sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio



Velozes e Furiosos sempre foi uma série de filmes para os fanáticos por carros, velocidade, adrenalina, e mecânica (muitos turbos, elementos de tunning e penduricalhos para transformar seu possante). E sempre foi o que mais chamou a atenção para o filme. Suas corridas absurdas, em desfiladeiros, garagens em formato de caracol, saltos sobre pontes, e por aí vai. E, por incrível que pareça, foi o que mais faltou no quinto filme da série. Carros e velocidade.

Por falar em velocidade, o filme é o mais lento de todos já lançados. Muitos diálogos, muitos detalhes desinteressantes, muita bobagem para encher a cena, cheio de gordurinhas. O que chega a ser cansativo.

Ao menos Vin Diesel e Dwayne Johnson estão fazendo o que realmente sabem. Filmes de ação, com ação de verdade. E não seus papéis como babás ou fadas. Nisso o filme recupera sua força. O elenco é o mesmo do primeiro capítulo, o mais aclamado. E com isso consegue dar alguma graça à produção.

Desnecessário dizer que o filme é (virtualmente) rodado no Brasil. Virtualmente pois nem tudo o que aparece lá é, de fato, no Rio de Janeiro. Para começar os carros. Todos americanos, com placas de algum outro lugar. Também temos o velho hábito de achar que os brasileiros falam espanhol, ou em alguns casos, o português de Portugal. O filme arrisca ainda a dar uma aula de história, mas não chega a ser muito brilhante. Nem mesmo quando destaca diferenças "culturais" entre Brasil e Estados Unidos.

Independente desses elementos, o grande ponto fraco é a falta de ação. Fraca em muitos momentos, e visivelmente encenada em outros. E lá se vai o foco em atrair o espectador por toda a adrenalina que era antes oferecida.

No filme, Dom (Vin Diesel) e Brian (Paul Walker) firmaram uma parceria que os obrigou a fugir da polícia constantemente. Escondidos no Rio de Janeiro, eles têm mais uma missão a ser cumprida e, então, ganhar a desejada liberdade. No entando, nada disso segura a sede de sangue de um empresário corrupto, que deseja vê-los mortos. Nessa luta contra o empresário e em busca de suas liberdades, a dupla enfrenta o competente agente federal Lucas Hobbs (Dwayne Johnson), que está à caça de Dom e Brian com uma única arma: seu instinto, já que está cada vez mais difícil distinguir mocinhos e vilões.

Um filme interessante para quem busca entretenimento sem muitas firulas ou uma trama muito elaborada. A produção abusa de cenas sem sentido (vide a cena de perseguição em que não existem outros carros nas ruas), e diálogos para explicar algo que poderia ser trocado por uma boa corrida de carros. O elenco funciona bem, mas se perde em uma trama que está preocupada com os detalhes e não com a ação.

Apesar de insinuarem uma continuação, creio que será necessário algum esforço extra para colocar a série Velozes e Furiosos de volta aos trilhos. Para os fãs, ou não, fica a recomendação de assistirem sem muitas expectativas. O filme diverte, mas não consegue encher os olhos do espectador.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Justin Lin
Elenco: Dwayne Johnson, Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Tyrese Gibson.
Produção: Vin Diesel, Michael Fottrell, Neal H. Moritz
Roteiro: Chris Morgan
Fotografia: Stephen F. Windon
Trilha Sonora: Brian Tyler
Duração: 134 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Original Film
Classificação: 14 anos

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Passe Livre



Mais uma daquelas comédias que apelam para a sacanagem, na intenção de conseguir arrancar algumas risadas de seu espectador. Nada de moralismo. A questão é que nem sempre que o filme arrisca tomadas mais apimentadas, ou com humor negro, significa que ele pode se tornar mais engraçado. E a questão aqui é essa. Passe Livre precisa forçar a barra, esperando que com isso fique melhor, mas o resultado pode decepcionar.

Mas o filme se encaixa bem nos padrões de Owen Wilson e Jason Sudeikis. Isso quer dizer que o elenco é forçado, também sem graça.

Apesar da boa fotografia, o enredo é fraco, e piora da metade para o final. A direção exagera em alguns diálogos, e a narrativa mistura momentos lentos, cheios de explicação, com trocas de cenas rápidas, onde a bagunça impera.

No filme, cansados da rotina de casamentos, Rick (Owen Wilson) e Fred (Jason Sudeikis) recebem um presente de suas esposas: um passe livre que dura uma semana, na qual eles podem fazer aquilo que bem entenderem. Tudo acertado, os amigos resolvem cair na farra. Inicialmente animados, os amigos começam a entender que a vida de solteiro não é tão maravilhosa como eles achavam.

