quinta-feira, 30 de junho de 2011

O papel do crítico



Minha motivação para o texto de hoje se deu por causa dos comentários no blog do jornalista Ricardo Calil, que também costuma escrever sobre cinema, com muita maestria, diga-se de passagem, e que em seu post de hoje falou a respeito da animação Carros 2, e as razões que o levaram a não gostar do filme. Como ele mesmo aponta em seu texto, essa declaração causou um alvoroço, e algumas pessoas levantaram a lebre do papel do crítico e sua razão de existir. Não foi a primeira vez que vi isso, e com certeza não será a última, mas alguns protestos foram tão exagerados, que resolvi esticar um pouco esse assunto por aqui.

Meu papel por aqui também é o de comentar os filmes, e algumas vezes as opiniões dos nossos leitores são diferentes. Isso é óbvio, e ótimo ao mesmo tempo. Uma pessoa costuma escrever sobre determinado assunto por seu conhecimento, seu repertório, seu apego a determinado tema, e até por sua especialização. Mas isso nem de longe quer dizer que o especialista seja o cara mais correto do planeta. Estamos tratando aqui um assunto que mexe com emoções. O cinema não é uma ciência exata, e um filme que emociona milhões pode ser mais um filme sem graça na visão de determinada pessoa.

Isso não é errado, e colocar sua opinião pra fora não pode ser encarada como uma ofensa aos padrões naturais de existência. Cada um gosta de uma coisa, e ponto. E se eu não gosto, não quer dizer que você também não gostará. Para isso existe o espaço para a conversa. Para que ambos apresentem elementos que façam o outro lado entender a razão da minha preferência ou desgosto.

Mais do que isso, acredito que a crítica faça parte de um jornalismo que permite o pensamento do seu leitor. Quando eu escrevo que um filme é bom ou ruim, espero que alguém venha e confronte minha opinião, respeitando sempre o espaço de cada um, mas que raciocine a respeito do que ele assistiu ou sobre sua preferência por determinada produção.

Ser especialista e escrever sobre algo não transforma a pessoa em dona da verdade. De maneira nenhuma. E isso deve ser observado sempre, e em todos os campos do jornalismo ou de outras carreiras. Escrevo como jornalista, mas também é importante destacar que um especialista não é (pelo menos na imensa maioria das vezes) um jornalista. Isso acaba acontecendo com ele por sua facilidade em se expressar sobre aquele assunto que gosta.

Me incomoda um pouco o fato de as pessoas questionarem uma crítica avaliando o currículo do crítico. Sua base ou seu conhecimento para escrever que não gostou de determinado filme. Isso não prova nada. O camarada pode ter o currículo mais invejado no mundo do cinema, mas não gostar do mesmo filme que eu. Será que isso fará a opinião dele melhor ou pior do que a minha?

Muito pelo contrário. Gostar ou não pouco importa. A ideia aqui é discutir o entretenimento, e fazer disso algo gostoso e com espaço para todas as opiniões, quer sejam elas conflitantes ou não. A capacidade de debater sua preferência acaba aprimorando a inteligência das pessoas. Sempre!!!

E você, leitor, o que acha dos críticos?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O Elo Perdido



Incrível, mas o filme O Elo Perdido conseguiu acabar com o seriado dos anos 70, O Elo Perdido. Embora com algumas semelhanças de roteiros e personagens, as histórias do filme e da série não são nada iguais. A produção mais voltada para a ficção científica foi abandonada completamente, e o resultado é um filme escrachado, muito mais voltado para a comédia em si, mas que nem por isso pode ser considerado ruim.

Quem conhece a série, sabe que a história seguia uma trama mais séria (pelo menos em seu primeiro ano) e era quase um drama. Imagine uma família que viajou para um mundo completamente estranho, e deve conviver com dinossauros, seres estranhos, e alguns que até parecem alienígenas. Embora os efeitos da época não possam ser comparados aos da atualidade, a série tinha um bom público, e embora tosca para a nossa realidade de hoje, era bastante agradável à época.

O filme segue a linha da viagem a um mundo estranho, com dinossauros, primatas, e até uma raça que parece alienígenas, mas as semelhanças param por aí. Enquanto no seriado a viagem teria ocorrido por um acidente de percurso, no filme o cientista interpretado por Will Ferrell busca essa viagem com seus experimentos. A família foi trocada por uma fã e o dono de um parque de diversões meio bizarro, e mantiveram o velho Cha-Ka, mas agora moderninho e meio tarado.

A história é uma bagunça muito divertida, não pela trama em si, mas pelos acontecimentos que são tão absurdos, que provocam boas risadas. Will Ferrell lembra muitas das suas (boas) atuações e Danny McBride está sensacional. Os efeitos são bastante interessantes, e as cenas de ação dão movimento ao filme.

Uma produção interessante, não pelo conteúdo, mas pelo poder de entreter. O filme não é nenhum primor, mas as risadas garantem um resultado bastante positivo. Se você procura um filme rápido e divertido, sem se preocupar muito com as maluquices ou bizarrices que ele pode conter, O Elo Perdido se torna uma boa pedida. Um filme pra assistir sem muitas ambições, apenas pelo prazer de ver algo divertido e totalmente sem sentido.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Brad Silberling
Elenco: Will Ferrell, Anna Friel, Danny McBride, Jorma Taccone, Sierra McCormick, Douglas Tait, Michael Papajohn.
Produção: Marty Krofft, Sid Krofft, Jimmy Miller
Roteiro: Chris Henchy, Dennis McNicholas, baseado na série de TV de Sid e Marty Krofft
Fotografia: Dion Beebe
Trilha Sonora: Michael Giacchino
Duração: 101 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Relativity Media

terça-feira, 28 de junho de 2011

Lei que obriga cinemas a higienizar e embalar óculos 3D é aprovada em SP



O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) aprovou na última quarta-feira (22/6) lei que obriga os cinemas do Estado a higienizar e embalar os óculos 3D que distribuem aos espectadores. O projeto de lei foi proposto pelo deputado estadual João Caramez (PSDB) e tramitava desde agosto de 2010 na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

De acordo com a nova lei, a higienização dos óculos, realizada entre as sessões, deverá obedecer às recomendações dos fabricantes. Os óculos também deverão ser embalados individualmente em plástico estéril com fechamento a vácuo após o processo. A norma só não se aplica a óculos descartáveis. Não será permitido que os cinemas passem a cobrar uma taxa adicional para os clientes.

Segundo a argumentação de Caramez, a proposta devia ser adotada para evitar potenciais riscos de contaminação e de problemas como a conjuntivite. Surtos da doença teriam ocorrido tanto aqui quanto na Itália na época de Avatar.

Antes da medida, a política de higienização era definida por cada estabelecimento. As punições para as salas que descumprirem a norma variam de multa a suspensão temporária de atividade e até cassação de licença do estabelecimento.

