sonora: Lorne Balfe, Hans Zimmer
Duração: 96 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Dreamworks / Red Hour Films
Classificação: Livre

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

E o que você aprendeu com tudo isso?


O Aprendiz de Feiticeiro tinha tudo para ser uma excelente pedida. Nicolas Cage e Alfred Molina numa épica batalha de feiticeiros, com efeitos especiais e cenas de ação com um certo entusiasmo. Mas o enredo não emplaca.


Os filmes do produtor Jerry Bruckheimer costumam zelar pela qualidade, e aqui as coisas não são diferentes. Uma bela fotografia, efeitos gráficos impressionantes, e um elenco bastante razoável.

Mas é na história que o filme perde alguns pontos preciosos. A trama não tem muitas surpresas, e você pode antecipar algumas passagens, ou pior, estranhar alguns detalhes que no conjunto da obra sobressaem e não dão liga ao restante da produção. Um exemplo é a escapada de Cage e Molina do vaso onde passam presos 10 anos. Não estragarei a surpresa, mas a cena é levemente bizarra, e levanta algumas questões absurdas. Como a razão de eles terem escolhido aquele determinado momento para sair dali? Ou o que teriam feito durante esse tempo? Enfim, detalhes desnecessários, mas que surgiram com uma sequência igualmente desnecessária.

O filme apresenta Dave (Jay Baruchel) como apenas um estudante comum, ou assim parece, até que Balthazar Blake (Nicolas Cage), um feiticeiro experiente, o recruta como seu relutante protegido e dá a ele um curso rápido nas artes e na ciência da magia. Enquanto Blake se prepara para a batalha contra as forças ocultas em Manhattan dos dias de hoje, Dave logo entende que terá de reunir toda a sua coragem para sobreviver ao treinamento, salvar a cidade e ficar com a garota que ama.

Uma história previsível, que deixa de apostar em elementos que causariam mais surpresa. No fim das contas, a produção se apresenta como um filme mais infantil, ou voltado ao público menos preocupado com uma trama mais elaborada. Não deixa de ser uma boa pedida para aquele vídeo da tarde de sábado, mas ao fim deixa aquela sensação de que faltou alguma coisa. Assista sem muitas ambições.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Jon Turteltaub
Elenco: Nicolas Cage, Monica Bellucci, Jay Baruchel, Alfred Molina, Teresa Palmer, Toby Kebbell, Omar Benson Miller, Jake Cherry, Peyton List, Robert Capron.
Produção: Jerry Bruckheimer
Roteiro: Matt Lopez
Fotografia: Bojan Bazelli
Trilha Sonora: Trevor Rabin
Duração: 110 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Buena Vista
Estúdio: Walt Disney Pictures / Jerry Bruckheimer Films
Classificação: 10 anos