sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Lorax: Em busca da Trúfula perdida


Mais uma prova que as animações da atualidade superam em muito a qualidade de qualquer outra produção. Mesmo sendo mais dirigido ao público infantil (ou não), com uma moral da história já batida (mas nunca esgotada), e com algumas passagens mais previsíveis, o Lorax é um filme fora de série, agradável do começo ao fim.

Tudo é multi colorido. No geral, a parte técnica é espetacular. Tantos detalhes, minuciosamente caprichados para o deleite do espectador.

Junte a isso personagens extremamente atraentes, que agregam muito valor à trama, passagens musicais deliciosas e muito divertidas, e uma história que tem tudo para agradar crianças e adultos.

Depois de Rango, acreditei que nenhum outro filme, ou animação, poderiam ter tanta riqueza de detalhes. Lorax iguala e até supera, apesar de ser um tipo completamente diferente de filme. Dos mesmos produtores de Horton e o Mundo dos Quem, Lorax é um filme fantástico, e tão divertido quanto seu antecessor.

No filme, o menino Ted descobriu que o sonho de sua paixão, a bela Audrey , é ver uma árvore de verdade, algo em extinção. Disposto a realizar este desejo, ele embarca numa aventura por uma terra desconhecida, cheia de cor, natureza e árvores. É lá que conhece também o simpático e ao mesmo tempo rabugento Lorax, uma criatura curiosa preocupada com o futuro de seu próprio mundo.

Excelente produção, Lorax supera as expectativas e consegue agradar todos os tipos de público. Acerta em cheio nas piadas, e consegue entregar um produto final cheio de recursos inusitados, boas músicas, mensagem agradável, e animação de primeiríssima qualidade. Peca pela previsibilidade em algumas passagens, mas ao final, deixa um delicioso gostinho de quero mais. Pra assistir e repetir.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Chris Renaud, Kyle Balda
Produção: Janet Healy, Christopher Meledandri
Roteiro: Ken Daurio, Cinco Paul
Duração: 94 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Illumination Entertainment / Universal Pictures
Classificação: 12 anos





quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Conheça os longas selecionados para o Festival do Rio 2012

Foram divulgados os longas selecionados para a Première Brasil do Festival do Rio 2012. O evento ocorre na capital carioca entre os dias 27 de setembro e 11 de outubro de 2012. Durante essas duas semanas, a cidade vai ser tomada por grandes nomes do cinema brasileiro e mundial.

Na última edição foram premiados os filmes: A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Vinicius Coimbra, como Melhor Longa-Metragem de Ficção; Sudoeste, de Eduardo Nunes, com o Prêmio Especial do Júri e As Canções, de Eduardo Coutinho, como Melhor Longa-Metragem Documentário.
Na mostra competitiva deste ano destaque para Disparos, de Juliana Reis. A cineasta e jornalista, que viveu 16 anos na França e voltou ao Brasil em 2005, se manteve no cinema escrevendo roteiros para os diretores João Jardim (A Vida de Julia) e Murilo Salles (O Fim e os meios). Disparos marca sua estreia na direção de um longa.

Na Mostra Novo Rumos, o longa de Francisco César Filho, Augustas, merece ser citado. Com 26 anos de carreira, este é o primeiro longa do diretor, que teve sua pré-estreia na Mostra de Tiradentes de 2012 e retrata o universo do "baixo augusta", região paulistana com forte vida noturna.

Destaque também para Colegas, o vencedor do Festival de Gramado 2012. O filme de Marcelo Galvão será exibido fora de competição, ao lado de Ritos de Passagem, produção assinada pelo baiano Chico Liberato.

Confira abaixo a lista completa do longas que serão exibidos na edição 2012. Os curtas ainda não foram anunciados.

MOSTRA COMPETITIVA

Ficção
1. A BUSCA (Father’s Chair), de Luciano Moura
2. A COLEÇÃO INVISÍVEL (The Invisible Collection), de Bernard Attal
3. A FLORESTA DE JONATHAS (Jonathas’ Forest), de Sérgio Andrade
4. DISPAROS (AE-AutoExposure), de Juliana Reis
5. DORES DE AMORES (Love Aches), de Raphael Vieira
6. ÉDEN (Eden), de Bruno Safadi
7. ENTRE VALES (Between Valleys), de Philippe Barcinsky
8. MEU PÉ DE LARANJA LIMA (My Sweet Orange Tree), de Marcos Bernstein
9. O GORILA (The Gorilla), de José Eduardo Belmonte
10. O SOM AO REDOR (Neighbouring Sounds), de Kleber Mendonça Filho
11. PRIMEIRO DIA DE UM ANO QUALQUER (First Day, Any Year), de Domingos Oliveira
12. UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA (Rio 2096 a story of love and fury), de Luiz Bolognesi

Documentários

1. CORAÇÃO DO BRASIL (Heart of Brasil), de Daniel Santiago
2. DOSSIÊ JANGO (Jango Report ), de Paulo Henrique Fontenelle
3. HÉLIO OITICICA (Hélio Oiticica), de César Oiticica Filho
4. JARDS (Jards), de Eryk Rocha
5. MARGARET MEE E A FLOR DA LUA (Margaret Mee and the Moonflower), de Malu de Martino
6. O DIA QUE DUROU 21 ANOS (The day that lasted 21 years), de Camilo Tavares
7.OUVIR O RIO: UMA ESCULTURA SONORA DE CILDO MEIRELES (Listening to the River: a sound sculpture by Cildo Meireles), de Marcela Lordy
8. RIO ANOS 70 (Rio 70's), de Maurício Branco e Patrícia Faloppa
9. SATYRIANAS, 78 HORAS EM 78 MINUTOS (Satyrianas, 78 Hours in 78 minutes), de Daniel Gaggini, Fausto Noro e Otávio Pacheco
10. SOBRAL (Sobral), de Paula Fiuza

MOSTRA NOVOS RUMOS

Ficção
AUGUSTAS (Augustas), de Francisco César Filho
ESTADO DE EXCEÇÃO (State of exception), de Juan Posada
SUPER NADA (Super Nothing), de Rubens Rewald
EU NÃO FAÇO A MENOR IDEIA DO QUE TÔ FAZENDO COM A MINHA VIDA, de Matheus Souza

Documentários
A BATALHA DO PASSINHO (Passinho Dance Off), de Emílio Domingos
HYSTERIA (Hysteria), de Evaldo Mocarzel e Ava Rocha

HORS CONCOURS

Ficção
1. CHAMADA A COBRAR (Collect Call), de Anna Muylaert
2. COLEGAS (Buddies), de Marcelo Galvão
3. INFÂNCIA CLANDESTINA (Clandestine Childhood), de Benjamín Ávila (Argentina, Espanha, Brasil – 112');
4. RITOS DE PASSAGEM (Rites of Passage), de Chico Liberato

Documentários
5. A MULHER DE LONGE (The woman who came from afar), de Luiz Carlos Lacerda
6. AMAZÔNIA ETERNA (Eternal Amazon), de Belisário Franca
7. RAÇA (Raça), de Joel Zito Araújo e Megan Mylan

MOSTRA RETRATOS

1. CIRANDEIRO (Cirandeiro), de Claudio Boeckel
2. DALUA DOWNHILL (Dalua Downhill), de Rodrigo Pesavento, Fernanda Franke Krumel e Tiago de Castro
3. DINO CAZZOLA – UMA FILMOGRAFIA DE BRASÍLIA (Dino Cazzola - a filmography of Brazilia), de Andreas Prates e Cleisson Vidal
4. JORGE MAUTNER- O FILHO DO HOLOCAUSTO (Jorge Mautner - The Son of The Holocaust), de Pedro Bial e Heitor D 'Allincourt
5. OS IRMÃOS ROBERTO (The Roberto Brothers), de Ivana Mendes e Tiago Arakilian
6. SINAIS DE CINZA, de Henrique Dantas

MOSTRA MUSICAL

1. MPB DE CÂMARA, CANÇÃO BRASILEIRA (MPB Chamber, The Brazilian Song), de Walter Lima Jr.
2. PARTIDEIROS (Partideiros), de Luis Guimarães de Castro
3. PERNAMCUBANOS (PERNAMCUBANOS), de Nilton Pereira de Melo
4. SIBA – NOS BALÉS DA TORMENTA (Siba - a Poet Through the Storm), de Caio Jobim e Pablo Francischelli

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Festival reúne grandes nomes em busca de espaço


Começa nesta quarta-feira (29/8) o 69º Festival de Veneza, com nomes uma mistura de nomes consagrados, como Brian de Palma, Paul Thomas Anderson, Terrence Malick, Takeshi Kitano e recentes com Selena Gomez e Vanessa Hudgens e Zac Efron. Ao todo, 50 filmes estreiam no evento.
O thiller político, The Reluctant Fundamentalist, dirigido pela indiana Mira Nair e baseado em best-seller homônimo de Mohsin Hamid, abre o mais antigo festival de cinema no mundo. A trama mostra as contradições de um jovem paquistanês que persegue um sonho em Wall Street ante o fanatismo após os atentados de 11 de setembro de 2011.

