terça-feira, 31 de julho de 2012

Como enlouquecer seu chefe

Mais um filme que parte de uma ideia interessante, reúne alguns nomes razoáveis em seu elenco, mas o que segue é uma conjunção de trapalhadas sem sentido e, praticamente, nenhuma graça. Apesar de insistirem em classificar alguns tipos de filmes de comédias, Como enlouquecer seu chefe, com algum esforço do espectador, consegue no máximo arrancar um par de sorrisos amarelos.

Não é o tipo de produção que se utiliza de efeitos especiais esplendorosos. É basicamente um elenco, e uma história que deveria ter algum sentido ou, pelo menos, se fazer entender. É o tipo de humor americano, com uma mensagem de fundo, que nem sempre vale o quanto seus produtores imginavam.

Em seu elenco, Ron Livingston e Jennifer Aniston encabeçam a lista de protagonistas. Talvez, principalmente por causa de Aniston, esperava-se que o filme se transformasse em uma comédia romântica. Mas não é nada disso. Embora role essa intenção, mais no sentido de aproveite a sua vida, a produção também não tem nada de romântica.

O ponto fraco é mesmo sua história. Não tem liga, não tem apelo, não tem força suficiente para se tornar interessante. Abusa de diálogos metidos a inteligentes, e o resultado final é punhado de bobagens sem graça e desnecessárias. Talvez tenha dado origem à ideia do roteiro de Quero Matar meu Chefe, mas diferentemente deste, que também conta com Jennifer Aniston em seu elenco, Como Enlouquecer seu Chefe é mais fraco, previsível e sonolento.

No filme, Peter Gibbons (Ron Livingston) é um programador de computadores que está insatisfeito no emprego. Após uma sessão de hipnose, o rapaz extravasa sua frustração e seu comportamento muda totalmente: não cumpre mais os horários, não faz a maioria das coisas que lhe são que pedidas e, quando faz, faz a sua maneira. Com isso espera ser demitido, mas, quanto mais transgride as leis, mais é elogiado e promovido. O problema é que enquanto seus chefes fazem isso, a empresa entra numa política de corte de funcionários, o que cria um mal estar no escritório.
Comédiazinha com cara de Sessão da Tarde de uma quinta-feira, dia de rodízio, com muita chuva, com geladeira e armários vazios, e controle remoto sem pilhas. Se não há outra opção, vale a intenção, mas se a bateria do seu controle der algum sinal de vida, fuja. História fraca, diálogos desnecessários, elenco com algumas estrelas, mas sem estrelismo, tenta dar ao espectador uma moral da história, mas não tem conteúdo suficiente para tornar interessante sua trama. Se não quer perder seu tempo, fique longe.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Mike Judge
Elenco: Ron Livingston, Jennifer Aniston, David Herman, Ajay Naidu, Gary Cole, Stephen Root, Richard Riehle, Alexandra Wentworth, Joe Bays.
Produção: Daniel Rappaport, Michael Rotenberg, Mike Judge.
Roteiro: Mike Judge
Fotografia: Tim Suhrstedt
Trilha Sonora: John Frizzell
Duração: 89 min.
Ano: 1999
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Assalto em Dose Dupla

Tudo em um grande filme tem início com uma grande ideia. E em Assalto em Dose Dupla, aparentemente, seus produtores tiveram um insight brilhante. Soma-se a isso, a presença de um elenco com nomes bastante razoáveis. O galã Patrick Dempsey, Ashley Judd, e também Tim Blake Nelson, Octavia Spencer, Beau Brasseaux, Jeffrey Tambor e Mekhi Phifer.

Mas o que aparentemente esqueceram, foi que uma grande ideia e um elenco com bons nomes não salvam nenhum filme. E é o que acontece nessa fraca produção, metida a comédia. A ideia inicial parece sensacional. Teria tudo para se tornar uma comédia engraçada, ou no mínimo uma produção bastante interessante e atrativa, mas o roteiro fraco se perde e transforma a boa ideia em uma sequência de escolhas erradas.

O resultado é um filme bagunçado, cansativo, e que apela para o humor negro, sem necessariamente ser engraçado. Pra ser honesto, em algumas passagens é possível ter aquela sensação de "vergonha alheia" pelos atores, não por seus personagens, mas pelas situações ridículas às quais se expõem.

Existe ainda a intenção de imitar, muito de longe, diga-se de passagem, o longa Assassinato no Expresso Oriente, mas nem isso funciona bem na trama. O filme fica preso dentro de uma agência bancária o tempo inteiro, e mesmo que saísse, é provável que as coisas não mudassem de rumo. Tenta ser engraçado, fica muito longe disso, e o resultado disso é uma produção sonolenta e muito chata.

No filme, Tripp (Patrick Dempsey) caminha em um banco, quando duas gangues diferentes, uma claramente formada por profissionais e a outra por uma dupla de palhaços, aparecem para um assalto. Ao notar o que está prestes a acontecer, Tripp aborda a bela caixa do banco Kaitlin (Ashley Judd) com a intenção de protegê-la. Quando a ação é iniciada, o sistema de segurança do banco tranca as portas e mantém todos dentro do prédio. Durante a noite, um jogo de gato e rato segue, enquanto Tripp e Kaitlin tentam salvar o dia.


Obviamente, o resumo pode ser mais interessante do que todo o filme. Uma produção que se baseia em uma ideia interessante, mas que fica por aí. O elenco não agrega valor à trama, e a história é cheia de diálogos sem sentido e sem nenhum pingo de humor. Definitivamente, uma grande perda de tempo. Se puder, fique longe. Caso contrário, assista sem investir muitas expectativas. 



FICHA TÉCNICA

Diretor: Rob Minkoff
Elenco: Patrick Dempsey, Ashley Judd, Tim Blake Nelson, Octavia Spencer, Beau Brasseaux, Jeffrey Tambor, Mekhi Phifer, Pruitt Taylor Vince
Produção: Mark Damon, Patrick Dempsey, Moshe Diamant, Peter Safran
Roteiro: Jon Lucas, Scott Moore
Fotografia: Steven Poster
Trilha Sonora: John Swihart
Duração: 90 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: Endgame Entertainment / Maguire Entertainment / Ram Bergman Productions
Classificação: 14 anos

sexta-feira, 27 de julho de 2012

HBO e Telecine disponibilizam conteúdo dos canais pela internet


O controle remoto corre o risco de se tornar obsoleto. Para reverter a situação, a TV paga resolveu fazer um "upgrade" de programação.

A televisão vai dividir agora espaço com qualquer outra tela conectada à internet.

Os dois principais canais de filmes e séries do país, a rede Telecine e a HBO --que disputam os cerca de 14 milhões de assinantes de TV por assinatura do Brasil-- disponibilizarão seu conteúdo na web para o público assistir às atrações quando quiser.

A lógica de ambos (Play e Go) é ampliar as plataformas de quem paga para assistir aos filmes e séries na TV.

Em agosto, os cerca de 2 milhões de assinantes dos pacotes de dez canais HBO na televisão vão poder assistir às produções originais deles em qualquer computador pelo serviço HBO Go.

A tecnologia para acessar o serviço em outros dispositivos, como iPad, iPhone e iPod ou aparelhos que têm o Android como sistema operacional, será disponibilizada até o fim do ano.

O cardápio do Go inclui cerca de 1.000 títulos, desde o último episódio de "True Blood" --que estará disponível sempre na manhã seguinte à exibição na TV-- ao acervo de filmes próprios da HBO, que tem produções como "Game Change", em que Julianne Moore ("Ensaio sobre a Cegueira") interpreta a política americana Sarah Palin, ex-candidata à Presidência dos Estados Unidos.

"É um serviço adicional para agregar valor à assinatura dos nossos canais", explica à Folha Miguel Oliva, diretor da HBO.

O Brasil será o primeiro país da América Latina a testar o Go, já disponível nos Estados Unidos e em alguns países da Ásia.

Segundo Oliva, a ideia do serviço, restrito aos assinantes do pacote de TV, nunca foi desvincular os conteúdos do canal, mas responder a uma mudança de hábito entre seus consumidores, também usuários de internet.

CONCORRÊNCIA

Os 3 milhões de assinantes dos seis canais Telecine vão ter outros 1.000 títulos disponíveis para do menu de programação na internet, no serviço chamado de Telecine Play, lançado nesta quarta (25).

Por enquanto, o acervo só estará acessível para computadores --ainda não há data para outros dispositivos.

Essa é uma tendência mundial que desembarcou no país no ano passado com o crescimento do site brasileiro Netmovies e a chegada do americano Netflix.

Os dois oferecem um menu com filmes e séries on-line, a partir de assinatura mensal. Em nove meses de atuação no país, o Netflix, que tem o Brasil como principal mercado na América Latina, alcançou 1 milhão de assinantes latinos.

Para Nelson Hoineff, presidente do Instituto de Estudos de Televisão, o Brasil demorou para entrar na nova onda de programação televisiva fora da televisão.

Agora, então, seria o momento da TV paga fidelizar seus novos consumidores em outras plataformas.

"As operadoras tiveram um crescimento neste primeiro semestre de 14,8%. E elas estão 'amarrando' os clientes ao oferecer sinal de TV, telefone e internet ao mesmo tempo", ele explica.

Ao oferecer serviços múltiplos, esse tipo de iniciativa fez mudar o consumo de conteúdos audiovisuais.

"A organização da TV, com a grade fixa, é engessada, ultrapassada e anacrônica. A geração virtual vê o que quer, na hora que quer e como quer. A internet é a ferramenta do novo consumidor", diz o especialista.

No caderno Ilustrada, do jornal Folha de São Paulo, edição de 25/07/2012.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Fiscalização e banda larga levam pirataria para computador de casa


A intensificação do combate aos principais pontos de venda de produtos piratas em São Paulo e o aumento do número de pessoas com acesso a internet em casa vêm mudando o perfil da pirataria de filmes e músicas.

Até o ano passado, era fácil encontrar em ruas ou lojas da região da rua 25 de março, no centro da capital, cópias dos principais lançamentos antes mesmo da estreia desses filmes nos cinemas brasileiros.

