segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Leslie Nielsen morre ao 84 anos nos Estados Unidos


Conhecido por seus papéis cômicos no cinema, o ator canadense Leslie Nielsen morreu aos 84 anos, na tarde deste domingo (28), nos Estados Unidos.

Segundo informações de seus familiares e de seu agente, John S. Kelly, o ator estava internado há cerca de 12 dias em um hospital de Fort Lauderdale, na Flórida, com pneumonia. No momento de sua morte, estava acompanhado pela esposa, Barbaree Earl Nielsen, e por amigos.

Nascido em 11 de fevereiro de 1926 em Regina, no Canadá, Nielsen apareceu em centenas de filmes e programas de televisão ao longo da carreira.

Na década de 80, ficou conhecido por sua atuação no filme “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”, mais tarde eleito pelo American Film Institute como um dos dez filmes mais engraçados já produzidos. Na pele do tenente trapalhão Frank Debrin, protagonizou os diversos filmes da franquia "Corra que a Polícia Vem Aí".
Nos anos 2000, participou de comédias como "2001, Um Maluco Perdido no Espaço", "Todo Mundo em Pânico 3" e "Todo Mundo em Pânico 4". Neste último, o ator aparece como presidente dos Estados Unidos.
Despedida
Leslie Nielsen não era um ator comum. Seus papéis de galã no início da carreira se contrapõem ao bonachão atrapalhado das hilárias comédias nas quais atuou. Seu jeito era engraçado por si. Sua imagem já arrancava gargalhadas sem a necessidade de esforços. Era um ator diferente, e que fará muita falta.
Várias passagens de seus filmes se tornaram referência e passaram a ser repetidos inúmeras vezes. Leslie era jargão para uma cena de microfone ligado, após uma séria entrevista, dentro de um banheiro. Cena que pode ser vista infinitas vezes, sem perder a graça. E tantas outras contribuições ao cinema que fizeram de Leslie um ícone em Hollywood.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Se você não consegue voar, não é um super herói...


Herói é um filme que tenta agradar. Tem um elenco interessante, efeitos moderninhos, uma história que apela para os super poderes, mas não consegue emplacar.
O longa conta a saga de jovens americanos com poderes de telepatia e clarividência que têm de se esconder de uma agência clandestina do governo dos EUA. Eles precisam se unir e usar suas diferentes habilidades para escapar da agência de uma vez por todas.
Não existem surpresas, assim como não existe a finalidade de serem heróis, mas sim protegerem a própria existência. O filme nem deveria receber esse nome, mas acharam que Heróis combinaria melhor com o original inglês (Push).
Acredito que a intenção seja a de chegar ao público mais jovem, apelando para personagens com características retiradas dos quadrinhos. No entanto, não existem super poderes, o que os transformaria em super heróis, e eles nem estão em busca da salvação mundial. A trama não convence e possui várias passagens previsíveis.
Com o novo astro Chris Evans, que também participou do Quarteto Fantástico, acredito que o filme não seja uma daquelas adaptações imperdíveis. O elenco conta ainda com Dakota Fanning, Djimon Hounsou e Camilla Belle, em atuações tranquílas.
Não é uma grande produção e, confesso, não vi nada que fizesse valer o investimento na locação. Tem uma mensagem de trabalho em equipe, algumas tiradas engraçadinhas, e só. Nada de espetacular, por isso, se puder, evite passar perto.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Paul McGuigan
Elenco: Dakota Fanning, Camilla Belle, Chris Evans, Djimon Hounsou, Cliff Curtis, Maggie Siff, Colin Ford, Joel Gretsch, Neil Jackson, Nate Mooney, Scott Michael Campbell, Brandon Rhea.
Produção: David Bourla, Amy Gilliam, Michael Ohoven, David Valleau
Roteiro: David Bourla
Fotografia: Peter Sova
Trilha Sonora: Neil Davidge
Duração: 11 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

E tudo começou assim...



A Origem é um daqueles filmes que abusa dos detalhes. Diálogos ricos e uma edição que exige total atenção e muita boa vontade de seu espectador. Mas há algo nele que atrai, e nos convence que no fundo, é um bom filme.