Não há nenhum filme latino-americano na cada vez mais compacta seleção da competição , que começa nesta quarta e vai até 8 de setembro. São 18 longas-metragens, enquanto no ano passado, foram 23. Em 2011, aconteceu a mesma coisa: nenhum competidor latino.

A mostra competitiva tem alguns filmes bastante esperados, como The Master, de Paul Thomas Anderson (Magnólia), sobre um culto religioso que se assemelha com a Cientologia, e Passion, de Brian de Palma (Scarface), sobre uma jovem executiva que planeja vingança depois que sua chefe e mentora rouba uma ideia sua.

James Franco, Selena Gomez e Vanessa Hudgens aparecem em Spring Breakers,roubar uma lanchonete para pagar as férias. Fora de competição, serão exibidos The Company You Keep, de Robert Redford, com Shia LaBeouf.

O curta-metragem brasileiro O Afinador, de Fernando Camargo e Matheus Parizi, também participa do festival, mas somente na mostra competitiva Horizontes. Além disso, o diretor Spike Lee (Malcom X) será homenageado com o prêmio Jaeger-LeCoultre Glory to the Filmmaker, entregue a  "uma grande personalidade que trouxe inovação ao cinema contemporâneo", anunciou o festival nesta sexta-feira (3/7).

Este ano, Lee exibe, fora da competição, o documentário Bad 25, sobre os 25 anos do álbum Bad, de Michael Jackson.

Veneza tenta a todo custo recuperar o espaço perdido para o festival de Toronto e procura mesclar filmes de grandes estúdios e obras de baixo orçamento de todo o mundo, ingredientes vitais para a sobrevivência do festival que, este ano, lança um pequeno mercado cinematográfico para ajudar a competir com Cannes e Berlim, cuja chave para o sucesso é a compra e venda de filmes.
O 69º Festival de Cinema de Veneza acontece até 8 de setembro.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Grande Dave

Mais um filme sem muita expressão no currículo de Eddie Murphy. Apesar que, se comparado a alguns outros, como O Professor Aloprado e Imagine Só, O Grande Dave é muito melhor.

Eddie Murphy está na sua zona de conforto. Lidera um elenco esforçado e controla seu personagem sem muito esforço. Divide ainda a tela com um robô (o grande Dave), interpretado também por ele. Consegue fazer algumas piadas interessantes, mas no geral, é um filme sem compromisso, com uma história leve, que acerta em alguns momentos, erra em outros, mas que no geral, consegue gerar boa dose de entretenimento.

Não se trata de um filme completamente perdido. Ele tem suas qualidades. Boa fotografia, bons personagens, e uma trama que atrai e chama a atenção. Mas algumas passagens são meio forçadas, e ao invés de gerarem graça, geram tédio, tornando o filme cansativo e previsível. A produção conta ainda com bons efeitos especiais, que ajudam a dar uma incrementada no resultado geral.

O filme conta que em busca de uma saída para evitar a destruição de seu planeta, seres extra-terrestres chegam à Terra. Eles possuem a forma de seres humanos, mas são bem menores. Para observar e aprender sobre a rotina terráquea eles passam a abrigar naves que tem o formato de humanos normais. Uma delas é Dave (Eddie Murphy), que precisa agir como uma pessoa normal para não despertar suspeitas.

É uma produção mediana, com alguns pontos altos, e outros nem tanto. Tem em seu elenco o excepcional (embora sem muita sorte na escolha de papeis) Eddie Murphy, que até se esforça para agradar, mas no geral, não consegue arrancar mais do que alguns risos de simpatia. O filme tem boa fotografia e bons efeitos especiais, mas é na história que acaba se perdendo, com algumas passagens que abusam do absurdo, e deixam o espectador com impressão de que as coisas podiam ter sido melhores. Um filme interessante para uma sessão da tarde ou a matinê do final de semana. Boa pedida para um filme em família.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Brian Robbins
Elenco: Elizabeth Banks, Eddie Murphy, Gabrielle Union, Ed Helms, Judah Friedlander, Shawn Christian.
Produção: David T. Friendly, Todd Komarnicki
Roteiro: Rob Greenberg, Bill Corbett
Fotografia: Clark Mathis
Trilha Sonora: John Debney
Duração: 90 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Classificação: Livre

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Zohan - O Agente bom de Corte

Zohan é um filme com a cara de Adam Sandler. Com humor apelativo e cheio de passagens escatológicas, força a barra para fazer graça, se perde em um roteiro fraco e, por fim, entrega aos seu espectador algumas poucas risadas amarelas e boa dose de desconforto.

Ok, sem falso moralismo, mas não é o tipo de filme para se assistir em família. Francamente, achar que as apelativas e bastante encardidas piadas possam provocar algum humor é, de fato, algo característico nos filmes de Sandler.

O filme conta em seu elenco, com todos os amigos de Sandler, daqueles que costumam participar usualmente das suas produções, casos de Rob Schneider, John Turturro, Henry Winkler, e até Chris Rock.

Com a ideia de vender o americanismo em seu roteiro, o filme se prende a passagens políticas que só são engraçadas para o público americano. É o típico caso de humor americano feito para americanos. Com essas e outras, assistir o filme até o fim torna-se um grande e enfadonho esforço, em que o grande derrotado é o espectador.

No filme, um agente secreto do Mossad (Adam Sandler), agência de Israel, forja sua própria morte. A intenção é poder ressurgir sob nova identidade - Emmanuelle Chriqui - e com um novo trabalho: um famoso cabeleireiro em Nova York que atente a personalidades, como a cantora Mariah Carey.
De verdade, se você procura uma boa comédia, ou um filme inteligente e que garanta seu entretenimento, fique longe de Zohan. Claro que existem pessoas que curtem um estilo de humor mais ácido, ou sujo mesmo. Para esses casos, o filme pode ser uma grande pedida. No geral, a produção investe em muitas piadas sujas e sem sentido no conceito feral da trama, exigindo certo esforço para se chegar ao fim do filme. Já assisti muitos filmes ruins, e que até merecem ser vistos para formação de opinião, mas o caso de Zohan é completamente perdido. Para passar bem longe.....

FICHA TÉCNICA

Diretor: Dennis Dugan
Elenco: Adam Sandler, Emmanuelle Chriqui, Rob Schneider, Henry Winkler, Mariah Carey, John Farley, Shelley Berman, Barry Livingston.
Produção: Adam Sandler
Roteiro: Judd Apatow, Adam Sandler, Robert Smigel
Fotografia: Michael Barrett
Trilha Sonora: Rupert Gregson-Williams
Duração: 113 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Happy Madison Productions

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Bolas em Pânico

É o tipo de filme que se espera um pouco mais. Mais piadas, mais qualidade, mais emoção, mais entretenimento. Não é bem assim. Garante boa diversão, mas deixa aquele gostinho de decepção ou de que podia ter sido bem melhor.

A ideia geral do roteiro é bastante interessante. Imagine um campeonato de tênis de mesa, ou ping pong, em que seus atletas competem até a morte, ou pela morte do parceiro abatido. Lembra aqueles filmes de Van Damme, de lutas marciais.

O elenco é esforçado, funciona bem, e fica devendo no fator risada. O ponto forte é Christopher Walken, que é um ator além da média. Alguns elementos são fracos, e os pontos que seriam mais engraçados são deixados de lado. Nesse ponto a trama perde a sua força. Apesar da boa ideia, o filme é cansativo e previsível. Chato, até, pela falta de graça.

No filme, o chefe do crime Feng (Christopher Walken) é um fanático jogador de pingue-pongue que se refugia em um local desconhecido pelas autoridades. Para caçá-lo, o FBI escala o inexperiente Randy Datona (Dan Fogler) como participante do torneio secreto que o criminoso irá organizar em seu esconderijo. Mal sabem os agentes da polícia que, se o espião não vencer as partidas um tanto quanto exóticas da modalidade, terá que ser sacrificado.
Produção bastante interessante, mas que perde força por não ter se esforçado em fazer seu espectador rir. É competente em apresentar uma história agradável, mas não chega a empolgar. Tem um bom elenco, bons efeitos, boa dinâmica, e não se perde em detalhes. Mas fica cansativa depois da metade e previsível. Perde força e não consegue arrancar nem um sorriso amarelo. Interessante para uma sessão da tarde, ou para uma matinê no fim de semana.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Ben Garant
Elenco: Dan Fogler, Masi Oka, Christopher Walken, Maggie Q, Jason Scott Lee, Terry Crews, David Koechner, Aisha Tyler, Patton Oswalt, Diedrich Bader, Cary-Hiroyuki Tagawa, Thomas Lennon, George Lopez, James Hong, Kerri Kenney, David Proval.
Produção: Gary Barber, Roger Birnbaum, Ben Garant, Jonathan Glickman
Roteiro: Ben Garant, Thomas Lennon
Fotografia: Thomas E. Ackerman
Trilha Sonora: Randy Edelman
Duração: 90 min.
Ano: 2007
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Spyglass Entertainment
Classificação: 12 anos

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ROCKnROLLA - A Grande Roubada

Mais um filme de ritmo e história alucinante. Tudo é velocidade, tudo é ação. E a combinação entre o diretor Guy Ritchie e o ator Gerard Butler parece funcionar muito bem. Toda a produção vai bem e consegue agradar em cheio seu público.