Hoje, a situação mudou. Locais como a Galeria Pagé já não atraem mais consumidores em busca de DVDs de filmes e seriados pirateados.

"Segundo as polícias Civil e Federal, a cidade está deixando de ser um entreposto da pirataria no país. Houve migração do comércio ilegal para Campinas, ABC, Guarulhos e Osasco", disse Edsom Ortega, secretário municipal de Segurança Urbana.

Operações promovidas pelo gabinete de segurança de São Paulo, que reúne órgãos que atuam nas esferas municipal, estadual e federal, levaram à apreensão de 60 milhões de produtos ilegais (avaliados em R$ 2 bilhões) desde dezembro de 2010.

Principais produtos de contrabando do país, os CDs e DVDs tiveram queda nas apreensões entre 2000 e 2010.

No entanto, as indústrias cinematográfica e fonográfica (que estima ter 65% do seu mercado tomado pela pirataria) sabem que a batalha ainda está longe do fim.

Para autoridades e especialistas ouvidos pela Folha, o aumento do número de pessoas com computador no país acelerou a troca, por parte dos consumidores, do comércio ilegal físico de CDs e DVDs pelo download ilegal de filmes e músicas via internet.

Em 2000, apenas 10,5% dos domicílios brasileiros (4,7 milhões) tinham computador. Dez anos depois, esse número chegou a 38,3% (21,9 milhões), segundo o IBGE.

Já o Comitê Gestor da Internet no Brasil aponta que 86% dos usuários usam banda larga (o que facilita os downloads) e que 48% deles quer aumentar a velocidade de sua conexão, mas o custo é elevado ou não há disponibilidade do serviço onde ele mora.

"PIRATAS ON-LINE"

Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), publicado em maio passado, traçou o perfil das pessoas que usam a internet para baixar cópias ilegais de filmes e músicas (ou seja, sem pagar por elas).

Segundo o estudo, 27,8 milhões dos 68 milhões de usuários de internet do país (ou 41% do total) podem ser considerados "piratas on-line".

"É um fenômeno generalizado. Independe de faixa etária, nível de renda ou escolaridade", afirmou Rodrigo Abdalla, coautor da pesquisa.

Segundo ele, a principal dificuldade do combate à pirataria on-line é a ideia disseminada entre os usuários de que o download ilegal de um filme não financia o crime organizado, tal como o comércio de DVDs e CDs piratas.

"Existe uma percepção generalizada de que, como não se está pagando por aqueles filmes ou álbuns piratas a ninguém, essa atividade não é aética, amoral ou ilegal."

Na Europa e nos EUA, é crescente o número de usuários e donos de sites ou serviços processados principalmente por causa de downloads ilegais de filmes e músicas. No Brasil, os casos ainda são raros.

Por Matheus Magenta, para a Folha de São Paulo, caderno Ilustrada, edição de 25/07/2012.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

HBO e Telecine lançam filmes na internet de olho na evolução das tecnologias

Os dois maiores canais de filmes da TV por assinatura brasileira lançarão, nesta semana, serviços independentes do aparelho de televisão.

O Telecine Play (anunciado nesta quarta, 25/7) e o HBO Go (a ser divulgado na quinta) permitem que os assinantes dos canais a cabo assistam, via internet, a seus filmes e séries seja no computador, no tablet ou na telinha do celular.

A iniciativa amplia o conceito tradicional de TV que se tem até hoje no Brasil -com o conteúdo limitado a um aparelho de televisão.

Trata-se de uma tentativa de fidelizar quem já é assinante do Telecine (cerca de 3 milhões) ou da HBO (cerca de 2 milhões), evitando que migrem para serviços "pay-per-view" ou sites que vendem filmes e séries na internet.

Por isso, para ter acesso ao conteúdo que estes canais disponibilizarão na rede, é preciso ser assinante de operadoras como a Sky ou a Net.

JANELA DE LANÇAMENTO

Ao disponibilizar na internet filmes exibidos há pouco tempo nos cinemas, reduzindo a chamada janela de lançamento, estes serviços pretendem desestimular, com uma só estratégia, tanto a migração para serviços como iTunes e "pay-per-view" como a pirataria doméstica.

Janela de lançamento é o tempo que o filme leva para fazer o percurso dos cinemas para o DVD/Blu-ray e deste para a exibição na TV paga, o "streaming" na internet e as sessões em TV aberta.

Em cinco anos, o tempo entre a estreia no cinema e o lançamento em DVD/Blu-ray caiu de seis para quatro meses.

"Em geral, a redução das janelas é um combate à pirataria, mas visa também aproveitar o lançamento aquecido no cinema", diz Carla Fuertes, gerente de marketing da Warner Home Vídeo.
Com o aumento de brasileiros com acesso à banda larga e de apreensões de CDs e DVDs piratas, a pirataria está migrando do camelô da esquina para o computador de casa.

"As pessoas não encontram mais DVDs piratas no centro de São Paulo com a mesma facilidade e hoje baixam filmes ilegalmente pela internet", diz Edsom Ortega, secretário municipal de Segurança Urbana de SP.

(ALBERTO PEREIRA JR., ELISANGELA ROXO, MATHEUS MAGENTA E RODRIGO SALEM)

Editoria de Arte/Folhapress


Publicado na edição de hoje, 25/07/2012, no Jornal Folha de São Paulo.

terça-feira, 24 de julho de 2012

A antiga e a moderna

Você gosta de clássicos? Daqueles que além serem em preto e branco, ainda são completamente mudos? Se é fã do gênero, e conhece o trabalho de Buster Keaton, então A antiga e a moderna é um filme com a sua cara. Mas se você não gosta, ou nunca teve a experiência, então não pode perder tempo e apreciar essa pérola do cinema.

Buster Keaton é um tipo de ator fantástico. Tão bom, ou até melhor que o próprio Charles Chaplin. Mesmo correndo o risco de ser imensamente criticado. Não que eu não goste de Chaplin, muito pelo contrário, sou um grande fã, mas acredito que Keaton abria uma possibilidade diferente em suas produções. Ele era a ação do filme.

E em A Antiga e a moderna, apesar de ser uma produção de 1923, é impossível não se encantar com toda a combinação oferecida. O roteiro é fantástico. Com uma história que ainda se mantém atual. Que prende a atenção de seu espectador, não somente pela dinâmica de sua trama, mas pela ação promovida por seu elenco. Sim, o filme é movimento do começo ao fim. E mesmo que a tecnologia tenha avançado tremendamente, ainda assim, o filme dá um banho em muitas produções atuais.

Tudo se encaixa perfeitamente. Até o toque de piano, cuja velocidade da música dita o ritmo de muitas das cenas, ele não te abandona em nenhum instante. E diversão, toneladas de diversão. Há uma mistura de comédia, ação, romance, terror, todos esses elementos, em eletrizantes sequências.

No filme, o amor de um homem por uma mulher visto em três épocas diferentes: na Idade da Pedra, na Roma Antiga e nos tempos modernos.Em seu primeiro filme produzido independentemente, Buster Keaton vive aventuras e mostra que o relacionamento amoroso entre homens em mulheres não mudaram muito desde a Idade da Pedra, passando pela Idade romana até a Idade Moderna 

Uma produção fora de série, mesmo para quem não é fã das produções mais antigas. Todos os elementos do filme garantem entretenimento de altíssima qualidade para seu espectador. Elenco de primeiríssima, liderado pelo excelente Buster Keaton, grandes sequências de ação, comédia, romance, que garantem toda a movimentação desse delicioso longa. Um filme delicioso, para ser curtido com toda a família. Garantia total de entretenimento.

Ficha técnica:
  • Filme / Comédia
  • Nome Original: The Three Ages
  • Direção: Buster Keaton
  • Elenco: Margaret Leahy, Wallace Beery, Buster Keaton, Lillian Lawrence, Joe Roberts
  • País: EUA
  • Ano: 1923
  • Duração: 54 min
  • Cor: Preto e Branco
  • Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A noiva de Frankenstein

Você já se pegou completamente entretido e preso em um filme das antigas? Pois é isso o que acontece a cada vez que resolvo dar uma espiadinha em A noiva de Frankenstein. A espiadinha faz com que eu queira ver o filme inteirinho. E, cá entre nós, para um filme de 1935 conseguir algo assim, é porque existe algo muito especial por ali.

Claro que um filme como esse não pode ser cobrado por efeitos especiais mirabolantes, ou montagens com técnicas visuais modernas e computadorizadas. E nem precisa. O que precisa é que o espectador se transporte para a época de seu lançamento, e imagine como um filme como esse pode ter sido assustador para a audiência da época.

Isso deve ter ocorrido com todos os filmes de terror da época, e até anteriores, mas aí é que está a diferença. A noiva de Frankenstein é especial por mais do que alguns simples detalhes. Primeiramente, apesar do excelente uso de sombras e iluminação, o filme é inteiramente suportado na força do seu elenco. E existe um ator em especial, que se especializou nesse estilo de produção, o excepcional Boris Karloff. Difícil pensar em um filme de terror sem Boris.

O roteiro também apresenta uma novidade. Uma história de Frankenstein que o coloca de uma maneira muito mais "humana", e o coloca como um protagonista secundário. A história ainda é sobre ele, e depende totalmente da existência do monstrengo, mas usa elementos de fora, como o surgimento do Dr. Pretorius, que quase rouba o lugar do Dr. Frankenstein como o criador da vida após a morte. E, também, do surgimento da parceira do monstro, a noiva Frankenstein, que dá nome ao título.

No filme, ao contrário do que todos pensavam, Dr. Frankenstein (Colin Clive) e seu monstro (Boris Karloff) não estão mortos. Estão vivos, juntos, mas o cientista resolveu parar suas experiências. Tudo muda quando surge outro cientista, Dr. Pretorius (Ernest Thesiger), que sequestra a esposa (Valerie Hobson) de Dr. Frankenstein e o obriga a ajudá-lo a criar uma nova criatura, uma mulher (Elsa Lanchester) para ser companheira da criatura feita pelo Dr. Frankenstein.