Todos cinemas com óculos 3D deverão conter cartaz com o seguinte informe: "Óculos higienizados nos termos da Lei Estadual nº14.472." A fiscalização ficará a cargo da Vigilância Sanitária. A lei já vigora a partir desta semana.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Entrando numa fria maior ainda com a família



Entrando numa fria maior ainda com a família mostra que nem sempre é uma boa pedida investir em piadas velhas. Piadas batidas, um humor lento e sem graça, apelando para o escatológico, repetições desnecessárias, e um elenco de estrelas. Esse poderia ser o resumo do filme.

A verdade é que a trilogia Entrando numa fria foi boa no seu primeiro filme, e só. O segundo já tinha perdido a fórmula, e o terceiro só veio para indicar que o erro podia ter sido evitado.

O elenco é um caso à parte, mas nem de perto lembra aquele pacote de bons atores do primeiro episódio ou de outras produções. Atuações fracas e forçadas, em diálogos que por vezes têm a intenção de parodiar outras produções, mas que não convencem e tornam tudo muito chato.

As velhas piadas do primeiro filme se repetem o tempo todo. Sendo quase um martírio sem fim assistir tanta bobagem. Interessante a brincadeira com o filme O Poderoso Chefão, mas também não conseguiu render muitas, nem boas piadas.

Neste terceiro filme da franquia, Pam (Teri Polo) e Greg (Ben Stiller) vivem felizes e são pais dos gêmeos Henry e Ashley Focker, de cinco anos. Quando todo o clã de Greg e Pam - incluindo o ex-apaixonado de Pam, Kevin (Owen Wilson) - se reúne para a festa de aniversário dos gêmeos, Greg tem que provar para o cético Jack (Robert De Niro) que ele é inteiramente capaz de ser o homem da casa. E o desafio põe Greg numa enrascada: ou ele prova para todos que vai assumir o lugar de Jack e conduzir a família ou quebra o "círculo de confiança" para sempre.

Uma pena tantos astros e estrelas juntos sem um bom aproveitamento. Nesse caso, por culpa exclusiva do roteiro fraco e desconjuntado.

Uma história desnecessária, que não prova nada e não vende peixe algum. A velha máxima do entretenimento puro também foi parar no vinagre. O filme é azedo, sem muito a acrescentar. Se você assistiu o primeiro episódio, e o segundo, já viu tudo. Um filme sem sal nem açúcar, e para piorar, sem graça nenhuma. Se puder evitar, fique longe.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Paul Weitz
Elenco: Robert De Niro, Jessica Alba, Ben Stiller, Owen Wilson, Barbra Streisand, Harvey Keitel, Teri Polo.
Produção: Robert De Niro, John Hamburg, Ryan Kavanaugh, Jay Roach, Jane Rosenthal
Roteiro: John Hamburg, Larry Stuckey, Greg Glienna, Mary Ruth Clarke
Fotografia: Remi Adefarasin
Trilha Sonora: Stephen Trask
Duração: 98 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Classificação: 12 anos

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Morre Peter Falk, o detetive Columbo, aos 83 anos



O ator Peter Falk, conhecido como o detetive Columbo da série de televisão que levava o nome do personagem, morreu na última quinta-feira (23) em sua casa no bairro de Beverly Hills, em Los Angeles, nos EUA.

Em entrevista à rádio KNX-1070, a filha do ator, Catherine Falk, disse que o pai sofria de problemas mentais e do Mal de Alzheimer. Catherine e a mulher de Falk disputaram a tutela do ator, em dificuldades, por mais de 30 anos. Em 2007, um dos médicos que cuidava de sua saúde, Dr. Stephen Read, disse que a gravidade do caso de Falk era tamanha que ele não conseguia mais se lembrar da série.

Falk ganhou quatro prêmios Emmy por interpretar o célebre detetive Columbo, e recebeu indicações ao Oscar em 1961 e 1962 por seu papel coadjuvante nos filmes "Murder, Inc." e "Pocketful of Miracles". O ator deixou duas filhas e a mulher Shera.

O detetive Columbo foi um personagem de sucesso na TV na série que começou a ser exibida em 1968 e durou 35 anos. A direção era de Steven Spielberg, quando tinha apenas 25 anos. O personagem era lembrado por seu charuto e o Peugeot 403 bege.

Falk nasceu em 1927 em Nova York e aos três anos de idade perdeu um olho por causa de um tumor maligno. O ator se formou em ciências políticas na na Universidade de Siracusa, trabalhou como cozinheiro, tentou trabalhar para a CIA e 1957 deixou o trabalho de funcionário público para se dedicar à comédia.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Zé Colméia - O filme



Divertido na medida certa. Esse é uma boa maneira para definir o longa Zé Colméia - O Filme, cuja referência é a série de desenhos animados dos anos 60. Até aqui, você pode dizer que o filme serve para os marmanjos mais saudosistas, mas não é bem assim, a criançada também se divertirá com o velho Zé.

Na verdade, para quem se lembra do desenho, não há muita diferença, um urso que adora roubar cestas de piquenique com o seu fiel escudeiro, Catatau, mas que é sempre vigiado pelo guarda florestal. Em cima disso, também não há muito o que ser inventado, sem que se perdesse o rumo original do personagem.

O que eu quero dizer com isso é que o filme tem uma história leve, com um bom jogo entre personagens reais e personagens computadorizados, locações belíssimas, e um tom de humor de desenho dos anos 60. Não acho que isso seja ruim, mas os mais acostumados às comédias mais ácidas da atualidade podem estranhar.

No filme, o parque Jellystone tem perdido seus visitantes, o que leva o ganancioso prefeito Brown (Andrew Daly) a querer fechar o lugar e vender o terreno. Zé Colmeia (Dan Aykroyd) e Catatau (Justin Timberlake) correm então contra o tempo para salvar o parque para as famílias e, claro, para eles mesmos.

O áudio original, com as vozes de Dan e Justin é delicioso, mas a versão dublada não fica atrás. Uma pena apenas pela voz do Catatau, mas o dublador de Zé Colméia conseguiu ficar bastante parecido com a versão do desenho.

Um filme para curtir no feriadão prolongado, por toda a família. Inicialmente, para a criançada, mas que matará a saudade de muitos marmanjos. Particularmente, achei a produção bem acima da expectativa. Divertido na medida certa, consegue arrancar algumas risadas e cumpre bem o seu papel de entreter. Se você já assistiu outros filmes da mesma linha, tipo Garfield ou Scooby-Doo, sabe o que vem por aí. Uma história leve, mas divertida.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Eric Brevig
Elenco: Vozes na versão original: Anna Faris, Justin Timberlake, Dan Aykroyd, Nathan Corddry
Produção: Donald De Line, Karen Rosenfelt
Roteiro: Brad Copeland, Joshua Sternin, Jeffrey Ventimilia
Fotografia: Peter James
Trilha Sonora: Andrew Lockington
Duração: 80 min.
Ano: 2010
País: EUA/ Nova Zelândia
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: De Line Pictures / Picnic Basket / Rhythm and Hues / Sunswept Entertainment
Classificação: Livre

terça-feira, 21 de junho de 2011

Incontrolável



Primeiramente, gostaria de dizer que seria muito fácil fazer o longa Incontrolável se transformar em um curta. Sem querer estragar a surpresa do filme, mas várias medidas que foram tentadas após uma hora e meia de filme eu teria tentado nos primeiros 10, talvez 15 minutos. Mas isso não quer dizer que o filme é ruim, muito pelo contrário, é por essa falta de surpresa e previsibilidade que faz com que o espectador se interesse mais pela história.

