segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

'O discurso do rei' é o grande vencedor em premiação dos atores

O sindicato dos atores de Hollywood (Screen Actors Guild - SAG) entregou a "O discurso do rei" dois dos principais troféus de sua premiação na noite deste domingo (30) e confirmou o favoritismo do filme de Tom Hooper para a noite do Oscar, em 27 de fevereiro.

"O discurso do rei" levou os prêmios de Melhor Elenco de Cinema - o mais concorrido da festa - e também o de Melhor Ator de Cinema, para Colin Firth. O ator britânico é um dos mais cotados para levar a estatueta da categoria no Oscar.

Outro destaque da noite foi o longa "O vencedor", premiado nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Christian Bale) e Melhor Atriz Coadjuvante (Melissa Leo).
Natalie Portman foi escolhida por seus colegas de profissão como Melhor Atriz por seu papel no drama "Cisne negro", de Darren Aronofsky. Grávida de seu primeiro filho, ela agradeceu ao sindicato por protegê-la quando ainda era adolescente e começou a trabalhar no cinema. Uma das grandes favoritas ao Oscar em sua categoria, Portman venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz no último dia 17.

"A rede social", considerado uma das principais ameaças a "O discurso do rei" no Oscar não recebeu nenhum prêmio do SAG.
Baseado na história do rei George VI, que tem de contornar problemas de gagueira para ascender ao trono da Grã Bretanha, "O discurso do rei" também venceu neste sábado o prêmio de Melhor Direção no Directors Guild of America Awards, promovido pelo sindicato dos roteiristas. O filme de Tom Hooper já havia sido escolhido na semana como melhor do ano pelos produtores de Hollywood.
Considerando os perfis dos vontantes da Academia, em sua maioria atores, diretores e produtores da indústria de Hollywood, o bom desempenho de "O discurso do rei" nas respectivas premiações o coloca como um dos mais prováveis vencedor da noite do Oscar. O filme está indicado em 12 categorias, maior número de indicações deste ano.
Confira a seguir a lista completa dos vencedores da premiação do sindicato dos atores (SAG):
CINEMA
Melhor Elenco
"O discurso do rei"
Melhor Ator
Colin Firth, "O discurso do rei"
Melhor Atriz
Natalie Portman, "Cisne negro"
Melhor Ator Coadjuvante
Christian Bale, "O vencedor"
Melhor Atriz Coadjuvante
Melissa Leo, "O vencedor"
TELEVISÃO
Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV
Claire Danes, "Temple Grandin"
Melhor Ator em Minissérie ou Filme para TV
Al Pacino, "You don't know Jack"
Melhor Elenco - Série de Comédia
"Modern family"
Melhor Atriz - Série de Comédia
Betty White, "Hot in Cleveland"
Melhor Ator - Série de Comédia
Alec Baldwin - "30 rock"
Melhor Elenco - Série de Drama
"Boardwalk empire"
Melhor Atriz - Série de Drama
Juliana Margulies, "The good wife"
Melhor Ator - Série de Drama
Steve Buscemi, "Boardwalk empire"
Prêmio Especial pela Carreira
Ernest Borgnine

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

OSCAR 2011: Nolan puxa a fila de esquecidos



Desde que o sucesso internacional de "Amnésia" (2000) fez sua carreira decolar, o diretor e roteirista inglês Christopher Nolan repaginou a franquia Batman, em "Batman Begins" (2005) e "O Cavaleiro das Trevas" (2008), e conjugou efeitos de última geração a uma história espiralada em "A Origem" (2010), um dos grandes sucessos da última temporada. De quebra, ainda dirigiu um roteiro alheio (e um excelente trio de atores -- Al Pacino, Robin Williams, Hilary Swank) no lúgubre "Insônia" (2002).

Por esse currículo expressivo, Nolan é um dos principais diretores em atividade na indústria dos Estados Unidos, certo? Para a Academia de Hollywood, a resposta ainda é "mais ou menos". Somados, os cinco filmes acima receberam 19 indicações para o Oscar -- duas para "Amnésia" (uma para Nolan, pelo roteiro original), uma para "Batman Begins", oito para "O Cavaleiro das Trevas" (que levou dois Oscar) e mais oito para "A Origem" (duas para Nolan, pelo roteiro original e como co-produtor).

A nova ausência de Nolan entre os diretores que disputam o Oscar chama a atenção por demonstrar como a Academia, embora rejuvenescida na última década, continua a tratar espetáculos de diversão com algum preconceito. Curiosamente, um dos três indicados pela primeira vez nessa categoria é Darren Aronofsky ("Cisne Negro"), que começou a trabalhar na repaginação de Batman e foi dispensado. Os outros dois, Tom Hooper ("O Discurso do Rei") e David O. Russell ("O Vencedor"), têm carreira bem mais discreta do que a de Nolan.

Não há problema entre os próprios colegas: Nolan já disputou o prêmio do DGA (Directors Guild of America), o sindicato dos diretores, por "Amnésia" e "O Cavaleiro das Trevas", e está novamente na briga por "A Origem" (ocupando vaga que, no Oscar, ficou com os irmãos Coen por "Bravura Indômita"). Se ele vencer, será apenas a sétima vez desde a criação do prêmio do sindicato, em 1948, que o eleito pelo DGA não coincide com o vencedor do Oscar -- a mais recente foi em 2002, quando Rob Marshall ("Chicago") teve a preferência do sindicato e Roman Polanski ("O Pianista"), a da Academia.

Nolan, 40 anos, sabe que o Oscar de direção tem seus caprichos. Steven Spielberg estava com 47 anos quando finalmente levou a estatueta para casa, na quinta indicação, por "A Lista de Schindler" (1993), e 52 anos quando repetiu a dose, por "O Resgate do Soldado Ryan" (1998). Martin Scorsese estava com 64 anos quando se emocionou ao receber afinal o prêmio, na sexta indicação, por "Os Infiltrados" (2006). Alfred Hitchcock, Howard Hawks e Stanley Kubrick, três dos maiores cineastas na história de Hollywood, jamais receberam o Oscar da categoria em que foram mestres incontestáveis.

Por falar em Scorsese, "Ilha do Medo" -- que teve boa recepção de público, em 19º no ranking de bilheteria da temporada -- ficou sem nenhuma indicação. Dos 20 maiores sucessos do ano nos Estados Unidos, apenas três disputam o Oscar em categorias importantes: "Toy Story 3", o número 1, deve faturar o Oscar de longa de animação; "A Origem", o quinto no ranking, e "Bravura Indômita", o 17º, disputam o Oscar de melhor filme.

"Um Lugar Qualquer", de Sofia Coppola, que recebeu o Leão de Ouro em Veneza e deve estrear no Brasil na próxima sexta-feira (28), também passou em branco nas indicações, assim como o francês "Carlos", de Olivier Assayas, que alguns críticos norte-americanos gostariam de ver entre os 10 candidatos a melhor filme, além de apostarem na indicação do venezuelano Édgar Ramírez para o Oscar de melhor ator. Mas, se havia uma "vaga latina" nessa categoria, ela foi ocupada por um vencedor do Oscar, o espanhol Javier Bardem ("Biutiful").

