quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Viagem do Medo



Ninguém merece esse castigo. Sim, é isso mesmo. Viagem do Medo é tão ruim, que se torna um castigo, daqueles em que a gente se arrepende amargamente por ter enfrentado. O conteúdo da trama é a cereja do bolo. Duas amigas, americanas, saem do seu belo país, e decidem fazer um tour de bicicleta por um destino do terceiro mundo. Escolhem então a Argentina e, como em qualquer país pobre, que não pode ver turista rico, sequestra uma das meninas e aí a coisa começa a se agitar. Previsível? Sim, mas esse é o menor dos defeitos. A sequência do filme é tão ruim, que se eu contar mais dois ou três detalhes, posso estragar toda a surpresa de quem optar por assistí-lo.

Por sinal, quem decide enfrentar a produção até o fim, vai precisar de muita força de vontade. Tudo é muito fraco. Como o já citado roteiro, o elenco que não emplaca e é pra lá de medíocre, as locações, o acabamento geral. Se a ideia era a de produzir um filme de sucesso sem orçamento, o projeto todo foi um gigantesco fracasso.

Alguns tipos de filmes ainda servem como entretenimento. É o caso de certos filmes mais trash, que apesar da baixa qualidadede produção, ou mesmo da história horrorosa, ainda garantem uma certa dose de entretenimento. Não é o caso de Viagem do Medo. O resultado final é tão ruim, que não empolga e não garante o mínimo divertimento ao seu espectador.

Perda de tempo total!!! Toda a produção é de tão baixa qualidade que é difícil encontrar qualquer ponto positivo para avaliar. História recheada de clichês, previsível, sem nenhum tempero, com um elenco medíocre, péssima trama, e dose ZERO de diversão. Fazia algum tempo que eu não assistia um filme que provocasse tamanho descontentamento e total arrependimento. Se puder, passe longe!!!

FICHA TÉCNICA
Diretor: Marcos Efron
Elenco: Amber Heard, Karl Urban, Odette Yustman, Adriana Barraza, Gia Mantegna.
Produção: Chris Clark, Karen Lauder, Deborah Marcus
Roteiro: Jennifer Derwingson, Marcos Efron
Fotografia: Gabriel Beristain
Ano: 2010
País: EUA/ Argentina/ França
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: PlayArte

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Bravura Indômita



Bravura Indômita é um remake do filme de mesmo nome de 1969. A diferença básica entre os dois? Em 1969 o filme tinha John Wayne como seu protagonista. Ator que se destacou por papéis em filmes desse gênero. Independente de comparações, a nova versão não fica atrás na questão da qualidade. É uma bela produção e entrega ao espectador tudo o que promete. Boa dose de entretenimento em um gênero do cinema que mostra ainda ser possível apelar para os clássicos e alcançar o sucesso nas bilheterias.

Falar em gênero clássico, dois dias após a premiação do Oscar pode parecer irônico, uma vez que dois filmes que homenageiam as origens do cinema foram os maiores vencedores do prêmio, mas acredito que os estúdios têm buscado essa redenção no passado, como se quisessem retomar a sua época áurea. Também existe aquele detalhe de ser mais válido investir em uma remontagem ou regravação de sucesso, ao invés de arriscar com roteiros originais que podem não causar o mesmo impacto.

Independente desses detalhes, Bravura Indômita mostra que o estilo faroeste ainda tem força e pode vender boas histórias. Também não é o caso de ser uma trama fantástica. Existem momentos bastante previsíveis, mas a direção (irmãos Coen) consegue ditar um bom ritmo e a produção não perde velocidade, não tem momentos chatos ou cansativos, e segue em um ritmo agradável. A fotografia do filme é muito bonita. Belas paisagens enchem a tela e os olhos dos espectadores.

O elenco é um caso à parte. Matt Damon, Josh Brolin (este apenas nos poucos instantes que registram suas passagens), Jeff Bridges, e Hailee Steinfeld seguram com maestria a trama. Bridges mais uma vez se destaca e mostra que é mesmo um excelente ator. Muito se falou de Hailee Steinfeld, a garota de 14 anos, uma das protagonistas do filme, que tem em suas falas a perspicácia de um adulto experiente, mas que conduz com inteligência, e em alguns momentos até de forma divertida, seu personagem. Independente da história de fundo, a caracterização dos personagens por si só, garante um destaque especial ao filme.

O filme conta que após a morte do pai, a jovem Mattie Ross (Hailee Steinfeld) contrata, por cem dólares, o xerife "Rooster" Cogburn (Jeff Bridges) para caçar e capturar o assassino. Ela exige fazer parte desta jornada para ter certeza que seu objetivo será alcançado.

Trata-se de uma produção bem dirigida, inteligente e com algumas tiradas divertidas, que garantem boa qualidade de entretenimento. O elenco é muito bom e cria um bom conjunto, dando força aos personagens e à história. Existem alguns momentos previsíveis, e alguns com cara de faroeste (revólveres cujas balas nunca acabam, tiroteios em que ninguém acerta ninguém, o mocinho que leva muitos tiros mas se mantém firme e forte, e os duelos que marcam a superioridade do inimigo, mas que nem assim conseguem tirar vantagem disso), mas tudo isso só recheia ainda mais este belo filme. É uma boa pedida para quem gosta de um filme de ação. O filme tem a dose certa para satisfazer todos os estilos de audiência.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Ethan Coen, Joel Coen
Elenco: Matt Damon, Josh Brolin, Jeff Bridges, Barry Pepper, Domhnall Gleeson, Hailee Steinfeld, Elizabeth Marvel, Ed Corbin, Nicholas Sadler, Dakin Matthews, Paul Rae, Joe Stevens
Produção: Ethan Coen, Joel Coen, Scott Rudin
Roteiro: Charles Portis, Joel Coen, Ethan Coen
Fotografia: Roger Deakins
Trilha Sonora: Carter Burwell
Duração: 110 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Scott Rudin Productions / Paramount Pictures / Skydance Productions / Mike Zoss Productions
Classificação: 16 anos

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Oscar 2012


Com elenco e equipe de 'O artista' ao fundo, produtor Thomas Langmann discursa no Oscar após longa vencer o prêmio de melhor filme (Foto: Gary Hershorn/Reuters)

A única razão que nos impossilita de considerar o Oscar 2012 como uma cerimônia de sotaque francês é o fato de o principal vencedor ser um filme mudo. De resto, a 84ª edição do evento organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que aconteceu neste domingo (26), colocou em destaque "O artista": confirmando um favoritismo que foi se desenhando ao longo de praticamente todos principais prêmios do cinema internacional nesta temporada, a produção franco-belga levou as estatuetas de melhor filme, diretor (Michel Hazanavicius) e ator (Jean Dujardin). Com dez indicações, levou ainda as distinções de figurino e trilha sonora original.