A fotografia do filme tem seu charme à parte. Segue uma coloração diferenciada, que não cansa a vista e não choca pelo excesso de sangue que pode aparecer nas cenas. A produção não se preocupa com inteligência, mas sim com a ação.

Mesmo assim, a história não tem nada de fraca. Consegue entregar uma trama bem razoável, com começo, meio e fim, sem ter que se ater a diálogos cansativos que expliquem suas passagens. As peças se encaixam a cada passagem e o espectador se delicia com a alta dose de ação do filme. Realmente fantástico!!!

Gerard Butler lidera o elenco e mostra que sabe fazer bons filmes de ação. Por sinal, é mesmo um dos poucos atores que mesclam bons papeis tanto em filmes de ação quanto em filmes de outros estilos.

O filme conta que quando descobre-se que o próximo grande negócio de um mafioso russo dá errado, milhões de dólares ficam à solta e prontos para ser agarrados. Todos os principais bandidos em Londres estão à caça do dinheiro. Desde um chefão do crime até uma contadora sexy, todos querem a chance de enriquecer rapidamente.
Grande filme, com altas doses de ação, tiroteios, cenas de lutas, ótimos efeitos e alta qualidade de vídeo. Realmente, grande pedida para quem curte o estilo, e quer um filme que entrega bom entretenimento, associado a um roteiro bem construído. O elenco garante qualidade extra à trama. Enfim, uma excelente produção, com ação e movimento do começo ao fim. Não é o tipo de filme para toda a família (especialmente as crianças), mas tem tudo para agradar os mais marmanjos.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Guy Ritchie
Elenco: Gerard Butler, Gemma Arterton, Jamie Campbell Bower, Jeremy Piven, Thandie Newton, Tom Wilkinson, Mark Strong, Idris Elba, Ludacris, Tom Hardy, Toby Kebbell, Karel Roden, Roland Manookian, Geoff Bell, Matt King.
Produção: Steve Clark-Hall, Susan Downey, Joel Silver, Guy Ritchie
Roteiro: Guy Ritchie
Fotografia: David Higgs
Trilha Sonora: Steve Isles
Duração: 114 min.
Ano: 2008
País: Inglaterra
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Dark Castle Entertainment
Classificação: 16 anos


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Corrida Mortal

Ah, o que dizer de um filme que coloca em prática muita ação, grande dose de violência, carros alucinantes e pilotos alucinados, sem, praticamente, nenhum sentido?

É o tipo de produção fadada a entreter. Entrega ao espectador altas doses de adrenalina, quase que na mesma medida que a encarada por seu elenco. O filme tem um ritmo e um conteúdo bastante intensos. Tudo é rápido. Tudo é movimento. Tudo transparece violência e sangue.

Os filmes de Jason Statham são assim. E isso não é nada negativo. Muito pelo contrário. Sabe-se que ele não se envolveria com filmes mais melosos, mais calmos. Todos os longas que fazem parte do seu currículo seguem essa característica de serem rápidos, sem diálogos complicados. É porrada do começo ao fim.

Os efeitos são bem funcionais, e enriquecem o longa. Você acaba transportado para o banco de passageiro e consegue sentir até os calafrios dos personagens. É o tipo de filme feito para que o espectador não pense, apenas se divirta com as altas doses de ação e movimento. 

No filme, Jensen Ames (Jason Statham) é um condenado por crimes que é forçado pela diretora de uma notória penitenciária (Joan Allen) a competir no esporte mais popular da época: uma corrida de carros na qual internos devem matar uns aos outros pela vitória.

Boa pedida para quem curte uma ação desenfreada onde tudo é velocidade e movimento. O filme é rápido e sua narrativa é bem alucinante. Existe violência. Existe perseguição. Corrida. Tudo para agradar os fãs de filmes desse estilo. Dos adoradores de filmes de carros. Ou, simplesmente, aqueles que procuram um filme para passar tempo sem se preocupar com uma história exageradamente inteligente. O roteiro funciona bem e o filme agrada até pelos exageros.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Paul W. S. Anderson
Elenco: Jason Statham, Ian McShane, Tyrese Gibson, Joan Allen, Robin Shou, Janaya Stephens.
Produção: Paul W. S. Anderson, Jeremy Bolt Roger Corman, Paula Wagner
Roteiro: Paul W. S. Anderson
Fotografia: Scott Kevan
Trilha Sonora: Paul Haslinger
Duração: 105 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Universal Pictures / Relativity Media / Impact Pictures / Cruise/Wagner Productions
Classificação: 16 anos

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Os Acompanhantes

Fique atento! O título desta produção pode lhe enganar, ou lhe oferecer uma proposta de filme que não está lá. Não se trata de mais um filme que se segura na história de gigolôs e suas peripécias com suas clientes. Ou talvez seja. Esse é o ponto primordial deste agradável filme, não existe nada exlícito, a não ser a relação de amizade entre seus protagonistas. A partir daí, o que se segue, ou não, fica por conta da imaginação de cada espectador.

Pra ser bem sincero, e estragando um pouco da surpresa, não vejo a história por esse lado, e percebo que essa também não foi a intenção dos produtores. A trama até se apóia em alguns fetiches leves, mas nada de exageros, nada sexual agressivo, ou como naqueles filmes que precisam se pendurar no escatológico pra fazer graça.

O filme tem atmosfera de peça de teatro. A relação entre seus personagens é o que realmente importa e, com isso, rende bem com diálogos inteligentes e um humor diferenciado, que provoca risos por sua perspicácia, e não pelo apelo grotesco.

Basicamente, é uma história que se prende à relação entre Kevin Kline e Paul Dano, com a rica participação de John C. Reilly e, até, Katie Holmes (esta, que me perdoem os fãs, mas extremamente fraca). Por mais leve que possa parecer, o filme é bastante agradável, e prende a atenção de seu espectador. Vantagem proposta por grandes atuações.

O filme conta que depois de um embaraçoso incidente, o jovem Louis Ives (Paul Dano) é obrigado a deixar seu emprego e vai para Nova York, onde aluga um quarto no mesmo apartamento que vive Henry Harrison (Kevin Kline), um dramaturgo sem dinheiro e descontroladamente excêntrico. Louis logo consegue um novo emprego em uma revista ambiental, onde trabalha a naturalista obsessiva Mary (Katie Holmes). Ao conviver com seu vizinho Henry, Louis desperta sua imaginação e eles começam a desenvolver uma relação mentor-aprendiz, quando começam a trabalhar como acompanhantes das belas e ricas viúvas de Upper East Side.

Trata-se de uma produção leve, tranquila, sem apelações ou excessos, que valoriza as boas atuações de seus protagonistas, investindo em diálogos ricos e bem humorados. É, na verdade, um filme que trata as relações humanas, sem se apegar ao sentido que estaria na palavra "acompanhantes". Uma boa pedida para quem procura um filme leve, bem humorado, sem exageros, e ao mesmo tempo bastante humano.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Shari Springer Berman, Robert Pulcini
Elenco: John C. Reilly, Katie Holmes, Paul Dano, Kevin Kline, Cathy Moriarty, Alicia Goranson, Patti D'Arbanville, Celia Weston, Marian Seldes, Jason Butler Harner, Alex Burns, Justis Bolding, Rafael Sardina, David Boston.
Produção: Anthony Bregman, Stephanie Davis
Roteiro: Robert Pulcini, Jonathan Ames
Fotografia: Terry Stacey
Duração: 108 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Vinny Filmes
Estúdio: Wild Bunch / Tax Credit Finance / Likely Story / 3 Arts Entertainment
Classificação: 12 anos


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Colegas ganha Kikito de Melhor Filme. Confira a lista de premiados


Na noite do dia 18, a 40ª Edição do Festival de Cinema de Gramado divulgou a sua lista de vencedores numa cerimônia realizada no Palácio dos Festivais. Para a alegria de todos os presentes, o vencedor de Kikito foi o longa Colegas, estrelado por três atores com Síndrome de Down.

O road movie de Marcelo Galvão conta a viagem de três jovens Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pokk) e Márcio (Breno Viola), que fogem do instituto para portadores do síndrome de down no carro que roubam do jardineiro. Cada um deles quer realizar seu sonho: Stallone quer ver o mar, Aninha precisa casar no dia de São Judas Tadeu e Márcio quer voar.

O longa foi apresentado à uma plateia de mais de 800 pessoas e ovacionado em cena e depois de terminado. Não à toa que os três atores principais foram premiados e choraram juntos quando subiram ao palco para receber a estatueta. "Nós somos Down perante a sociedade, mas perante Deus somos normais", disse Ariel.

Galvão também fez seu discurso de agradecimento ao receber o prêmio "Queria agradecer a essa equipe e a Rita, Ariel e Breno. A nossa projeção aqui foi maravilhosa. O filme foi aplaudido várias vezes em cena e de pé ao final. Isso para nós foi o maior prêmio".