Um clássico, não somente pelo tempo de seu lançamento, mas por ter se tornado uma referência entre os títulos de filmes de terror. Não se trata de um filme assustador, mas que usa com maestria o poder da história, com o mito do monstro, dando margem ao surgimento de um casal. Chega a ser engraçado, e é difícil não se pegar durante o filme torcendo para que o pobre Frankie encontre uma musa para viver ao seu lado. A produção usa e abusa das mudanças de planos de câmera para retratar o sentimento de cada momento. Somado a isso tem-se um espetacular elenco, que consegue agregar muito valor aos personagens. Não é daqueles filmes que assusta por si só, mas que promove o pensamento e a imaginação do seu espectador. Uma excelente pedida para quem curte clássicos, filmes de terror, ou quer simplesmente assistir um filme que garante boas doses de entretenimento.

FICHA TÉCNICA
Diretor: James Whale
Elenco: Boris Karloff, Colin Clive, Valerie Hobson, Ernest Thesiger, Elsa Lanchester, Gavin Gordon, Douglas Walton, Una O'Connor, Lucien Prival.
Produção: Carl Laemmle Jr.
Roteiro: William Hurlbut
Fotografia: John J. Mescall
Trilha Sonora: Franz Waxman
Duração: 75 min.
Ano: 1935
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Preto e branco
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Universal Pictures

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Neurocinema: como a tecnologia vai mudar o jeito de se fazer filmes no futuro

Foto: Divulgação

Neurocinema: o filme no controle da atenção do espectador

Uma superprodução cinematográfica é um investimento caro e nenhuma produtora que invista US$ 100, 200 milhões em um filme pode se dar ao luxo de levar às telas um retumbante fracasso. Um fiasco dessas proporções pode levar um estúdio à falência e o valor artístico aqui fica em segundo plano: é preciso, ante de tudo, recuperar o dinheiro investido. Por isso, Hollywood se cerca de estratégias para minimizar os riscos de um blockbuster fracassar. A mais nova e promissora arma dos estúdios é o uso de uma espécie de escâner cerebral para avaliar previamente a receptividade do público a uma produção.

O aparelho se chama Gerador de Imagens por Ressonância Magnética Funcional (fMRI), máquina que produz imagens em tempo real da atividade cerebral, geralmente é usada geralmente para fins médicos. O equipamento já vem sendo utilizado há alguns anos por empresas de neuromarketing como a MindSign, localizada em San Diego, na Califórnia, para ajudar Hollywood a criar trailers de filmes mais eficientes com base nas respostas neurais das pessoas. Atualmente diversos centros de pesquisa vêm realizando testes para tornar também os filmes mais eficientes, ajudando a moldar o produto com a esperança de que fature mais. O trabalho, inclusive, ganhou status de estudo científico e é chamado de Neurocinema, responsável por analisar as reações cerebrais das pessoas diante de uma obra cinematográfica.

As pessoas mentem, o cérebro não
Os chamados testes de audiência são uma prática comum nos Estados Unidos há décadas. Muito antes de um longa chegar aos cinemas, centenas de espectadores avaliam o filme ainda em processo de produção por meio de questionários. O processo permite aos realizadores uma visão privilegiada e, com bases nestas respostas, tomam decisões relevantes para o aprimoramento do filme e para a elaboração de sua estratégia de lançamento.

O problema é que todas essas decisões são feitas em cima de impressões subjetivas das pessoas. As pesquisas realizadas pela MindSign mostram, por exemplo, que em testes de audiência as pessoas costumam dizer aquilo que acham que o realizador quer ouvir, ou o que acreditam ser a resposta certa. É aí que o fMRI entra. Os exames de neuroimagem funcionam como uma espécie de polígrafo, evitando que as pessoas mintam ou escondam suas verdadeiras impressões.

Um fato ocorrido em 2007 atesta a eficiência da técnica. Um teste de público ocorrido no Reino Unido apresentou um resultado negativo para um gameshow chamado Quizmania. 30% da audiência afirmou, categoricamente, ter detestado o programa. A rede de TV fez um novo teste usando o fMRI e encontrou evidências de que as pessoas iriam gostar do programa. Resultado: o Quizmania foi lançado e tornou-se um grande sucesso.

Foto: Divulgação

Testes de audiências por meio de questionários: subjetividade humana conduz ao engano
O medo inconsciente

Os resultados dos estudos feitos até agora têm demonstrado que alguns filmes podem exercer controle considerável sobre o cérebro. E este impacto varia consideravelmente de acordo com as sequências de imagens, o conteúdo da produção, edição e estilo de filmagem.

Não à toa a indústria cinematográfica começa a enxergar no fMRI um método seguro e eficiente para avaliar melhor seus produtos. Um teste de audiência comum pode até mostrar que determinada cena não está funcionando, mas o fMRI pode apontar o exato local em que as coisas não deram certo e, possivelmente, fornecer subsídios para corrigir o problema.

O aparelho já vem sendo usado por produtores de filmes de terror, pois verifica uma parte do cérebro chamada amígdala cerebral, identificada como a responsável por lidar com reações primitivas como o medo. Examinando vários cérebros, tira-se uma média dos resultados e define-se os pontos certos a estimular para aumentar a resposta da amígdala. Testes feitos pela MindSign constaram, por exemplo, que em determinado filme uma cena de uma mão se arrastando pela parede surtiu mais efeito estimulante do que um vilão pulando de trás de um arbusto, contrariando o que imaginavam os realizadores.

Foto: Divulgação

Reação: áreas ativivadas pelo cérebro durante a exibição de filmes diferentes

Valores cinematográficos

Ao longo dos anos, cineastas desenvolveram um arsenal de dispositivos (montagem, edição de continuidade, close-up) para dirigir as mentes dos espectadores durante a exibição de um filme. Estas técnicas, que constituem a estrutura formal e estética de qualquer produto cinematográfico, determinam como o público responderá ao filme. Embora a ideia de que os filmes possam exercer controle sobre as mentes dos espectadores não seja nova, até o advento dos métodos do Neurocinema não havia maneira de penetrar a mente do espectador e registrar seus estados mentais.

Não está claro ainda se a tecnologia poderá ser usada para todos os gêneros de filmes, porque o fMRI tem dificuldades de lidar com emoções mais complexas. Quanto mais sutil o trabalho artístico da obra, mais difícil de codificar seus efeitos no cérebro.

Mesmo que muitos testes ainda precisem ser realizados, ao que parece a indústria de cinema de Hollywood parece inclinada a apostar sua fichas no fMRI como uma ferramenta eficaz para envolver o público ainda mais num filme.

O método, sem dúvidas, fornece uma medição segura do nível de controle e os efeitos comuns causados por um filme na mente do público. A semelhança nas reações cerebrais não podem, no entanto, ser a única medida de para avaliar a qualidade de uma obra de cinema. Assim, espera-se que o fMRI não seja utilizado para avaliar os valores estéticos, artísticos, sociais e políticos de um filme. Do contrário, no futuro do cinema não haverá espaço para a criatividade e inovação.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Séries "Mad Men" e "Modern Family" lideram indicações no Emmy 2012


A Academia de Artes & Ciências Televisivas anunciou na manhã desta quinta-feira (19) os indicados ao prêmio Emmy 2012. E "Mad Men" recebeu sua quinta indicação consecutiva a melhor série dramática, e é o campeão deste ano com 17 indicações, ao lado da minissérie "American Horror Story".

A vencedora de 2012, "Modern Family", é a comédia com mais indicações, 14 no total, sendo quatro de melhor ator coadjuvante.

Outros destaques são o drama britânico "Downton Abbey", que recebeu 16 indicações, e as minisséries "Hatfields & McCoys", com 16, e "Hemingway & Gellhorn", com 15.

Os atores vencedores de 2011, Julianna Margulies (melhor atriz de série dramática "The Good Wife"), Melissa McCarthy (melhor atriz de série de comédia "Mike & Molly") e Jim Parsons (melhor ator de série de comédia "The Big Bang Theory"), repetiram as indicações neste ano.

O apresentador Jimmy Kimmel, do talk show “Jimmy Kimmel Live!”, e a atriz Kerry Washington, da série "Scandal", anunciaram os indicados deste ano ao Oscar da TV. Kimmel fez graça subindo ao palco usando um pijama, já que o anuncio foi feito às 5h40 de Los Angeles.

Em 2012, o Emmy realiza sua 64ª edição, escolhendo as melhores produções televisivas em categorias como animação, dublagem, direção de arte, elenco, seriado, minissérie, não-ficção e reality show.

A premiação acontece no dia 23 de setembro, e será apresentado pelo mesmo Jimmy Kimmel.

Veja a lista dos indicados ao Emmy 2012

MELHOR SÉRIE DRAMÁTICA
“Boardwalk Empire"
"Breaking Bad"
"Downton Abbey"
"Game of Thrones"
"Homeland"
"Mad Men"

MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA
"The Big Bang Theory"
"Curb Your Entusiasm"
"Modern Family"
"30 Rock"
"Girls"
"Veep"

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA A TV
"American Horror Story"
"Game Change"
"Hatfields & McCoys"
"Hemingway & Gellhorn"
"Luther"
"Sherlock: A Scandal In Belgravia"

MELHOR ATOR DE DRAMA
Steve Buscemi (“Boardwalk Empire”)
Michael C. Hall (“Dexter”)
Bryan Cranston (“Braking Bad”)
Hugh Bonneville (“Downton Abbey”)
Jon Hamm (“Mad Men”)

MELHOR ATOR DE COMÉDIA
Alec Baldwin ("30 Rock")
Don Cheadlen ("House of Lies")
Louis C.K. ("Louie")
Jon Cryer ("Two and a Half Men")
Larry David ("Curb Your Enthusiasm")
Jim Parsons ("The Big Bang Theory")

MELHOR ATRIZ DE DRAMA
Kathy Bates ("Harry's Law")
Glenn Close ("Damages")
Claire Daines ("Homeland")
Michlele Dockery ("Downton Abbey")
Julianna Margulies ("The Good Wife")
Elizabeth Moss ("Mad Men")

MELHOR ATRIZ DE COMÉDIA
Zooey Deschanel ("New Girl")
Lena Dunham ("Girls")
Edie Falco ("Nurse Jackie")
Tina Fey ("30 Rock")
Julia Louis-Dreifus ("Veep")
Melissa McCarthy ("Mike & Molly")
Amy Poehler ("Parks and Recreation")