O filme me lembrou, bastante, a saga Matrix, exceto que lá a coisa era mais virtual, e aqui a coisa é mais ligada a sonhos. Os dois tentam apresentar novas dimensões da vida, investem pesado nos efeitos especiais, e numa trama dependente total do seu protagonista, mas as semelhanças param por aqui. A Origem é melhor estruturado, mais bonito de se assistir, e com uma história mais agradável, embora ela desafie sua racionalidade o tempo todo.

O filme também apresenta uma boa apresentação da nova fase de Leonardo DiCaprio. Mais sério e mais maduro. Acompanhado de um elenco bastante razoável, que conta ainda com nomes como Marion Cotillard, Ellen Page, Cillian Murphy, Joseph Gordon-Levitt, Ken Watanabe, Michael Caine e Tom Berenger.

Na história, Don Cobb (Leonardo DiCaprio) é especialista em invadir a mente das pessoas e, com isso, rouba segredos do subconsciente, especialmente durante o sono, quando a mente está mais vulnerável. As habilidades singulares de Cobb fazem com que ele seja cobiçado pelo mundo da espionagem e acaba se tornando um fugitivo. Como uma chance para se redimir, Cobb terá de, em vez de roubar os pensamentos, implantá-los. Seria um crime perfeito, mas nenhum planejamento pode preparar a equipe para enfrentar o perigoso inimigo que parece adivinhar seus movimentos. Apenas Cobb é capaz de saber o que está por vir.

Efeitos espetaculares, com cenas de ação mirabolantes, um elenco uniforme, e uma bela fotografia enriquecem o filme que tenta apresentar a dimensão dos sonhos como algo palpável. Não é possível assistir o filme sem se envolver, sem dar a devida atenção e estar totalmente ligado. Um detalhe perdido pode prejudicar passagens importantes, por isso, muitas vezes o filme se torna cansativo, mas ainda assim vale a experiência e o desafio mental. Não o considero um filme fantástico, mas é uma boa produção, e vale o valor da locação, desde que você não ligue para o excesso de detalhes.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Marion Cotillard, Ellen Page, Cillian Murphy, Joseph Gordon-Levitt, Ken Watanabe, Michael Caine, Tom Berenger
Produção: Christopher Nolan, Emma Thomas
Roteiro: Christopher Nolan
Fotografia: Wally Pfister
Trilha Sonora: Hans Zimmer
Duração: 148 min.
Ano: 2010
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros. / Syncopy
Classificação: 14 anos

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Salgada, mas eficiente


Salt é um daqueles filmes que mostra que os EUA continuam procurando vilões para os seus problemas. Reacendem velhas fagulhas da época da Guerra Fria, e não perdem o jeitinho de pensar que todo o resto do universo é contra eles. Apesar desses velhos clichês, a história funciona bem.
Na verdade, Salt me lembrou bastante o francês Nikita (o original, e não as centenas de remakes), sendo que eu prefiro o europeu. Mesmo assim, as doses de ação são suficientes para prender a atenção.
O elenco tem a estrelíssima Angelina Jolie. O restante do elenco pouco acrescenta. Não que seja uma atuação fantástica de Jolie. Nada disso. Ela apenas se destaca por segurar a trama completamente sozinha, sem a ajuda de outros astros. Mesmo assim, o papel tem a cara de serviços passados, como suas aparições em Sr. & Sra. Smith e O Procurado. Nada de novo, apenas funcional.


A história conta que antes de se tornar agente da CIA, Evelyn Salt (Angelina Jolie) prestou juramento de servir e honrar o seu país. Ela colocará seu juramento em prática, quando um desertor russo a acusa de ser espiã russa. Salt foge, usando todas as suas habilidades e anos de experiência como agente infiltrada para conseguir escapar dos seus inimigos, proteger o seu marido e fugir dos seus colegas da CIA.

Como já falei, as cenas de ação são de alto nível, assim como os efeitos especiais. A trama não tem muita força, mas para quem está procurando puro entretenimento, a história não deixa a desejar. Não é um filme fantástico, mas chega a ser divertido. Vale o valor da locação, mas não chegue cheio de esperanças ou poderá se arrepender.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Phillip Noyce
Elenco: Angelina Jolie, Chiwetel Ejiofor, Liev Schreiber, Zoe Lister Jones, Victor Slezak
Produção: Ric Kidney, Mark Vahradian
Roteiro: Kurt Wimmer, Brian Helgeland
Fotografia: Robert Elswit
Trilha Sonora: James Newton Howard
Duração: 101 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Columbia Pictures / Relativity Media
Classificação: 14 anos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fique longe desta loja



Você gosta de humor negro sem muito sentido? Então esse pode ser o seu filme. Carros Usados, Vendedores pirados abusa de clichês humorísticos sem muita graça, e bastante apelação sexual.