Aliás, as 20 vagas para atores e atrizes são as que costumam criar, inevitavelmente, a maior lista de esquecidos. Neste ano, a imprensa dos Estados Unidos acreditava em indicação para Michael Douglas (por "O Solteirão" ou "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme"), que enfrenta problemas graves de saúde, quase sempre um apelo ao qual a Academia não resiste. Leonardo DiCaprio ("Ilha do Medo" e "A Origem"), Matt Damon ("Bravura Indômita"), Barbara Hershey ("Orquídea Negra"), Pierce Brosnan ("O Escritor Fantasma"), Robert Duvall ("Get Low"), Vincent Cassel ("Inimigo Público nº 1") e Halle Berry ("Frankie e Alice") também estavam entre os possíveis candidatos que não chegaram à relação final.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Crepúsculo" está entre os favoritos do Framboesa de Ouro


Os filmes "A Saga Crepúsculo: Eclipse" e "O Último Mestre do Ar" foram anunciados nesta segunda-feira como os grandes favoritos para a 31ª edição do Framboesa de Ouro, considerada uma paródia do Oscar pela indústria de Hollywood.

As duas produções empataram com nove nomeações o mais negativo do ano cinematográfico de acordo com a Fundação Golden Raspberry Award, que publicou nesta segunda-feira a lista dos indicados.

"A Saga Crepúsculo: Eclipse" e "O Último Mestre do Ar" disputam o prêmio de Pior Filme de 2010 ao lado de comédias como "Caçador de Recompensas", "Os Vampiros que se Mordam" e "Sex and the City 2".

Os protagonistas de "Crepúsculo" Taylor Lautner e Robert Pattinson receberam indicações na categoria de Pior Ator, assim como Gerard Butler ("Caçador de Recompensas"), Ashton Kutcher ("Idas e Vindas do Amor") e Jack Black ("As Viagens de Gulliver").

Kristen Stewart, também de Crepúsculo, foi nomeada para Pior Atriz, ao lado de Jennifer Aniston ("Caçador de Recompensas"), Megan Fox ("Jonah Hex"), Miley Cyrus ("A Última Música"), e o quarteto feminino de "Sex and the City 2" liderado por Sarah Jessica Parker.

Outras famosas do cinema que concorrem ao Framboesa é Jessica Alba como Pior Atriz Coadjuvante por seu trabalho em quatro filmes ("The Killer Inside Me", "Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família", "Machete" e "Idas e Vindas do Amor"), Cher ("Burlesque") e Barbra Streisand ("Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família").

O diretor M. Night Shyamalan foi candidato duas vezes, nas categorias Pior Diretor e Pior Roteiro por "O Último Mestre do Ar".A categoria Piores Efeitos em 3D estreou em 2010 e indicou "Como Cães e Gatos: A Vingança de Kitty Galore", "Fúria de Titãs", "O Último Mestre do Ar", "O Quebra-Nozes 3D" e "Jogos 3-D".

Os indicados são escolhidos por 647 pessoas da fundação Golden Raspberry Award, residentes dos Estados Unidos e outros 19 países.A cerimônia de premiação será realizada no dia 26 de fevereiro, na véspera da entrega do Oscar, como é de costume.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cinemas brasileiros venderam 137 milhões de ingressos em 2010


Foram divulgados nesta terça-feira os números totais de arrecadação nos cinemas brasileiros em 2010. Segundo levantamento do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Rio de Janeiro, o público total no ano passado foi de 137 milhões. Na comparação com 2009, o crescimento foi de 22%. A arrecadação foi de R$ R$ 1,278 bilhão, um aumento de 32% em relação ao ano anterior.

Um fator importante para o aumento da arrecadação foi o maior número de salas 3D, que têm ingressos mais caros. O Brasil passou de 96 salas em 2009 para 277 em 2010. O público de filmes 3D representou 20% da bilheteria e 13% do público total. O resultado é ainda mais expressivo se considerarmos que foram exibidos apenas 21 títulos em 3D, contra mais de 300 filmes no formato convencional.
“Tivemos um ano muito positivo, porém mantivemos o ritmo de crescimento de 2009. Já o número de salas cresceu apenas 6%, ou seja, não acompanhou o crescimento do mercado", diz o presidente do Sindicato, Jorge Peregrino. O cinema nacional, motivado por sucessos como “Tropa de Elite 2”, "Nosso Lar" e "Chico Xavier", correspondeu a 19% do público total, com um crescimento de 4,7%.

O longa-metragem mais assistido do ano foi “Tropa de Elite 2” com mais de 11 milhões de espectadores, seguido por “Shrek Para Sempre”, “Avatar” (apesar de lançado em 2009, teve boa parte de seu público em 2010), “Eclipse”, “Alvin e os Esquilos 2”, “Harry Potter 7 - parte 1”, “Toy Story 3”, “Alice No País das Maravilhas”, “Nosso Lar” e “Chico Xavier”.
Fonte: Ig São Paulo - 18/01/2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

E não é que sequestraram o mesmo cara mais de uma vez?!?!


Eu havia assistido O Sequestro do Metro 1 2 3, mas não empolguei. Os personagens são super bem trabalhados. John Travolta como vilão se supera, e Denzel Washington como negociador já é algo comum. No entanto, a história fica devendo. São muitos diálogos, muitos detalhes desnecessários, e um assalto/sequestro cuja justificativa (não estragarei a surpresa aqui) é meio sombria.

E na última semana tive a oportunidade de assistir o original de 1974, chamado O Sequestro do Metrô, com Walter Matthau, Robert Shaw, Hector Elizondo e até Jerry Stiller (o pai de Ben). O filme é um policial dos anos 70, com personagens fortes em papeis de machões, com falas ríspidas e diretas, mas novamente, sem a ação pra dar "liga" à trama.

Na versão de 2009 existe ainda espaço para os efeitos especiais, que enriquecem um pouco mais a história, já que na versão de 1974, o filme se limita a um trecho de um túnel do metrô, o vagão, e a sala de comando. Hilário ver a sequência em que o vagão segue desgovernado e as pessoas são jogadas de um lado para o outro.

Na versão de 2009, Ryder (John Travolta) é o líder de uma quadrilha que sequestra um trem do metrô de Nova York e ameaça matar seus passageiros, caso não seja pago o resgate exigido. Cabe ao operador do metrô Walter Garber (Denzel Washington) a missão de negociar com o bandido.





Na versão original, Em um dia qualquer, Zach Garber (Walter Matthau), controlador de tráfego do metrô de Nova York, é surpreendido com o sequestro de um trem por um bando misterioso, liderado por Blue (Robert Shaw). Os criminosos exigem US$ 1 milhão para libertar os reféns.

Importante destacar que a versão de 1974 foi ndicada, em 1976, ao Bafta nas categorias Prêmio Anthony Asquith para a trilha sonora de David Shire e Melhor Ator Coadjuvante para Martin Balsam.

As duas histórias são idênticas, mas o que sobra de qualidade na força dos seus personagens, e mesmo no cuidado em armar a trama, falta em ação e dinâmica à narrativa. Os filmes são longos e se tornam cansativos. Mesmo na versão moderna, as sequências de perseguição e passagens do vagão são bastante previsíveis.