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DE DRAMA
Aaron Paul ("Breaking Bad")
Giancarlo Esposito ("Breaking Bad")
Brendan Coyle ("Downton Abbey")
Jim Carter ("Downton Abbey")
Peter Dinklage ("Game of Thrones")
Jared Harris ("Mad Men")

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE DRAMA
Anna Gunn ("Breaking Bad")
Maggie Smith ("Downton Abbey")
Joanne Froggatt ("Downton Abbey")
Archie Panjabi ("The Good Wife")
Christine Baranski ("The Good Wife")
Christina Hendricks ("Mad Men")

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA
Ed O'Neill ("Modern Family")
Jesse Tyler Ferguson ("Modern Family")
Ty Burrell ("Modern Family")
Eric Stonestreet ("Modern Family")
Max Greenfield ("New Girl)
Bill Hader ("Saturday Night Live")

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE MINISSÉRIE OU FILME
Sarah Paulson (“Game Change”)
Frances Conroy (“American Horror Story”)
Jessica Lange (“American Horror Story”)
Judy Davis (“Page Eight” (Masterpiece))
Mare Winningham (“Hatfields & McCoys”)

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE MINISSÉRIE OU FILMEEd Harris (“Game Change”)
Denis O'Hare (“American Horror Story”)
David Strathairn (“Hemingway & Gellhorn”)
Martin Freeman (“Sherlock: A Scandal In Belgravia” (Masterpiece))
Tom Berenger (“Hatfields & McCoys”)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA
Mayim Bialik ("The Big Bang Theory")
Kathryn Joosten ("Desperate Housewives")
Julie Bowen ("Modern Family")
Sofia Vergara ("Modern Family")
Merritt Wever ("Nurse Jackie")
Kristen Wiig ("Saturday Night Live")

MELHOR ATRIZ DE MINISSÉRIE OU FILMEJulianne Moore (“Game Change”)
Connie Britton (“American Horror Story”)
Nicole Kidman (“Hemingway & Gellhorn”)
Emma Thompson (“The Song Of Lunch” (Masterpiece))
Ashley Judd (“Missing”)

MELHOR ATOR DE MINISSÉRIE OU FILME
Woody Harrelson (“Game Change”)
Clive Owen (“Hemingway & Gellhorn”)
Benedict Cumberbatch (“Sherlock: A Scandal In Belgravia” (Masterpiece))
Idris Elba (“Luther”)
Kevin Costner (“Hatfields & McCoys”)
Bill Paxton (“Hatfields & McCoys”)

MELHOR REALITY-SHOW OU PROGRAMA DE COMPETIÇÃO
“So You Think You Can Dance”
“The Amazing Race”
“Dancing With The Stars”
“Top Chef”
“Project Runway”
“The Voice”

MELHOR APRESENTADOR DE REALITY OU PROGRAMA DE COMPETIÇÃOCat Deeley (“So You Think You Can Dance”)
Phil Keoghan (“The Amazing Race”)
Ryan Seacrest (“American Idol”)
Betty White (“Betty White's Off Their Rockers”)
Tom Bergeron (“Dancing With Stars”)

MELHOR PROGRAMA DE VARIEDADES“The Daily Show With Jon Stewart”
“The Colbert Report”
“Real Time With Bill Maher”
“Saturday Night Live”
“Jimmy Kimmel Live”
“Late Night With Jimmy Fallon”

MELHOR DIREÇÃO DE SÉRIE DE COMÉDIA
Robert B. Weide (“Curb Your Enthusiasm”)
Lena Dunham (“Girls”)
Louis C.K. (“Louie”)
Jason Winer (“Modern Family”)
Steven Levitan (“Modern Family”)
Jake Kasdan (“New Girl”)

MELHOR DIREÇÃO DE SÉRIE DE DRAMA
Tim Van Patten (“Boardwalk Empire”)
Vince Gilligan (“Breaking Bad”)
Brian Percival (“Downton Abbey”)
Michael Cuesta (“Homeland”)
Phil Abraham (“Mad Men”)

MELHOR DIREÇÃO DE MINISSÉRIE, FILME OU ESPECIAL
Jay Roach (“Game Change”)
Kevin Reynolds (“Hatfields & McCoys”)
Philip Kaufman (“Hemingway & Gellhorn”)
Sam Miller (“Luther”)
Paul McGuigan (“Sherlock: A Scandal In Belgravia")

MELHOR DIREÇÃO DE PROGRAMA DE VARIEDADES
James Hoskinson (“The Colbert Report”)
Chuck O'Neil (“The Daily Show With Jon Stewart”)
Jerry Foley (“Late Show With David Letterman”)
Jonathan Krisel (“Portlandia”)
Don Roy King (“Saturday Night Live”)

MELHOR ATRIZ CONVIDADA EM SÉRIE DE COMÉDIADot-Marie Jones (“Glee”)
Maya Rudolph (“Saturday Night Live”)
Melissa McCarthy (“Saturday Night Live”)
Elizabeth Banks (“30 Rock”)
Margaret Cho(“30 Rock”)
Kathy Bates (“Two And A Half Men”)

MELHOR ATOR CONVIDADO EM SÉRIE DE COMÉDIA
Michael J. Fox (“Curb Your Enthusiasm”)
Greg Kinnear (“Modern Family”)
Bobby Cannavale (“Nurse Jackie”)
Jimmy Fallon (“Saturday Night Live”)
Will Arnett (“30 Rock”)
Jon Hamm (“30 Rock”)

MELHOR ATRIZ CONVIDADA EM SÉRIE DE DRAMA
Martha Plimpton (“The Good Wife”)
Loretta Devine (“Grey's Anatomy”)
Jean Smart (“Harry's Law”)
Julia Ormond (“Mad Men”)
Joan Cusack (“Shameless”)
Uma Thurman (“Smash”)

MELHOR ATOR CONVIDADO EM SÉRIE DE DRAMAMark Margolis (“Breaking Bad”)
Dylan Baker (“The Good Wife”)
Michael J. Fox (“The Good Wife”)
Jeremy Davies (“Justified”)
Ben Feldman (“Mad Men”)
Jason Ritter (“Parenthood”)

MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE DE COMÉDIA
Chris McKenna (“Community”)
Lena Dunham (“Girls”)
Louis C.K. (“Louie”)
Amy Poehler (“Parks And Recreation”)
Michael Schur (“Parks And Recreation”)

MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE DE DRAMA
Julian Fellowes (“Downton Abbey”)
Alex Gansa, Howard Gordon e Gideon Raff (“Homeland”)
Semi Chellas e Matthew Weiner (“Mad Men”)
Erin Levy, Written e Matthew Weiner (“Mad Men”)
Andre Jacquemetton e Maria Jacquemetton (“Mad Men”)

MELHOR ROTEIRO PARA MINISSÉRIE, FILME OU ESPECIAL DRAMÁTICO
Danny Strong (“Game Change”)
Ted Mann, Ronald Parker e Bill Kerby (“Hatfields & McCoys”)
Abi Morgan (“The Hour”)
Neil Cross (“Luther”)
Steven Moffat (“Sherlock: A Scandal In Belgravia”)

MELHOR ROTEIRO PARA ESPECIAL DE VARIEDADE, MÚSICA OU COMÉDIA
"The Colbert Report"
"The Daily Show With Jon Stewart"
"Portlandia"
"Real Time With Bill Maher"
"Saturday Night Live"

MELHOR DIREÇÃO DE ESPECIAL DE VARIEDADE, MÚSICA OU COMÉDIA
Don Mischer (“84th Annual Academy Awards”)
Louis J. Horvitz (“The 54th Annual Grammy Awards”)
Louis C.K. (“Louis C.K. Live At The Beacon Theatre”)
Alan Skog (“New York City Ballet George Balanchine's The Nutcracker”)
Glenn Weiss (“65th Annual Tony Awards”)

Veja a lista dos indicados aos prêmios técnicos no linki http://www.emmys.com/nominations

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Van Helsing - O caçador de Monstros

Gosto muito de Van Helsing. Não se trata de uma produção excepcional. Mas é daqueles filmes que entregam ao seu espectador exatamente aquilo que promete (e, arrisco, até um pouco mais), boas doses de entretenimento de alta qualidade.

Tudo parece funcionar bem, sem forçar a barra em nenhum aspecto. Efeitos especiais de primeiríssima linha embelezam ainda mais uma história agradável e funcional. Não existem exageros desnecessários. Tudo parece funcionar equilibradamente.

E esse aspecto acompanha todo o desenvolvimento da trama, que garante excelentes doses de ação, e até alguns bons sustos, sem o filme entrar no gênero terror e, apesar de utilizar alguns nomes bastante conhecidos desse mundo, como Frankenstein, Dr. Jekyll, vampiros, lobisomens, entre tantos outros.

O elenco vai bem durante todo o filme. Liderados por Hugh Jackman, conta ainda com a bela Kate Beckinsale, que também dá muita qualidade ao filme. Nada de diálogos bobocas ou desnecessários, a produção evita supérfluos e vai direto ao que interessa, agradando em cheio até o espectador mais exigente.

O filme conta que durante o século 19, o Doutor Gabriel Van Helsing (Hugh Jackman), famoso caçador de vampiros, parte para o leste europeu para deter o Conde Drácula (Richard Roxburgh), o Lobisomem (Will Kemp) e o monstro Frankenstein (Shuler Hensley). Ao seu lado está a encantadora Anna (Kate Beckinsale), cuja família é comprometida com o extermínio do mal, em todo o planeta.