Um roteiro bastante bagunçado, com detalhes dispensáveis ou, no mínimo, confusos, também não ajuda. A história tinha tudo para ser engraçada, se bem explorada. No entanto, se perde em vários momentos. Um exemplo é a crise existencial do protagonista, que é um vendedor mercenário de sucesso, mas que fica doido quando descobre um rapaz sem pai que trabalha ao seu lado, com a mesma idade de quando passou por aquela cidade, engravidou uma garota e desapareceu.

Alguns personagens também ficaram muito embaralhados. O filho de 10 anos com o corpo de um adulto (ele cresce mais rápido), o DJ que não gosta de receber ordens, o patrão com tendências homossexuais, ou mesmo o vendedor da equipe mercenária, que nunca fez amor com uma só mulher (sempre com mais de uma).

Liderado por Don Ready (Jeremy Piven), grupo de vendedores de automóveis autônomos, especialista em vendas rápidas, com esquemas muito loucos, tem a missão de vender todos os carros de uma loja com problemas financeiros. Para isso, vão treinar a equipe incompetente da loja e enfrentar a desleal concorrência de outra revendedora.

A história poderia ter explorado melhor vários pontos, e ter se tornado muito mais engraçada. Os conflitos entre os próprios vendedores, a disputa pela venda dos carros, o problema enfrentado para venderem mais de 200 carros em 3 dias (que a princípio eram 4 dias), as dificuldades enfrentadas na cidade, a mania de se hospedarem sempre no mesmo hotel em qualquer cidade que fossem, e muitas outras coisas. Muitos detalhes perdidos, que poderiam ser melhor explorados.

O elenco conta com nomes interessantes, como James Brolin, Ving Rhames, e até uma participação de Will Ferrell (que também assina a produção do filme), mas seus papéis não ultrapassam a barreira do mediano (sob um ponto de vista muito amigável)

O filme não acrescenta nada ao currículo de quem está assistindo. É entretenimento puro, e cru. Tosco e, muitas vezes, à beira do absurdo. Vale assistir pela curiosidade, mas se você tiver algo melhor, pode dispensar de boa, que não perderá nada de extravagante.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Neal Brennan
Elenco: Jeremy Piven, Ving Rhames, James Brolin, David Koechner, Kathryn Hahn, Ed Helms, Jordana Spiro.
Produção: Will Ferrell, Chris Henchy, Adam McKay, Kevin J. Messick
Roteiro: Andy Stock, Rick Stempson
Fotografia: Daryn Okada
Trilha Sonora: Lyle Workman
Duração: 90 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Europa Filmes
Estúdio: Gary Sanchez Productions
Classificação: 16 anos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Academia anuncia lista prévia com 15 filmes finalistas ao Oscar de melhor animação em longa-metragem


A Academia de Hollywood anunciou nesta segunda (15) uma lista prévia de 15 filmes que concorrerão a indicações na categoria de melhor filme de animação no Oscar 2011. Os candidatos devem estrear dentro do prazo previsto e estar dentro das regras da categoria antes de entrarem no processo de votação.

O número máximo de pré-indicados é de 16 filmes, mas os responsáveis pela categoria não atingiram a cota. Ficou decidido também que serão indicados apenas três títulos como finalistas.
Quatro filmes ainda precisam entrar em cartaz por pelo menos uma semana em Los Angeles até 31 de dezembro para se qualificarem: "Enrolados," ''O Mágico" ''The Dreams of Jinsha" e "Summer Wars".
Os inscritos para melhor filme de animação também podem participar da seleção de outras categorias do Oscar, entre eles melhor filme, se se encaixarem nas respectivas regras.
Os títulos indicados ao 83º Oscar serão anunciados em 25 de janeiro de 2011, do teatro Samuel Goldwyn, às 5h30 (horário de Los Angeles), com transmissão ao vivo. A premiação está prevista para 27 de fevereiro de 2011, direto do tradicional Kodak Theatre, nos EUA.
Abaixo, a lista que deverá ser votada para melhor filme de animação:
- "Alpha and Omega"
- "The Dreams of Jinsha"
- "Idiots and Angels"
- "O Mágico"
- "My Dog Tulip"
- "Summer Wars"
- "Tinker Bell and the Great Fairy Rescue"