Vale assistir pela curiosidade, ainda mais se conseguir acompanhar os dois na sequência. Principalmente para observar as diferenças cinematográficas em uma refilmagem com mais de 35 anos. No mais, os filmes não acrescentam muita coisa. Pra quem gosta de filmes mais antigos, as diferenças são saborosas e merecem destaque.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Tony Scott
Elenco: John Travolta, Denzel Washington, Luis Guzmán, Victor Gojcaj, John Turturro, James Gandolfini, Michael Rispoli, Ramon Rodriguez.
Produção: John Wildermuth Jr., Michael Costigan
Roteiro: Brian Helgeland
Fotografia: Tobias A. Schliessler
Trilha Sonora: Harry Gregson-Williams
Duração: 106 min.
Ano: 2009
País: EUA/ Inglaterra
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Columbia Pictures / Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / Scott Free Productions / Escape Artists / Relativity Media
Classificação: 14 anos

FICHA TÉCNICA
Diretor: Joseph Sargent
Elenco: Walter Matthau, Robert Shaw, Martin Balsam, Hector Elizondo, Earl Hindman, Lee Wallace, Dick O'Neill, Jerry Stiller
Produção: Gabriel Katzka, Edgar J. Scherick
Roteiro: Peter Stone
Fotografia: Owen Roizman
Trilha Sonora: David Shire
Duração: 104 min.
Ano: 1974
País: EUA
Gênero: Policial
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Com muita classe

Só agora, muito tempo após seu lançamento, é que tive coragem de assistir Esquadrão Classe A. Essas adaptações de seriados, desenhos animados, brinquedos, quadrinhos, etc, não costumam empolgar. Mas dessa vez me sinto enganado. O filme não é um primor, nem zela pela cópia idêntica da série, mas é muito bom.

Boas doses de ação e tiradas engraçadas na medida certa. O filme surpreende e provoca a saudade àqueles que conheceram a série. O elenco original, com George Peppard - Hannibal, Dirk Benedict - Faceman, Mr. T - B.A. e Dwight Schultz - Murdock, tinha um baita carisma. Mas o novo grupo não decepciona.

O filme conta quando, em 2003, uma unidade operacional de elite foi condenada pela corte militar por um crime que não cometeu. Mas estes homens escaparam rapidamente da prisão de segurança máxima e passaram a viver clandestinamente no submundo de Los Angeles. Hoje, ainda procurados pelo governo, sobrevivem como mercenários.

Efeitos especiais bem trabalhados, cenas alucinantes de explosões e perseguições aéreas, diálogos irônicos entre os personagens, o filme não se prende a muitos detalhes, evita as longas apresentações desnecessárias, e tem um "pé" no seriado dos anos 80. Tanto que valeria uma continuação ou, quem sabe, o investimento na recriação de um seriado que siga a mesma dinâmica.

O filme é muito bom, só ficou devendo quanto ao velho furgão preto e vermelho (um ícone da série), que não tem um final tão feliz no longa. Não exagera nas cenas de ação nem no sangue. É inteligente, com uma narrativa super rápida, que faz não se perceber as duas horas de filme. Explorou adequadamente o seriado e engatilhou uma produção de qualidade, surpreendendo os menos otimistas. Vale assistir com toda a família e matar a saudade.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Joe Carnahan
Elenco: Liam Neeson, Bradley Cooper, Quinton "Rampage" Jackson, Jessica Biel, Sharlto Copley, David Richmond-Peck.
Produção: Stephen J. Cannell, Jules Daly, Ridley Scott, Tony Scott, Spike Seldin, Iain Smith, Alex Young
Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas, Skip Woods
Fotografia: Mauro Fiore
Trilha Sonora: Alan Silvestri
Duração: 125 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Dune Entertainment / Scott Free Productions / Stephen J. Cannell Productions / Twentieth Century-Fox Film Corporation
Classificação: Livre

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

'A rede social' é o grande vencedor do Globo de Ouro

O filme "A rede social", de David Fincher, foi o grande vencedor do 68º Globo de Ouro, considerado o principal termômetro para o Oscar. A Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) premiou o longa que conta a história da criação do site Facebook nas categorias Melhor Filme de Drama, Melhor Diretor (David Fincher), Melhor Roteiro (Aaron Sorkin) e Melhor Trilha Sonora (Trent Reznor).


A premiação foi realizada na noite deste domingo (16), no hotel Beverly Hilton, em Beverly Hills.


"O discurso do rei", apontado como um dos favoritos, ganhou apenas um prêmio: Melhor Ator de Drama para Colin Firth, que bateu Jesse Eisengerg, de "A Rede Social".


"O vencedor" ganhou nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Christian Bale") e Melhor Atriz Coadjuvante" (Melissa Leo). Bale foi o primeiro vencedor anunciado. Em seu discurso, agradeceu o prêmio à equipe do filme e especialmente a sua esposa e sua filha.


Filme sobre um casal de lésbicas e seus filhos, "Minhas mães e meu pai" também levou dois prêmios: Melhor Filme Musical ou Comédia e Melhor Atriz em Musical ou Comédia, para Annette Bening.


Matt Damon apresentou prêmio especial para Robert De Niro. "Muitos o consideram o melhor ator vivo do mundo", afirmou Damon, que lembrou algumas frases de filmes de De Niro. "Ele possui uma das melhores carreiras da história do cinema", concluiu, abrindo passagem para um vídeo com cenas de filmes como “Taxi driver” (1976) e “Touro indomável” (1980).


De Niro foi aplaudido de pé pela plateia. Brincou com Damon e agradeceu pela “honra extraordinária”.

Natalie Portman ganhou o prêmio de Melhor Atriz de Drama por seu trabalho em "Cisne negro". Portman, clara favorita ao prêmio, venceu nas votações das indicadas Halle Berry ("Frankie and Alice"), Nicole Kidman ("Reencontrando a felicidade"), Jennifer Lawrence ("Inverno da alma") e Michelle Williams ("Blue valentine").

"É uma grande honra", disse Portman que se dirigiu a sua avó pela televisão a quem lhe pediu que brindasse à sua saúde.


A produção dinamarquesa "In a better world" ganhou como Melhor Filme Estrangeiro, desbancando "Biutiful", do diretor Alejandro González Iñárritu.


Michael Douglas, que recentemente anunciou estar curado de um câncer, apresentou o principal prêmio da noite, de Melhor Filme de Drama, e também foi aplaudido de pé pelos convidados.


Confira abaixo - em negrito - os nomes dos premiados.


Melhor ator coadjuvante



Christian Bale - “O vencedor” - VENCEDOR
Andrew Garfield - “A rede social”
Geoffrey Rush - “O discurso do rei”
Jeremy Renner - “Atração perigosa”
Michael Douglas - “Wall Street: o dinheiro nunca dorme”


Melhor atriz em série dramática


Julianna Margulies - "The good wife"
Piper Perabo - "Covert affairs"
Elisabeth Moss - "Mad men"
Katey Sagal - "Sons of anarchy" - VENCEDORA
Kyra Sedgwic - "The closer"


Melhor minissérie ou filme de TV


"Carlos" - VENCEDOR
"The pacific"
"Pillars of the earth"
"Temple grandin "
"You don’t know Jack"

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou filme de TV


Eric Stonestreet - "Modern family"
Chris Colfer - "Glee" - VENCEDOR
Scott Caan - "Hawaii 5.0"
Chris Noth - "The good wife"
David Strathairn - "Temple grandin"

Melhor ator em série dramática


Michael C. Hall - "Dexter"
Bryan Cranston - "Breaking bad"
Jon Hamm - "Mad Men"
Hugh Laurie - "House"
Steve Buscemi - "Boardwalk empire" - VENCEDOR