Com um elenco já acostumado a trens (Denzel Washington já participou, juntamente com o diretor Tony Scott, de O Sequestro do Metrô 1 2 3), uma bela fotografia, e cenas quentes de ação e bons efeitos, o filme é contagiante. Mas devo confessar que falta alguma coisa para empolgar. A sensação de uma trama já batida dá a impressão de muitas passagens serem repetitivas.

No filme, um trem de carga sem maquinista e carregando uma perigosa carga explosiva cruza diversas cidades dos Estados Unidos levando pânico por onde passa. Para evitar que uma tragédia aconteça, uma equipe de especialistas irá usar uma locomotiva (a princípio, contra a vontade) para perseguir e deter o trem, antes que algum dos vagões descarrile e uma catástrofe sem precedentes aconteça.

É uma produção interessante, que cumpre o seu papel de entreter, mesmo dando a impressão de já termos visto tudo aquilo antes. Uma boa pedida pelas belíssimas locações e cenas com efeitos bastante atraentes. Um filme pra assistir sem muitas exigências. Para quem se lembra (nem sei se existe ainda), esse é o filme com mais cara de Supercine que vi nos últimos tempos.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Tony Scott
Elenco: Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Ethan Suplee, Kevin Dunn,Jessy Schram, Elizabeth Mathis, Kevin Chapman, David Warshofsky, Jeff Wincott, Paul Vasquez, Meagan Tandy
Produção: Eric McLeod, Mimi Rogers, Tony Scott, Julie Yorn, Alex Young.
Roteiro: Mark Bomback
Fotografia: Ben Seresin
Trilha Sonora: Harry Gregson-Williams
Duração: 98 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Scott Free Productions / Millbrook Farm Productions / Firm Films
Classificação: 10 anos

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Coincidências do Amor



Acho que as pessoas andam um pouco cansadas desse estilo de filme. As chamadas comédias românticas costumam fazer muito sucesso, mas a fórmula, geralmente, é muito parecida. Em Coincidências do Amor isso não foge à regra, mas o resultado não decepciona. O filme consegue ser divertido e diferente em vários aspectos, agradando seu espectador.

Jennifer Aniston e Jason Bateman funcionam bem, juntos. No caso de Bateman, isso é uma grande surpresa, já que costuma ter atuações mais irritantes (vide O Ex-Namorado da Minha Mulher, Ressaca de Amor e Encontro de Casais). Não chegam a ter atuações fantásticas, mas nada que desvalorize o filme.

Destaque para a fotografia do filme, bem aproveitada em locações belíssimas. A direção também agrada. Soube construir o filme com uma narrativa rápida, que não permite muitas perguntas. Se existe um problema, logo chega a sequência para não deixar muitos vazios.

No geral, a história até pode ser considerada um clichê, com momentos bastante previsíveis, mas mesmo assim, sem perder o charme, apesar de não ser um primor no assunto comédia. Boas sacadas, cenas engraçadinhas, com bom aproveitamento dos elementos da história.

O filme conta a história de Kassie (Jennifer Aniston), que aos 40 anos decide ter um filho. Seu melhor amigo, Wally (Jason Bateman), é contra. Mas ela decide ter mesmo assim e encontra um charmoso doador de esperma. Durante sua festa, Wally, completamente bêbado, joga fora o potinho e substitui o conteúdo. Anos depois... vai rolar a maior confusão!

Uma boa comédia, que cumpre bem seu papel de entreter, sem prometer mais. Não chega a ser um filme fantástico, mas não desagrada. No geral é uma produção divertida, para aquela matinê de sábado na sala de estar. Para assistir, sem se empolgar.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Will Speck, Josh Gordon
Elenco: Jennifer Aniston, Jeff Goldblum, Juliette Lewis, Patrick Wilson, Jason Bateman, Thomas Robinson, Patrick Wilson.
Produção: Albert Berger, Allan Loeb, Bradley Thomas, Ron Yerxa
Roteiro: Allan Loeb
Fotografia: Jess Hall
Trilha Sonora: Alex Wurman
Duração: 101 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Classificação: 12 anos

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A "marvada" da meia entrada...



No dia 6 de junho, o presidente da rede de cinemas Cinemark, Marcelo Bertini, em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo, criticou a meia entrada no Brasil. Explicou que o "a meia entrada é um custo imposto pelo Estado para o empresário, sem nenhum tipo de contrapartida. Além dos impostos que a gente já paga, é como se essa fosse a minha participação no desenvolvimento cultural do país."

Perfeito! Mas muito curioso saber que essa é a opinião do presidente da maior rede de entretenimento do Brasil, em um mercado cujos números comprovam o constante crescimento e, que grande parte desse crescimento também se deve ao benefício da meia entrada.

De acordo com a Agência Nacional do Cinema - ANCINE, em relação a 2009, a audiência nos cinemas em 2010 aumentou 19,24%, com um crescimento na renda da ordem de 29,57%. Será que esses números não seriam determinantes para provar que o cinema é, sim, um produto de consumo consolidado e que independente do fato de fornecer meias entradas, só continuará crescendo?

Obviamente o empresário está mais preocupado com o lucro da coisa toda, com uma contrapartida eficaz, ou no mínimo o reconhecimento por ser o grande protagonista pelo fornecimento de cultura à população. Palmas para a visão capitalista...

Marcelo Bertini ainda diz que dificilmente as pessoas encontrarão uma diversão completa como é o cinema pelo valor entre R$16 e R$18, comparando o preço à entrada de R$30,00 para se assistir um jogo de futebol. Creio que o empresário tenha esquecido que o cinema é muito mais global do que o futebol, mesmo que o Brasil seja o país desse esporte. Pessoalmente, não concordo com a colocação. Para uma pessoa sozinha, pode até ser um investimento interessante, mas para um pai de família, que leva a esposa e dois (ou mais) filhos ao cinema, a brincadeira perfeita pode se tornar um pesadelo. Ainda mais se considerarmos a renda da população.

Alegar que o valor do ingresso está diretamente ligado à existência de meia entrada, também é chamar o usuário de idiota. Estamos no Brasil, onde o valor de um show chega a R$300, enquanto lá fora custa U$60 (cerca de R$105), e mesmo assim os shows são todos lotados, com filas imensas e pessoas dormindo na porta uma semana antes do evento. Isso quer dizer que o brasileiro paga por diversão, e paga bem. Ou seja, sem a meia entrada os preços poderiam ser muito superiores, sem chance de haver diminuição nas audiências.

A discussão é longa, e não é possível que apenas um dos lados seja escutado nessa conversa. Entendo que assim como o empresário paga seus impostos, cada cidadão também paga os seus impostos, com a diferença de a sua renda não crescer na proporção da audiência nos cinemas.