Embora a conta final em favor de "O artista" não tenha sido propriamente uma surpresa, o princípio desta noite de gala no Hollywood and Highland Center (antigo Kodak Theatre) mostrou-se favorável a outro concorrente de destaque. Nomeado em 11 categorias, "A invenção de Hugo Cabret" surgiu muito bem, ao levar os dois primeiros prêmios: fotografia e direção de arte. O ritmo, no entanto, não se manteve. No desenrolar da sessão, esta primeira incursão de Martin Scorsese pelo 3D conquistou outras três estatuetas - edição de som, mixagem de som e efeitos visuais. Igualou o francês, mas com prêmios usutalmente considerados "técnicos", de menor apelo.

Apresentado por Billy Cristal, que pela nona vez se encarregou da função, o Oscar 2012 deveu seu primeiro momento de maior emoção a Octavia Spencer.

Ela recebeu das mãos de Christian Bale o prêmio de melhor atriz coadjuvante, por seu trabalho em "Histórias cruzadas". Ao ter seu nome anunciado, Octavia foi aplaudida de pé pelos presentes no auditório. Chorando bastante, ela agradeceu por diversas vezes a seus familiares.

Quem também mereceu a ovação da plateia foi Christopher Plummer, escolhido o melhor ator coadjuvante por "Toda forma de amor". Ele é agora a pessoa mais velha a já ter recebido um Oscar. No palco, olhando para o prêmio que acabava de receber, o veterano intérprete disse à estatueta: "Você é só dois anos mais velha do que eu". Em seguida, Billy Cristal brincou, parabenizando Plummer: "[Agora] a média dos ganhadores do Oscar subiu para 67 anos [de idade]".

Outro veterano que saiu premiado foi Woody Allen, pela autoria do melhor roteiro original de "Meia-noite em Paris". Ele alcançou, assim, o tricampeonato na categoria - as conquistas anteriores foram pelos textos de "Noivo neutórico, noiva nervosa" (1977) e "Hanna e suas irmãs" (1986). Como de hábito, ele não estava presente no local - teria recebido seu novo Oscar das mãos de Angelina Jolie, apresentadora do prêmio.

Assídua frequentadora do Oscar, era sua 17ª indicação, Meryl Streep também conseguiu, a exemplo de Allen, sua terceira estatueta, sendo a segunda de melhor atriz. O prêmio veio pelo papel da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, em "A dama de ferro". Ao tomar a palavra para agradecer, Meryl fez graça: "Quando anunciaram meu nome, eu achei que estava ouvindo metade dos Estados Unidos falando 'Oh, não, mais uma vez? De novo, de novo?!'".

Quanto à participação brasileira no Oscar 2012, ela pode ser resumida pelo comentário de Carlinhos Brown: "Não foi dessa vez". Ao lado de Sergio Mendes, o músico baiano concorria ao prêmio de melhor canção original, pela música "Real in Rio", tema da animação "Rio", dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha. Havia somente mais um único concorrente na categoria, "Man or Muppet", do longa "Os Muppets". Ela acabou sendo a preferida dos votantes.

Veja abaixo a lista parcial dos ganhadores do 84º Oscar:

Filme
"Cavalo de guerra"
"O artista"
"O homem que mudou o jogo"
"Os descendentes"
"A árvore da vida"
"Meia-noite em Paris"
"História cruzadas"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tão forte e tão perto"

Diretor
Michel Hazanavicius - "O artista"
Alexander Payne - "Os descendentes"
Martin Scorsese - "A invenção de Hugo Cabret"
Woody Allen - "Meia-noite em Paris"
Terrence Malick - "A árvore da vida"

Ator
Demián Bichir - "A better life"
George Clooney - "Os descendentes"
Jean Dujardin - "O artista"
Gary Oldman - "O espião que sabia demais"
Brad Pitt - "O homem que mudou o jogo"

Atriz
Glenn Close - "Albert Nobbs"
Viola Davis - "Histórias cruzadas"
Rooney Mara - "Os homens que não amavam as mulheres"
Meryl Streep - "A dama de ferro"
Michelle Williams - "Sete dias com Marilyn"

Ator coadjuvante
Kenneth Branagh - "Sete dias com Marilyn"
Jonah Hill - "O homem que mudou o jogo"
Nick Nolte - "Warrior"
Max Von Sydow - "Tão forte e tão perto"
Christopher Plummer - "Toda forma de amor"

Atriz coadjuvante
Octavia Spencer - "Histórias cruzadas"
Bérénice Bejo - "O artista"
Jessica Chastain - "Histórias cruzadas"
Janet McTeer - "Albert Nobbs"
Melissa McCarthy - "Missão madrinha de casamento"

Melhor filme em língua estrangeira
"Bullhead" - Bélgica
"Footnote" - Israel
"In Darkness" - Polônia
"Monsieur Lazhar" - Canadá
"A separação" - Irã

Melhor animação
"A Cat in Paris"
"Chico & Rita"
"Kung fu panda 2"
"Gato de botas"
"Rango"

Documentário (longa-metragem)
"Hell and Back Again"
"If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front"
"Paradise Lost 3: Purgatory"
"Pina"
"Undefeated"

Roteiro adaptado
"Os descendentes"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tudo pelo poder"
"O homem que mudou o jogo"
"O espião que sabia demais"

Roteiro original
"O artista"
"Missão madrinha de casamento"
"Margin Call"
"Meia-noite em Paris" (Woody Allen)
"A separação"

Fotografia
"O artista"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret" (Robert Richardson)
"A árvore da vida"
"Cavalo de guerra"

Direção de arte
"O artista"
"Harry Potter"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Meia-noite em Paris
"Cavalo de guerra"

Figurino
"Anonymous"
"O artista"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Jane Eyre"
"W.E."

Maquiagem
"Albert Nobbs"
"Harry Potter e as relíquias da morte - Parte 2"
"A dama de ferro"

Edição
"O artista"
"Os descendentes"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"O homem que mudou o jogo"

Edição de som
"Drive"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Transformers: o lado oculto da lua"
"Cavalo de guerra"

Mixagem de som
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"O homem que mudou o jogo"
"Transformers: o lado oculto da lua"
"Cavalo de guerra"

Efeitos visuais
"Harry Potter e as relíquias da morte - Parte 2"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Gigantes de aço"
"Planeta do macacos"
"Transformers: o lado oculto da lua"

Trilha sonora original
"As aventura de Tintim" - John Williams
"O artista" - Ludovic Bource
"A invenção de Hugo Cabret" - Howard Shore
"O espião que sabia demais" - Alberto Iglesias
"Cavalo de guerra" - John Williams

Canção original
"Man or Muppet", de "Os Muppets", música e letra de Bret McKenzie
"Real in Rio", de "Rio", música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown, letra de Siedah Garrett

Curta-metragem
"Pentecost"
"Raju"
"The Shore"
"Time Freak"
"Tuba Atlantic"

Documentário (curta-metragem)
"The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement"
"God Is the Bigger Elvis"
"Incident in New Baghdad"
"Saving Face"
"The Tsunami and the Cherry Blossom"

Curta-metragem de animação
"Dimanche"
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore"
"La Luna"
"A Morning Stroll"
"Wild Life"

Em 26/02/2012, no link http://g1.globo.com/pop-arte/oscar/2012/noticia/2012/02/veja-quem-sao-os-ganhadores-do-oscar-2012.html .