Melhor série dramática


"Mad men"
"Boardwalk empire" - VENCEDOR
"Dexter"
"The good wife"
"The walking dead"

Canção original


“Bound to you” - “Burlesque”
“You haven’t seen the last of me” - “Burlesque” - VENCEDORA
“There’s a place for us” - “As crônicas de Narnia: a viagem do peregrino da alvorada”
“Coming home” - “Country strong”
“I see the light” - “Enrolados”

Trilha sonora original


“127 horas”
“O discurso do rei”
“Alice no país das maravilhas”
“A rede social" - VENCEDORA
“A origem”

Melhor animação


“Meu malvado favorito”
“Enrolados”
“Como treinar o seu dragão”
“Toy story 3" - VENCEDORA
“O mágico”

Melhor atriz musical ou comédia

Anne Hathaway - “O amor e outras drogas”
Angelina Jolie - “O turista”
Annette Bening - “Minhas mães e meu pai” - VENCEDORA
Julianne Moore - “Minhas mães e meu pai”
Emma Stone - “A mentira”

Melhor ator em minissérie ou filme de TV


Idris Elba - "Luther"
Ian McShane - "Pillars of the earth"
Al Pacino - "You don't know Jack" - VENCEDOR
Dennis Quaid - "The special relantionship"
Edgar Ramirez - "Carlos

Melhor atriz em minissérie ou filme de TV


Hailey Atwell - "Pillars of the earth"
Claire Danes - "Temple grandin" - VENCEDORA
Judi Dench - "Return to Cranford"
Romola Garai - "Emma"
Jenifer Love Hewitt, "The client list"


Melhor roteiro


Danny Boyle e Simon Beaufoy - “127 horas”
Stuart Blumberg e Lisa Cholodenko - "Minhas mães e meu pai"
Christopher Nolan - “A origem”
David Seidler - “O discurso do rei”
Aaron Sorkin - “A rede social” - VENCEDOR

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou filme para TV


Hope Davis, "A miraculous year"
Jane Lynch, por "Glee" - VENCEDORA
Kelly Macdonald, "Boardwalk empire"
Julia Stiles, por "Dexter"
Sofia Vergara, por "Modern family"

Melhor filme estrangeiro


“Biutiful” (México)
“The concert” (França)
“The edge” (Rússia)
“I am love” (Itália)
“In a better world” (Dinamarca) - VENCEDOR

Melhor atriz em série cômica ou musical


Tony Colette - "The united states of Tara"
Edie Falco - "Nurse Jackie"
Tina Fey - "30 rock"
Laura Linney - "The big C" - VENCEDORA
Lea Michele" - "Glee"

Melhor ator em série cômica ou musical


Alec Baldwin - "30 rock"
Steve Carell - "The office"
Jim Parsons - "The big bang theory" - VENCEDOR
Thomas Jane - "Hung"
Matthew Morrison - "Glee"

Melhor atriz coadjuvante


Amy Adams - “O vencedor”
Helena Boham Carter - “O discurso do rei”
Melissa Leo - “O vencedor” - VENCEDORA
Mila Kunis - “Cisne negro”
Jacki Weaver - “Animal kingdom”

Melhor diretor

Darren Arronofsky - “Cisne negro”
David Fincher - “A rede social” - VENCEDOR
Tom Hooper - “O discurso do rei”
Christopher Nolan - “A origem”
David O. Russell - O vencedor”

Melhor série cômica ou musical


"Glee" - VENCEDOR"
"30 rock"
"The big bang theory"
"Modern family"
"Nurse Jackie"
"The big C"

Melhor ator musical ou comédia


Johnny Depp - “O turista”
Johnny Depp - “Alice no País das Maravilhas”
Paul Giamatti - “Barney’s version” - VENCEDOR
Jake Gyllenhaal - “O amor e outras drogas”
Kevin Spacey - “Casino Jack”

Melhor atriz de drama



Halle Berry - “Frankie and Alice”
Nicole Kidman - “Rabbit hole”
Natalie Portman - “Cisne negro” - VENCEDORA
Michelle Williams - “Blue valentine”
Jennifer Lawrence - “Inverno da alma”

Melhor filme musical ou comédia


“Burlesque”
“O turista”
“Minhas mães e meu pai” - VENCEDOR
“Red – Aposentados e perigosos”
“Alice no País das Maravilhas”

Melhor ator de drama


Jesse Eisenberg - “A rede social”
Colin Firth - “O discurso do rei” - VENCEDOR
Jame Franco - “127 horas”
Ryan Gosling - “Blue Valentine”
Mark Wahlberg - “O vencedor”

Melhor filme drama


“O cisne negro”
“O vencedor”
“A rede social” - VENCEDOR
“O discurso do rei”
“A origem”

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Em SP, cine Belas Artes pode ganhar sobrevida

O Belas Artes pode ser tombado a partir de terça-feira (dia 18). O secretário adjunto da cultura do Município, José Roberto Sadek, enviou, em caráter de urgência máxima, um pedido para o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) analisar a possibilidade de tombamento do imóvel.

Se o pedido de analise for aceito, o Belas Artes será considerado tombado até o fim do processo de análise - que pode demorar até seis meses para ser concluído. "Na prática, quer dizer que até o fim da análise, o Belas Artes não poderá sofrer nenhuma modificação, nem se transformar em uma loja", explica Sadek.

Claro que o processo não interfere no direito de propriedade de Flávio Maluf (que não foi encontrado para comentar o caso e, segundo seu advogado, estaria viajando), mas deve influenciar em um desfecho diferente para o caso Belas Artes - que pode, por exemplo, ganhar uma sobrevida e não fechar suas portas no dia 27 de janeiro.

Além da discussão do tombamento do imóvel, entrará em pauta o tipo de destinação deste imóvel. Ou seja, a existência de um cinema naquele mesmo espaço. Para que se preserve o Belas Artes (com suas características culturais) será preciso uma apreciação do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). "O que não impede o atual dono do imóvel querer, ele mesmo, administrar um cinema ou vender para outra pessoa", fala Sadek. André Sturm, o sócio-proprietário do cinema, já está mais otimista e acreditando no poder da mobilização da sociedade.
Está prevista para sábado, às 17h, uma manifestação em favor do Belas Artes (na frente do próprio cinema). No dia 17, um grupo de manifestantes quer se reunir em frente à casa de Flávio Maluf para protestar contra o fechamento do cinema. As informações são do Jornal da Tarde.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Meus dois centavos sobre o assunto

Essa questão de pirataria é mais complexa do que fazem parecer. Mais do que "patrocinar" o crime, ou prejudicar autores e direitos autorais, a discussão deveria ser muito mais abrangente do que tentam fazer. Não que esses argumentos não sejam suficientes, até acho que são, mas não representam toda a verdade.

A questão aqui, como podem imaginar, é lucro. Simples e direto, assim. Não há vínculos com criação, direitos, crime, ou qualquer outra bobagem que queiram empurrar guela abaixo. Fazem propaganda nos trailers iniciais do cinema, dos DVDs que compramos, alugamos e, ironicamente, até nas cópias piratas. A ameaça impera sobre a razão.

A lógica, em muitos países, é a da liberdade de uso. Eles copiam ilegalmente pois acreditam que deveria haver algo que permitisse essa liberdade. Claro que existem leis internacionais muito mais sérias, e duras, que mostram o contrário. E a pirataria na Europa, e América do Norte, arrisco dizer, é mais um ato de rebeldia do que um fenômeno social.