Além disso, a preocupação poderia ultrapassar a de extinguir a meia entrada. O presidente poderia, por exemplo, pensar em como reduzir os preços das pipocas, refrigerantes, doces e demais quitutes comercializados dentro do cinema. Ou quem sabe, melhorar a qualidade dos serviços (alguns atendentes precisam de reciclagem constante, ou será que simplesmente não servem para atender o público?). Isso sem contar a limpeza das salas e corredores. E a própria fiscalização pelo bem estar dos seus usuários.

Apresentar videozinhos no início de cada sessão explicando que não é permitido atender celular ou conversas paralelas, não faz com que isso aconteça do nada.

Enfim, terminar com a meia entrada provocaria o mesmo que aconteceu com o fim das vídeolocadoras de bairro, tendo sobrado uma grande rede de locação cujos preços são inacessíveis para grande parte da população. Monopólio com preços altos, esse é o preço a ser pago com o fim de um benefício que pouco influencia, de fato, no valor do entretenimento em um país que carece tanto de diversão de qualidade e cultura.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Santo Homem






Santo Homem é um filme sensacional. Só esse termo pode resumir bem esse delicioso filme, mas é importante destacar o que faz esta bela produção ser tão boa. Um elenco fantástico, que trabalha muito bem junto, em uma história belíssima, com a narrativa perfeita, e a preocupação com a qualidade fotográfica das cenas que surpreende.

Eddie Murphy está fantástico em sua atuação, assim como Jeff Goldblum, e o pacote se fecha com a sempre linda Kelly Preston. Impressionante como esses três atores ficaram bem, juntos. Eddie Murphy lembra os bons papeis de sua carreira, e é simplesmente impossível não se emocionar com o seu personagem.

A direção do filme, encabeçada por Stephen Herek, é um primor. Sem erros. Sem exageros. Agradável. Leve. O que torna o filme ainda mais delicioso de ser assistido.

No filme, Ricky (Jeff Goldblum) e Kate (Kelly Preston) trabalham num canal de vendas de produtos pela televisão deficitário. O chefe lhes dá uma derradeira chance de mudar a situação. Desesperados, eles quase atropelam G (Eddie Murphy), homem que busca revelação religiosa e que é transformado num evangelista do consumo, tornando-se sensação imediata com sua lábia e aumentando os índices de audiência.

A história é um caso à parte. Com uma mensagem de fundo que poderia (e deveria) ser seguida por muita gente. Um roteiro preocupado em passar, de fato, uma história agradável, divertida e emocionante.

Uma produção fantástica, cheia de pontos positivos, que merece ser vista por toda a família, sem exceções. Imperdível de verdade, pra ser assistida e repetida até cansar. Um dos melhores filmes de Eddie Murphy. Vale cada centavo da locação, ou para os colecionadores de plantão.

Ficha Técnica
Título no Brasil: Santo Homem
Título Original: Holy Man
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 113 minutos
Ano de Lançamento: 1998
Site Oficial: http://www.holyman-themovie.com
Estúdio/Distrib.: Caravan Pictures
Direção: Stephen Herek
Elenco: Eddie Murphy, Kelly Preston, Robert Loggia, Jon Cryer, Eric McCormack, Sam Kitchin, Robert Small, Marc Macaulay, Kim Staunton, James Brown, Dan Marino, Eugene Levy, Jeff Goldblum


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Nova geração de espectadores prefere filmes dublados a legendados



De acordo com El País, com o envelhecimento do público que frequenta as salas de cinema, enfrentamos um fenômeno, no qual a nova geração prefere assistir a filmes dublados a produções em sua língua original.

Na Espanha, existem mais de quatro mil salas de cinema, nas quais apenas 80 são dedicadas a filmes legendados. Esse número é difícil de precisar porque mudam todos os dias e as salas que exibem filme legendado em uma semana podem optar pelo dublado na semana seguinte. Há mais de uma década, o público fiel à legendagem era de 4% do total. Já em 2010, a porcentagem gira em torno de 1,2% de espectadores espanhóis.

Para Enrique González Macho, distribuidor espanhol da Alta Films e presidente da Academia de Cinema, o empobrecimento se deve ao fato que a nova geração cresceu em locadoras de vídeo: “Há uma diferença: esse público mais velho é mais culto que a maioria. Creio que isso esteja relacionado ao empobrecimento geral em que vivemos, incluindo o cultural.”

Segundo Josetxo Moreno, da distribuidora e exibidora Golem, outro fator que contribui para a situação é o preço. Na Espanha, “uma cópia dublada custa em média 700 euros, enquanto a legendada, 3 mil euros” compara Moreno. Ele também destacou a importância da educação e da televisão para um maior apreço do público espanhol ao cinema europeu.

Enrique Pérez, dos cinemas Verdi, é mais enfático ao comentar o assunto: “As pessoas não são estúpidas, e nesses meses houve uma série de filmes ruins. Claro que, quando chega um bom Woody Allen, arrasa. Com a nova tecnologia, nasce uma nova matiz: quem quer ver uma película, vê; agora, onde ele vê é outra coisa. Para mim, não é difícil entender, mas para outros colegas sim. É certeza que o público envelhece. Por isso, devemos buscar filmes como Trabalho Interno, que atraiam gente jovem. E estreiar clássicos restaurados [a cadeia de cinema atualmente exibe a cópia restaurada de O Leopardo, além de os dois primeiros filmes da franquia O Poderoso Chefão e a trilogia dos dólares de Sérgio Leone]. Façam seus cinemas serem atraentes”.

No Brasil, a preferência por filmes dublados já foi mapeada em pesquisa encomendada ao Datafolha em 2008: 56% dos frequentadores ocasionais (aqueles que vão ao cinema, em média, uma vez por mês) preferem assistir a filmes dublados.

Em 2006, Nilson Mourão, na época deputado do PT, apresentou um projeto de lei que tornava obrigatória a dublagem de todas as obras cinematográficas produzidas em língua estrangeira e exibidas em salas comerciais (PL 6741/2006). Em 2008, foi aprovado um requerimento para uma audiência pública com o objetivo de discutir a viabilidade do projeto. Após dois anos inativo e sem algum interesse declarado sobre ele, foi arquivado pela Câmara dos Deputados em janeiro deste ano.

O próximo blockbuster a estreiar no Brasil com cópias dubladas será Carros 2. Nele, contaremos com a participação de Cláudia Leite, dublando um carro de corrida feminino, a Carla Veloso.

Os meus dois centavos...

Particularmente, sou grande fã de filmes legendados. O som original, em muitas produções, é fantástico, e perde muito no processo. Isso, sem contar o bairrismo irritante que rola nas dublagens nacionais. Ou, até mesmo, a voz de determinado artista, que não me atrai na TV, e sou obrigado a ouvir em um filme.

Claro que existe o lado de se perder detalhes dos filmes, mas nada que um pouco de treino não venha compensar.

Me irrita um pouco a questão das cores das legendas, que de acordo com um representante da rede de cinemas Cinemark, por uma questão de custo são brancas, por causa de um processo de raspagem dos filmes, ao contrário das legendas amarelas dos meios digitais.