Framboesa de Ouro 2012



A edição 32 do Framboesa de Ouro, que premia os piores filmes de Hollywood, divulgou os seus indicados um dia antes da entrega do Oscar. É a primeira vez desde a criação do prêmio que isso acontece. Até o ano passado os prêmios eram entregues nessa data. Este ano, a entrega dos Razzies será no dia 1º de abril.

Cinco filmes destacam-se em quase todas as categorias: Bucky Larson: Dotado para Brilhar, Cada um Tem a Gêmea que Merece, Noite de Ano Novo, Transformers: O Lado Oculto da Lua e A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1. Adam Sandler, porém, dominou a lista, batendo o recorde de indicações ao prêmio em um só ano, com onze! Conheça os indicados abaixo.

PIOR FILME
Bucky Larson: Dotado para Brilhar
Cada um Tem a Gêmea que Merece
Noite de Ano Novo
Transformers: O Lado Escuro da Lua
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR ATOR
Russell Brand - Arthur
Nicolas Cage - Fúria Sobre Rodas, Caça às Bruxas e Reféns
Taylor Lautner - A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1, Sem Saída
Adam Sandler - Cada um tem a Gêmea que Merece, Esposa de Mentirinha
Nick Swardson - Bucky Larson: Dotado para Brilhar

PIOR ATRIZ
Martin Lawrence (“Momma”) - Vovó Zona 3
Sarah Palin (como ela mesma) - Sarah Palin The Undefeated
Sarah Jessica Parker - Não Sei Como Ela Consegue, Noite de Ano Novo
Adam Sandler (“Jill”) - Cada um tem a Gêmea que Merece
Kristen Stewart - A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR ATOR COADJUVANTE
Patrick Dempsey - Transformers: O Lado Escuro da Lua
James Franco - Sua Alteza
Ken Jeong - Vovó Zona 3, Se Beber Não Case 2, Transformers 3
Al Pacino (como ele mesmo) - Cada um tem a Gêmea que Merece
Nick Swardson - Cada um tem a Gêmea que Merece, Esposa de Mentirinha

PIOR ATRIZ COADJUVANTE
Katie Holmes - Cada um tem a Gêmea que Merece
Brandon T. Jackson (“Charmaine”) - Vovó Zona 3
Nicole Kidman - Esposa de Mentirinha
David Spade (“Monica”) - Cada um tem a Gêmea que Merece
Rosie Huntington-Whiteley - Transformers 3

PIOR ELENCO
Bucky Larson: Dotado para Brilhar
Cada um Tem a Gêmea que Merece
Noite de Ano Novo
Transformers: O Lado Escuro da Lua
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR DIRETOR
Michael Bay - Transformers: O Lado Escuro da Lua
Tom Brady - Bucky Larson: Dotado para Brilhar
Bill Condon - A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1
Dennis Dugan - Cada um Tem a Gêmea que Merece, Esposa de Mentirinha
Garry Marshall - Noite de Ano Novo

PIOR REMAKE, CÓPIA OU SEQUÊNCIA
Arthur
Bucky Larson: Dotado para Brilhar (cópia de Nasce uma Estrela e Boogie Nights)
Se Beber Não Case Parte 2 (Pior sequência E remake)
Cada um Tem a Gêmea que Merece (cópia de Glen ou Glenda)
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR DUPLA
Nicolas Cage e qualquer um em seus três filmes de 2011
Shia LeBeouf & A Modelo de Lingerie (Transformers 3)
Adam Sandler & Jennifer Aniston OU Brooklyn Decker / Esposa de Mentirinha
Adam Sandler & Katie Holmes, Al Pacino OU Adam Sandler / Cada um tem a gêmea...
Kristen Stewart & Taylor Lautner OU Robert Pattinson / A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR ROTEIRO
Bucky Larson: Dotado para Brilhar
Cada um Tem a Gêmea que Merece
Noite de Ano Novo
Transformers: O Lado Escuro da Lua
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Controle Absoluto



Sabe aquele flme inquieto do começo ao fim? Tanto que chega a causar inquietação. Esse é Controle Absoluto, um filme fragmentado, cheio de movimento, cheio de ação, que faz o espectador cansar junto com seus protagonistas. Mais parece um vídeo clipe, de tão fragmentado. Mas isso torna a produção ainda mais interessante. Com tanto movimento, quase não se percebe o tempo passar e, apesar de alguns espectadores considerarem a história previsível, nem isso consegue reduzir a qualidade desta estonteante produção.

A música e a edição agitada ditam o ritmo do filme. As tomadas (algumas delas em ângulos inusitados) remetem a movimento todo o tempo. E quando estão paradas, as pessoas é que não ficam paradas. É o tipo de filme que faz o espectador queimar calorias junto com o desenrolar da ação.

Mas não é só isso, a história é bem costurada. Inteligente na medida certa. Como já citado, pode até ter alguns momentos previsíveis, como o próprio final do filme (bastante óbvio), mas não é fácil considerar esses elementos enquanto se assiste. Tudo passa muito rápido. Mesmo os diálogos, são curtos e entrecortados, sem chance de reduzir o ritmo.

O elenco é liderado basicamente por Shia LaBeouf e Michelle Monaghan, que funciona bem como casal e conseguem segurar com maestria toda a agitação do filme. Os dois são perseguidos constantemente por outra excelente dupla (Rosario Dawson e Billy Bob Thornton), que cria um contra ponto interessante na trama.

O filme conta a história de Jerry Shaw (Shia LaBeouf) e Rachel Holloman (Michelle Monaghan), dois estranhos cujos caminhos se cruzam depois de um telefonema feito por uma mulher desconhecida. Ameaçando a vida deles e de suas famílias, a misteriosa voz os coloca em uma série de situações crescentemente perigosas usando a tecnologia do dia-a-dia para rastrear e controlar todos os seus movimentos. Enquanto a situação se agrava, essas pessoas comuns tornam-se os fugitivos mais procurados do país, e precisam trabalhar juntos para descobrir o que realmente está acontecendo. Lutando por suas vidas, Jerry e Rachel viram brinquedos de um inimigo sem rosto que parece conseguir manipular tudo o que eles fazem.

Excelente filme, com ação do começo ao fim. É possível compará-lo a Inimigo de Estado, com Will Smith. Outra bela produção, movimentada do começo ao fim (prometo em breve comentá-la neste blog). O elenco é de primeira linha, com astros e estrelas que não tomam o lugar da história e conseguem ter um bom apelo. Ótimas cenas de perseguição, batidas de automóveis, explosões, aviões, tiros, e tudo mais que não pode faltar em um filme como esse. Barulhento na medida certa, fica impossível dormir. Uma ótima pedida para a sessão de vídeo da noite de sexta ou de sábado. Vale a pena assistir e, se bobear, até repetir.