A crítica decidiu dar o prêmio para O Som ao Redor e o júri popular para Jorge Mautner - O Filho do Holocausto de Kleber Mendonça Filho, que também foi eleito o Melhor Diretor.
Confira abaixo a lista completa dos premiados:

Longas-metragens brasileiros

Melhor filme: Colegas, de Marcelo Galvão
Melhor diretor: Kleber Mendonça Filho, por O Som ao Redor
Melhor ator: Marat Descartes (Super Nada)
Melhor atriz: Fernanda Vianna (O Que se Move)
Melhor roteiro: Pedro Bial (Jorge Mautner - O Filho do Holocausto)
Melhor fotografia: Gustavo Hadba (Jorge Mautner - O Filho do Holocausto)
Melhor montagem: Leyda Napoles (Jorge Mautner - O Filho do Holocausto)
Melhor direção de arte: Zenor Ribas (Colegas)
Melhor trilha musical: André Abujamra (Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!)
Melhor desenho de som: Pablo Lamar e Kleber Mendonça Filho (O Som ao Redor)
Prêmio do júri popular: O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho
Prêmio da crítica: O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho
Prêmio especial do júri: Ariel Goldenberg, Breno Viola e Rita Pokk (Colegas)

Longas-metragens latino-americanos

Melhor filme: Artigas, la Redota (Uruguai), de Cesar Charlone
Melhor diretor: Cesar Charlone, por Artigas, la Redota (Uruguai)
Melhor ator: Jorge Esmoris, por Artigas, la Redota (Uruguai)
Melhor roteiro: Eduardo del Llano Rodríguez, por Vinci (Cuba)
Melhor fotografia: Boris Peters e Larry Peters, por Leontina (Chile)
Prêmio do júri popular: Artigas, la Redota (Uruguai), de Cesar Charlone
Prêmio da crítica: Artigas, la Redota (Uruguai), de Cesar Charlone
Menção honrosa: Daniel Fernández e Mariana Pereira, pela direção de arte de Artigas, la Redota (Uruguai)
Menção honrosa: Luciano Supervielle, pela trilha de Artigas, la Redota (Uruguai)
Menção honrosa: Osvaldo Montes, pela trilha de Vinci (Cuba)
Curtas-metragens nacionais
Melhor filme: Menino do Cinco, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira
Melhor diretor: Gilson Vargas (Casa Afogada)
Melhor ator: Thomas Vinícius de Oliveira e Emanuel de Sena (Menino do Cinco)
Melhor atriz: Sabrina Greve (O Duplo)
Melhor roteiro: Marcelo Matos de Oliveira (Menino do Cinco)
Melhor fotografia: Bruno Polidoro (Casa Afogada)
Melhor montagem: Gustavo Forte Leitão (Di Melo - O Imorrível)
Melhor direção de arte: Iara Noemi e Gilka Vargas (Casa Afogada)
Melhor trilha musical: Marcos Azambuja (Funeral à Cigana)
Melhor desenho de som: Gabriela Bervian (Casa Afogada)
Prêmio do júri popular: Menino do Cinco, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira Prêmio especial do júri: A Mão que Afaga, de Gabriela Amaral Almeida
Prêmio da crítica: Menino do Cinco, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Nova York sitiada

Nova York sitiada é uma produção tensa, daquelas que aposta na violência contra os americanos, e seu suor, sua ética, sua batalha contra forças internas e externas, para se livrar do mal. Apesar de todo o nacionalismo exacerbado, o filme é funcional, e garante bom entretenimento ao seu espectador.

Cheio de clichês, lugares comuns, e tantos outros detalhes que você já viu, reviu, e repetiu incansavelmente em diversas produções em prol dessa vitória americana, Nova York sitiada segue toda essa linha, mas cria uma atmosfera de suspense que é agradável, e que consegue prender a atenção do espectador.

Denzel Washington, Annette Bening e Bruce Willis encabeçam a lista do elenco, e trabalham sem ofuscar o brilho de cada um. A surpresa fica na descoberta de quem é o herói, ou quem é o vilão, ou contra quem, de fato, eles estão brigando.

O filme vai bem nas sequências de perseguição e na dose de ação. Difícil não dizer que em alguns momentos, a produção parece ter antecipado alguns dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001 (3 anos após o lançamento da produção). Com efeitos bem chocantes, o filme exagera um pouco nos diálogos apaixonados e na ideia de vender a justiça americana como a mais correta de todas. Enfim, parece mesmo uma produção para convencer (e se convencer) de sua capacidade.

No filme, um líder muçulmano é preso pelo exército americano e, em represália, terroristas começam uma série de atentados em Nova York. O FBI e a CIA, chefiados por Anthony Hubbard (Denzel Washington) e Elise Kraft (Annette Bening), unem-se para capturar os responsáveis pelas explosões. Mas os ataques continuam, o exército toma a cidade e é declarado estado de sítio. Só que imigrantes e americanos de origem árabe começam a ser presos à torto e à direita, levantando opositores e colocando a situação fora de controle.

Uma produção interessante, mas que investe em diversas passagens e elementos de conhecimento comum, apresentados em tantos outros filmes. Um elenco bem razoável, que soube mesclar grandes nomes sem ofuscar estrelismo. O filme investe em boas doses de ação e perseguição, em uma trama que é bem construída, com certa tensão, na medida certa prender a atenção do espectador. É um filme interessante, mas poderia ser ainda melhor se abandonasse o heroísmo americano. Ainda assim, é uma grande pedida, e divesão certa para quem curte boa ação em uma produção de conflitos internacionais.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Edward Zwick
Elenco: Denzel Washington, Annette Bening, Bruce Willis, Tony Shalhoub, Sami Bouajila, David Proval.
Produção: Edward Zwick, Lynda Obst
Roteiro: Lawrence Wright, Menno Meyjes, Edward Zwick
Fotografia: Roger Deakins
Trilha Sonora: Graeme Revell
Duração: 115 min.
Ano: 1998
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Classificação: 12 anos

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sem verba, diretor que compete em Gramado faz cartaz de filme com as próprias mãos

Cartaz feito a mão do filme Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida
Cartaz feito a mão do filme "Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida"

O diretor Matheus Souza, que compete em Gramado com "Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida", não estava feliz com a ideia de ser o único a não ter o cartaz de seu filme colado no Palácio dos Festivais e resolveu improvisar.

Com canetinhas, adesivos infantis e bom humor, ele fabricou cartazes com as próprias mãos. "Como não tinha verba para mandar fazer, eu mesmo dei um jeito", disse ele. Um deles traz a suposta opinião de Fernando Meirelles sobre o longa: "Um filme interessante".

Em entrevista recente ao UOL, ele disse que, perto de seu primeiro longa, seu novo filme é uma superprodução. O primeiro filme do cineasta, "Apenas o Fim" (2008), foi feito enquanto Matheus cursava faculdade de cinema no Rio de Janeiro e com o dinheiro de uma rifa de uísque.

Diretor ficou três meses sem pagar contas
Com apenas 24 anos, Souza realizou seu segundo longa com cerca de R$ 20 mil. Ele usou o pagamento de outros trabalhos como roteirista para financiar o projeto, mas para isso ficou três meses sem pagar as contas da sua casa.

"Ao longo do processo, cortaram meu gás, a luz e a internet. A única conta que paguei foi a do celular porque precisava dele para produzir o filme", contou ele, com bom humor. Matheus ainda lembrou do discurso que fez para o homem que apareceu à porta de seu apartamento para cortar o gás. "Tentei convencê-lo dizendo: 'Apoie o cinema nacional, não corte meu gás', mas não deu certo", contou ele.

No sábado (11), Souza falou aos jornalistas que tem orgulho de cada erro da produção que compete no festival. "Todo erro engrandece o filme. Tenho muito orgulho de cada probleminha que deu e me divirto. É lindo um filme ter erros”, disse ele.

O filme conta a história de Clara (Clarice Falcão), jovem estudante de medicina que começa a matar aulas por não saber se é essa a profissão que realmente quer seguir. Com a ajuda de um jovem (Rodrigo Pandolfo), Clara começa uma aventura de experimentação por diversas atividades. Assim como a primeira produção de Matheus Souza, "Apenas o Fim", o novo longa se concentra nos diálogos criativos que retratam o mundo jovem.

Matheus disse que vive um momento parecido com o da personagem porque não sabe qual serão os temas abordados em seus próximos filmes. “Tenho mais de dez roteiros escritos porque é isso que gosto de fazer, mas ainda não sei que cara sou”, contou.

Por Mariane Zendron, em 15/08/2012, para o UOL, no link http://cinema.uol.com.br/ultnot/2012/08/15/sem-verba-diretor-que-compete-em-gramado-faz-cartaz-de-filme-com-as-proprias-maos.jhtm

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Meu Monstro de Estimação

Não sou muito fã de filmes com crianças ou animais. A combinação dos dois, então, costuma me afastar logo de cara. Seguindo esse gosto, fugi durante um bom tempo de Meu Monstro de Estimação, mas ao assistir este longa, preciso confessar, antes tivesse sido pego antes. O filme é uma grata surpresa e, muito contrário do que pensei, não tem nada daqueles detalhes "melosos" que costumam infestar produções nesse estilo.