No restante do globo, a questão é puramente (fria e calculadamente) financeira. Traga esse pensamento à nossa realidade. Não estou questionando o trabalho de produtores, diretores, atores, e toda uma equipe envolvida na produção de um filme, sua distribuição, e demais fases para fazer um DVD chegar às mãos de seu usuário final.

O ponto aqui é o custo que isso gera a esse usuário final. Um DVD nos EUA sai por até 10 dólares (sem contar as edições especiais, edições de colecionadores, edições de diretores, e mais algumas). Num cálculo grosseiro, isso significaria que um DVD por lá alcança os patamares de 17 reais. Aqui, um DVD lançamento, sai por algo entre R$39,90 e R$49,90. Em alguns casos, o triplo do valor cobrado por lá. Ah, mas você está se achando esperto por comprar o DVD alguns meses após seu lançamento por R$10,00. Ok. Mas lembre-se que alguns filmes nunca chegam a esse patamar de preço por aqui, independente do tempo de lançamento e que, assim como ele desvaloriza por aqui, desvaloriza em todos os cantos do planeta também.

Se isso não fosse suficiente, uma entrada para o cinema custa entre 15 e 25 reais (dependendo do cine de sua preferência). Custo que aumenta ainda mais se você levar um acompanhante, e se decidirem comer uma pipoquinha.

Um aparelho de DVD (daqueles bons, simpáticos, e baratos) custa menos de 150 reais. Então, por que é que eu vou gastar em 3 filmes, ou 3 idas ao cinema, o valor de um equipamento que está lá na minha sala, pronto para dar todo o entretenimento que eu sempre quis na minha vida, desde que eu me descabelava frente à TV com a Sessão da Tarde?

A pessoa vai querer comprar o filme de 2 ou 3 reais que está no ponto de ônibus, na saída do seu serviço. E nem vai ficar com a consciência pesada por isso. Além do mais, e se o filme não for grande coisa? Alugar? E por que não? Mas com preços entre 7 e 10 reais no aluguel de cada filme, volto a dar preferência aos amigos que distribuem versões genéricas.

Não é qualidade. Não é quantidade. Não é enganação. Não é bancar o esperto. As pessoas querem divertir-se, e pagar pouco por isso. E eu concordo com isso. Se em outros países isso pode acontecer, por que não por aqui?

O custo do entretenimento no Brasil é muito alto. A ida ao cinema é cara, e engloba toda uma série de fatores, como transporte, alimento, escolha da sala, escolha do horário, que acaba desgastando até o mais animado dos espectadores.

O DVD original é ótimo. Vem com extras (alguns piratas também), tem uma caixinha bonitinha, tem até uma impressão no próprio disco (alguns piratas também), a qualidade é muito melhor, isso não há o que questionar, e provavelmente não dará problemas a você ou ao seu equipamento. Mas isso tudo não justifica o custo final.

São numerosos impostos, mesmo que comissões especiais tenham votado a isenção deles desde 2009. E mesmo assim, as pessoas consomem. No cinema, a mesma coisa (sem a isenção), e hoje o cinema é um artigo de luxo. O mercado percebeu isso e investiu pesado. Cada vez mais chegam ao mercado filmes novos e diferentes, pra todos os gostos, e quem não assistir, acaba excluído na roda de conversa com os amigos. O gasto de uma ida ao cinema, ao menos uma vez por semana, não é para qualquer bolso.

As opções? Você reduz os preços e vende mais, minimizando a pirataria, ou mantém os altos valores e continua incentivando o crime. Variações de embalagens (mais econômicas). Mídias fabricadas a partir de material reciclado. Promoções por quantidades diferenciadas (boxes, combos, ou o nome que preferir). Os filmes acabam lotando as lojas, mas os preços não diminuem, e o espectador recorre a outros mercados.

Novas tecnologias? Ótimo! Temos o Blu-ray, que nem surgiu como um vilão no combate à pirataria, mas imaginava-se que seria mais difícil a sua cópia. O custo de um filme? Mais de 200 reais. Hoje, quase dois anos após seu lançamento, já é possível encontrar variações entre 29 e 79 reais. Melhor qualidade de som e imagem, mais extras, opções de jogos, mas tudo isso interferindo no preço final. O consumidor assustou e, percebo, a tecnologia não pegou como deveria (e já cogitam novas linguagens, o que não justificaria a aquisição de um blu-ray nesse momento).

Outras tecnologias serão criadas. Muitas. E ao mesmo tempo em que são criadas, milhares de pessoas trabalham em soluções para desbloqueá-las. Novamente, pela sensação de liberdade, ou pela fácil comercialização e aceitação do público. E o custo disso tudo fica para o usuário que tenta ser correto e adquire DVDs ou outras mídias originais. Agora a pessoa terá que cadastrar os aparelhos onde executará tal disco. Se o equipamento der problema... pepino para o consumidor. Ou a mídia virá com a programação de quantas vezes poderá ser executada. Após isso deixa de funcionar. Para o colecionador, não acaba sendo uma boa saída.

Por isso, insisto, por que não reduzir de vez os preços das mídias originais e observar como o mercado se comporta? Tenho certeza que a surpresa será muito agradável, e o consumidor não terá que se preocupar com novas tecnologias por um bom tempo (assim como seus custos e exigências de conhecimento), e os produtores terão sua polpuda fatia dos lucros.

As pessoas não são tão intolerantes. Entre pagar 5 reais numa falsificação e 10 num original, ou mesmo num ingresso de cinema, as pessoas optariam pelos 10 reais. Mas enquanto ninguém sério percebe isso, vamos acompanhando o show de ameaças e novas tentativas surgirem a cada ano, e o tempo que se leva até alguém descobrir como burlar as novas geringonças.

Em tempo... não sou a favor da pirataria e, confesso, nem sou contra. Acho que independente de haver cópias ilegais, os produtores (e todos os envolvidos) continuam tendo seu lucro, bastante razoável, havendo oportunidade também para esse mercado paralelo, voltado às camadas mais populares. Já me dei mal com falsificações, mas já vi gravações perfeitas antes mesmo de o filme ser lançado nos cinemas. Escolher entre o original e a falsificação depende de vários elementos (independente de isso ser considerado crime). É um assunto complexo, com opiniões distintas e, em alguns casos, radicais. No fundo, acredito que se houvesse um ajuste nos valores, todos os lados sairiam felizes e satisfeitos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Hollywood prepara o enterro definitivo do DVD

A pirataria e o consumo de cinema on-line dobraram os estúdios de Hollywood que, de má vontade, preparam o lançamento de uma plataforma para a distribuição de filmes pela internet em detrimento do DVD.

Fox, Paramount, Sony, Universal e Warner lideram um consórcio de empresas tecnológicas e audiovisuais denominado Digital Entertainment Content Ecosystem (DECE), nascido para discutir a transição do setor do entretenimento do universo rígido dos suportes físicos à flexibilidade do mundo digital.

A resposta de Hollywood ao desafio de internet se chamará UltraViolet e nascerá em meados deste ano, primeiro nos Estados Unidos e depois no Reino Unido e no Canadá, sem que se saiba ainda quando estará disponível em outros países.