FICHA TÉCNICA
Diretor: D.J. Caruso
Elenco: Shia LaBeouf, Michelle Monaghan, Rosario Dawson, Billy Bob Thornton, Ethan Embry, William Sadler, Eric Christian Olsen
Produção: Pat Crowley, Alex Kurtzman, Edward McDonnell
Roteiro: John Glenn, Travis Wright
Fotografia: Dariusz Wolski
Trilha Sonora: Brian Tyler
Duração: 117 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: DreamWorks SKG
Classificação: 14 anos

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Águia da Legião Perdida



A Águia da Legião Perdida é uma produção acima da média. Não se trata exatamente de um filme fantástico, mas garante bom entretenimento ao seu espectador. É o tipo de assunto que chama a atenção e atrai os mais ávidos por roteiros ligados à história.

Embora simples, agrada do começo ao fim. É o tipo de filme sem firulas. Nada de efeitos mirabolantes, ou elenco cheio de astros e estrelas, ou um roteiro carregado de detalhes que provocariam reflexões filosóficas. Tudo é muito funcional, bem caracterizado históricamente, com boas cenas de luta e até perseguição, e sem enrolação. O filme até se apega a alguns detalhes, mas não chega a ser monótono.

O elenco, liderado por Channing Tatum e Jamie Bell, não compromete. Vai bem e cumpre seu papel ao longo da trama. Na verdade, os dois são tão bons, que criam um elo com o seu espectador, o que garante boas doses de "torcida", para que dê tudo certo para eles. Só por isso o filme já valeria a pena. O elenco ainda conta com o excelente veterano Donald Sutherland.

Para completar, o filme tem locações maravilhosas. Paisagens belíssimas, tanto da Escócia quanto da Irlanda, servindo como a cereja do bolo.

O filme conta que vinte anos depois do inexplicável deseparecimento de toda Nona Legião nas montanhas da Escócia, um jovem centurião chamado Marcus Aquila chega a Roma com a intenção de resolver o mistério e restabelecer a honra de seu pai, comandante da Nona Legião. Ele se junta ao seu escravo, Esca, e vai atrás da Águia Perdida.

Um filme agradável, leve e envolvente, que cumpre o seu papel com maestria e garante bom entretenimento. O elenco vai bem, e não compromete. A história é bem estruturada, e ainda oferece boas doses de luta, sem o exagero sanguinário de outras produções. Boa pedida para quem procura um bom filme de ação e aventura, que não exagere nos detalhes. Vale fazer parte da seleção de vídeos da noite de sexta ou de sábado.

FICHA TÉCNICA
título original:The Eagle
gênero:Aventura
duração:1 hr 54 min
ano de lançamento: 2011
site oficial: http://findtheeagle.com/
estúdio: Focus Features | Film4 | Toledo Productions
distribuidora: Focus Features (EUA) | Universal Pictures International (UPI)
direção: Kevin Macdonald
roteiro: Jeremy Brock, baseado no livro de Rosemary Sutcliff
produção: Duncan Kenworthy
música: Atli Örvarsson
fotografia: Anthony Dod Mantle
direção de arte: Neal Callow e Zsuzsa Kismarty-Lechner
figurino: Michael O'Connor
edição: Justine Wright
efeitos especiais:Filmefex Studio
censura: Não recomendado para menores de 14 anos
país: GB
ELENCO: Bence Gero, Bence Gerö, Channing Tatum, Denis O'Hare, Donald Sutherland, Douglas Henshall, István Goz, István Göz, Jamie Bell, Julian Lewis Jones, Lukács Bicskey, Paul Ritter, Zsolt László

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Gnomeu e Julieta



Confesso que quando vi o trailer achei o filme meio bobo, talvez parecido com Deu a Louca na Chapéuzinho Vermelho, ou até pior. Não entusiasmei. Mas após algum esforço, criei coragem e enfrentei a produção de quase duas horas de duração. Após muitas passagens e boas doses de risadas preciso dizer que estava completamente enganado. Gnomeu e Julieta é uma produção divertida e de ótima qualidade.

Para ser sincero, em alguns momentos lembrei de Toy Story, com sua simplicidade, mas inteligência e ótimo aproveitamento dos seus personagens. Não é o tipo de filme que abusa dos efeitos visuais deslumbrantes, daqueles que beiram o realismo, mas nem precisa. É o lado colorido que mais chama a atenção. A distinção do vermelho e do azul, para delimitar a diferença entre as duas famílias da história de Shakespeare é fantástica. Funciona muito bem, ainda mais colocando os dois grupos em quintais vizinhos, e também associando à comum briga entre vizinhos.

Os personagens são um caso à parte. Mesmo se ignorarmos os protagonistas, Gnomeu e Julieta, que já seguram bem a produção por conta, a seleção de personagens complementar é pra lá de hilária. Destaque para a sapa que faz o estilo dama de honra de Julieta, ou o cogumelo metido a cachorro de Gnomeu. Todos combinam perfeitamente e enriquecem a história.

Detalhes não faltam, e o filme é muito inteligente. Algumas passagens podem ser mais previsíveis que outras, mas já estamos acostumados a isso no cinema. Importante destacar que isso não reduz a qualidade do filme. Ainda assim o resultado final é surpreendente. A trilha sonora, com músicas de Elton John, anima ainda mais a coisa toda. O cantor até ganhou um gnomo que o representa no filme.

O filme traz o romance entre o jardineiro gnomo Gnomeu e a jovem Julieta. O casal enfrenta muitos obstáculos para concretizar seu amor: o principal deles é que a moça é da família Capuleto, enquanto o rapaz pertence aos Montecchio, eternos rivais. Com humor, os dois gnomos de jardim vão enfrentar tanto a oposição da família quanto os perigos do mundo dos humanos.

Muito colorido, com personagens fortes e que combinam perfeitamente à trama, o filme garante boas risadas e diverte os públicos infantil e adulto. A seleção musical (ou adaptações) funciona muito bem, e a produção agrada do começo ao fim. Grande pedida para quem busca uma animação inteligente, baseada em um roteiro que, de tão bem construído faz o tempo passar sem que se perceba. Imperdível para quem procura diversão de alta qualidade.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Kelly Asbury
Elenco: Vozes originais de Jason Statham, James McAvoy, Emily Blunt, Michael Caine, Maggie Smith, Patrick Stewart, Julie Walters, Stephen Merchant, Matt Lucas. Na versão brasileira: Daniel Oliveira, Vanessa Giácomo, Ingrid Guimarães.
Produção: Baker Bloodworth, David Furnish, Steve Hamilton Shaw
Roteiro: Rob Sprackling, John R. Smith, Andy Riley, Kevin Cecil, Kelly Asbury, Steve Hamilton Shaw, MArk Burton, Emily Cook, Kathy Greenberg, baseado na peça de William Shakespeare
Fotografia: - Animação -
Trilha Sonora: James Newton Howard, Chris Bacon, Elton John
Ano: 2011
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Rocket Pictures / Touchstone Pictures / Miramax Films / Starz Animation / Arc Productions
Classificação: Livre

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O céu não pode esperar



A reação das pessoas durante esse filme é o que mais marca. Como era de esperar, todos imaginavam que um filme com Rob Schneider fosse daquelas comédias comuns, cheia de detalhes escatológicos, alguns momentos de boas risadas, e o jeitão de sempre de Rob. Mas a medida que o filme vai passando, as pessoas começam a se perguntar: "esse cara fez um drama?". E é essa a dúvida que paira por todo o filme. Embora classificado como comédia, o filme arranca algumas poucas risadas amarelas de seus espectadores e, por fim, surpreende com o seu conteúdo mais dramático do que engraçado.