Existe uma certa atmosfera de previsibilidade, mas no fundo, com seu roteiro bem elaborado, o filme garante boas doses de entretenimento. Tudo se deve à boa relação criada entre seu elenco e o tal monstro, que é feito em animação digital.

Nesse ponto, a produção é bem ambientada, mesclando de maneira muito eficaz, o real e o fictício. Os efeitos surpreendem e enriquecem a trama. Tudo vai bem e ilustra de maneira bastante funcional o que seria a época da Grande Guerra.

O elenco também trabalha muito para ajudar na qualidade do filme. São bons nomes, que funcionam bem em conjunto, e que fazem a história dar muito certo. Nesse ponto, a recriação do "mito" do Lago Ness, na Escócia, é uma tremenda sacada. É até possível acreditar que toda a narrativa do filme tenha de fato acontecido, obviamente com algum exagero aqui ou ali. Esses detalhes fazem o espectador viajar na história, que não fica preso em detalhes desnecessários e enfadonhos.

O filme conta que Angus MacMorrow (Alex Etel) é um solitário garoto que vive com sua mãe e sua irmã e espera seu pai retornar da guerra. Um dia, descobre um misterioso ovo na beira da praia, que dá origem a uma estranha criatura, que o levará a uma jornada inesquecível e única.

Apesar de algumas ressalvas próprias em filmes com crianças e animais, devo dizer que Meu Monstro de Estimação é uma grande pedida para toda a família. As boas atuações, combinadas com efeitos equilibrados, e uma trama bem construída e com um bom começo, meio e fim, deixam a produção bem animada. Existe um pouco de ação, um pouco de comédia, um pouco de drama, enfim, pitadas de bons elementos, capazes de construir um bom filme. Para o público infantil, pedida certa, para os adultos, também vale a sessão.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Jay Russell
Elenco: Alex Etel, Brian Cox, Emily Watson, Joel Tobeck, David Morrissey, Ben Chaplin, Craig Hall, Marshall Napier, Geraldine Brophy, Priyanka Xi, Jessica Kaczorowski
Produção: Robert Bernstein, Charlie Lyons, Barrie M. Osborne, Douglas Rae
Roteiro: Robert Nelson Jacobs, Dick King-Smith
Fotografia: Oliver Stapleton
Trilha Sonora: James Newton Howard
Duração: 111 min.
Ano: 2007
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Blue Star Pictures / Revolution Studios / Walden Media
Classificação: Livre

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Adivinhe quem vem para roubar

Adivinhe quem vem para roubar é uma divertidíssima produção dos anos 1970. Muito legal se visto logo após uma sessão de As Loucuras de Dick e Jane, com Jim Carrey, e já comentado aqui no blog, para as famosas comparações entre o original e o remake.

Em muitos momento o filme lembra uma sessão de teatro. Centraliza toda a ação em seus dois protagonistas, George Segal e Jane Fonda, e investe forte em diálogos que ajudam a construir a trama. Esse ritmo mais lento pode cansar um pouco, mas depois da metade, a trama fica mais agitada, e daí é difícil querer perder qualquer pedaço da história.

Por priorizar a ação dos dois protagonistas, sabe-se que o filme segurará toda sua ação nessas duas feras do cinema. Segal é uma figura, e Jane Fonda rouba a cena, ganhando todo o destaque por esta cômica história.

Difícil não comparar com o moderninho As Loucuras de Dick e Jane. Os dois possuem algumas similaridades e, no fundo, o mesmo roteiro, mas a nova versão segue uma vertente mais "pastelão", conseguindo arrancar boas doses de risadas de seu espectador. Particularmente, acho um dos melhores filmes de Jim Carrey. Não que Adivinhe quem vem para roubar não seja engraçado. Ele consegue sacar boas piadas em momentos bem interessantes, mas é a riqueza de seus diálogos, com conversas muito inteligentes, que fazem com que o filme siga um ritmo mais cômico. Pode até parecer um filme inglês, devido ao tipo de humor mais metido a inteligente.

O filme conta a história de Dick Harper (George Segal), um alto executivo do ramo de foguetes espaciais, que é sumariamente despedido. Inicialmente ele tenta achar emprego, mas como não consegue começa a praticar pequenos assaltos. Aos poucos vai se aperfeiçoando e é ajudado por sua mulher, Jane (Jane Fonda). Após algum tempo eles decidem roubar o cofre da empresa onde trabalhava, pois há uma grande soma que é usada para pagar subornos e, como este dinheiro "não existe" e a companhia está sendo investigada por atividades ilícitas, nenhuma queixa deverá ser dada. Mas se a teoria é correta, pôr a mão no dinheiro exige um plano no qual nenhuma falha poderá ser cometida.

Uma produção bastante interessante, que de certa forma foi esquecida na história do cinema. Ainda é moderna, e consegue agradar com maestria seus espectadores. Investe em diálogos fortes e inteligentes, e toda a ação cerca seus dois protagonistas, que atuam de maneira fantástica, conseguindo dar muito valor à trama. É uma comédia leve e agradável, que consegue arrancar boas risadas. Não se trata de um clássico, mas ainda assim é uma excelente pedida para a sessão matinê de vídeo no final de semana.

Ficha técnica
Gênero: Comédia
Duração: 95 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Distribuidora(s): Sony Pictures
Produtora(s): Columbia Pictures Corporation
Diretor(es): Ted Kotcheff
Roteirista(s): Gerald Gaiser, David Giler, Jerry Belson, Mordecai Richler
Elenco: George Segal, Jane Fonda, Ed McMahon (1), Dick Gautier¹, Allan Miller (1), Hank Garcia, John Dehner, Mary Jackson, Walter Brooke, Sean Frye, James Jeter, Maxine Stuart, Fred Willard, Selma Archard, John Brandon

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Festival de Gramado divulga lista dos curtas vencedores da edição


Na noite de ontem (12/8), o Festival de Cinema de Gramado anunciou seus vencedores na categoria curta-metragem.

O prêmio de Melhor Filme foi para Elefante na Sala, de Guilherme Petry, que recebeu o prêmio de R$ 5 mil e também R$ 8 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e equipamentos. O curta também faturou o prêmio de Melhor Roteiro para Petry e Samir Arrage, com R$ 2.500,00.

Seu enredo conta a história de um jovem que resolve fazer uma bagunça em casa para fingir que deu uma festa enquantos estava sozinho em casa. Seus pais, ao voltarem, não ficam bravos com ele, muito pelo contrário, ficam felizes pelo filho finalmente ter feito amizades.

Já o prêmio de Melhor Diretor foi dividido entre Richard Tavares e Bruno Carboni com Garry, com R$ 2.500,00. O filme também recebeu R$ 2.500,00 na categoria Melhor Montagem, para Carboni.

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Confira a lista completa dos premiados:

MELHOR PRODUTOR EXECUTIVO: Gilson Vargas e Beto Picasso por Casa Afogada
Prêmio: R$ 2.500,00

MELHOR EDIÇÃO DE SOM: Gabriela Bervian por Casa Afogada
Prêmio: R$ 2.500,00

MELHOR MÚSICA: Bunker Studio por Fez a Barba e o Choro
Prêmio: R$ 2.500,00

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: Iara Noemi e Gilka Vargas por Casa Afogada
Prêmio: R$2.500,00

MELHOR MONTAGEM: Bruno Carboni por Garry
Prêmio: R$2.500,00

MELHOR FOTOGRAFIA: Bruno Polidoro por Fez a Barba e o Choro
Prêmio: R$ 2.500,00

MELHOR ROTEIRO: Guilherme Petry e Samir Arrage por Elefante na Sala
Prêmio: R$ 2.500,00

MELHOR DIRETOR: Richard Tavares e Bruno Carboni por Garry
Prêmio R$ 2.500,00

PRÊMIO EXIBIÇÃO CURTAS GAÚCHAS: Garry, Richard Tavares e Bruno Carboni

MELHOR ATRIZ: Fernanda Carvalho Leite por Lobos
Prêmio: R$ 2.500,00

MELHOR ATOR: Guto Zuster por 24 com Carolina
Prêmio: R$ 2.500,00

MELHOR FILME: Elefante na Sala, de Guilherme Petry
Prêmio R$ 5.000,00.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Conan, o Bárbaro

O mundo mudou... o cinema mudou... e por que, então, Conan também não mudaria? Difícil pensar em um remake que siga os mesmos moldes de suas antigas versões. Quer seja por mudanças no roteiro, quer seja pela inclusão de efeitos especiais mirabolantes, todas as releituras de filmes das antigas costumam ganhar uma nova roupagem.

E o que o original de Arnold Schwarzenegger tem de especial, que o novo Conan não tem? Bom, na verdade, muita coisa. A começar pelo diálogo ou, antes disso, uma voz. Arnold fazia de Conan um herói mudo. Investia na ação. Investia no seu jeitão troglodita, apostando no título de campeão de fisiculturismo. O filme parecia uma apologia à sua própria força.

O "novo" herói mantém o pique fortão, mas agora se arrisca em alguns diálogos. Mais do que um herói, Conan é o tipo de personagem dos quadrinhos que faz o bem, mas que trabalha em sua própria causa. É daqueles que busca vingança com as próprias mãos e, para isso, não imagina que alguém possa dificultar seu caminho.