terça-feira, 16 de novembro de 2010

As cenas que jamais veríamos hoje no cinema

Como a tecnologia e o politicamente correto inviabilizariam filmes feitos anos atrás



Não é tarefa fácil assistir a um clássico ao lado de um adolescente. Além das diferenças visuais e de ritmo, filmes como "Janela Indiscreta", dirigido por Alfred Hitchock em 1954, registram períodos não tão distantes, mas marcados pela ausência de objetos e costumes presentes em seus cotidianos.

A tecnologia mudou a forma como nos relacionamos com o mundo, e longas-metragens como esse deixam evidente que situações plausíveis há 50, 30 ou até mesmo 15 anos jamais ocorreriam da mesma forma na atualidade - e a culpa é dos celulares, da internet e do politicamente correto, entre outras mudanças.

Com isso em mente, levantamos sete cenas de filmes que retratam períodos distintos e mostramos como o advento da tecnologia e a adoção do politicamente correto inviabilizariam seus acontecimentos.

"Janela Indiscreta" (1954), de Afred Hitchcock

No filme, o fotógrafo interpretado por James Stewart encontra-se preso a uma cadeira de rodas após quebrar uma perna. Por isso, passa a lutar contra o tédio observando sua vizinhança pela janela. O voyeur faz uso de um binóculo e das potentes lentes de sua câmera - e para sua infelicidade, acaba testemunhando um possível assassinato.

Ao transpor a situação para os dias atuais, muita coisa muda. O tédio poderia ser combatido não apenas com a janela, mas em salas de bate-papo da internet. Além disso, o personagem não perderia seu tempo observando tudo com um binóculo: ele com certeza teria uma filmadora portátil e gravaria tudo para assistir mais tarde em alta velocidade - diminuindo o ritmo apenas nos momentos mais interessantes.

"Curtindo a Vida Adoidado" (1986), de John Hughes

Ferris Bueller, o adolescente interpretado por Matthew Broderick em "Curtindo a Vida Adoidado", monta um plano perfeito para conseguir cabular um dia de aula sem ser apanhado pelo diretor de sua escola ou por seus pais.

Se tentasse repetir o feito duas décadas mais tarde, ele certamente seria fotografado à exaustão durante sua performance no desfile da comunidade alemã nas ruas de sua cidade e, popular como só, se tornaria o assunto do dia no Twitter - o que acabaria garantindo ao rapaz um belo castigo.

"Uma Luz na Escuridão" (1992), de David Seltzer

A trama de "Uma Luz na Escuridão" acontece durante a Segunda Guerra Mundial, no momento em que a secretária interpretada por Melanie Griffith assume um serviço de espionagem dentro da casa de um oficial nazista.

Em determinado momento, a espiã encontra uma série de planos secretos de mísseis alemães, que ela fotografa com sua câmera, mas que só chegarão ao governo aliado se ela conseguir sair ilesa da Alemanha - trabalho desnecessário na atualidade, em que qualquer câmera ou celular pode enviar via internet as imagens que acabara de registrar.

"Zodíaco" (2007), de David Fincher

Apesar de lançado em 2007, a história do filme "Zodíaco" ocorre na década de 1970, época em que a cidade de São Francisco foi aterrorizada pelo Assassino do Zodíaco. Durante o período de investigação, o cartunista interpretado por Jake Gyllenhaal recebe telefonemas anônimos com a respiração de alguém.

Se há 40 anos detectar a origem dessas ligações era algo complicado, hoje qualquer pessoa pode contratar um serviço de bina e descobrir o número do telefone utilizado - ou, na pior das hipóteses, descobrir a origem com a ajuda da polícia.