Se você já teve a curiosidade de ouvir o som original e o som dublado em um DVD, deve ter percebido que existe uma perda no áudio (mesmo que ambos em 2.0), tanto no volume quanto a alguns efeitos, que simplesmente se perdem na dublagem.

Mesmo assim, é importante reconhecer que o processo de dublagem melhorou muito, sendo apontado por alguns estúdios como um dos melhores do planeta (a Disney, mesmo, gosta muito das dublagens brasileiras). No mais, tirando alguns detalhes técnicos, trata-se mesmo de uma questão de preferência.

E você, leitor, prefere filmes legendados ou dublados?

terça-feira, 14 de junho de 2011

As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada



As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada é uma boa sequência para a série As Crônicas de Nárnia. Parece ter perdido um pouco da qualidade Disney das outras duas produções, no entanto, o filme impressiona e é igualmente, uma excelente pedida.


Sinto mais quanto à diferença de tempo entre o lançamento deste terceiro episódio para o primeiro, que beira os 6 anos. Parte do elenco protagonista, antes formado com crianças, agora se tornaram adolescentes, mas não no mesmo sentido de Harry Potter, em que os personagens cresceram com a história. Aqui, esta janela é sentida, e fica a percepção de que algo foi perdido



Em nenhum momento a qualidade do filme é reduzida por causa disso, apenas fica a sensação de que os filmes poderiam ter sido lançados com intervalos menores, sem prejudicar o espectador.


No mais, o filme continua se esmerando em sua fotografia, efeitos especiais, e excelentes sequências de ação. Deixando um gostinho de quero mais.


Nesta terceira aventura, os irmãos Lúcia (Georgie Henley) e Edmundo Pevensie (Skandar Keynes) voltam a Nárnia através de uma pintura, desta vez, acompanhados do pentelho primo Eustáquio (Will Poulter). Caspian (Ben Barnes) não entende o que fez os reis retornarem ao reino, já que Nárnia está em paz. Começa, então, a saga deste grupo por cinco ilhas misteriosas procurando por espadas encantadas dos sete Lordes de Telmar.


O filme acabou trocando de estúdios, e o carimbo Disney de qualidade passou para as mãos da Walden Media. O mesmo aconteceu com a direção, que agora é de Michael Apted. Em algumas passagens é perceptível essa mudança, mas no geral, a história continua seguindo a mesma linha de excelência.


Ainda há muita discussão a respeito do conteúdo das histórias de C.S. Lewis, autor dos livros da série As Crônicas de Nárnia, quer seja por seu teor religioso, machista, ou mesmo anti semita. Mas no geral, o filme atende deliciosamente a expectativa de entretenimento de quem o assiste.


O futuro do filme também é uma incógnita. Alguns especialistas disseram que esse teria sido o último filme da série (que originalmente é dividido em 7 livros), enquanto o próprio diretor afirma que a história suportaria mais um capítulo. Particularmente, eu adoraria ver o desfecho dessa história com o lançamento de todos os 7 filmes. Gostaria de ver se o fim dos filmes causaria a mesma surpresa que causa nos livros.


Enfim, se você busca um bom filme, com uma belíssima fotografia, excelentes doses de ação, bons efeitos e uma trama inteligente, essa produção é uma excelente pedida. Mesmo com algumas mudanças, o filme é excelente e é diversão garantida para toda a família. Se conseguir, assista os outros filmes também, para relembrar algumas passagens. Para quem curte uma boa fantasia é uma pedida imperdível!!!


FICHA TÉCNICA
Diretor: Michael Apted
Elenco: Ben Barnes, Eddie Izzard, Skandar Keynes, Georgie Henley, Will Poulter, Liam Neeson.
Produção: Andrew Adamson, Mark Johnson, Philip Steuer
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely e Michael Petroni, baseados na obra de C. S. Lewis
Fotografia: Dante Spinotti
Trilha Sonora: David Arnold
Duração: 120 min.
Ano: 2010
País: Reino Unido
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: 20th Century Fox Home Entertainment / Fox 2000 Pictures / Twentieth Century-Fox Film Corporation / Walden Media
Classificação: 10 anos

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Corrida do Século




Você deve lembrar do desenho A Corrida Maluca, não é mesmo? Pois então, esse foi o filme que deu origem àquele desenho fantástico. E o filme, logicamente, é igualmente fantástico e delicioso. Primeiramente por seu elenco de primeiríssima linha. Tony Curtis e Jack Lemmon eram comediantes maravilhosos, que faziam o sucesso dos filmes só com as suas atuações (só???).


Como no desenho, o filme segue uma linha inusitada com situações engraçadas e diferentes. Em alguns momentos, chega ao extremo da comédia pastelão (humor exagerado, que apela para a violência). Mas no geral, é uma comédia leve e bastante voltada para a família.


No filme, O homem-espetáculo, O Grande Leslie (Tony Curtis), propõe a construtores de automóveis na virada do século 20 uma grande corrida entre Nova Iorque e Paris, cruzando todos os Estados Unidos em direção oeste, o Estreito de Bering e a Rússia, e que serviria para incrementar a venda de veículos. O arqui-rival de Leslie, o bigodudo e diabólico Professor Fate (Jack Lemmon), promete derrotá-lo cruzando a linha de chegada com um carro de sua própria invenção.


Esses dois enfrentam muitas coisas até chegar ao fim da corrida. Tempestades de neve, golpe de estado, guerras, festas, entre outros. Em uma excelente caracterização entre mocinho e vilão, do tipo que não existe mais.


A direção é do também fantástico, Blake Edwards, que dirigiu muitos filmes de Peter Sellers, como a série de A Pantera Cor-de-Rosa, Um convidado Trapalhão, entre outros. Um cara que sabia muito bem fazer um filme de qualidade.


O filme é uma excelente pedida para qualquer momento, sendo puro entretenimento para toda a família. Os mais novos podem estranhar um pouco as roupas, os carros, e até o jeito das pessoas, mas também se divertirão bastante. Uma história divertida e inteligente, em uma produção cuja narrativa faz com que o espectador nem sinta o tempo passar. Vale assistir e repetir até enjoar.


Tenho esse filme em minha coleção, no formato VHS, mas já existe a versão em DVD com extras bem interessantes, como o "por trás das câmeras", que conta um pouco sobre os bastidores desta produção. Imperdível!!!


FICHA TÉCNICA
Diretor: Blake Edwards
Elenco: Jack Lemmon, Tony Curtis, Natalie Wood, Peter Falk, Keenan Wynn, Blake Edwards.
Produção: Martin Jurow, Blake Edwards
Roteiro: Arthur A. Ross
Fotografia: Russell Harlan
Trilha Sonora: Henry Mancini, Johnny Mercer
Duração: 150 min.
Ano: 1965
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Warner Bros.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Jackass 3D





Não sei se temos aqui um exemplo típico de filme. Não creio nem que se trate de um documentário. Pra ser honesto, acho que a série Jackass funcionava muito bem como série de TV, agora, como filme, bom... não sei se ele pode ser chamado de filme.