Entre uma coisa e outra a produção não vai bem para nenhum dos lados. É um filme comum, que provoca algumas reflexões, vende a mensagem de revisão de conceitos, mas no geral é uma história sem tempero. Curioso, mas com alguns elementos delirantes (ou vai me dizer que seria realmente necessário mandar gurus da Colômbia até os EUA para dizer a um camarada que ele precisa mudar o rumo da sua vida para que volte a ter neve no pico de uma montanha???), daqueles que tiram todo o valor da produção.

O elenco, além de Rob Schneider, que não se encaixa no gênero dramático, e como comediante começa a dar sinais de saturação, conta ainda com Steve Buscemi, velho parceiro de Rob e de outros comediantes contemporâneos, e Holland Taylor, a mãe de Charlie e Alan no seriado Two and a Half Men. Juntos, tentam salvar uma história que segue sem muito rumo.

No filme, uma tribo sagrada, que vive afastada do mundo, passa a eternidade na busca pelo Escolhido. Paul (Rob Schneider) é um homem de negócios em decadência que de uma maneira inesperada começa a ser venerado por membros desta tribo.

História sem muito fundamento, um elenco que sai da sua zona de conforto, em um filme que tem de tudo, menos o que promete, o lado cômico com boas doses de risadas. Confesso que me surpreendi. Não negativamente. Apenas não imaginava que Rob Schneider tivesse esses repentes mais sérios. Ao mesmo tempo, imaginei uma comédia baseada na já manjada "O céu pode esperar". Vale pela curiosidade da situação, mas como entretenimento, o filme é extremamente fraco.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Rob Schneider
Elenco: Steve Buscemi, Rob Schneider, Holland Taylor, Jack McGee, Brandon Molale, Peter Riegert, George Dzundza, Samantha Smith, Marcus Giamatti, Carolina Gómez, Sanny Van Heteren
Produção: Joe Q. Bretz, John Schneider, Rob Schneider, Boon Collins, Scott Dolezal
Roteiro: Rob Schneider, Boon Collins
Fotografia: Kees Van Oostrum
Trilha Sonora: Jeff Rona
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Costa Rica Production Support / Desperado Film / Deviant Films / From Out of Nowhere Productions / TapWater Entertainment

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Super 8



Uma ficção científica interessante e, que me perdoem os fãs de Steven Spielberg, nada mais. Após acompanhar com grande entusiasmo e mistério o lançamento de Super 8, acredito que o resultado seja somente razoável. Como muitas pessoas com quem conversei, e que eu devo concordar, disseram, uma mistura de E.T. com os Goonies, só que inferior.

É muito infantil para ser assustador. Não que essa seja a intenção. Acredito que não seja. Mas, ao mesmo tempo, apesar de sabermos que as crianças hoje em dia sejam muito mais independentes, mesmo não se tratando de uma ocorrência atual (o filme se passa em 1979), fica difícil acreditar que as crianças sejam tão autônomas, principalmente por se tratar de uma cidade pequena, do interior dos EUA.

Mesmo os efeitos especiais, embora sejam interessantes, nada fora do comum. Chegam a dar uma boa animada geral na produção, mas nada muito além disso. E por se tratar de um filme de Steven Spielberg, poderia ser esperado muito mais.

O elenco não deixa a desejar. A criançada é esforçada e sabe trabalhar junto. Destaque para o gorducho mandão, muitíssimo parecido com um dos personagens de os Goonies, e para a pequena Elle Fanning, que já se destaca como uma grande atriz mirim e, em breve, deve seguir o caminho da sua irmã, Dakota Fanning.

O filme conta que no verão de 1979, um grupo de crianças em uma pequena cidade de Ohio presencia uma catastrófica colisão de trens enquanto realizavam um filme com a câmera Super-8 e logo eles desconfiam que aquele não foi um acidente. Pouco tempo depois, estranhos desaparecimentos e eventos inexplicáveis começam a acontecer na cidade, e o agente da lei tenta descobrir a verdade – algo mais assustador do que eles poderiam imaginar está acontecendo na pequena cidade e irá mudar as suas vidas.

Uma produção curiosa, interessante, que pode agradar os fãs de ficção científica, mas que não é dirigido exclusivamente a eles. É um filme agradável, que cumpore seu papel e garante entretenimento de bom nível. Não chega a ser um filme fantástico, e muitos podem não gostar do seu enredo superficial. Bons efeitos e um elenco infantil de qualidade fecham o longa com chave de ouro. É um filme sem compromisso... nem excelente, nem horroroso.

FICHA TÉCNICA
Diretor: J.J. Abrams
Elenco: Elle Fanning, Amanda Michalka, Kyle Chandler, Ron Eldard, Noah Emmerich, Joe Courtney, Ryan Lee, Gabriel Basso, Zach Mills
Produção: J.J. Abrams, Bryan Burk, Steven Spielberg
Roteiro: J.J. Abrams
Fotografia: Larry Fong
Trilha Sonora: Michael Giacchino
Duração: 112 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Amblin Entertainment / Bad Robot / Paramount Pictures
Classificação: 12 anos

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Imortais



Depois de Alexandre, Tróia, e 300, chega a vez de Imortais, longa que conta a história de Teseu, e sua entrada no rol de Deus, ou de imortal. A trama parece boa, a ideia parece bem aproveitada, mas por incrível que pareça, não é. Sei que são filmes muitos distintos, mas algumas cenas são dignas de 300, um destaque entre os aqui citados, por sua beleza e detalhismo, no mais, o filme é bastante comum. Arrisco dizer, desnecessário, até.

Se a parte gráfica, com seus efeitos fantásticos, algumas boas cenas de luta se destacam positivamente, é no roteiro que a coisa perde todos os seus pontos. Superficial, frio, sem apego, sem força. Uma história rápida (que peca pela falta de detalhes), que não consegue atrair a atenção do seu espectador. Ela conta uma história de maneira distante, e espera que sua audiência complete as lacunas. O resultado deixa a desejar e, mesmo não exagerando nos detalhes, a sensação é que assistir o filme foi uma tremenda perda de tempo.

No elenco, apesar de Mickey Rourke fazer um vilão à altura, que poderia até ter ganho mais tempo na trama, não consegue um "mocinho" à altura. Tanto Henry Cavill, como teseu, como os selecionados para Deuses, são frios, distantes de seus papéis, e pouco acrescentam.

No filme, o Rei Hipérion (Mickey Rourke) declarou guerra contra todo o mundo grego e, para reforçar seu exército, ele tentará libertar os Titãs presos por Zeus (Luke Evans) no Monte Tártato. A fim de detê-lo, Zeus escolhe Teseu (Henry Cavill), um mortal que, com a ajuda de uma bela sacerdotisa (Freida Pinto), comandará o exército grego nessa batalha épica.