Excelente pedida para qualquer sessão de vídeos com a família ou os amigos. Excelentes efeitos visuais, elenco bastante funcional e eficiente, e uma história que além de animada, está recheada de ação e não se apega a detalhes desnecessários. Se você nunca assistiu, é um filme recomendadíssimo. Se já assistiu, vale o repeteco e, se bobear, um repeteco dobrado. Excelente filme, pra constar na coleção de qualquer grande cinéfilo.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Stephen Sommers
Elenco: Hugh Jackman, Kate Beckinsale, Richard Roxburgh, David Wenham, Will Kemp, Shuler Hensley.
Produção: Bob Ducsay, Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Fotografia: Allen Daviau
Trilha Sonora: Alan Silvestri
Duração: 130 min.
Ano: 2004
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Universal Pictures
Classificação: 14 anos

terça-feira, 17 de julho de 2012

A hora da Escuridão

A Hora da Escuridão não é necessariamente um filme de terror, embora a ficha técnica o avalie como tal. Na melhor das hipóteses é uma produção com algum fundo de suspense. Daqueles que exigem muito esforço, por parte do seu espectador, para que aconteça o menor dos arrepios de susto ou preocupação com seu enredo.

O filme é fraco. Simples assim. Mesmo a melhor das intenções de parecer qualquer filme que trate a invasão do planeta por seres psicodélicos que querem destruir a vida terrestre e fugir com todos os recursos naturais, não consegue deixar a história mais animada. Tudo é muito dark, sem sentido, com passagens estranhas e sem significado algum.

O elenco é cheio de novidades, mas ninguém que segure a onda com uma atuação extraordinária. Parecem esquecer que estão atuando para um filme, se apegando a diálogos fracos, e ação que não resolve. Tudo acaba em choradeira, pela própria ignorância e falsa coragem dos personagens.

Os efeitos especiais não dão força à trama, e às vezes tudo parece uma imitação de Eu Sou a Lenda ou até um Resident Evil, mas com qualidade muitíssimo inferior. Lugares abandonados, em uma Europa bem estranha, e seres que saem da escuridão para transformar em purpurina tudo e todos. E pra coroar, um roteiro pra lá de bagunçado. 

O filme conta que após sair de uma festa em um clube de Moscou, cinco jovens descobrem que a Terra está sob ataque de uma estranha raça de alienígenas invisíveis. Então, resta a eles defender o planeta contra esta ameaça interestelar e liderar uma luta pela sua própria sobrevivência.

Não é um filme para qualquer estômago. Fica longe do terror, e mesmo o pouco suspense oferecido não agrada em nada. Elenco fraco, efeitos desnecessários ou sem rumo, e uma história absurda e cansativa. Existem outras opções muito melhores do que A Hora da Escuridão. A menos que você encare qualquer filme com bom humor, mesmo que o andamento não seja dos melhores, então vale o risco. Mas se você prefere não perder tempo com bobagens, fique longe.

FICHA TÉCNICA


Diretor: Chris Gorak
Elenco: Emile Hirsch, Olivia Thirlby, Rachael Taylor, Joel Kinnaman, Max Minghella, Veronika Ozerova, Dato Bakhtadze, Yuriy Kutsenko, Nikolay Efremov, Vladimir Jaglich
Produção: Timur Bekmambetov, Tom Jacobson
Roteiro: Leslie Bohem, M. T. Ahern, Jon Spaihts
Fotografia: Scott Kevan
Trilha Sonora: Tyler Bates
Duração: 92 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Regency Enterprises
Classificação: 12 anos

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Era do Gelo 4 derruba Homem-Aranha do topo das bilheterias americanas

Mesmo sem contar com a direção de Carlos Saldanha, A Era do Gelo 4 estreou em primeiríssimo lugar nas bilheterias dos EUA, de acordo com a prévia de hoje do Box Office Mojo.

O longa que conta como o guloso esquilo Scrat provoca a separação dos continentes arrecadou US$ 46 milhões em seu primeiro fim de semana e desbancou O Espetacular Homem-Aranha.

Em seus filmes anteriores, a saga de Mandy e seus amigos acabou não indo tão bem nos EUA, mas arrecadou muito em bilheterias mundiais. Por isso, é de se estranhar que ela tenha entrado direto no topo.

Sendo jogado para a segunda colocação, o longa estrelado por Andrew Garfield, sofreu uma queda de 46% em sua segunda semana em cartaz e estima-se que tenha faturado US$ 35 milhões entre sexta-feira e domingo.

Já com o terceiro lugar ficou Ted, do mesmo criador do seriado de animação Uma Família da Pesada (ou Family Guy no original), com US$ 22,1 milhões. Estrelado por Mark Wahlberg, o filme tem um roteiro um tanto inusitado: um homem tem que escolher entre o amor de sua nova namorada e sua antiga amizade com seu ursinho de pelúcia que ganhou vida. Você não leu errado, o tal peludinho anda, fala e fuma maconha.

A animação Valente, que já arrecadou um total de US$ 195 milhões apenas no mercado norte-americano, fez agora US$ 10,6 milhões: uma diminuição de 45,5% em relação ao seu último faturamento. De qualquer modo, acabou sendo muito mais rentável do que se podia prever e se tornou a quinta maior abertura da Disney.

E, por fim, vem Magic Mike em quinto lugar com US$ 9 milhões. A divertida história fala sobre Mike Martingano, um stripper de 19 anos que está passando sua experiência nos palcos para um amigo novato. O filme explora o mundo dos dançarinos eróticos e é baseado na vida do ator Channing Tatum.

Confira abaixo o TOP 10 das bilheterias mais rentáveis dos EUA:
1. A Era do Gelo 4 - US$ 46 milhões
2. O Espetacular Homem-Aranha - US$ 35 milhões
3. Ted - US$ 22,1 milhões
4. Valente - US$ 10,6 milhões
5. Magic Mike - US$ 9 milhões
6. Savages - US$ 8,7 milhões
7. Tyler Perry's Madea's Witness Protection - US$ 5,6 milhões
8. Katy Perry: Part of Me - US$ 3,7 milhões
9. Moonrise Kingdom - US$ 3,6 milhões
10. Madagascar 3: Os Procurados - US$ 3,5 milhões

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Anima Mundi 2012 começa hoje e indicará filme ao Oscar

Começa hoje (13/7), no Rio de Janeiro, o 20º Festival Internacional de Animação do Brasil, o Anima Mundi 2012. O evento na capital carioca vai até 22 de julho. Em São Paulo, o festival será realizado de 25 a 29 de julho.

Nesta edição, a novidade é que as animações concorrerão a uma indicação ao Oscar 2013. Com isso, o Anima Mundi entra para o restrito grupo de festivais que podem indicar filmes à premiação da Academia de Hollywood.

De acordo com César Coelho, diretor do Anima Mundi, o filme vencedor da mostra de curtas entrará para a lista de indicados ao Oscar de Animação (curta). "Serão quatro sessões apenas dedicadas ao Oscar", disse.

Os curtas brasileiros candidatos à indicação são Cafeka, de Natalia Cristine, Destimação, de Ricardo De Podestá, Linear, de Amir Admoni, Mentiras São Contadas em Julho, de Rogério Vilela, Neomorphus, do estúdio Animatorio, O Acaso e a Borboleta, de Fernanda Correa e Tiago Américo, O Grande Evento, de Thomas Larson, O Guitarrista no Telhado, de Guto Bozzetti, Realejo, de Marcus Vasconcelos, e Valquíria, de Luiz Henrique Marques Gonçalves.

Haverá ainda exposições, oficinas inéditas, convidados internacionais e a exibição de cerca de 450 filmes do mundo, distribuídos em 11 categorias, sendo cinco delas competitivas.

No Rio de Janeiro, o 20º Anima Mundi será realizado no Centro Cultural Banco do Brasil, Itaú Arteplex, Oi Futuro Ipanema, Casa França-Brasil, Oi Futuro Flamengo, Centro Cultural dos Correios e Odeon. Ingressos vão de R$ 6 à entrada franca.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Paramount celebra 100 anos e lança 'Asas' em Blu-Ray


Primeiro filme inteiramente feito em Hollywood - "The Squaw Woman", de Cecil B. De Mille. Primeiro vencedor do Oscar - "Asas", de William A. Wellman. A história de Hollywood passa por um estúdio que nesta quinta-feira, exatamente, completa 100 anos e, se é verdade que Hollywood foi um sonho de imigrantes judeus fugidos de progroms na Europa, a Paramount foi uma criação do lendário Adolph Zukor. Ele passou os primeiros 15 de seus 103 anos na Hungria e os últimos 64 anos na Califórnia, lutando para consolidar e, finalmente, num cargo honorífico, desfrutando da benesse de ter sido o idealizador da marca que é chamada ''das estrelas''.

Parabéns a você! A Paramount do Brasil comemora o centenário da matriz lançando em Blu-Ray o primeiro filme oscarizado da história, o clássico de aviação "Asas" (Wings). A especialista Andrea Kalas conta como restaurou a obra famosa e também que finaliza, atualmente, o restauro de "Crepúsculo dos Deuses" (Sunset Boulevard), de Billy Wilder, para o fecho das comemorações dos 100 anos. A empresa disponibiliza um catálogo de clássicos e cults para cinéfilo nenhum botar defeito. Haja emoção - thrillers de Alfred Hitchcock, westerns de Howard Hawks, Henry Hathaway e John Ford e os blockbusters dos anos 1970 ("Love Story" e "O Poderoso Chefão 1 e 2", de Francis Ford Coppola) e 80 ("Os Caçadores da Arca Perdida", de Steven Spielberg, o primeiro "Indiana Jones").

Durante parte da década de 1910, o nome Paramount era apenas um braço da companhia cinematográfica chamada Famous Players-Lasky, que pertencia a Jesse Lasky. O húngaro Zukor, que atravessara o Atlântico na esperança de fazer a América, começou como faxineiro, mas se integrou à parceria criando uma rede de distribuição para os filmes que, da base na Melrose Avenue, em Hollywood, incluía centenas de salas - formando, já na origem, uma gigantesca corporação. Em 1925, a Famous Players-Lasky virou definitivamente Paramount, mas a história oficial do estúdio começa quando o primeiro filme - "Rainha Elizabeth", com Sarah Bernhardt - estreou no Lyceum Theatre, em 12 de julho de 1912.