Fato é que não existe uma história, mas sim acontecimentos isolados. Se a intenção é causar dor e constrangimento, então esse é o seu filme. Nada contra, algumas tiradas até que são divertidas, e devo confessar que esses caras descobriram um jeito bastante peculiar para ganhar uma graninha extra.


O que causou certo espanto, foi ver Johnny Knoxville mais como um apresentador do que como protagonista das loucuras criadas. Com os seus óculos escuros, ele se divertiu bastante às custas do sofrimento dos amigos.


Sofrimento que às vezes passa para o espectador, que precisa se esforçar bastante para conseguir acompanhar algumas sequências. Algumas vezes, também, a escatologia ultrapassa a dor. Causando ainda mais desconforto em quem assiste.


Enfim, não é um programa fácil, mas se você curte assistir gente fazendo loucuras para sentir alguma dor, então esse é o seu vídeo ideal. Nada de histórias ou mensagens inteligentes, apenas um bando de malucos reunidos fazendo palhaçadas e apelando ao máximo para conseguir vender para você, que tudo aquilo que fazem pode ser real.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Jeff Tremaine
Elenco: Johnny Knoxville, Bam Margera, Ryan Dunn, Steve-O, Jason "Wee Man" Acuña, Chris Pontius, Preston Lacy, Dave England, Ehren McGhehey
Produção: Sean Cliver, Spike Jonze, Johnny Knoxville, Jeff Tremaine
Roteiro: Preston Lacy
Fotografia: Lance Bangs, Dimitry Elyashkevich, Rick Kosick
Duração: 94 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: MTV Films
Classificação: 16 anos

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Contatos Imediatos do Terceiro Grau





Antes que eu avalie esse clássico do cinema pelo aspecto tosco que ele tem na atualidade, é importante lembrar que se trata de um filme de 1977. Uma época em que pensar em invasões extraterrestres era, sem dúvida nenhuma, algo fora do comum.


Agora, imagine colocar isso em um filme. Foi isso mesmo o que Steven Spielberg, aquele maluco, fez. E de uma maneira fantástica, diga-se de passagem.


Assim como em o Tubarão, Spielberg brinca com os elementos do cinema em Contatos Imediatos do Terceiro Grau. Existe uma sinergia poderosa entre áudio e vídeo, acompanhada de atuações muito convincentes de seu elenco.


O resultado, é uma produção que prende a atenção do espectador, dando mais partículas de uma história, do que fatos em si. O que quero dizer com isso, é que com uma mudança na música, o filme é capaz de alterar o comportamento do seu espectador sem, de fato, apresentar elementos visuais. Isso acontece muito em Tubarão, quando a música anuncia que algo acontecerá, sem que exista a imagem do animal.


Em contatos imediatos, ocorre uma grande combinação entre luzes e sons, que por fim justificam a preocupação de grande parte da sociedade da época (no filme). Existem outras vidas além da nossa no universo.


No filme, Roy Neary (Richard Dreyfuss) é um eletricista que, durante um atendimento de emergência em uma rodovia, faz contato com objetos voadores não identificados. Por ter ficado algum tempo em exposição às fortes luzes das naves, ele fica com manchas de queimadura no rosto. Assustado e preocupado com as visões que passa a ter, Roy conta para algumas pessoas o que lhe aconteceu, mas ninguém acredita. Pondo em jogo tudo o que construiu em sua vida, ele parte em busca da verdade e de uma explicação para tudo. Nessa busca ele conhece pessoas que sofreram o mesmo contato e que estão se encontrando para a chegada de uma grande nave. Ele descobre também que o governo americano está envolvido no projeto.Uma mistura maravilhosa de efeitos especiais e dramas pessoais diante da possibilidade do desconhecido. Mais uma obra prima de Spielberg.


Trazendo para a atualidade, fica difícil comparar com outros filmes com melhor qualidade gráfica e de efeitos, porém, para quase 35 anos atrás, o filme é uma verdadeira aula de cinema. Um elenco que vende bem a história, com uma direção e uma narrativa que mesclam muito bem áudio e vídeo, provocando o seu espectador.


Um filme bastante diferente para os padrões atuais, mas que vale a pena ser assistido por todo o conjunto de elementos que oferece. Uma história tão absurda para a época, que deu ainda mais destaque para seu diretor. Não só por isso, mas por permitir que o espectador sonhasse com sua proposta. Não espere um filme surpreendentemente maravilhoso, mas que vende bem sua misteriosa trama e que surpreende a cada mudança de cena. Imperdível para quem gosta de cinema, ou para quem curte um filme bastante diferente.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Richard Dreyfuss, François Truffaut, Teri Garr, Melinda Dillon, Cary Guffey.
Produção: Jim Bloom, Julia Phillips, Michael Phillips
Roteiro: Steven Spielberg
Fotografia: John A. Alonzo, William A. Fraker, Don Jarel, Laszlo Kovacs, Dennis Muren, Dave Stewart.
Trilha Sonora: John Williams
Duração: 135 min.
Ano: 1977
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Columbia


terça-feira, 7 de junho de 2011

O 3D morreu? Viva o 3D?


Nas últimas duas semanas algo interessante aconteceu no mercado norte americano: o 3D como atrativo de bilheteria mostrou sinais de declínio. Sinais claros, vindos do índice de vendas de ingressos, assinalaram o que pode ser , na melhor das hipóteses, um desinteresse momentâneo e, na pior, o começo de uma curva descendente, o ciclo final de uma tendencia.

Primeiro, vamos ver o quadro geral: a venda de ingressos nos EUA, neste primeiro semestre, está em media 20% abaixo do mesmo periodo ano passado. É o ponto mais baixo de uma curva descendente que vem desde 2002, e que foi interrompida brevemente em 2009-inicio de 2010 por Avatar.

O mega-sucesso de Avatar, como se sabe, levou os nervosíssimos chefões da indústria a uma conclusão simples: o 3D é a salvação! Não apenas é o que público deseja, mas também é um modo de vender ingressos mais caros, dando um reforço na receita!

Como sempre acontece nesses casos, neste nível, ninguém discutiu a necessidade de tais filmes serem tão bons, tão envolventes e tão tecnologicamente avançados quanto Avatar.

Fast forward para o feriadão de Memorial Day, a última segunda feira de maio, que marca o início da temporada-pipoca, em geral a fase das vacas gordas para Hollywood: Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, estreia no topo, como esperado _ mas apenas 46% de sua receita vem das exibições 3D. Uma semana depois, o filme é derrubado por Se Beber Não Case 2, em 2D. Mais sete dias – este final de semana – e Kung Fu Panda 2 fez pior: apenas 45% de seus ingressos vieram de exibições 3D.

A reação em Wall Street – que é onde realmente se resolvem os destinos dos grandes estudios e das empresas que deles dependem – foi rápida: as ações de empresas do setor, como a Real 3D, despencaram vertiginosamente (11% em um dia, em um caso).

Na primeira eclosão do 3D, nos anos 1950, o entusiasmo das plateias durou exatamente três anos. Tentativas posteriores, nos anos 1970 e 80, resistiram menos tempo: um ano e meio, em media. Todas foram vitimadas pela mesma combinação de fatores: filmes vagabundos, falta de paciência com os óculos, problemas técnicos de exibição, alto custo do ingresso.