A produção ganhou algum embelezamento. Caprichou na fotografian, investiu em efeitos e cenas mais detalhadas. Seu elenco consegue fazer a história caminhar adequadamente. Sem destaques, senão para o próprio protagonista, segue bem a linha do original e não arrisca com atuações fora daquilo que, provavelmente, foi previsto.

É no roteiro que o novo Conan muda. Ele ganha novos personagens. Embora siga a essência de seu original. Se aproxima da história em quadrinhos. Fica mais violento, e aposta na ação para salvar uma trama que não tem a profundidade necessária para atrair a atenção do seu espectador. Como o original, é um filme que garante alguma dose de entretenimento, mas que não consegue fazer a audiência gostar, de fato, do que acontece na tela. É pra ser visto, acompanhar a ação do protagonista, mas sem se entusiasmar, imaginando que algo melhor possa acontecer em uma provável sequência (ou não).

O filme é uma refilmagem do longa-metragem de John Milius de 1982 recria a história de Conan (James Momoa), que vive no continente Hyboria e sai em missão que irá vingar a morte de seu pai (Ron Perlman) e o massacre da aldeia onde vivia. Na jornada, torna-se o grande defensor para a sobreviência da nação.

Uma produção simples, crua, que apela para a violência como valor da sua ação. Não é um filme fácil, daquele que atrai o público e garante a satisfação de todos. Creio que pela curiosidade, de saber como ficou a refilmagem, valha uma tentativa de assistir. O original de Arnold ganhou alguns pontos, pelo ineditismo, pela surpresa. O mesmo não pode se dizer dessa nova tentativa de ressucitar o herói. A história se aproxima do original das HQs, mas não consegue ter a profundidade da história, e se transforma num filme pra quem curte uma dose extra de sangue. Pra assistir sem muita exigência. Talvez faça algum sucesso na Sessão da Tarde, num futuro não muito distante.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Marcus Nispel
Elenco: Rachel Nichols, Rose McGowan, Stephen Lang, Ron Perlman, Jason Momoa, Leo Howard, Bob Sapp.
Produção: Boaz Davidson, Joe Gatta, Avi Lerner, Fredrik Malmberg, Les Weldon
Roteiro: Thomas Dean Donnelly, Sean Hood, Joshua Oppenheimer
Fotografia: Thomas Kloss
Duração: 115 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: Lionsgate Films / Millennium Films / Nu Image Films
Classificação: 16 anos

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"Estamos à beira de uma revolução da mídia", diz James Cameron, sobre a produção 3D

James Cameron brinda com chineses a parceria entre a Cameron Pace Group (CPG) e empresas chinesas (8/8/2012)

O cineasta James Cameron disse nesta quarta-feira (8) que vai abrir uma joint-venture na China para fornecer tecnologia de filmagem em 3D, no mais recente movimento de Hollywood para garantir uma posição na crescente indústria de filmes do país.

As receitas com bilheteria – crescendo aos trancos e barrancos na China graças à classe média em rápida expansão – têm aberto o apetite de Hollywood, apesar das queixas sobre restrições do governo ao acesso a telas, controle de conteúdo e pirataria.

A CPG China Division, novo braço do Grupo Cameron Pace, vai oferecer aos cineastas chineses a tecnologia de câmera tridimensional, mas não estará imediatamente envolvida na produção de filmes, contou Cameron à Reuters em uma entrevista.

"Nós não vamos dizer aos cineastas chineses como fazer filmes. Nós vamos ajudá-los a fazer uma transição para a tecnologia de produção 3D da forma mais eficaz em custos quanto possível, e de uma maneira que não inibe a criatividade", disse ele.

Os filmes tridimensionais, que melhoram a percepção de profundidade por serem feitos a partir de duas perspectivas, ganharam popularidade durante a década de 2000 e tiveram um grande avanço com o sucesso de "Avatar", de Cameron, em 2009, um filme sobre alienígenas azuis que estabeleceu um recorde de bilheteria mundial de US$ 2,8 bilhões.

Cameron disse que o acordo era "enorme", embora não tenha dado detalhes sobre o montante do investimento ou a divisão do empreendimento com duas entidades estatais – a distribuidora de filmes Tianjin North Film Group e a Tianjin Hi-Tech Holding Group.

O Grupo Cameron Pace, formado há 12 anos com o guru das câmeras Vince Pace, ganhou US$ 58 milhões no ano passado com o aluguel de suas câmeras 3D para equipes de produção de filmes, vídeos de shows e transmissões esportivas.

"Nós achamos que estamos à beira de uma espécie de revolução da mídia. E certamente temos a tecnologia que permite, temos a metodologia, temos aperfeiçoado nossas habilidades."

Outros acordos com a China

 Cameron segue uma série de outros anúncios importantes de Hollywood no país asiático. O próximo "Homem de Ferro" será coproduzido na China, sob um acordo conjunto entre a Walt Disney Co, a Marvel Studios e a DMG Entertainment.

Produtores de cinema dos EUA se animaram com um acordo estudado durante a visita do vice-presidente chinês, Xi Jinping, em fevereiro aos Estados Unidos, que abriu o caminho para a importação de 14 filmes de formato premium, como IMAX ou 3-D.

Se o acordo for implementado, os filmes serão isentos da cota anual de importação da China, de 20 filmes estrangeiros por ano, uma concessão oferecida pelo governo chinês depois de perder uma disputa na Organização Mundial do Comércio sobre a distribuição de mídia em 2009.

Por Michael Martina, em 08/08/2012, no link http://cinema.uol.com.br/ultnot/reuters/2012/08/08/entrevista-cameron-abre-joint-venture-de-filme-3d-na-china.jhtm

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mercado de cinema atinge R$ 1 bilhão no Brasil em tempo recorde


O mercado do cinema brasileiro ultrapassou o patamar de R$ 1 bilhão arrecadado em bilheteria em tempo recorde em 2012 – no ano passado, esse valor só foi totalizado no final de agosto. A marca foi alcançada no último final de semana, de acordo com o portal especializado Filme B.

Considerado o melhor período para o setor no país, julho contou com a ajuda de blockbusters como "Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge" , "O Espetacular Homem-Aranha" , "A Era do Gelo 4" e "Valente" (os três últimos em cartaz também com cópias em 3D) para conseguir o feito inédito. O mês apresentou alta de 7% de público e 16,6% em renda se comparado a 2011.

No final de semana, "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" se manteve pela segunda semana na liderança das bilheterias, visto por mais 795 mil espectadores e com renda total de R$ 30,9 milhões. "Valente" (247 mil pessoas) e o fenômeno "A Era do Gelo 4" (206 mil) completam o pódio.

A comédia "O Que Esperar Quando Você Está Esperando" foi a estreia melhor posicionada, na quarta posição, com público de 126 mil espectadores. O filme brasileiro "E Aí... Comeu?" , há sete semanas nos cinemas, ocupa o sétimo lugar do ranking (78 mil pessoas) e já atraiu 2,20 milhões de espectadores aos cinemas.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A maldição das trilogias no cinema

As trilogias cinematográficas costumam abocanhar boas somas em bilheterias e, por isso, são um bom negócio para os estúdios. Não é à toa que a adaptação do livro "O Hobbit", inicialmente programada para ser adaptada em dois longas, acaba de ganhar uma terceira parte.

Mas quase sempre o terceiro filme não cumpre a expectativa de encerrar em alta uma história - frequentemente, o longa derradeiro é o pior da franquia.

O mais recente integrante da lista é "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge". O terceiro filme dirigido por Christopher Nolan tem dividido críticos, mas é quase unânime o fato de que a produção não está à altura da anterior, "Batman: O Cavaleiro das Trevas" (2008).

Enquanto o longa de 2008 teve a elogiada atuação de Heath Ledger como o Coringa, tido pelos fãs como o melhor vilão das histórias de Batman, o atual perde com a falta de carisma do vilão Bane.

No caso de "Batman", os executivos da Warner já haviam revelado planos de reiniciar a série. Mas com o "Homem-Aranha", da Sony, a história foi diferente. Após os bem-sucedidos "Homem-Aranha" (2002) e "Homem-Aranha 2" (2004), o estúdio perdeu a mão em sua terceira parte, lançada em 2007.

O excesso de vilões em "Homem-Aranha 3" (Duende Verde, Homem-Areia e Venon) é um dos problemas mais citados. Nas palavras do crítico Roger Ebert, o filme "é uma bagunça com muitos inimigos, subtramas, desentendimentos românticos, diálogos e multidões olhando para o céu e alternando gritos de 'oooh!' e 'aaah!'".

As críticas foram tantas que o diretor da série, Sam Raimi, desistiu de dirigir uma quarta aventura do herói. A solução encontrada pela produtora foi recontar sua origem em "O Espetacular Homem-Aranha" (2012).

Algo semelhante aconteceu com "Piratas do Caribe". A escala grandiosa de seu terceiro filme, "No Fim do Mundo" (2007), fez com que o estúdio deixasse de lado muitos de seus acontecimentos na quarta parte, "Navegando em Águas Misteriosas" (2011). O filme foi encarado como um tipo de recomeça, mas sem a necessidade de apresentar o protagonista, Jack Sparrow.