Um filme que tinha tudo para ser destaque. Bons efeitos e bons gráficos, uma história atraente, mas que perde sua essência pela falta de profundidade, pelo elenco superficial, e pela mesmice. Se você procura cenas de luta bem combinadas, e detalhes gráficos fora de série, esse é o seu filme. Infelizmente, o filme não ultrapassa a barreira artística e não consegue entreter seu espectador. Se não é a sua praia, fique longe.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Tarsem Singh
Elenco: Henry Cavill, Stephen Dorff, Isabel Lucas, Freida Pinto, Luke Evans, Kellan Lutz, John Hurt, Mickey Rourke
Produção: Mark Canton, Ryan Kavanaugh, Gianni Nunnari
Roteiro: Charles Parlapanides, Vlas Parlapanides
Fotografia: Brendan Galvin
Trilha Sonora: Trevor Morris
Duração: 110 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Universal Pictures / Relativity Media / Atmosphere Entertainment MM / Hollywood Gang Productions
Classificação: 16 anos

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Prêmio Bafta 2012



"O Artista", de Michel Hazanivicous, sagrou-se o grande campeão da cerimônia de entrega dos prêmios da Academia Britânica para as Artes do Cinema e a Televisão (Bafta). O evento ocorreu neste domingo (12) em Londres.

O filme ficou com as estatuetas de melhor filme, diretor, roteiro original, ator, trilha sonora e figurino.

Entre os demais destaques está o documentário britânico "Senna", sobre o piloto brasileiro de Fórmula 1, quer ganhou nas categorias edição e documentário.

"A Pele que Habito", representante da Espanha, bateu o favorito "A Separação", do Irã, e deu a Pedro Almodóvar seu terceiro Bafta da carreira.

A premiação é considerada a última prévia da temporada de premiações antes do Oscar.



*

Confira abaixo a lista dos premiados:

FILME
"O Artista"
"Os Descendentes"
"Drive"
"Histórias Cruzadas"
"O Espião que Sabia Demais"

DIRETOR
Michel Hazanivicous - "O Artista"
Nicolas Winding Refn - "Drive"
Martin Scorsese - "A Invenção de Hugo Cabret"
Tomas Alfredson - "O Espião que Sabia Demais"
Lynne Ramsay - "Precisamos falar sobre o Kevin"

LONGA ANIMADO
"As Aventuras de Tintim - O Segredo do Licorne"
"Operação Presente"
"Rango"

ATOR
Brad Pitt - "O Homem Que Mudou o Jogo"
Gary Oldman - "O Espião que Sabia Demais"
George Clooney - "Os Descendentes"
Jean Dujardin - "O Artista"
Michael Fassbender - "Shame"

ATRIZ
Bérénice Bejo - "O Artista"
Meryl Streep - "A Dama de Ferro"
Michelle Williams - "Sete Dias com Marilyn"
Tilda Swinton - "Precisamos falar sobre o Kevin"
Viola Davis - "Histórias Cruzadas"

ATOR COADJUVANTE
Christopher Plummer - "Toda Forma de Amor
Jim Broadbent - "A Dama de Ferro"
Jonah Hill - "O Homem Que Mudou o Jogo"
Kenneth Branagh - "Sete Dias com Marilyn"
Philip Seymour Hoffman - "Tudo pelo Poder"

ATRIZ COADJUVANTE
Carey Mulligan - "Drive"
Jessica Chastain - "Histórias Cruzadas"
Judi Dench - "Sete Dias com Marilyn"
Melissa McCarthy - "Missão Madrinha de Casamento"
Octavia Spencer - "Histórias Cruzadas"

ASTRO EM ASCENSÃO
Adam Deacon
Chris Hemsworth
Tom Hiddleston
Chris O'Dowd
Eddie Redmayne

FILME BRITÂNICO
"Sete Dias com Marilyn"
"Senna"
"Shame"
"Precisamos falar sobre o Kevin"
"O Espião que Sabia Demais"

FILME BRITÂNICO DE ESTREIA DE UM ROTEIRISTA, DIRETOR OU PRODUTOR
"Ataque ao Prédio" - Joe Cornish (Diretor/Roteirista)
"Black Pond" - Will Sharpe (Diretor/Roteirista), Tom Kingsley (Diretor), Sarah Brocklehurst (Produtora)
"Coriolanus" - Ralph Fiennes (Diretor)
"Submarine" - Richard Ayoade (Diretor/Roteirista)
"Tyrannosaur" - Paddy Considine (Diretor), Diarmid Scrimshaw (Produtor)

FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA
"Incêndios" (Canadá)
"Pina" (Alemanha/França/Reino Unido)
"Potiche - Esposa Troféu" (França)
"A Separação" (Irã)
"A Pele que Habito" (Espanha)

ROTEIRO ORIGINAL
Michel Hazavanicious - "O Artista"
Annie Mumolo, Kristen Wiig - "Missão Madrinha de Casamento"
John Michael McDonagh - "O Guarda"
Abi Morgan - "A Dama de Ferro"
Woody Allen - "Meia-Noite em Paris"

ROTEIRO ADAPTADO
Jim Rash, Nat Faxon, Alexander Payne - "Os Descendentes"
Tate Taylor - "Histórias Cruzadas"
George Clooney, Grant Heslov, Beau Willimon - "Tudo pelo Poder"
Aaron Sorkin, Steve Zaillian - "O Homem Que Mudou o Jogo"
Bridget O'Connor, Peter Straughan - "O Espião que Sabia Demais"

DOCUMENTÁRIO
"George Harrison: Living In The Material World"
"Project Nim"
"Senna"

TRILHA SONORA ORIGINAL
Ludovic Bource - O Artista
Trent Reznor & Atticus Ross - Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Howard Shore - A Invenção de Hugo Cabret
Alberto Iglesias - O Espião que Sabia Demais
John Williams - Cavalo de Guerra

FOTOGRAFIA
"O Artista"
"Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"O Espião que Sabia Demais"
"Cavalo de Guerra"

EDIÇÃO
"O Artista"
"Drive"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"Senna"
"O Espião que Sabia Demais"

DESIGN DE PRODUÇÃO
"O Artista"
"Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 2"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"O Espião que Sabia Demais"
"Cavalo de Guerra"

FIGURINO
"O Artista"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"Jane Eyre"
"O Espião que Sabia Demais"
"Sete Dias com Marilyn"

SOM
"O Artista"
"Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 2"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"O Espião que Sabia Demais"
"Cavalo de Guerra"

EFEITOS VISUAIS
"As Aventuras de Tintim - O Segredo do Licorne"
"Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 2"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"Planeta dos Macacos - A Origem"
"Cavalo de Guerra"

MAQUIAGEM
"O Artista"
"Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 2"
"A Invenção de Hugo Cabret"
"A Dama de Ferro"
"Sete Dias com Marilyn"

CURTA ANIMADO
"Abuelas"
"Bobby Yeah"
"A Morning Stroll"

CURTA
"Chalk"
"Mwansa The Great"
"Only Sound Remains"
"Pitch Black Heist"
"Two and Two"

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dúvida



Dúvida é daqueles filmes fortes, de trama pesada e repleta de labirintos. Uma produção inteligente, com uma história que provoca a reflexão do espectador e, mais do que isso, até mesmo a revisão de seus conceitos.