E nem assim ninguém aprendeu coisa alguma.

Existem algumas diferenças, contudo, entre as trajetórias anteriores do 3D e o que está acontecendo agora.

A primeira, e mais importante, é a força dos mercados internacionais, coisa que não existia em meados do século passado. O 3D pode estar caindo no consumo norte-americano, mas no exterior ainda é uma novidade pela qual, aparentemente, as plateias não se incomodam em pagar mais caro.

Na verdade, eu diria que todos os grandes lançamentos dos estudios, hoje, são criados, desenvolvidos e planejados visando em primeiro lugar o público fora dos EUA, de saturação mais lenta. Ou vocês acham que esses lançamentos simultâneos ou antecipados de arrasa-quarteirão são por acaso, ou apenas por conta do medo da pirataria?

O segundo elemento é o interesse na nova tecnologia por realizadores que não se alinham com o cinemão, como comentamos aqui, há pouco. A plasticidade e o poder visual da nova tecnlogia está oferecendo o que suas versões anteriores não tinham: a capacidade de ser uma real ferramenta narrativa, com resultados empolgantes e imprevisíveis.

Por Ana Maria Bahiana, em 06/06/2011, no link http://anamariabahiana.blogosfera.uol.com.br/2011/06/06/o-3d-morreu-viva-o-3d/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

MTV Movie Awards 2011


O MTV Movie Awards 2011 aconteceu na noite deste domingo (5) e agitou as estruturas da Califórnia ao homenagear e eleger os melhores do ano no cinema.

Como já se esperava, "Eclipse" foi o grande nome da festa. A terceira parte da saga "Crepúsculo" levou cinco prêmios dos oito que estava concorrendo, entre eles o de Melhor Filme, Melhor Ator, para Robert Pattinson, e Melhor Atriz, para Kristen Stewart.

O casal de protagonistas, que levou o romance das telonas para a vida real, também faturou o troféu de Melhor Beijo. Para fechar os cinco prêmios, "Eclipse" ganhou na categoria Melhor Cena de Luta, com Pattinson contra Bryce Dallas Howard e Xavier Samuel.

Confira a lista dos vencedores e fotos do evento abaixo!

Melhor Filme

"Eclipse"

Melhor Ator

Robert Pattinson, em "Eclipse"

Melhor Atriz

Kristen Stewart, em "Eclipse"

Melhor Performance Cômica

Emma Stone, em "Easy A"

Melhor Performance Assustadora

Ellen Page, em "A Origem"

Melhor Frase Retirada de um Filme

"Eu quero ficar bêbada de chocolate", de Alexys Nycole Sanchez em "Gente Grande"

Melhor Cena de Beijo

Kristen Stewart e Robert Pattinson, em "Eclipse"

Melhor Cena de Luta

Robert Pattinson vs. Bryce Dallas Howard e Xavier Samuel, em "Eclipse"

Melhor Cena de Cair o Queixo

Justin Bieber, em "Never say Never"

Melhor Ator Durão

Chloë Grace Moretz, de "Kick-ass"

Melhor Revelação

Chloë Grace Moretz, de "Kick-ass"

Melhor Vilão

Tom Felton, em "Harry Potter e as Relíquias da Morte - parte 1"

Homenageada

Reese Witherspoon

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Como agarrar um marido





Esse é um das antigas (pero no mucho). Na verdade, sou um grande fã de Steve Martin. Adoro grande parte dos seus filmes, e acho que, muitas vezes, só a sua participação já vale ver quelquer filme. Estranho explicar. Acho que ele é um daqueles atores clássicos de comédia, que consegue carregar sozinho uma produção, com uma boa sacada de humor, sem apelar para a escatologia ou para a sacanagem. É um ator família, por assim dizer...


O mesmo posso dizer de Goldie Hawn, que não atuou em tantos filmes, mas sua atuação em comédias é sempre agradável. Mesmo nesta produção, apesar de estar praticamente sacaneando o cara, sua família e seus amigos, quase que não parece que seja isso. É tudo muito tranquilo e leve.


E é isso mesmo o que se segue em Como Agarrar um Marido. Uma produção de 1992, com um tipo de humor que quase não se encontra mais. É um daqueles filmes que se prende à atuação de suas estrelas, deixando de lado efeitos e jogos de cenas moderninhos. Mas nem por isso o filme perde sua qualidade. O que acontece, é que a trama é bastante fantasiosa, fazendo com que o espectador questione a veracidade de alguns acontecimentos, mas se é cinema, vale arriscar.


No filme, quando a namorada do arquiteto Newton Davis, Becky (Dana Delany) declina de sua proposta de casamento, sua linda casa recém construída se torna o monumento vazio à rejeição de sua garota. Até que um encontro casual com Gwen (Hawn) põe sua vida de cabeça para baixo. Intrigada com a história de Newton, Gwen visita a casa e decide se mudar para lá. Desembaraçada e criativa, Gwen logo dá um jeito no lugar e cativa a família e os vizinhos de Newton — e para todos ela é a sua nova esposa! Gwen se torna até amiga de Becky, que começa a ver um Newton que ela nunca imaginou existir. Horrorizado com a situação, mas incapaz de interrompê-la, Newton se pega fazendo o jogo das absurdas histórias de Gwen, suas tentativas de reconciliá-lo com a família e sua campanha para que ele seja promovido no trabalho. Finalmente ele convence Gwen a fabricar seu "divórcio" para que ele possa casar-se. com Becky — até a hora em que seu & coração fraqueja.


Uma comédia deliciosa, pra assistir a qualquer momento e por toda a família. Um filme com uma atuação leve, e uma direção que nos permite viajar na história, quase que esquecendo o tempo passar. Vale assistir e repetir!!


Ficha técnica



ORIGINAL:
Housesitter (1992)
DIRETOR:
Frank Oz
ROTEIRISTA:
Mark Stein, Brian Grazer
TRILHA:
Miles Goodman


ELENCO:


Steve Martin, Goldie Hawn, Donald Moffat, Dana Delany, Julie Harris


TEMPO:


101 Minutos

quarta-feira, 1 de junho de 2011

"Tropa de Elite 2" é o grande vencedor do "Oscar brasileiro"; veja a lista dos premiados


"Tropa de Elite 2" é o grande vencedor do 10º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em cerimônia realizada no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, na noite desta terça (31). O longa-metragem brasileiro de maior bilheteria em 2010 conquistou os principais prêmios da noite - melhor filme, direção (José Padilha) e ator (Wagner Moura) - em um total de nove troféus. "Tropa" liderava a disputa com outro sucesso de bilheteria, "Chico Xavier", que terminou a noite com três prêmios.

No tapete vermelho, antes da entrega dos prêmios, o produtor Luiz Carlos Barreto rasgou elogios ao diretor José Padilha, de "Tropa de Elite 2". "Ele fez um filme de alta competência técnica, artística, popular. Mostrou que o cinema brasileiro tem capacidade de competição com qualquer outro", disse Barretão ao lado de Lucy Barreto, que ainda se disse alegre e aliviado pelo fato de Tropa 2 ter superado "Dona Flor e Seus Dois Maridos" como o filme mais assistido no Brasil. "A pior coisa do mundo é você ficar 20 anos assim como 'recorde do Brasil'", brincou. O longa de Padilha superou a marca de 11 milhões de espectadores em dezembro passado.