Não se trata de exaltar o politicamente correto, mas o apelativo não fica bem em qualquer filme. O lado comédia da produção não provoca muitas risadas, mas isso não quer dizer que seja um filme de todo ruim. Apesar do enredo pobre, o filme tenta vender uma mensagem bonitinha/certinha. Resta saber se o o espectador aceitará esse conflito entre a trama e a moral da história.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Bobby Farrelly, Peter Farrelly
Elenco: Owen Wilson, Alyssa Milano, Christina Applegate, Jenna Fischer, Richard Jenkins, Jason Sudeikis, Alexandra Daddario
Produção: Mark Charpentier, Bobby Farrelly, Peter Farrelly, J.B. Rogers, Bradley Thomas, Charles B. Wessler
Roteiro: Pete Jones, Peter Farrelly, Kevin Barnett, Bobby Farrelly
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Conundrum Entertainment / New Line Cinema
Classificação: 12 anos

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Hop - Rebelde sem páscoa



Nos últimos tempos tem sido muito difícil assistir uma animação que mistura personagens reais e fictícios sem lembrar de Alvin e Os Esquilos. Sem comparar a qualidade (Alvin se destaca), até a fotografia do filme parece a mesma. E o roteiro, igual, exceto pelos personagens. Quer sejam ursos (caso de Zé Colméia), coelhos (o próprio Hop) ou, mais recentemente, seres azuis (os smurfs), a dinâmica é sempre muito parecida, sem muitas surpresas.

No caso de Hop, fica a dúvida sobre o público ao qual se dirige o filme. Mas me parece que ele tende a agradar mais os baixinhos, que curtem um filme coloridão, e boas doses de humor pastelão. Para os adultos, a história é um pouco enfadonha, repetitiva e até previsível.

Trata-se de uma animação que promete muita agitação e rebeldia, mas cuja promessa não consegue ultrapassar o título do filme. A produção tem uma boa fotografia, mas personagens sem força, em uma história sem empolgação. O resultado é mediano, daqueles que o trailer consegue ser mais animado que o próprio filme.

Particularmente, não entendi a relação que tentaram ao misturar coelhos e aves (os pintinhos que aparecem), nem a espécie de trenó que o coelho da páscoa usa. Jurava que isso era privilégio do papai Noel.

No filme, Júnior (voz original de Russell Brand) está preses a suceder seu pai e se tornar o Coelho da Páscoa. Mas o que ele quer mesmo é se tornar um baterista de sucesso. Júnior foge da Ilha de Páscoa, vai para o mundo dos humanos e é atropelado pelo atrapalhado Fred (James Mardsen). Enquanto tenta perseguir seu sonho, outros eventos acontecem na ilha e a Páscoa precisará ser salva.

Não chega a ser um filme fantástico, nem dos piores do ano, mas decepciona um pouco. É uma animação interessante, que deve agradar as crianças mais novas. Não chega a ser sucesso entre o público adulto. Um filme com bons efeitos e fotografia, mas que perde força nos personagens e no enredo superficial. É uma boa pedida para quem procura uma produção leve e sem compromisso.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Tim Hill
Elenco: Vozes originais de: Kaley Cuoco, Russell Brand, James Marsden, Elizabeth Perkins, Chelsea Handler, Tiffany Espensen
Produção: John Cohen, Christopher Meledandri
Roteiro: Cinco Paul, Ken Daurio, Brian Lynch
Fotografia: Peter Lyons Collister
Trilha Sonora: Christopher Lennertz
Duração: 97 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Illumination Entertainment / Universal Pictures
Classificação: Livre

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles



Acho que não tive muita paciência para Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles. O filme até que é interessante. Com boas cenas de ação. Bons efeitos. Elenco esforçado. E até boas doses de sci fi. Mas é no enredo que a coisa se perde um bocado. Muita ação, muitos efeitos, alienígenas feios e nojentos, sangue para todos os lados, destruição em massa, mas... tudo isso, sem muito sentido. E sem sentido, o filme perde muitos pontos.

Não se trata de um filme fantástico. Tem boa intenção, mas com uma direção confusa, e que ao fim, não prova muita coisa e não deixa vontade de ver de novo. Sem querer estragar a surpresa de quem não viu, mas pense naquele filme que enrola um bom tanto e no final faz algo que você pensou que pudesse ser feito quando ainda estava só com 5 minutos de filme rodados. Bom, é mais ou menos essa a sensação que Batalha de Los angeles provoca.

No mais, é a eterna questão em que os EUA devem sofrer ataques até de seres dos outros planetas, mas que sempre conseguem superar qualquer obstáculo que surja e, com um pouco de sangue e suor, tudo pode ser resolvido. Previsível, cansativo, e repetitivo.

O filme conta que em 12 de agosto de 2011, misteriosos objetos começam a cair sobre os oceanos da Terra, próximos às grandes cidades. Aos poucos, o que se pensava que fossem meteoritos começam a se revelar como naves alienígenas que iniciam uma guerra e vão tomando o mundo, país a país. Uma das últimas resistências da humanidade se ergue em Los Angeles, onde uma equipe do exército fará sua tentativa derradeira de derrotar os invasores.