Mais que filmes ou programas de televisão em si mesmos, esta plataforma venderá ao usuário uma série de licenças que lhe darão direito de ver os conteúdos que adquirir, que estarão hospedados na nuvem e serão acessíveis a partir de dispositivos conectados à internet.

O comprador poderá também descarregar os filmes, armazená-los no suporte que desejar e fazer cópias sem custo adicional, apesar de o UltraViolet só autorizar um máximo de 12 dispositivos para os clientes, ou seja, o usuário unicamente poderá desfrutar de sua videoteca nos aparelhos que informar ao sistema.

Uma medida que limita a liberdade de desfrutar dos conteúdos e com a qual se pretende dificultar a pirataria. Todo o software associado ao UltraViolet trará incorporado um sistema de proteção para impedir seu uso ilegítimo.

A princípio está previsto que o UltraViolet permita que até seis pessoas associem suas contas de cliente e compartilhem conteúdos de forma legal.

O consórcio Dece, integrado também por multinacionais como Microsoft, IBM, Nokia, Intel, Motorola e Samsung, anunciou a chegada do UltraViolet no marco da maior feira internacional da eletrônica, a Consumer Electronics Show (CES), realizada este mês em Las Vegas, em Nevada.

A ideia dessas companhias é criar um formato padrão para a distribuição digital de conteúdos, como aconteceu então com a fita de VHS, o DVD ou mais recentemente com o blu-ray, embora nem todos os grandes nomes do setor apeoiem a iniciativa.

Os estúdios Disney e a Apple, cujo diretor-executivo Steve Jobs é um importante acionista da empresa do Mickey, decidiram adotar suas próprias estratégias.

A Disney tem um projeto chamado Keychest com características parecidas ao UltraViolet.
A indústria do cinema se viu forçada a tomar estas medidas após negar durante um tempo a assumir uma mudança de tendência no consumo de cinema em casa, com a esperança de que a queda das vendas do lucrativo negócio do DVD fosse um episódio passageiro, ou se conseguisse pôr fim à pirataria pela internet.

A realidade é que a comercialização de DVD continuou caindo durante 2010, com baixa de vendas de 16% nos EUA em relação ao ano anterior.

Esta trajetória decadente, que em 2009 foi inclusive mais pronunciada com queda de 17%, começou em meados da década passada e já parece irreversível, apesar de que em termos absolutos o DVD continue arrecadando mais de US$ 8 bilhões ao ano.

A venda de filmes na internet é outra vertente.

Embora os catálogos de filmes on-line ainda seja reduzido, o negócio cresceu 17% em 2010 nos EUA até superar os US$ 680 milhões, enquanto a receita da televisão a cabo pelo aluguel de filmes subiu 21%, para US$ 1,8 bilhão.

O UltraViolet é o primeiro grande passo de Hollywood para enterrar o DVD, algo que no entanto não teria que representar o final dos suportes físicos.

Segundo dados do Digital Entertainment Group, a receita com a venda de Blu-ray, formato de maior qualidade e preço que o DVD, aumentaram em 2010 53% nos EUA, para US% 2,3 bilhões, um sintoma claro de que os espectadores continuam gostando de comprar cinema enlatado.

Por Fernando Mexía, em 10/01/2011, para a Folha.com.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

E você, ri do quê?



Mais uma prova que elenco não é nada sem uma boa trama. Tá rindo do quê? é um daqueles filmes que não explica ao que vem. Adam Sandler e Seth Rogen juntos, por seus históricos em comédias, atrai. No entanto, o que desencadeia nessa história sem muito sentido, é uma tentativa de se fazer um filme dramático engraçadinho.

Pode se dizer que a tentativa é um fracasso total. O filme não consegue ser engraçado e muito menos envolvente a ponto de comover. E as mais de duas horas de duração são um duro teste aos seus espectadores. Quando você imagina que o filme já deveria ter acabado há tempos, eis que ele ressurge num epílogo longo e chato.

Na história, George (Adam Sandler) é um comediante stand up de tremendo sucesso que, um dia, descobre ter uma doença incurável e pouco menos de um ano de vida. Ira (Seth Rogen) também é comediante, possui um grande talento, mas trabalha num restaurante e ainda sonha em se tornar um artista de respeito nas poucas vezes que sobe ao palco. Certa noite, no entanto, os dois homens acabam se apresentando no mesmo local. George, imediatamente, decide contratá-lo para ser seu assistente pessoal. Nasce, então, uma grande amizade entre eles.

Rogen incorporou a figura dos seus papeis em comédias com teor mais pesado, geralmente ligadas a algum excesso (drogas ou álcool), tanto que na tentativa de ser sério não consegue agradar. O mesmo acontece com Sandler. Apesar de já ter participado de outros filmes mais sérios (Embriagado de Amor ou Reine Sobre Mim), suas características fizeram com que a gente se acostumasse com os seus personagens em comédias (algumas delas bastante razoáveis e engraçadas).

Não que seja impossível um ator tentar um filme diferente de vez em quando, completamente nada a ver com os seus papeis de costume (aqueles que só fazem comédias, partirem para um drama ou aventura, ou vice versa), mas o costume da audiência costuma rejeitar essas tentativas, a menos que seja um sucesso absoluto. Caso contrário, a estranheza causada pode prejudicar a qualidade da produção.

Aqui o drama engraçadinho não pegou muito bem. O filme é cansativo, lento, cheio de diálogos desnecessários, com uma direção confusa e sem sentido. O produto se tornou um filme que não acrescenta muito à vida de quem o assiste. Muito menos com a sua mensagem há tempos usada e superada. Definitivamente, não vale o preço da locação.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Judd Apatow
Elenco: Adam Sandler, Seth Rogen, Leslie Mann, Eric Bana, Jonah Hill, Jason Schwartzman, Aziz Ansari.
Produção: Judd Apatow, Jack Giarraputo, Evan Goldberg, Seth Rogen, Adam Sandler
Roteiro: Judd Apatow
Fotografia: Janusz Kaminski
Trilha Sonora: Jason Schwartzman
Duração: 146 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Universal Pictures
Estúdio: Apatow Productions / Columbia Pictures / Universal Pictures / Mr. Madison Productions

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pra gente grande ou pequena



Começo a desconfiar da qualidade dos filmes com elencos muito inflados. Não que Gente Grande seja uma produção ruim. Mas tenho certeza que poderia ser muito melhor.

Ao reunir Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, David Spade, Rob Schneider, Salma Hayek, Maria Bello, entre outros, só pelo time masculino, já podia imaginar que seria uma comédia fantástica, pra rolar e não parar de chorar de rir.

Mas a imaginação não conta, e o filme fica bem abaixo do esperado. Momentos engraçados, muitos até, mas não crie muitas expectativas. O apelo à mensagem do filme ainda tem um valor maior do que a graça que ele pretendia passar.

A história conta quando, trinta anos após a formatura do colégio, cinco amigos (Adam Sandler, Chris Rock, Kevin James, David Spade e Rob Schneider) se reencontram para passar um fim de semana juntos. Com suas mulheres (Salma Hayek, Maria Bello e Maya Rudolph) e filhos, eles comemoram o feriado de 4 de Julho em uma casa no lago, para celebrar os anos de juventude e relembrar os bons momentos.