Na quinta vez que subia ao palco do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, desta feita para receber o prêmio de melhor direção por seu trabalho em "Tropa de Elite 2", José Padilha brincou: "Não tenho mais nada para falar". Isso porque nas outras quatro vezes - ele subiria mais uma última vez para receber o prêmio de melhor longa-metragem de ficção - Padilha já havia destacado o crescimento do mercado do cinema brasileiro (que deu um salto de 30% em 2010), feito agradecimentos e lembrado que "é o público quem merece um presente" logo após saber que seu longa foi o eleito pelo voto popular.

Padilha também elogiou Wagner Moura, premiado como melhor ator mas que não pôde comparecer à cerimônia. "Ele é um ator especial, porque não pensa apenas no seu personagem, ele atua no filme como um todo. O Wagner é uma joia do nosso cinema", emendou o diretor da produção dona da noite, com o total de nove prêmios. Antes da entrega do prêmio mais aguardado da noite - mas que não surpreendeu ninguém - Thalma de Freitas subiu ao palco para cantar.

"Chico Xavier", que também começou a noite com 16 indicações, levou três prêmios (atriz coadjuvante, roteiro adaptado e maquiagem). Levaram dois prêmios o filme "Quincas Berro D'Água" (direção de arte e figurino) e o documentário "O Homem que Engarrafava Nuvens" (longa-metragem documentário e trilha sonora). Aparentemente surpresa e muito discreta, Glória Pires foi sucinta após receber o prêmio de melhor atriz por seu trabalho em "Lula, O Filho do Brasil". Ela interpretou Dona Lindú, mãe do ex-presidente.

Quem fez o discurso mais longo foi Luiz Carlos Barreto, grande homenageado desta noite de gala junto de sua mulher, Lucy Barreto. Barretão, como é conhecido, lembrou de seu fortuito começo no cinema quando ainda era repórter fotográfico da revista "O Cruzeiro" e se encontrou com o cineasta baiano Glauber Rocha. "É um sofrimento essa emoção", disse Barretão, prometendo uma reprimenda aos organizadores do evento por submeterem um senhor de 83 anos de idade a tamanho teste emocional com a homenagem. Ele aproveitou para criticar o governo do ex-presidente Fernando Collor, "que tentou liquidar o cinema brasileiro" no começo dos anos 90. "Ninguém liquida o cinema brasileiro", disse com firmeza, celebrando o bom momento da produção nacional.

O homenageado também evocou o escritor colombiano Gabriel García Márquez, para quem só dois países possuem verdadeira vocação para o cinema: Brasil e Estados Unidos. No caso do cinema nacional, Barretão valorizou as características humanistas da sétima arte brasileira e pediu menos burocracia. "Vamos fazer cinema e botar filme na tela", arrematou.

Duas homenagens surpresa

A grande festa do cinema brasileiro ainda concedeu o prêmio de Preservação à Mostra de Cinema de Ouro Preto, a CineOP, que terá sua sexta edição a partir do próximo dia 15 de junho. Coube a Lúcia Rocha, mãe do cineasta Glauber Rocha, a entrega do prêmio. Ela, uma senhora já de 92 anos, falou com dificuldade, mas se manteve firme para receber os carinhosos aplausos da plateia.

A noite teve duas homenagens surpresa. Primeiro, a atriz Norma Bengell, musa que surgiu no cinema brasileiro no final dos anos 50, apareceu no palco numa cadeira de rodas. Norma, que além de atriz também foi é cantora e diretora, foi a primeira atriz brasileira a fazer um nu frontal, em 1962, no filme "Os Cafajestes".

Ela recebeu a homenagem das mãos de Marieta Severo. Muito emocionada, ela fez questão de agradecer ao público de pé. "Alguém me põe de pé!". A ordem foi atendida e, com o auxílio da mestre de cerimônia Fabiula Nascimento, Norma viu todo o público também se levantar para saudá-la.

A segunda homenagem surpresa do "Oscar brasileiro" foi Remo Usai. Autor das trilhas sonoras de mais de 120 filmes, dos quais 85 são longa-metragens, Remo agradeceu e, bem humorado, salientou que "o cinema precisa de muita amizade, porque também tem muita briga". Foi dele a trilha sonora da noite de gala inteira.

Veja a lista completa dos vencedores da 10ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

Melhor longa-metragem:
- "Tropa de Elite 2"
Voto popular - "Tropa de Elite 2"

Melhor documentário:
- "O Homem que Engarrafava Nuvens"
Voto popular - "Dzi Croquettes"

Melhor direção:
- José Padilha - "Tropa de Elite 2"

Melhor atriz:
- Glória Pires - "Lula, o Filho do Brasil"

Melhor ator:
- Wagner Moura - "Tropa de Elite 2"

Melhor atriz coadjuvante:
- Cássia Kiss - "Chico Xavier"

Melhor ator coadjuvante:
- André Mattos - "Tropa de Elite 2" e Caio Blat - "As Melhores Coisas do Mundo"

Melhor longa-metragem infantil:
- "Eu e meu Guarda-Chuva"

Melhor direção de fotografia:
- Lula Carvalho por "Tropa de Elite 2"

Melhor direção de arte:
- Adriam Cooper por "Quincas Berro D`Água"

Melhor figurino:
- Kika Lopes por "Quincas Berro D`Água"

Melhor maquiagem:
- Rose Verçosa por "Chico Xavier"

Melhor efeitos visuais:
- Darren Bell, Geoff D. Scott e Renato Tilhe por "Nosso Lar"

Melhor montagem ficção:
- Daniel Rezende por "Tropa de Elite 2"

Melhor montagem documentário:
- Raphael Alvarez por "Dzi Croquettes"

Melhor som:
- Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. e Leandro Lima por 'Tropa de Elite 2"

Melhor trilha sonora:
- Guto Graça Mello por "O Homem que Engarrafava Nuvens"

Melhor trilha sonora original:
- Jaques Morelenbaum por "Olhos Azuis"

Melhor curta-metragem ficção:
- "Recife Frio" dirigido por Kleber Mendonça Filho

Melhor curta-metragem documentário:
- "Geral" dirigido por Anna Azevedo

Melhor curta-metragem animação:
- "Tempestade" dirigido por Cesar Cabral

Melhor roteiro original:
- Braulio Mantovani e José Padilha - "Tropa de elite 2"

Melhor roteiro adaptado:
- Marcos Bernstein - "Chico Xavier"

Melhor longa-metragem estrangeiro:
- "O Segredo dos seus Olhos" (Argentina / Espanha), de Juan José Campanella

Por Daniel Milazzo, no link http://cinema.uol.com.br/ultnot/2011/05/31/tropa-de-elite-2-e-o-grande-vencedor-do-10-grande-premio-do-cinema-brasileiro-veja-a-lista-dos-premiados.jhtm