É a data que se comemora nesta quinta e, dois anos mais tarde, estreava o primeiro filme completamente hollywoodiano da Paramount, "The Squaw Woman". Cecil B. De Mille deveria realizá-lo em New Jersey, mas como a produção envolvia um ataque de índios, o diretor convenceu Lasky de que a filmagem deveria ser no Arizona. Foi parar na Califórnia, no sítio chamado de Hollywood, onde alugou o que lhe parecia a extensão apropriada de terra para a cena por US$ 75. Como diretor, De Mille virou a cara da Paramount e permaneceu no estúdio até sua morte, em 1955. Bem antes disso, sucessos de Mae West e dos Irmãos Marx nos anos 1920, somados ao fato de que a Paramount possuía a própria rede de salas, fizeram do estúdio o mais rentável de Hollywood.

Em 1927/28, a recém-formada Academia de Cinema instituiu um prêmio - e o primeiro Oscar foi para "Wings". Veio a crise e a Paramount sobreviveu à crise e à depressão econômica pós-1929. Baque maior sofreu em 1949, quando a Suprema Corte dos EUA, que julgava a empresa por formação de truste, ordenou que se desfizesse das salas de cinema. A Paramount diminuiu os lucros que o controle da cadeia cinematográfica lhe davam, ficando só com a produção e distribuição de filmes. Os êxitos dos anos 1980 e 90 recuperaram os grandes números. Tudo isso compõe a história destes 100 anos, mesmo que, para o público, o que importa sejam os filmes. E os astros e estrelas.

História

A história da Paramount Pictures se confunde com a do próprio cinema. Ela nasceu sete anos depois da inauguração da primeira sala de exibição de filmes americana, quando esses espaços ainda eram chamados de nickelodeons – uma alusão ao preço do ingresso, que custava um níquel, ou seja, meros cinco centavos de dólar.

Por ser proprietário de um cinema em Nova York, o húngaro Adolf Zukor conquistou o direito de distribuir, nos Estados Unidos, quatro rolos da produção Queen Elizabeth, estrelado pela atriz Sarah Bernhardt. Foi assim que, de forma tímida, a Paramount deu seus primeiros passos, no mesmo dia em que estreava o longa-metragem sobre a rainha inglesa, em 12 de julho de 1912.
 
Ano após ano, a empresa foi ampliando o seu catálogo e, em 1927, já comemorava o primeiro Oscar. O filme mudo Wings (Asas), sobre pilotos de caça da Primeira Guerra Mundial, ficou nada menos que 63 semanas em cartaz e, até 2012, tinha sido a única produção sem áudio a levar a estatueta de Melhor Filme. Feito que, hoje, divide com o francês O Artista, o último vencedor nessa categoria.

Na década de 40, apesar do caos mundial instalado pela Segunda Guerra, a empresa viveu a sua “Era de ouro”. Ela teve o maior faturamento já registrado até então por um estúdio hollywoodiano – quase 40 milhões de dólares – e passou a acumular Oscars em sua estante: Going My Way (O Bom Pastor) e The Lost Weekend (Farrapo Humano), conquistados em anos consecutivos, foram apenas dois deles.
 
De lá para cá, o lançamento de sucessos não parou mais. Desde Queen Elizabeth, a biblioteca de Paramount contabiliza mais de 900 títulos. Bonequinha de Luxo, a primeira versão de Romeu e Julieta e Chinatown, de Roman Polanski, são alguns dos clássicos produzidos entre os anos 60 e 70.
 
A lista de filmes marcantes da década de 80 é ainda mais extensa: Jornada nas Estrelas, Sexta-Feira 13, Top Gun - Ases Indomáveis, Curtindo a Vida Adoidado, Flashdance, Ghost e Grease – Nos Tempos da Brilhantina. Sem contar Forrest Gump e Coração Valente, nos anos 90, e Kung Fu Panda, O Curioso Caso de Benjamim Button e Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, a partir de 2000.

Ao completar seu 100º aniversário, os negócios da Paramount vão além da produção e distribuição de filmes. O grupo também integra outras empresas de entretenimento, como a MTV Films, a Nickelodeon Movies e a Paramount Home Entertainment – esta última, representada no Brasil desde 1985. É, ainda, a distribuidora oficial dos quadrinhos de heróis da Marvel e a principal produtora da DreamWorks Animation, um dos maiores estúdios de animação do mundo.

Para celebrar o centenário, desde abril, a Paramount tem lançado a Coleção The Best Of Paramount. Isso significa que, até novembro, edições limitadas e restauradas de produções memoráveis estarão disponíveis em Blu-Ray - todas acompanhadas com um ímã exclusivo do filme, para colecionadores. Chinatown, Ladrão de Casaca, Armações do Amor e Uma Mente Brilhante foram os primeiros a ganhar a versão especial. Para este mês, é a vez de Escola do Rock e Desventuras em Série. Também fazem parte da seleção Náufrago, Sabrina, Prenda-me se For Capaz e a quadrilogia de Indiana Jones, que chegarão em breve. Até mesmo o épico Wings (Asas) terá suas cenas aéreas transportadas para alta definição. Afinal, a intenção da Paramount é fazer o que já era bom ficar ainda melhor.

Cartaz

Um cartaz minimalista foi criado para ilustrar esse século de vida. Será que você conhece todos os filmes que aparecem na imagem? Tente!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Festival de Cinema Latino-Americano começa em São Paulo


De 12 a 19 de julho, a sétima edição do 7º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo reúne as novidades da cinematografia da região, trazendo obras inéditas no Brasil e selecionadas - algumas delas premiadas - em importantes festivais como Berlim, Cannes, Havana, entre outros.

A programação do evento reúne trabalhos recentes de alguns dos mais importantes nomes da cinematografia atual da América Latina, como o uruguaio Pablo Stoll (3), o argentino Rodrigo Moreno (Um Mundo Misterioso), o chileno Cristián Jiménez (Bonsai), o equatoriano Sebastián Cordero (Pescador) e a peruana Claudia Lllosa (Loxoro).

Estão presentes obras lançadas pelo Festival de Berlim (O Garoto Que Mente, da venezuelana Marité Ugas), Cannes (Porfírio, do colombiano Alejandro Landes) e Toronto (O Circuito de Román, do chileno Sebastián Brahm), entre outras vitrine cinematográficas de prestígio internacional.

Merece destaque ainda o divertido cubano Juan dos Mortos (de Alejandro Brugués), no qual zumbis dominam uma semidestruída cidade de Havana, e De Pernas Para o Ar (do venezuelano Alejandro García Wiedemann), que tem sua première internacional no 7º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.

Diversos títulos programados são inéditos no Brasil, como é o caso do sensível road movie mexicano Um Mundo Secreto, que será exibido para a sessão de abertura do Festival. Seu diretor, o estreante Gabriel Mariño, estará presente no evento.

O Brasil está representado, entre outros títulos, por Hoje, de Tata Amaral, Melhor Longa do Festival de Brasília 2011, Rânia, de Roberta Marques, vencedor da mostra Novos Rumos, da Première Brasil do Festival do Rio, e pelo curta Até a Vista, de Jorge Furtado.

O evento acontece no Memorial da América Latina, Cinesesc, Cinemateca Brasileira e Cinusp Paulo Emílio, onde serão exibidos 75 filmes, sempre com entrada franca. Mais de 30 convidados internacionais circularão durante o evento.

Filmes recentes realizados em coprodução envolvendo pelo menos dois países da América do Sul concorrem ao Prêmio Itamaraty para o Cinema Sul-Americano. Iniciativa do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a premiação confere R$ 90 mil ao vencedor, que é eleito por um júri formado pela produtora argentina Violeta Bava, pelo programador do Festival de Toulouse Erick González, pelo distribuidor Sandro Fiorin (Brasil/ EUA), pelo cineasta Federico Veiroj e pelo ator Cesar Troncoso, os dois últimos uruguaios. Um debate sobre o tema da coprodução internacional será realizado no dia 19 de julho, às 10h, na Cinemateca Brasileira, e reunirá autoridades e produtores audiovisuais.

Ainda durante o Festival acontece o Prêmio Finaliza 2012, promovido pela Associação do Audiovisual, Cinecolor Digital e pelo Programa Cinema do Brasil, voltado a filmes brasileiros em fase de pós-produção. A iniciativa é inédita no Brasil e o vencedor, eleito por um júri internacional, recebe R$ 99,4 mil em serviços para finalizar seu filme.

7º FESTIVAL DE CINEMA LATINO-AMERICANO DE SÃO PAULO
De 12 a 19 de julho de 2012
Locais: Memorial da América Latina (Av. Auro S. de Moura Andrade, 664, Barra Funda, tel. 3823-4608), Cinesesc (Rua Augusta, 2.075, Cerqueira Cesar, tel. 3087-0500), Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, tel. 3512-6111 r/215), Cinusp Paulo Emílio (Rua do Anfiteatro, 181, favo 4, Cidade Universitária, tel. 3091-3540)
Entrada franca

terça-feira, 10 de julho de 2012

Morre Ernest Borgnine

Ator de cinema que estrelou as séries A Marinha de McHale, Águia de Fogo e The Single Guy, Ernest Borgnine faleceu na tarde do dia 8 de julho, aos 95 anos de idade, vítima de insuficiência renal, segundo informou Harry Flynn, um representante do ator, à Associated Press. Borgnine estava internado no Cedars-Sinai Medical Center.

Além das séries, o ator era conhecido por seus trabalhos nos filmes Marty, que lhe rendeu um Oscar, A Um Passo da Eternidade, Os Doze Condenados, Meu Ódio Será Sua Herança, O Destino do Poseidon, Os Vikings, O Vôo da Fênix, O Imperador do Pólo Norte, Fuga de Nova Iorque, Gattaca, Estação Polar Zebra, Red – Aposentados e Perigosos, entre outros.

Ermes Efron Borgnino nasceu no dia 24 de janeiro de 1917, em Hamden, Connecticut. Filho de imigrantes italianos, Ernest passou parte de sua infância em Milão, onde sua mãe foi morar quando seus pais se separaram. Mais tarde, ela decidiu voltar a viver com o marido e retornou aos EUA com o filho.

Depois de servir na Marinha durante a 2ª Guerra Mundial, Ernest pensou em trabalhar com uma companhia que fabricava ar condicionado, mas sua mãe acabou convencendo-o a se matricular na Randall School of Dramatic Arts de Hartford. Após quatro meses, ele largou os estudos e foi tentar a sorte como ator. Estreou no teatro comunitário antes de chegar na TV no início de década de 1950, fazendo participações em programas infantis, como Capitão Video, e teleteatros.