Não é daqueles dramas feitos pra chorar. Trata um assunto muito delicado, e consegue colocar o espectador na posição de juíz, daquele que acusa junto, mas que por fim, pode não acreditar na própria decisão. É esse o principal conceito de Dúvida, no teor mais profundo da palavra. A ideia de poder julgar alguém, mas mesmo assim, não ter a certeza de que a decisão será a mais acertada.

Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman estão fantásticos. Belíssimas atuações, com personagens muito bem identificados e com partes bem determinantes na trama. Diálogos inteligentes e que enriquecem a história completam com primor esse ótimo roteiro.

Apesar de ser um filme mais focado na disputa de seus protagonistas, tem um visual muito bonito. Bela fotografia, com boas seleções de cena. Esse detalhe consegue ficar em terceiro plano.

A história é ambientada no ano de 1964, em uma escola católica no Bronx (Nova York), onde a diretora (Meryl Streep) é uma dura freira que acusa publicamente de pedofilia um padre popular (Philip Seymour Hoffman). O filme aborda as questões de religião, autoridade e moralidade.

Um filme forte, inteligente, que trata um assunto atual de maneira voraz. Apesar de ter um ritmo mais lento e estar repleto de diálogos, não chega a ser cansativo. O excelente elenco e a ótima trama seguram com firmeza o filme do começo ao fim. Excelente pedida para quem procura um drama de altíssima qualidade. A produção provoca boas reflexões.

FICHA TÉCNICA
Diretor: John Patrick Shanley
Elenco: Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams, Viola Davis, Lloyd Clay Brown, Joseph Foster, Bridget Megan Clark, Lydia Jordan, Paulie Litt, Matthew Marvin, Evan Lewis
Produção: Scott Rudin
Roteiro: John Patrick Shanley, baseado em peça de sua própria autoria
Fotografia: Roger Deakins
Duração: 105 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Buena Vista Pictures
Estúdio: Scott Rudin Productions
Classificação: 12 anos

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Rei Arthur



Esse filme acabou caindo no limbo, acredito que principalmente por não se caracterizar necessariamente como um blockbuster. É uma atualização ousada de uma história famosa e muito admirada, no entanto, não teve todo o aparato de propaganda que costuma acompanhar filmes que devem vender. Apesar disso, é um belo filme de ação, e que cumpre com louvor seu papel de entreter.

A história perde um pouco de sua força, pois o filme precisava de mais espaço para explicar seus muitos detalhes. Mais tempo. Menos fragmentos. É o tipo de filme que poderia ser dividido em duas ou três partes sem nenhum problema. Existem elementos suficientes para segurar, com qualidade, um longa desse tipo, em caso de divisões. Infelizmente não foi essa a opçãos dos produtores e do diretor, o que torna o filme acelerado em algumas passagens e até um pouco confuso.

A qualidade gráfica é excepcional. O tom meio sombrio, a boa seleção de cenas de ação, com belos efeitos, encantam. Belíssima fotografia, e um conjunto de cenários e paisagens deslumbrante. O elenco é esforçado e funciona bem. Clive Owen, Ioan Gruffudd, e Keira Knightley se destacam. Não são atuações magistrais, mas atendem bem à exigência de seus papeis. A trilha sonora faz jus à trama, e não deixa a tensão cair.

O filme conta a história do líder relutante, Arthur (Clive Owen), que quer apenas deixar a Grã-Bretanha e voltar para a pacífica e estável Roma. Antes que possa fazer isso, uma missão final o leva, juntamente aos Cavaleiros da Távola Redonda -- Lancelot (Ioan Gruffudd), Galahad (Hugh Dancy), Bors (Ray Winstone), Tristan (Mads Mikkelsen) e Gawain (Joel Edgerton) --, à conclusão de que, quando Roma cair, a Grã-Bretanha precisará de um líder. Sob a orientação de Merlin (Stephen Dillane), um antigo inimigo, e com a linda e corajosa Guinevere (Keira Knightley) a seu lado, Arthur terá de modificar o curso da história.

Uma boa produção, que garante entretenimento de qualidade. Bons elementos asseguram um produto final bastante razoável. O filme é um pouco acelerado, o que permite algumas lacunas, mas não deixa a desejar. É uma adaptação muito diferente do que costuma ser contado nas histórias do Rei Arthur. Boa pedida para quem procura uma boa opção em filmes de ação. Um ótimo filme para a sessão noturna da sexta ou do sabadão.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Antoine Fuqua
Elenco: Clive Owen, Stephen Dillane, Ioan Gruffudd, Ray Winstone, Keira Knightley, Ray Winstone.
Produção: Jerry Bruckheimer
Roteiro: David Franzoni, John Lee Hancock
Fotografia: Slavomir Idziak
Trilha Sonora: Hans Zimmer
Duração: 128 min.
Ano: 2004
País: EUA/ Irlanda
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Touchstone Pictures
Classificação: 14 anos

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Férias no Trailer



Tá aqui um filme imperdível. Comédia de excelente qualidade, que faz rir do começo ao fim, sem apelar para as fórmulas já batidas nas comédias moderninhas. Férias no Trailer não é um filme novo, mas também não é do tempo do onça. Acredito que pode ser incluído no rol de comédias atuais. Consegue dosar perfeitamente o roteiro inteligente com tiradas hilárias de humor.

Não é exagero meu. O filme é muito engraçado, de verdade. Mas um tipo de humor mais família. Como a mensagem do filme, e mesmo o roteiro, que produz uma história muito mais familiar. O ritmo do filme é alucinante. O tempo voa. E no fim, ainda deixa aquele gostinho de quero mais. Não existem momentos desnecessários, com passagens ou diálogos longos e sem sentido, detalhes explorados à exaustão. Tudo parece funcionar como um relógio.

O elenco é de primeiríssima linha. Não só Robin Williams está em excelente forma, com seu timing perfeito e seu jeitão de pai latente o tempo todo, mas também Jeff Daniels (hilário), Cheryl Hines, e até a atriz musical/cantora Kristin Chenoweth. A escolha do grupo foi realizada a dedo. Funcionam muito bem juntos.

Além do roteiro e elenco, destaca-se também a parte visual do filme. Muito bonito, com belas tomadas, efeitos que funcionam, e cenários de paisagens americanas lindíssimas.

No filme, Bob McNeive (Robin Williams) e sua família alugam um veículo (trailer) para viajarem às montanhas rochosas do Colorado. Bob precisa associar a viagem de férias com um serviço, sem que a família perceba, sob risco de perder seu emprego. No meio do caminho acontecem vários percalços que somente quem já fez uma viagem desse tipo sabe como é. Situações que costumamos rir muito depois, quando contamos aos amigos. Bob e a família ainda encontram uma família bizarra que vive em um trailer, e passa por situações ainda mais bizarras.