O medo de envelhecer, a pessoa que ainda se acha jovem, a diferença entre a maturidade dos homens e mulheres, a imaturidade, a busca pela diversão do passado, e tantas outras definições que podem servir para explicar a moral da história. Esse é o carro chefe de um filme que reuniu um bom elenco (embora pareça forçado, algumas vezes), num roteiro manjado e previsível, mas que ainda assim consegue arrancar algumas boas risadas.

Não é uma comédia fantástica, mas vale o esforço. Curta sem exigir um roteiro bem elaborado ou cobrar as risadas que o filme não conseguiu arrancar de você. Pra assistir com a família naquele sabadão chuvoso.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Dennis Dugan
Elenco: Adam Sandler, Rob Schneider, Maria Bello, Maya Rudolph, Chris Rock, Kevin James, David Spade, Tim Meadows.
Produção: Adam Sandler, Barry Bernardi, Allen Covert, Tim Herlihy
Roteiro: Adam Sandler, Fred Wolf
Fotografia: Theo van de Sande
Trilha Sonora: Rupert Gregson-Williams
Duração: 102 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Happy Madison Productions / Relativity Media

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Após 68 anos, Belas Artes vai fechar as portas em São Paulo

O Belas Artes, um dos mais antigos cinemas de São Paulo, se prepara para as últimas sessões. No dia 30 de dezembro, uma notificação judicial avisou: o imóvel, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, tem de ser entregue até fevereiro.

Terminará, assim, uma história iniciada em 1943. Terminarão assim os "Noitões" que, nos últimos anos, chegaram a reunir, madrugada adentro, mil pessoas.

A ameaça de fechamento do cinema veio a público em março de 2010, quando o HSBC pôs fim ao patrocínio. André Sturm, o proprietário, começou então a bater à porta de algumas empresas, atrás de nova parceria.

Conversa daqui, conversa dali e, em novembro passado, foi acertado novo apoio. A minuta do contrato estava sendo finalizada quando veio a surpresa. "O proprietário disse que queria o imóvel de volta porque ia abrir uma loja lá", diz Sturm.

Sturm conta que havia se comprometido a pagar um novo valor de aluguel, de R$ 65 mil, assim que fechasse o patrocínio. "Tínhamos um acordo, mas ele não cumpriu", diz o dono do cinema.
Procurado, o proprietário do imóvel, Flávio Maluf (que não é filho de Paulo Maluf), não precisou sequer ouvir uma pergunta. A identificação da reportagem da Folha foi suficiente para que dissesse não ter nada a declarar.

"Ligue para o meu advogado", recomendou. Enquanto ditava nome e telefone, interrompeu a fala e perguntou: "Mas é a respeito do quê?". Informado, ensaiou uma explicação: "Perderam o prazo... Não tenho nada a declarar". O advogado não retornou as ligações.

Maluf passou a responder pelo imóvel há dois anos, quando seu pai morreu. "Venceu a visão mesquinha", diz Sturm.

Ontem, os 32 funcionários receberam o aviso prévio.



ÚLTIMA FASE

Sturm assumiu o cinema em 2002, quando os antigos proprietários decretaram o negócio inviável. O espaço, de fato, estava com as instalações decadentes e a programação descaracterizada.

Vieram a seguir a sociedade com a O2, produtora do cineasta Fernando Meirelles e, em 2003, o apoio do HSBC.

A ameaça do fim, em 2010, fez com que, no ano passado, a cidade se mobilizasse para salvar o Belas Artes. A campanha tanto deu resultado que o patrocínio chegou.

Dentre as marcas que esta última fase deixará estão o "Noitão" e a longa permanência de alguns filmes.

Pelo menos quatro títulos ficaram mais de um ano em cartaz: "O Filho da Noiva", "Bicicletas de Belleville", "2046 - os Segredos do Amor" e "Medos Privados em Lugares Públicos".






CINEFILIA

A tradição cinéfila do espaço firmou-se na década de 70. O cinema pertencia ao grupo francês Gaumont que, além de exibidor e distribuidor, era produtor de cineastas autorais, como Fellini e Antonioni.
Na década de 80, foram muitos os cineastas brasileiros a escolher o Belas Artes como tela preferencial para suas estreias e foram muitos os espectadores a formar filas na Paulista, para conseguir um lugar nas sessões de "Daunbailó", de Jim Jarmusch, e "Terra dos Bravos", de Laurie Anderson.
Para evitar que toda essa memória se esvaia do dia para a noite, Sturm fará, a partir do dia 14, duas retrospectivas. Uma trará clássicos do cinema. Outra, clássicos do Belas Artes. E não é só: "Meu compromisso é abrir outro cinema do mesmo tipo. Já tenho lugares em vista."

Por Ana Paula Sousa, em 06/01/2011, para o caderno Ilustrada do jornal Folha de São Paulo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Confira a lista completa dos vencedores do People's Choice Awards 2011


DRAMA FAVORITO
House

ATOR DE DRAMA
Hugh Laurie – House

ATRIZ DE DRAMA
Lisa Edelstein – House

COMÉDIA FAVORITA
Glee

ATOR DE COMÉDIA
Neil Patrick Harris – How I Met Your Mother

ATRIZ DE COMÉDIA
Jane Lynch – Glee

COMPETIÇÃO FAVORITA
American Idol

DRAMA CRIMINAL FAVORITO
Lie to Me

PERSONAGEM CONTRA O CRIME FAVORITO (Categoria Inédita)
Tim Roth – Lie to Me

FICÇÃO CIENTÍFICA FAVORITA
Fringe

APRESENTADOR DE TALK SHOW
Conan O’Brien

OBSESSÃO FAVORITA
Dexter

GUILTY PLEASURE FAVORITO
Keeping Up with the Kardashians

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL FAVORITA
Demi Lovato – Grey’s Anatomy

MÉDICO FAVORITO (Categoria Inédita)
Gregory House – Hugh Laurie

FAMÍLIA FAVORITA (Categoria Inédita)
The Simpsons – The Simpsons

NOVA COMÉDIA FAVORITA
$#*! My Dad Says

NOVO DRAMA FAVORITO
Hawaii Five-0

ATOR FAVORITO
Johnny Depp

ATRIZ FAVORITA
Kristen Stewart

FILME DE AÇÃO FAVORITO
Homem de Ferro 2

ATOR DE AÇÃO FAVORITO
Jackie Chan

FILME DE DRAMA FAVORITO
Eclipse

FILME DE FAMÍLIA FAVORITO
Toy Story 3

FILME DE COMÉDIA FAVORITO
Grown Ups

ATOR DE COMÉDIA FAVORITO
Adam Sandler

ELENCO PREFERIDO
Eclipse

ATOR ABAIXO DOS 25 ANOS PREFERIDO
Zac Efron

FILME DE TERROR PREFERIDO
A Nightmare on Elm Street

FILME DE FAMÍLIA PARA A TEVÊ FAVORITO
Camp Rock 2

CHEF DE TEVÊ FAVORITO
Rachael Ray

ARTISTA MASCULINO FAVORITO
Eminem

ARTISTA FEMININO FAVORITO
Katy Perry

CANÇÃO FAVORITA
"Love The Way You Lie"

BANDA DE ROCK FAVORITA
Paramore

ARTISTA POP FAVORITO
Rihanna

ARTISTA COUNTRY FAVORITO
Taylor Swift

ARTISTA DE R&B FAVORITO
Usher

ARTISTA DE HIP HOP FAVORITO
Eminem

CLIPE FAVORITO
"Love The Way You Lie"

SENSAÇÃO ONLINE FAVORITA
Katy Perry

VÍDEO VIRAL FAVORITO
Tarp Surfing

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Total de 2010 confirma recorde para cinema brasileiro


Público aumentou 60% e renda, 71% em relação a 2009; bilheteria geral também teve avanço e salas 3D quase triplicaram

O cinema brasileiro teve um desempenho histórico em 2010. De acordo com o portal especializado Filme B, o público para filmes nacionais teve aumento de 60% em comparação a 2009, pulando para 25,5 milhões de espectadores, o maior da retomada. A bilheteria alcançou expansão ainda maior: 71%, total de R$ 225 milhões.