Em paralelo à TV, ele também atuou em filmes para o cinema, entre eles A Um Passo da Eternidade, Johnny Guitar, Demetrius, o Gladiador e A Conspiração do Silêncio.

Mas foi com Marty, produção de 1955, que Ernest conquistou a fama. Escrito por Paddy Chayefsky, o filme é uma adaptação de seu próprio texto originalmente apresentado no teleteatro The Philco-Goodyear Television Playhouse, exibido pela rede NBC em 1953.

A versão original foi estrelada por Rod Steiger, mas quando a Hecht-Lancaster Productions, produtora de Burt Lancaster, decidiu produzir o filme, escolheu Borgnine, então com 34 anos, como protagonista. O ator ganhou um Oscar por seu trabalho, bem como prêmios do Cannes Film Festival, New York Critics e National Board of Review.

Com o reconhecimento da Academia, Borgnine conseguiu se estabelecer na carreira, mas a fama não o afastou completamente da televisão, onde foi visto em participações especiais em diversas séries de TV ao longo dos anos.

Entre elas, Make Room For Daddy, Laramie, A Caravana, Alma de Aço, Agente 86, O Barco do Amor, Magnum, Caixa Alta, Missão Secreta/Masquerade, O Homem que Veio do Céu, Gente Pra Frente/Home Improvement, O Comissário, JAG – Ases Invencíveis, Edição de Amanhã, Walker – Texas Ranger, O Toque de um Anjo, Sétimo Céu, Family Law, The District e Plantão Médico/ER. O ator também esteve em Os Pioneiros, no episódio mais lembrado pelos fãs desta produção: O Senhor é Meu Pastor. Além das séries, Borgnine também esteve no elenco das minisséries Jesus de Nazaré e Os Últimos Dias de Pompéia.

Em 1962, ele estrelou o teleteatro Seven Against the Sea, exibido pelo Alcoa Premiere, apresentado por Fred Astaire. Na história, ele interpreta o Tenente Comandante Quinton McHale, membro da tripulação de um navio da Marinha durante a 2ª Guerra Mundial, o qual está estacionado próximo a uma ilha do Pacífico. Quando o navio é atacado por japoneses, os sobreviventes se refugiam na ilha onde, com o tempo, acabam adotando os hábitos dos nativos. A boa receptividade de público levou a ABC a encomendar a produção de uma série. No entanto, ao contrário de Seven Against the Sea, que era um drama, a série foi produzida como sitcom.

Inicialmente em preto e branco, a história apresentava McHale e seus homens tentando sobreviver à austeridade e burocracia imposta pela Marinha, enquanto idealizam diversos planos para tirar proveito das situações em que se envolvem, entre elas, ganhar dinheiro fácil, se safar das responsabilidades ou conquistar uma garota.

A série foi produzida pela Universal até 1966, quando a audiência começou a cair, levando A Marinha de McHale a ser cancelada. Ao longo de sua produção, a série ganhou duas versões cinematográficas. A primeira em 1964 com A Marinha de McHale/McHale Navy, e a segunda em 1965 com McHale’s Navy Joins Air Force. Borgnine apareceu apenas no primeiro filme.

Segundo divulgado na época, quando o segundo foi produzido, ele estava envolvido com outro trabalho, também para o cinema. Mas, anos mais tarde, em entrevista, o ator revelou que sua ausência no segundo filme ocorreu porque os produtores desejavam baratear o custo de produção.

Em 1997, a Universal produziu uma nova versão cinematográfica de A Marinha de McHale, que recebeu o título de Marujos Muito Loucos. Um novo elenco estrelou o filme, liderado por Tom Arnold, que assumiu o personagem de Borgnine na série. Já Borgnine interpretou o Almirante Cobra.

Após o cancelamento, Borgnine voltou a se dedicar à sua carreira no cinema. Ele tentaria estrelar uma nova série em 1976, com Future Cop, na qual interpretou um policial veterano que tem como parceiro um andróide. A produção foi cancelada com apenas seis episódios.

O ator voltaria a estrelar uma série de sucesso na década de 1980, com Águia de Fogo, produção de Don Bellisario, na qual Borgnine interpretou Dominic Santini, um piloto de helicóptero que tem como sócio, amigo e pupilo Stringfellow Hawke (Jan-Michael Vincent), um jovem que recebe uma missão do governo: ir até a Líbia e resgatar o águia de fogo, um super-helicóptero.

Depois que realiza sua missão, Hawke decide manter o helicóptero até que o governo descubra o paradeiro de seu irmão, desaparecido durante a guerra do Vietnã. Enquanto isso, Hawke e Santini se comprometem a realizar missões para o governo, nas quais eles utilizam o helicóptero.

Águia de Fogo foi cancelada em 1986 em função dos diversos problemas que a produção teve com o ator Jan-Michael Vincent. Em 1987, o canal a cabo USA resgatou Águia de Fogo, produzindo mais 24 episódios, mas substituindo Vincent por Barry Van Dyke, que interpretou o irmão de Hawke, localizado no Vietnã.

Borgnine decidiu não retornar e também foi substituído, por Michelle Scarabeli, que interpretou a sobrinha de Dominic, jovem que herda seus bens quando o tio morre. No total, a produção teve 79 episódios.

A última série na qual Borgnine integrou o elenco foi a sitcom The Single Guy, produzida entre 1995 e 1997, na qual interpretou Manny, o porteiro do prédio onde o escritor Jonathan Eliot (Jonathan Silverman) vivia. Nos últimos anos, o ator dublou o personagem Mermaidman, da série animada Bob Esponja.

Borgnine foi casado cinco vezes. A primeira esposa foi Rhoda Kenins, entre 1949 e 1958. Os dois se conheceram quando Rhoda trabalhava como assistente de farmacêutico na Marinha. O casal teve uma filha, Nancee (1952). Segundo o ator, o casamento terminou quando ele começou a fazer sucesso com o filme Marty.

Em 1959, ele se casou com a atriz mexicana Katy Jurado, de quem se divorciou em 1964. Em 1963, ele iniciou um relacionamento com a atriz e cantora Ethel Merman, com quem se casou em 1964.

Mas a relação terminou em divórcio um mês depois. Segundo o ator, Ethel teria ficado furiosa com o fato de que, durante a lua de mel no exterior, ele foi reconhecido pelo público estrangeiro e ela não. Quando seu divórcio com Ethel foi finalizado em maio de 1965, Borgnine se casou com a atriz Donna Rancourt, com quem teve três filhos, Sharon (1965), Christopher (1969) e Diana (1970). Borgnine se divorciou de Donna em 1972.

Desde 1973 o ator estava casado com Tova Traesnaes, empresária norueguesa, proprietária da Beauty By Tova, empresa de cosméticos.

Em 2008, o ator lançou sua autobiografia, que recebeu o título de Ernie, na qual relembra vários momentos de sua carreira em Hollywood. Até os 88 anos, Borgnine tinha o hábito de dirigir um ônibus em suas viagens pelo interior dos EUA, onde costumava parar de cidade em cidade para conversar com as pessoas que encontrava pelo caminho.

O ator se manteve ativo até o fim da vida, embora os trabalhos tivessem começado a ficar escassos, em função de sua idade avançada. Seu último trabalho é o filme The Man Who Shook the Hand of Vicente Fernandez, na qual interpreta um velho que lamenta nunca ter se tornado famoso ou feito algo de valor em sua vida. Quando é internado em um hospital onde a maioria dos funcionários é latina, se torna um ídolo local quando descobrem que ele um dia apertou a mão de Vicente Fernandez, um cantor, produtor e ator mexicano idolatrado pelos funcionários. O filme ainda não foi lançado.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Nova York: Conheça 10 filmes que marcaram a cidade

Personagens marcantes do cinema ganharam vida nas ruas da metrópole norte-americana Nova York. A cidade tem uma identidade cinematográfica própria e por isso é um dos locais preferidos dos cineastas.

Produções sobre os mais variados temas e situações tomam a cidade como cenário, graças a sua atmosfera cosmopolita e moderna. Para lembrar algumas delas, o site Time Out New York escolheu os 10 principais.

Os filmes escolhidos procuraram mostrar a ousadia da cidade. David Fear e Joshua Rothkopf, da TONY Films, e os especialistas Stephen Garrett e Alison Willmore escolheram longas de todos os os( tá repetido) gêneros e épocas em busca de uma imagem completa de NYC no cinema.

O topo da lista ficou com Taxi Driver, clássico de Martin Scorsese estrelado por Robert De Niro. O filme marcou o taxí amarelo, típico da metrópole norte-americana, e fala das pressões da sociedade moderna e a impotência de corrigir todos os erros que vemos à nossa volta.

Curiosa é a presença de Fuga de Nova York em nono lugar, que mostra Manhattan como uma prisão de segurança máxima, lar de gangues e malucos. O sci-fi de John Carpenter funciona quase como um cartão postal de uma NYC diatópica.

Claro que Manhattan, de Woody Allen, também figura na lista, uma verdadeira Ode à cidade tão presente nos filmes do diretor.

Confira a lista com os 10 filmes mais marcantes já filmados na cidade:
1. Taxi Driver (1976)
2. A Embriaguez do Sucesso (1957)
3. Um Dia de Cão (1975)
4. O Bebê de Rosemary (1968)
5. Manhattan (1979)
6. Faça a Coisa Certa (1989)
7. King Kong (1933)
8. Sombras (1959)
9. Fuga de Nova York (1981)
10. Um Dia em Nova York (1949)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Divulgada lista dos concorrentes do Festival de Gramado 2012


O Festival de Cinema de Gramado, que comemora seu 40º aniversário neste ano, divulgou a lista de concorrentes de suas quatro mostras competitivas: longa-metragem brasileiro, longa estrangeiro, curta-metragem brasileiro e curta gaúcho.

O evento, que este ano será realizado entre 10 e 18 de agosto, passa por mudanças estruturais sob o comando da nova coordenadora, Rosa Helena Volk, Secretária de Turismo de Gramado. A curadoria também mudou e agora fica a cargo de Rubens Ewald Filho, José Wilker e Marcos Santuário.