Os boatos e rumores por trás do filme contam que a história é baseada em uma invasão real (sem o grau de destruição do filme, é claro) que ocorreu nos anos 1930, mas que o exército americano conseguiu afugentar os aliens serelepes. Não existem registros que comprovem esse fato, apenas o depoimento de alguns soldados. Talvez tenham sido alguns chupa cabras...

Enfim, é uma produção interessante, mas confusa em alguns pontos, detalhista em outros (desnecessários), com boas doses de ação e tiros, muita destruição, e guerra interplanetária. Para os fãs do gênero é pedida certa. Para quem curte algo alternativo também, mas se você cansou da velha história de meia dúzia de americanos que salvam o planeta, então fique longe. Merece ser assistido, mas sem muitas ambições. Não deixa vontade de repetições.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Jonathan Liebesman
Elenco: Michelle Rodriguez, Bridget Moynahan, Aaron Eckhart, Jim Parrack, Lucas Till, Michael Peña, Joey King, Susie Abromeit, Ramon Rodriguez, Taylor Handley, Ne-Yo, Cory Hardrict, Nick Jones
Produção: Jeffrey Chernov, Neal H. Moritz
Roteiro: Christopher Bertolini
Fotografia: Lukas Ettlin
Trilha Sonora: Brian Tyler
Duração: 113 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Columbia Pictures / Original Film / Relativity Media
Classificação: 12 anos

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Veja quem são os vencedores do Emmy 2011



A série "Modern family" foi o destaque da 63ª edição do Emmy, maior premiação da TV americana, realizada neste domingo (18). A atração levou os prêmios de melhor série de comédia, melhor direção de série de comédia e melhor roteiro do gênero, entre outros.

O evento, que teve a atriz Jane Lynch, da série "Glee", como mestre de cerimônia, já começou premiando "Modern family": quem levou a primeira estatueta da noite Julie Bowen, como melhor atriz coadjuvante em série de comédia. Foi a segunda indicação da atriz ao Emmy.

Na apresentação do prêmio de melhor ator de série de comédia, o ator Charlie Sheen desejou boa sorte para a nova temporada de "Two and a half men", que era estrelada por ele. Em seu lugar, foi escalado o ator Ashton Kutcher. Já "Mad men", que passou boa parte da premiação escondida, foi eleita a melhor série de drama pelo 4º ano consecutivo.

As produções "Boardwalk empire" e a minissérie "Downton Abbey" somaram o maior número de prêmios na apuração total nos quais se incluem as categorias técnicas, oito no primeiro caso e seis no segundo..

Veja abaixo a lista dos vencedores do Emmy 2011:

Melhor atriz coadjuvante em série de comédia: Julie Bowen, por "Modern Family"

Melhor ator coadjuvante em série de comédia: Ty Burrel, por "Modern Family"

Melhor direção de série de comédia: Michael Spiller, por "Modern Family"

Melhor roteiro de série de comédia: Steve Levitan e Jeffrey Richman, por "Modern Family"

Melhor ator de série de comédia: Jim Parsons, por "The Big Bang Theory"

Melhor atriz de série de comédia: Melissa McCarthy, por "Mike & Molly"

Melhor reality show ou programa de competição: "The Amazing Race"

Melhor roteiro para programa de variedades, musical ou comédia: "The Daily Show", com Jon Stewart

Melhor direção de programa de variedades, musical ou comédia: Don Roy King, por "Saturday Night Live"

Melhor programa de variedades, musical ou comédia: "The Daily Show", com Jon Stewart

Melhor roteiro de série dramática: "Friday Night Lights"

Melhor atriz coadjuvante em série de drama: Margo Martindale, por "Justified"

Melhor direção de série dramática: Martin Scorsese, por "Boardwalk empire"

Melhor ator coadjuvante de série dramática: Peter Dinklage, por "Game of Thrones"

Melhor atriz de série dramática: Julianna Marguiles, por "The Good Wife"

Melhor ator em série dramática: Kyle Chandler, por "Friday Night Lights"

Melhor roteiro de minissérie, filme ou especial dramático de TV: "Downton Abbey"

Melhor atriz coadjuvante em minissérie, série ou filme de TV: Maggie Smith, por "Dowron Abbey"

Melhor ator em minissérie, série ou filme de TV: Barry Pepper, por "The Kennedys"

Melhor direção de minissérie, filme ou especial dramático: Brian Percival, por "Downtown Abbey"

Melhor ator coadjuvante em minissérie ou filme de TV: Guy Pearce, por "Mildred Pierce"

Melhor atriz em minissérie ou filme para TV: Kate Winslet, por "Mildred Pierce"

Melhor minissérie ou filme para TV: "Downtown Abbey"

Melhor série dramática: "Mad men"

Melhor série de comédia: "Modern family"