"Warriors - Os Selvagens da Noite" (1979), de Walter Hill

Logo no início do filme "Warriors - Os Selvagens da Noite", os membros das principais gangues de rua de Nova York são convidados para uma reunião ao ar livre no Bronx - festa que jamais ocorreria 30 anos depois.

Com a internet, a notícia de que os maiores criminosos da cidade iriam se encontrar seria divulgada e, além da polícia, até a MTV estaria por lá transmitindo ao vivo o discurso do líder Cyrus.


"O Massacre da Serra Elétrica" (1974), de Tobe Hooper

Mais uma vez, a telefonia celular poderia ter salvado algumas vidas. No caso, a da jovem Sally Hardesty e seus amigos, que após se perderem na área rural do Texas, acabam encontrando uma família nada amistosa, que tem como hábito cozinhar e comer pessoas.

Nesse caso, ao dar de cara com o assassino mascarado Leatherface, ela poderia correr e ao mesmo tempo ligar para a polícia - que não duvidaria da veracidade de seu chamado ao ouvir o barulho da moto serra (e não serra elétrica) do psicopata.

"A Estranha Passageira" (1942), de Irving Rapper

Apesar de não envolver a tecnologia, a cena de amor protagonizada pelos atores Bette Davis e Paul Henreid em "A Estranha Passageira" jamais seria filmada e exibida em cinemas sem receber uma série de críticas.

Isso porque antes de declarar-se para sua amada, o rapaz acende não um, mas dois cigarros, que são compartilhados com direito a muita fumaça - um momento impensável em tempos em que o tabaco é severamente combatido.

Por Guss de Lucca, em 15/11/2010, no link http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/as+cenas+que+jamais+veriamos+hoje+no+cinema/n1237826181038.html

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Visite a ilha do medo


Instigante e irritante. Assim podemos resumir Ilha do Medo. A trama do filme surpreende, mas num certo momento (se você decidir bancar o detetive por conta, e estiver prestando atenção aos detalhes) torna-se previsível possibilitando ao seu espectador, que antecipe algumas passagens. Não que isso vá estragar o seu final, ou até pode acontecer, mas torna a jornada levemente frustrante. Isso acontece também quando se chega ao desfecho final. Após tantos detalhes, em um enredo bem construído, com uma excelente pitada de suspense, a conclusão lhe dá um tapa na cara e desmente tudo o que foi visto até então.

Ruim? Não penso assim. O filme é uma boa pedida para quem curte um suspense, mas o desenvolvimento da história se torna menos surpreendente em alguns momentos e até chega a decepcionar (ao menos de leve).

No filme, retratado em 1954, o detetive Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de uma assassina, que fugiu de um hospital psiquiátrico e está supostamente foragida na remota Ilha Shutter. Quanto mais perto da verdade ele chega, mais enganosa ela se torna.

O elenco funciona bem, e conta com nomes consagrados, como é o caso do próprio Leonardo Dicaprio, Ben Kingsley e Max von Sydow.

No geral, Ilha do Medo é um bom filme. Melhor ainda se você curte um suspense bastante razoável. Novamente fica o conselho de assistir com a mente aberta.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Emily Mortimer, Michelle Williams, Max von Sydow, Jackie Earle Haley, Dennis Lynch.
Produção: Brad Fischer, Mike Medavoy, Arnold Messer, Martin Scorsese
Roteiro: Laeta Kalogridis, baseado em obra de Dennis Lehane
Fotografia: Robert Richardson
Duração: 148 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Phoenix Pictures / Sikelia Productions / Appian Way / Hollywood Gang Productions / Paramount Pictures
Classificação: 14 anos

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Depois de comer, rezar e amar... ejetar...