Para Rosa, esta edição do festival tem como destaque a renovação. Para isso, a coordenação do evento traz novas propostas como a volta da exibição dos curtas gaúchos no Palácio dos Festivais e a oferta de ingressos a preços populares para as sessões dos longas em competição.

A premiação em dinheiro é um dos maiores destaque da nova fase. Serão distribuídos R$ 350 mil em prêmio em dez categorias. O melhor filme nacional leva R$ 120 mil e o melhor longa estrangeiro R$ 80 mil.

Este ano serão homenageados a atriz Betty Faria, o diretor argentino Juan José Campanella, a atriz Eva Wilma e o jornalista Arnaldo Jabor.

Confira a lista completa dos concorrentes:

Longa-Metragem Brasileiro

Colegas (2012) – SP

Eu Não Faço a Menor Ideia do Que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida (2011) – RJ

Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now! (2011) – São Paulo – Documentário

Insônia (2007) – RS

Jorge Mautner – O Filho do Holocausto (2011) – RJ

O Que Se Move (2012) – SP

O Som ao Redor (2012) – PE

Super Nada (2012) – SP


Longa-Metragem Estrangeiro

Artigas, La Redota (2011) – Uruguai

Calafate, Zoológicos Humanos (2011) – Chile

Diez Veces Venceremos (2012) – Argentina

Leontina (2012) – Chile

Vinci (2012) – Cuba


Curta- Metragem Brasileiro

# (2011) – SP

A Ballet Dialogue (2012) – RS

A Mão que Afaga (2011) – SP

A Triste História de Kid-Punhetinha (2012) – SP

Casa Afogada (2011) – RS

Di Melo – O Imorrível (2011) – SP

Diário do Não Ver (2012) – MG

Dicionário (2012) – SC

Funeral à Cigana (2012) – SP

Linear (2012) – SP

Menino do Cinco (2012) – BA
Meta (2012) – SP

O Duplo (2012) – SP

Piove, il film di Pio (2012) – SP



Curta-Metragem Gaúcho

24 Horas com Carolina (2012)

A Vida da Morte (2011)

As Irmãs Maniacci (2011)

Boa Viagem (2011)

Brisa (2012)

Casa Afogada (2011) – RS

Dr Lang e a Ciência da Metalinguagem (2011)

Elefante na Sala (2012)

Estrada (2012)

Fez A Barba E O Choro (2011)

Garry (2012)

Ignácio e Saldanha (2012)

Lobos (2012)

Noite Um (2012)

O Beijo Perfeito (2012)

Paraphilia (2012)

Quem é Rogério Carlos? (2011)

Rigor Mórtis (2012)

Rua dos Aflitos, 70 (2011)

Só isso (2012)

Todos os Meus Ídolos Estão Mortos (2012)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Das páginas para as telas: quem são os autores mais adaptados da História?


Na edição de junho da revista Monet, foi publicada uma matéria sobre Stephen King e suas adaptações para os meios audiovisuais. E não são poucas: devido à sua popularidade e garantia de sucesso, King mantém o título do autor vivo mais adaptado para cinema e TV. Mas se formos levar em conta seus colegas escritores que já passaram para “o lado de lá”, ele cai feio: vai para a 18ª posição. Quem, então, seria o autor mais adaptado da História dos meios audiovisuais?
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Não é de se surpreender que William Shakespeare (Romeu e Julieta), ocupe a primeira posição. O autor que é provavelmente o mais conhecido da Literatura ganha de lavada dos seus “adversários”, com 891 obras baseadas em seus escritos. Vale lembrar que a base de comparação aqui é o registro da cada um no IMDB como writer, e logo isso inclui de curtas a filmes caseiros, passando por mega-produções e até jogos de video-game, qualquer coisa que utilize meramente o texto ou personagens de um autor. Pode não ser um mundo ideal, mas continua sendo um banco de dados extremamente confiável para termos ideia de quem é o mais amado na hora de se passar uma obra das páginas para as telas.

Aqui estão, portanto, os 20 finalistas. Mas não se envergonhe se você não reconhecer alguns desses nomes! Depois do nosso ranking colorido (que você confere abaixo), colocamos a lista por escrito, com uma adaptação de cada escritor e o link para o IMDB, onde você pode mergulhar em suas obras à vontade!


1. William Shakespeare (Romeu e Julieta) 2. Anton Chekhov (Tio Vânia em Nova York) 3. Charles Dickens (Oliver!) 4. Edgar Allan Poe (Histórias Extraordinárias) 5. Alexandre Dumas (O Homem da Máscara de Ferro) 6. Robert Louis Stevenson (Planeta do Tesouro) 7. Arthur Conan Doyle (Sherlock Holmes) 8. Hans Christian Andersen (A Pequena Sereia) 9. Os Irmãos Grimm (Enrolados) 10. Molière (Don Juan) 11. Edgar Wallace (King Kong) 12. O. Henry (In Old Arizona) 13. Oscar Wilde (Dorian Grey) 14. Fyodor Dostoevsky (The Brothers Karamazov) 15. Victor Hugo (O Corcunda de Notre Dame) 16. Leo Tolstoy (Guerra e Paz) 17. Júlio Verne (Viagem ao Centro da Terra) 18. Stephen King (Um Sonho de Liberdade) 19. Georges Simenon (Maigret) 20. Agatha Christie (O Vingador Invisível)

Por Marina Jankauskas, em 29/06/2012, no link http://revistamonet.globo.com/coluna/2012/06/29/das-paginas-para-as-telas-quem-sao-os-autores-mais-adaptados-da-historia/

terça-feira, 3 de julho de 2012

OSCAR 2013: Academia revela mudanças e premiação para Melhor Penteado


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou algumas mudanças para a premiação da 85ª edição do Oscar. As mais significativas foram nas categorias Filme em Língua Estrangeira, Maquiagem, Canção e Efeitos Visuais. A principal delas foi dentro da categoria Maquiagem, que também premiará penteados, com sete finalistas disputando as três vagas da categoria.

Em Melhor Canção, poderá ser indicado um quarto compositor como autor da canção, em casos extraordinários. Desde 2005, apenas dois compositores poderiam ser indicados por música, com adição de até um terceiro, caso ele tivesse contribuído igualmente.

Em Filme em Língua Estrangeira, as produções poderão ser enviadas à Academia em 35mm ou DCP e não necessariamente terem sido exibidas nesses formatos em seus países de origem.

Em Efeitos Visuais, os candidatos serão selecionados dentro de um grupo de dez filmes pelo comitê organizador. Anteriormente, a comissão só podia apresentar individualmente os candidatos de sete a dez produções no máximo.

O Oscar 2013 será realizado dia 24 de fevereiro no Teatro Dolby, antigo Kodak, em Los Angeles.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Blade Runner completa 30 anos. Conheça um pouco do clássico

No dia 25 de junho foi dia de comemorar o aniversário de 30 anos de Blade Runner - O Caçador de Androides, um fracasso comercial que faturou apenas US$ 32,8 milhões nos Estados Unidos, mas que se tornou um dos filmes mais cultuados de todos os tempos.

Baseado no conto de Philip K. Dick, Do Androids Dream of Electric Sheep?, a história é ambientada na Los Angeles do início do século 21, quando a metrópole tornou-se uma cidade sinistra, repleta de arranha-céus decadentes, corroídos por uma incessante chuva ácida e assolada pela superpopulação.

Neste cenário cyberpunk, vive o detetive Deckard Cain, interpretado por Harrison Ford, que precisa realizar um último trabalho: aposentar (destruir) quatro androides desertores que fugiram após uma rebelião. O problema é que eles são do modelo Nexus 6, o mais avançado tipo de replicante já construído, dotados de grande inteligência, agilidade e força física.

O filme é dirigido por Ridley Scott e já tocava em pontos que ele retomaria em seu filme mais recente de ficção, Prometheus. A busca dos replicantes pelo seu criador para tentar conseguir mais tempo de vida pode ser comparada com a procura pela origem da vida e pelos criadores da humanidade em Prometheus. É possível até mesmo fazer um paralelo da luta do criador para exterminar a criatura em ambos os filmes. Questões que perseguem o diretor, talvez?

Os visual futurista-retrô é um dos aspectos mais marcantes de Blade Runner. O longa foi inspirado nos filmes noir da década de 50, o que lhe rendeu duas indicações ao Oscar: Melhor Direção de Arte e Efeitos Visuais. Seu estilo serviu como inspiração para muitas outras obras, como Johnny Mnemonic e Robocop.

Do Androids Dream of Electric Sheep?

Autor do livro que deu origem ao filme, Philip Kindred Dick nasceu em 16 de dezembro de 1928, em Chicago, Illinois, e morreu em 2 de março de 1982, vítima de problemas no coração. Ele escreveu 36 romances e mais de cem contos, alguns deles obras-primas, como O Homem do Castelo Alto, que mostra o que aconteceria se os aliados fossem derrotados na Segunda Guerra Mundial.

Apesar de Philip K. Dick ter visto apenas os 20 minutos inicias do longa-metragem antes de sua morte, ele ficou extremamente impressionado e, segundo Paul Sammon, teria dito: "Era o meu próprio mundo. Capturaram-no perfeitamente". No entanto, nem Ridley Scott nem o roteirista David Webb Peoples leram o romance completo.

As obras de Dick já foram levadas mais de uma vez para o cinema, como em Screamers - Assassinos Cibernéticos, um filme B com Peter Weller (Robocop) e O Vingador do Futuro, com Schwarzenegger. Tanto os textos de Dick quanto Blade Runner influenciaram o cinema, em O Show de Truman - a cidade é baseada no conto Time out of Joint - e Matrix.

Blade Runner é um dos filmes mais influentes já feitos e agora, 30 anos depois, uma continuação está sendo programada pelo próprio Ridley Scott. É verdade que ela não deve trazer Deckard de volta, mas continuará a trama na Los Angeles futurista e decadente do século 21.

Por Daniel Reininger, no link http://www.cineclick.com.br/noticia/carregar/titulo/blade-runner-completa-30-anos-conheca-um-pouco-do-classico/id/34323 em 25/06/2012.