Três longas produzidos no país entraram no Top 10 do ano – o recordista "Tropa de Elite 2" na primeira posição, "Nosso Lar" e "Chico Xavier". Com isso, a particação do cinema nacional no mercado foi de 19%, o segundo melhor índice da década, ficando atrás somente de 2003 (22%).

Apesar de apresentar queda de público de 12,6% em dezembro – o único mês em que isso aconteceu –, o ano foi de comemoração para o circuito exibidor. No total, foram 134,8 milhões de ingressos vendidos (+20%) e bilheteria de R$ 1,26 bilhão (+30%).
A explosão de salas com tecnologia 3D está relacionada a esse desempenho. O total de cinemas aparelhados saltou de 97 em janeiro para 262 em dezembro, aumento de 150%. A expansão só não foi maior pela falta de equipamentos disponíveis no mercado. A multiplicação de salas teve reflexo no faturamento, já que os ingressos são mais caros do que nas salas convencionais: R$ 244 milhões, alta de 230%.
Veja abaixo a lista dos 10 filmes campeões de bilheteria no Brasil em 2010:
1. "Tropa de Elite" – renda: R$ 102,5 milhões; público: 11,01 milhões
2. "Avatar" – renda: R$ 72,8 milhões; público: 5,98 milhões
3. "Shrek para Sempre" – renda: R$ 70,4 milhões; público: 7,36 milhões
4. "Saga Crepúsculo: Eclipe" – renda: R$ 53,8 milhões; público: 6,23 milhões
5. "Alice no País das Maravilhas" – renda: R$ 47,9 milhões; público: 4,34 milhões
6. "Toy Story 3" – renda: R$ 42,2 milhões; público: 4,34 milhões
7. "Alvin e os Esquilos 2" – renda: R$ 38,8 milhões; público: 5,15 milhões
8. "Harry Potter e Relíquias da Morte - Parte 1" – renda: R$ 37,6 milhões; público: 4,41 milhões
9. "Nosso Lar" – renda: R$ 36,1 milhões; público: 4,05 milhões
10. "Chico Xavier" – renda: R$ 30,3 milhões; público: 3,41 milhões

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Segundo capítulo de fantasias



Na continuação de As Crônicas de Nárnia, mais uma vez, destaque para a excelente qualidade de toda a produção. A fotografia do filme é belíssima, com o amadurecimento do elenco, que agora acolhe novas estrelas. Mas, como não poderia deixar de ser como em qualquer continuação, perde um pouco da sua excelência. A narrativa é mais veloz, tornando difícil pegar a história pela metade, para aqueles que não assistiram o primeiro longa. E os personagens perdem um pouco da sua riqueza.

Nada disso atrapalha o telespectador. O filme ainda é uma excelente pedida para toda a família.

Dessa vez, a história volta tempos depois, quando Nárnia precisa novamente da ajuda dos irmãos Pevensie contra a dominação dos telmarinos, que baniram os animais falantes e as criaturas mitológicas. Eles são invocados pela trompa mágica de Susana (Anna Popplewell) e, ironicamente, Caspian (Ben Barnes), legítimo herdeiro desse povo, clama pelos reis em nome da antiga magia de Nárnia.

A história toma corpo e prepara a jornada para os próximos filmes. Só espero que a partir do terceiro, que foi lançado agora, em dezembro de 2010, os lançamentos sejam mais próximos.

Apesar da troca de produtoras (Disney por Fox), o filme mantém a sua essência principal, e seu zelo pela qualidade. Os efeitos especiais, somados às doses de ação e aventura são deliciosos. Realmente, uma excelente pedida para aqueles que gostam de uma boa produção cinematográfica.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Andrew Adamson
Elenco: Liam Neeson, Warwick Davis, Ben Barnes, Peter Dinklage, William Moseley, Anna Popplewell, Georgie Henley, Skandar Keynes, Shane Rangi, Sergio Castellitto.
Produção: Andrew Adamson, Mark Johnson, Perry Moore, Philip Steuer
Roteiro: Andrew Adamson, Christopher Markus, Stephen McFeely, baseado na obra de C.S. Lewis
Fotografia: Karl Walter Lindenlaub
Trilha Sonora: Harry Gregson-Williams
Duração: 147 min.
Ano: 2008
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Walt Disney Pictures / Walden Media
Classificação: 10 anos

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um mundo de fantasia


Em meio à estreia da parte 3 desse belo filme, me sinto inspirado para uma avaliação. Inspiração, que realmente enriquece e comove, de tão bela. Uma produção Disney, sem sombra de dúvida, com toda a sua riqueza de detalhes, roteiro apuradíssimo, elenco formidável, personagens intrigantes e apaixonantes, efeitos especiais, cenas de ação e aventura, diversão e muito mais.

O filme é espetacular. E apesar de não ser mais tão novinho (2005), é tão atual e continua nos oferecendo um belo mundo de fantasias e imaginação.

Uma pena a demora nas suas continuações (Príncipe Caspian só foi lançado em 2008, e A Viagem do Peregrino da Alvorada apenas no fim de 2010), causada principalmente pelo desinteresse da própria Disney na sua produção, o que a fez abandonar a série em sua terceira parte, e que agora, além da Walden Media, tem a 20th Century Fox e outros estúdios da família Fox como produtores.

No filme, os irmãos Peter (William Moseley), Susan (Anna Popplewell), Edmund (Skandar Keynes) e Lucy (Georgie Henley), separados dos pais em meio aos ataques nazistas a Londres durante a Segunda Guerra Mundial, são mandados para o interior da Inglaterra. Lá, eles descobrem um guarda-roupa mágico que leva ao maravilhoso mundo de Nárnia, onde vivem muitas aventuras.

Rico, muito bem construído, com um elenco novato, mas ainda assim de primeira linha, com uma excelente velocidade, colorido, divertido, é um filme pra toda família e pra todos os momentos. Pra todos que gostarem do filme recomendo os livros. Além da surpreendente história, os livros complementam os filmes, tornando-os ainda mais agradáveis.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Andrew Adamson
Elenco: Georgie Henley, William Moseley, Skandar Keynes, Anna Popplewell, Tilda Swinton, Rupert Everett, James McAvoy, Shane Rangi, Patrick Kake, Elizabeth Hawthorne, Kiran Shah, Ray Winstone, Liam Neeson.
Produção: Mark Johnson
Roteiro: Andrew Adamson, Christopher Markus, Stephen McFeely, Ann Peacock
Fotografia: Donald McAlpine
Trilha Sonora: Harry Gregson-Williams
Duração: 135 min.
Ano: 2005
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Walt Disney Pictures / Walden Media
Classificação: 10 anos