Acabo de assistir Comer Rezar Amar e, confesso, não me surpreendi. A fotografia do filme é maravilhosa, com locações fantásticas, mas a história tem uma lição de moral meio esquisita. Como se tudo se resumisse a uma boa refeição, a força da sua fé, e um amor que surge num país exótico, vindo de outro país exótico. E quem pode dizer que a vida não se resume a isso? Na minha opinião, infelizmente, não é bem assim que as coisas funcionam.
Baseado no livro homônimo de Elizabeth Gilbert, o filme tem uma narrativa lenta e longa, tornando-se cansativo e repetitivo. As atuações de Julia Roberts e Javier Bardem funcionam bem, mas não creio que sejam os momentos máximos de suas carreiras.
Ñão li o livro, e o filme me deu a impressão de tentar servir como uma auto ajuda (talvez para a própria escritora), com uma visão bastante americanizada dos países que fazem parte do roteiro, e até de alguns personagens, como é o caso do "brasileiro" (???) interpretado por Javier. A Itália se transformou na capital gastronômica do Mundo, a Índia é o centro religioso, e Bali, por incrível que pareça, a região das curas milagrosas. Essas "qualidades" poderiam ser atribuídas a qualquer lugar do planeta, imagino eu...
No filme, Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher moderna deve sonhar em ter “um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida” ainda sim, como muitas outras pessoas, ela está perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja na vida. Recentemente divorciada e num momento decisivo, Gilbert sai da zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhecimento. Em suas viagens, ela descobre o verdadeiro prazer da gastronomia na Itália, o poder da oração na Índia, e, finalmente e inesperadamente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali.
Para os fãs de Julia Roberts, talvez seja um bom filme, mas na minha opinião, exceto pelas belas paisagens e tomadas bem exploradas, não é uma história que acrescente muito em qualquer currículo. Não chega a ser um filme para se evitar a qualquer custo, mas também não chega a ser uma obra de arte. Assista, mas mantenha a mente aberta.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Ryan Murphy
Elenco: Javier Bardem, Julia Roberts, James Franco, Billy Crudup, Richard Jenkins, Viola Davis, Tuva Novotny, Ali Khan, Lidia Biondi, Arlene Tur, Luca Argentero, James Schram
Produção: Dede Gardner, Brad Pitt
Roteiro: Ryan Murphy, Jennifer Salt
Fotografia: Robert Richardson
Trilha Sonora: Dario Marianelli
Duração: 133 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Plan B Entertainment

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Produtor diz que nova versão de Thundercats será mais sombria e simples


Os felinos comandados por Lion vão retornar com força total em 2011 e já tem muito fã se chicoteando de ansiedade. Ok, mas e os detalhes? A gente já sabe que vai passar no Cartoon Network americano, mas não havia muito mais informação. Até agora. O pessoal da MTV dos Estados Unidos conversou com o produtor Michael Jelenic e ele contou umas coisinhas legais a mais.
"Estou um pouco surpreso com a reação visceral [das pessoas] com relação aos personagens. Deve ser porque é uma das últimas propriedades dos anos 80 que ainda não foram reinventadas nesta geração. Estamos tentando respeitar o material antigo, mas trazendo tudo para uma nova era. Acho que vai ser legal". Jalenic não parou por aí. Falou também que há grandes artistas trabalhando na nova versão. "Estamos trabalhando com estúdio japonês bem famoso, o Studio4C, que fez Animatrix. Eles vão colocar a marca deles. Vai ser épico".
O desenho que chega em 2011 terá sua mitologia simplificada. "A história de fundo é bem complicada e isso atrapalha um pouco a parte de ficção científica, como acontece com Super-Homem e Star Wars. Ao desenvolver Thundercats eu quis que fosse um pouco mais simples. No original há três planetas que convergem num só e ninguém entende nada. É uma reimaginação por um lado mas, ao mesmo tempo, vamos rever os personagens que adoramos".
Jalenic também confirmou que todos os personagens principais - Lion, Panthro, Cheetara e Tygra - estarão de volta. Até o Snarf. "Todo mundo quer saber sobre o Snarf. Ele vai aparecer e não vai falar. Não se preocupe. Ele faz apenas ´snarf, snarf´. Esse é um jeito de colocá-lo no desenho sem irritar as pessoas que odeiam ele".
O produtor contou que o visual será "bem diferente", mas que todos vão notar também as semelhanças com a animação antiga. "As cores não são tão vibrantes como antes. É um pouco mais dark, mas você vai reconhecer todo mundo".
Michael Jelenic é um sujeito bem experiente com desenhos animados. Já trabalhou em várias produções da DC Comics como Batman, Legião dos Super-Heróis e atualmente finaliza também Superman/Shazam: The Return of Black Adam.Thudercats é um dos desenhos mais famosos dos anos 80 e tem um monte de fãs até hoje. Completou 25 anos agora em 2010. Veja os detalhes aqui.