Tida como uma das trilogias clássicas do cinema, "O Poderoso Chefão" amargou críticas severas com o lançamento de sua terceira parte, em 1990. Com dois longas elogiados e vencedores do Oscar de melhor filme, o cineasta Francis Ford Coppola acabou saindo da cerimônia sem nenhum prêmio para o último filme.

Outras duas trilogias que tiveram as partes finais criticadas foram "Matrix" e "X-Men". Ambas não conseguiram superar os filmes anteriores, utilizando finais megalômanos, mas pouco satisfatórios.
No caso de "Matrix", muitas das críticas apontam o terceiro filme, "Matrix Revolutions" (2003), como o menos filosófico de todos. Já os fãs de X-Men reclamaram das mortes de Ciclope e Jean Grey, dois dos personagens mais importantes para a equipe nos quadrinhos.

Diferentemente dos casos citados, existem trilogias em que o último filme supera as expectativas. Em "O Senhor dos Anéis" e "Toy Story", por exemplo, as partes finais são consideradas excepcionais. A franquia "Bourne", estrelada por Matt Damon, também tem no seu terceiro filme o mais elogiado.

Outro exemplo bem-sucedido é a "Trilogia dos Dólares", do cineasta Sergio Leone. O clímax de seu último longa, "Três Homens em Conflito" (1966), é considerado por muitos como um dos mais tensos da história do cinema, com a disputa entre os pistoleiros interpretados por Clint Eastwood, Lee Van Cleef e Eli Wallach.

Dividida em duas trilogias, a série "Star Wars" é um caso à parte. A trilogia clássica, que compreende "Uma Nova Esperança" (1977), "O Império Contra-Ataca" (1980) e "O Retorno de Jedi" (1983), sofre críticas com seu terceiro filme por causa dos ewoks. As criaturas, semelhantes a ursos de pelúcia, são hostilizadas por boa parte dos fãs da franquia.

Já os filmes mais recentes, "A Ameaça Fantasma" (1999), "Ataque dos Clones" (2002) e "A Vingança dos Sith" (2005), passam por uma situação inversa. Com roteiros inferiores aos dos longas clássicos, a nova trilogia melhora com o avanço da trama, pois se aproxima dos personagens antigos e afasta a presença de Jar-Jar Binks, o alienígena mais criticado pelo público.

Entre as futuras trilogias que devem surgir nos cinemas estão as adaptações de "Jogos Vorazes", cujo primeiro filme estreou neste ano, e "Cinquenta Tons de Cinza", fenômeno erótico que vai ganhar uma versão cinematográfica.

Além destes, "Homem de Ferro 3", com estreia marcada para 16 de abril de 2013 no Brasil, vai tentar recuperar a franquia, que sofreu críticas após sua segunda parte e ganhou um novo diretor, Shane Black.


'Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge'. Foto: DivulgaçãoExcesso de vilões prejudicou "Homem-Aranha 3" (2007). Foto: DivulgaçãoTerceiro "Piratas do caribe" foi tão grande que tiveram que limpar alguns personagens para seguir a franquia. Foto: DivulgaçãoDiferentemente dos filmes anteriores, "O Poderoso Chefão 3" (1990) não ganhou nenhum Oscar. Foto: DivulgaçãoMesmo com Schwarzenegger, "O Exterminador do Futuro 3" (2007) não superou as demais partes. Foto: DivulgaçãoFalta de reflexões fez de "Matrix Revolutions" (2003) mais criticado que os demais filmes da série. Foto: Divulgação"X-Men 3 - O Confronto Final" desagradou os fãs das HQs ao matar personagens importantes. Foto: DivulgaçãoO último filme de "O Senhor dos Anéis" (2003) agradou fãs, críticos e Academia. Foto: Divulgação"Toy Story 3" (2010) é sem dúvida o melhor da trilogia da Pixar. Foto: Divulgação"O Ultimato Bourne" (2007) encerrou com classe a trilogia de Matt Damon. Foto: Divulgação"Três Homens em Conflito" (1966) é o melhor dos três filmes da "Trilogia dos Dólares". Foto: DivulgaçãoOs ewoks são o problema em "O Retorno de Jedi" (1983), terceiro filme da trilogia clássica de "Star Wars". Foto: Divulgação"A Vingança dos Sith" (2005) é o melhor filme da nova trilogia de "Star Wars". Foto: Divulgação

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Conheça os melhores filmes da história para Tarantino, Scorsese, Coppola e outros


A cada dez anos, desde 1962, a publicação Sight and Sound elege os melhores longas da história, segundo a opinião de 846 profissionais de cinema.

Independentemente de qual seja o melhor, a verdade é que cada um de nós tem os seus filmes preferidos. Isso é verdade também para os principais diretores mundiais, entre eles Woody Allen, Francis Ford Coppola, Michael Mann, Martin Scorsese e Quentin Tarantino. Agora podemos conhecer quais são as preferências deles.

Mas antes, é bom lembrar que na eleição deste ano, Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock, surpreendeu e conquistou o primeiro lugar como melhor filme de todos os tempos, destronando Cidadão Kane. O longa entrou no Top 10 da publicação em 1982, dois anos depois da morte do diretor. Dez anos depois ele aparecia em quarto, em 2002 o filme já figurava na segunda colocação e agora se torna o líder.

No dia 15 de agosto serão divulgados as listas de cada votante, até lá confira os nomes que a versão impressa da revista traz:

Woody Allen
Ladrões de Bicicletas (1948, dir. Vittorio De Sica)
O Sétimo Selo (1957, dir. Ingmar Bergman)
Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
Amarcord (1973, dir. Federico Fellini)
8 1/2 (1963, dir. Federico Fellini)
Os Incompreendidos (1959, dir. Francois Truffaut)
Rashomon (1950, dir. Akira Kurosawa)
A grande Ilusão (1937, dir. Jean Renoir)
O Discreto Charme da Burguesia (1972, dir. Luis Bunuel)
Glória Feita de Sangue (1957, dir. Stanley Kubrick)

Francis Ford Coppola
Cinzas e Diamantes (1958, dir. Andrzej Wajda)
Os Melhores Anos de Nossas Vidas (1946, dir William Wyler)
Os Boas-Vidas (1953, dir. Federico Fellini)
Homem Mau Dorme Bem (1960, dir. Akira Kurosawa)
Yojimbo (1961, dir. Akira Kurosawa)
Cantando na Chuva (1952, dir. Stanley Donen & Gene Kelly)
O Rei da Comédia (1983, dir Martin Scorsese)
Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
Se Meu Apartamento Falasse (1960s, dir. Billy Wilder)
Aurora (1927, dir. F.W. Murnau)

Michael Mann
Apocalypse Now (1979, dir. Francis Ford Coppola)
Encouraçado Potémkin (1925, dir. Sergei Eisenstein)
Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
Avatar (2009, dir. James Cameron)
Dr. Fantástico (1964, dir. Stanley Kubrick)
Biutiful (2010, dir. Alejandro Gonzalez Inarritu)
Paixão dos Fortes (1946, dir. John Ford)
A Paixão de Joana D'Arc (1928, dir. Carl Theodor Dreyer)
Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
Meu Ódio Será sua Herança (1969, dir. Sam Peckinpah)

Martin Scorsese
8 1/2 (1963, dir. Federico Fellini)
2001 (1968, dir. Stanley Kubrick)
Cinzas e Diamantes (1958, dir. Andrzej Wajda)
Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
O Leopardo (1963, dir. Luchino Visconti)
Paisà (1946, dir. Roberto Rossellini)
Os Sapatinhos Vermelhos (1948, dir. Michael Powell & Emeric Pressburger)
O Rio Sagrado (1951, dir. Jean Renoir)
O Bandido Giuliano (1962, dir. Francesco Rosi)
Rastros de Ódio (1956, dir. John Ford)
Contos da Lua Vaga Depois da Chuva (1953, dir. Kenji Mizoguchi)
Um Corpo que Cai (1958, dir. Alfred Hitchcock)

Quentin Tarantino
Três Homens em Conflito (1966, dir. Sergio Leone)
Apocalypse Now (1979, dir. Francis Ford Coppola)
Garotos em Ponto de Bala (1976, dir. Michael Ritchie)
Carrie, a Estranha (1976, dir. Brian DePalma)
Jovens, Loucos e Rebeldes (1993, dir. Richard Linklater)
Fugindo do Inferno (1963, dir. John Sturges)
Jejum de Amor (1940, dir. Howard Hawks)
Tubarão (1975, dir. Steven Spielberg)
Garotas Lindas aos Montes (1971, dir. Roger Vadim)
A Outra Face da Violência (1977, dir. John Flynn)
O Comboio do Medo (1977, dir. William Friedkin)
Taxi Driver (1976, dir. Martin Scorsese)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Valente

Existem algumas situações, ou acontecimentos que transformam uma produção e fazem dela algo especial. Na parceria entre Disney e Pixar (ambos Disney, agora), o histórico é positivo. Foram grandes e atraentes animações, que reciclaram e transformaram o gênero. Mas ultimamente, ou desde que a Disney comprou a Pixar, as coisas não funcionam tão bem assim.

Valente é uma animação maravilhosa. Desenho de primeiríssima qualidade, com detalhes riquíssimos, cores vibrantes, e que agrega à história, personagens ricos e divertidíssimos. Mas quem vê o trailer, ou mesmo a capa do filme, imagina uma situação completamente diferente. É possível confundir a trama com a de Mulan, desenho animado, também da Disney, que conta a história de uma garota que cresce em um mundo masculino e quer mudar as tradições. Quer fazer parte do exército, e batalhar. Ok, as histórias não se parecem nem um pouco, talvez apenas pelo desejo de mudar as tradições, mas era de se esperar que Valente fosse uma produção com mais força, com mais apelo, com um roteiro muito mais intenso.

Não, a história não é ruim. O filme segue uma narrativa mais lenta e cansativa. Demora para engrenar. Se apega a detalhes e ao valor da mensagem. Mensagem de muito valor, diga-se de passagem. Perde a oportunidade de envolver e investir nas tiradas mais engraçadas, comum nas animações, e ganhar de vez o seu público. Como aconteceu em Enrolados. Mas essa lentidão, essa falta de graça e, até mesmo da valentia que dá nome à produção, torna o filme um pouco confuso. A ponto de assustar algumas das crianças da sala de cinema, pela força de certos personagens e passagens mais intensas. E fazer com que alguns adultos perguntem se o filme quer vender a ideia de que os filhos devem enfrentar seus pais. Nenhuma das duas situações está correta. O filme é muito mais profundo do que é possível imaginar, e por isso mesmo perde um pouco daquela ligação com as animações que comumente assistimos. Não é um primor, mas tende a ter características de muitas produções Disney. Daquelas que preferem vender uma mensagem positiva, a um momento de puro entretenimento.

Tecnicamente o filme é maravilhoso. Detalhes riquíssimos e personagens que agradam em cheio. Algumas tiradas engraçadas são, de fato, muito boas, e fazem todos rirem. Outras, que poderiam ser melhor exploradas, perdem força, e deixam o filme lento e desanimado. É o caso dos irmãos da princesa Mérida. Três garotos endiabrados que poderiam gerar muitos momentos de muitas risadas, mas que são pouco explorados na história. Têm um importante papel, mas os produtores, ou o diretor, perdem a oportunidade de lhes dar uma chance de transformar a trama.

No filme, Mérida (Keely Macdonald) é uma habilidosa e impetuosa arqueira, filha do rei Fergus (Billy Connolly) e da rainha Elinor (Emma Thompson). Determinada a trilhar o próprio caminho, ela desafia um antigo costume considerado sagrado pelos ruidosos senhores da terra: o imponente lorde MacGuffin (Kevin McKidd), o carrancudo Lorde Macintosh (Craig Ferguson) e o perverso lorde Dingwall (Robbie Coltrane). Involuntariamente, os atos de Mérida desencadeiam o caos e a fúria no reino e, quando ela se volta para uma velha feiticeira (Julie Walters) em busca de ajuda, tem um desejo mal-aventurado concedido. Os perigos resultantes a forçam a descobrir o significado da verdadeira valentia para poder desfazer o brutal curso dos acontecimentos, antes que seja tarde demais.


Uma animação interessante, diferente daquelas que costumam pulular pelos cinemas. Parece investir na mensagem da história, e perde pelo menos metade do filme explicando e dando detalhes que são desnecessários e chatos. Técnica perfeita, com muitos detalhes e cores enriquecem a produção, que perde força com sua história cheia de firulas que não valeriam tanta intensidade. Ainda assim, com boas sacadas de graça e com uma moral da história de muito valor. Pra assistir, mas sem a pretensão de ser como outras animações atuais, como Shrek, Madagascar, A Era do Gelo, entre outros.


Ainda em tempo, em Walt Disney - O triunfo da Imaginação Americana, Neal Gabler coloca em um dos capítulos, que Disney não se preocupava em fazer filmes para as crianças (já falei um pouco a respeito disso no blog). Creio ser o caso de Valente. Claro que Walt Disney já se foi, mas parece que sua influência cultural ainda é muito forte em algumas das produções que levam a assinatura de seus estúdios. Valente parece mesmo não ser um desenho para as crianças.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Mark Andrews, Brenda Chapman
Elenco: Kelly Macdonald, Emma Thompson, Kevin McKidd, Billy Connolly, Robbie Coltrane, Julie Walters, John Ratzenberger, Craig Ferguson
Produção: Katherine Sarafian
Roteiro: Brenda Chapman, Irene Mecchi
Trilha Sonora: Patrick Doyle
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Estúdio: Pixar Animation Studios / Walt Disney Pictures

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Um Corpo que Cai supera Cidadão Kane e torna-se o melhor filme da história

Cidadão KaneNão vamos entrar em discussão sobre qual é o melhor filme da história, afinal a revista Sight and Sound já cumpriu esse papel. A cada dez anos, desde 1962, a publicação elege os melhores longas da história segundo a opinião de 846 profissionais de cinema.

O resultado da edição 2012 foi divulgado hoje no site British Film Institute e pela primeira vez o clássico Cidadão Kane, de Orson Welles, não apareceu como o grande vencedor.

Na eleição deste ano, Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock, surpreendeu e conquistou o primeiro lugar. O longa entrou no Top 10 da publicação em 1982, dois anos depois da morte do diretor. Dez anos depois ele aparecia em quarto, em 2002 o filme já figurava na segunda colocação e agora se torna o líder.

A lista privilegia os clássicos do cinema, tanto que os longas mais recentes da lista são: Amor à Flor da Pele (24º) de 2000, Cidade dos Sonhos (28º) de 2001 e Satatango (35º) de 1994, este último conhecido por ser a obra prima do diretor Béla Tarr e por ter mais de sete horas de duração.

Confira abaixo o Top 50 filmes de todos os tempos, segundo a revista Sight and Sound:

1. Um Corpo que Cai
2. Cidadão Kane
3. Era Uma Vez em Tóquio
4. A Regra do Jogo
5. Aurora
6. 2001: Uma Odisséia no Espaço
7. Rastros de Ódio
8. Man with a Movie Camera
9. A Paixão de Joana d'Arc
10. 8½
11. Encouraçado Potemkin
12. O Atalante
13. Acossado
14. Apocalypse Now
15. Pai e Filha
16. A Grande Testemunha
17. Os Sete Samurais (empate)
17. Persona (empate)
19. O Espelho
20. Cantando na Chuva
21. A Aventura (empate)
21. O Desprezo (empate)
21. O Poderoso Chefão (empate)
24. A Palavra (empate)
24. Amor à Flor da Pele (empate)
26. Rashomon (empate)
26. Andrei Rublev (empate)
28. Cidade dos Sonhos
29. Stalker (empate)
29. Shoah (empate)
31. O Poderoso Chefão - Parte II
32. Taxi Driver
33. Ladrões de Bicicleta
34. A General
35. Metrópolis (empate)
35. Psicose (empate)
35. Jeanne Dielman, 23 Quai de Commerce (empate)
35. Satatango (empate)
39. Os Incompreendidos (empate)
39. A Doce Vida (empate)
41. Viagem Pela Itália
42. Canção da Estrada (empate)
42. Quanto Mais Quente Melhor  (empate)
42. Gertrud (empate)
42. O Demônio das Onze Horas (empate)
42. Tempo de Diversão (empate)
42. Close Up (empate)
48. A Batalha de Argel
48. Histoire(s) du cinéma (empate)
50. Luzes da Cidade
50. Contos da Lua Vaga Depois da Chuva (empate)
50. La Jetée (empate)

Divulgado no site Cineclick, em 1º/08/2012, e na revista Sight and Sound, edição de Agosto/2012.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Curta brasileiro é finalista de concurso do YouTube

O curta brasileiro Cine Rincão, de Fernando Grostein Andrade, é um dos finalistas do Your Film Festival, concurso do YouTube que revelará o vencedor durante o Festival de Cinema de Veneza.

O longa é inspirado na história real de Paulo Eduardo, um garoto de 15 anos de família pobre que sobreviveu a um tiro no peito. O rapaz passou então a participar de projetos sociais para transformar a vida de outros jovens como ele. A trilha sonora do filme é de Caetano Veloso.

O YouTube pediu ajuda o diretor Ridley Scott (Prometheus), cuja produtora supervisionou a escolha dos 10 melhores entre os 15 mil vídeos inscritos.

Os dez filmes serão exibidos no Festival de Veneza no dia 2 de setembro. O vencedor vai levar um prêmio de US$ 500 mil. Além de Ridley Scott, o ator Michael Fassbender (Prometheus) também faz parte do júri.

Conheça os dez finalistas:

This Time, de de Ramy El Gabry
88:88, de de Joey Ciccoline
Bat Eyes, de Damien Power
Cine Rincão, de Fernando Grostein Andrade
El General, de Diego Pino
North Atlantic, de Bernardo Nascimento
Scruples, de Adiran Powers
Super.Full., de Nian Itani
The Drought, de Kevin Slack
The Guilt David, de Victori Blaya

Veja o vídeo abaixo, ou acesse http://www.youtube.com/watch?v=8lhzREwpNTI