Um filme fora de série. Excelente história, bem amarrada, com uma sequência bem definida e sem "gordurinhas". Um elenco de primeiríssima linha. Ótimo acabamento visual, com excelentes passagens, belos efeitos, e fotografia de primeira. O filme cumpre o que promete e garante toneladas de boas risadas do começo ao fim. Excelente pedida para toda a família. Para ver e rever até cansar.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Barry Sonnenfeld
Elenco: Robin Williams, Jeff Daniels, Cheryl Hines, Kristin Chenoweth, JoJo, Josh Hutcherson, Chloe Sonnenfeld, Paul Anthony, Will Arnett.
Produção: Bobby Cohen, Lucy Fisher, Douglas Wick
Roteiro: Geoff Rodkey
Fotografia: Fred Murphy
Trilha Sonora: James Newton Howard, David Mansfield
Ano: 2006
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Logos de cinema

Vi esse especial no Portal Terra (http://www.terra.com.br/diversao/cinema/infograficos/logos-cinema/) e achei super legal. Decidi reproduzir aqui. Veja abaixo a história dos logos dos principais estúdios de cinema.

Twentieth Century-Fox


O logotipo original da Twentieth Century Pictures foi criado em 1933 pelo famoso artista Emil Kosa Jr.

Em 1935, Twentieth Century Pictures e a Fox Film Company (na época, principalmente uma empresa de teatro) se fundiram para criar a Twentieth Century-Fox Film Corporation - que mais tarde perdeu o hífen.

O logotipo original da Twentieth Century Pictures foi criado em 1933 pelo famoso artista Emil Kosa Jr. Depois da fusão, Kosa simplesmente substituiu 'Pictures, Inc.' por 'Fox' para fazer o logotipo atual. Kosa também era famoso por sua pintura fosca da Estátua da Liberdade em ruínas no final de filmes como Planeta dos Macacos (1968), e outros.

Columbia

Logo da Columbia Pictures usado de 1934 a 1939




Logo da Columbia Pictures usado a partir de 1939


Jenny Joseph quando posou para que Michael J. Deas a retratasse como a garota da Columbia

O logotipo do estúdio Columbia é a personificação feminina da América

A Columbia Pictures foi fundada em 1919 pelo irmãos Harry e Jack Cohn e por Joe Brandt como Cohn- Brandt-Cohn Films Sales. Muitas das primeiras produções do estúdio eram de baixo orçamento, por isso foi apelidado de 'carne enlatada e repolho'. Em 1924, os irmãos Cohn irmãos compraram a parte de Brandt e renomearam o estúdio como Columbia Pictures Corporation, tentando a partir daí melhorar sua imagem e se desvincular dos apelidos maliciosos.

O logotipo do estúdio Columbia é a personificação feminina da América. Foi projetado em 1924 e a identidade da moça que segurava a tocha nunca foi conclusivamente determinada, embora muitas mulheres já tenham dito que a imagem era delas.

Em sua autobiografia de 1962, a atriz Bette Davis afirmou que a assistente de palco e atriz Claudia Dell era a modelo, enquanto que em 1987 a revista People informou que a modelo era a atriz britânica Amelia. Em 2001, o jornal Chicago Sun-Times disse que a moça era uma mulher local, que trabalhou como figurante na Columbia, chamada Jane Bartholomew.

O logotipo atual foi desenhado em 1993 por Michael J. Deas, que foi contratado pela Sony Pictures Entertainment para retornar a senhora ao seu look 'clássico'. Apesar dos rumores de que a atriz Annette Bening foi a modelo, na verdade a representação era de uma dona de casa de Louisiana, nos Estados Unidos, chamada Jenny Joseph. Ao invés de usar seu rosto, no entanto, Deas desenhou um rosto composto feito a partir de recursos gerados por diversos computadores.
Dreamworks

Para desenhar o logo da Dreamworks, o artista Robert Hunt se inspirou no próprio filho, Willian Hunt

Depois de retratar o próprio filho, Hunt seguiu as ideias de Spielberg e colocou o menino sentado na lua e pescando

Em 1994, o diretor Steven Spielberg, o presidente dos estúdios Disney Jeffrey Katzenberg e David Geffen, um produtor de discos, se reuniram para fundar um novo estúdio chamado DreamWorks.

Spielberg queria que o logotipo da DreamWorks fosse uma espécie de referência à era dourada de Hollywood. O logotipo era para ser uma imagem gerada por computador de um homem sentado na lua e pescando, mas o supervisor de Efeitos Visuais Dennis Muren da Industrial Light and Magic, que já trabalhou em muitos filmes de Spielberg, sugeriu que um logo pintado à mão pudesse parecer melhor. Spielberg, Katzenberg e Geffen concordaram e então Muren pediu para um amigo, o artista Robert Hunt, pintá-lo.

Junto com o desenho pedido, Hunt também enviou uma versão alternativa do logotipo, que era composta por um menino sentado em uma lua crescente e ainda assim pescando. A curiosidade é que Hunt retratou o próprio filho, William, no desenho. Spielberg achou essa versão melhor e o grupo tinha então o a marca registrada de seu novo estúdio.

Outro ponto interessante é que a sigla SKG, que fica abaixo do nome Dreamworks, é nada mais do que as iniciais de Spielberg, Katzenberg e Geffen.

MGM

Slats, o primeiro leão usado no logo da Goldwin Pictures, de 1916 a 1924

Depois que a Goldwin Pictures se fundiu com a Metro Pictures Corporation e Louis B. Mayer Pictures, formando assim a MGM, a empresa continuou com o leão Slats, de 1924 a 1928, mas seu logo oficial era em preto e branco

Jackie, o segundo leão, foi o primeiro a ter o som de seu rugido reproduzido e também o primeiro a aparecer em cores. Ele apareceu de 1928 a 1956

Tanner, o terceiro leão representante da marca, é dito como o mais famoso. Em sua época, de 1934 a 1956, Jackie ainda era usado para a abertura de filmes em preto e branco

De 1956 a 1958 a MGM utilizou um leão sem nome

De 1957 aos dias atuais, o leão representante da MGM é Leo


Atual logo da MGM, cujo slogan é "Mais estrelas do que as que estão no céu", uma referência aos artistas que tinham contrato com a empresa na década de 30
Em 1924, o estúdio do publicitário Howard Dietz desenhou o 'Leo, o Leão', logo que representava a Samuel Goldwyn Goldwyn Corporation. Para tal, ele se baseou na equipe esportiva para a qual torcia quando estudou na Universidade de Columbia, o Lions. Também foi Dietz que escolheu o lema da empresa: “Ars Gratia Ars”, que significa “Arte pela Arte”.

Quando a Goldwyn Pictures se fundiu com a Metro Pictures Corporation e Louis B. Mayer Pictures, a recém-formada MGM manteve a marca.

Desde então, cinco leões fizeram o papel de Leo. O primeiro foi Slats, que enfeitou as aberturas dos filmes mudos da MGM de 1924 a 1928. O leão seguinte, Jackie, foi o primeiro leão da MGM a ter seu rugido ouvido pelo público. Embora os filmes ainda fossem mudos, a sequência de Jackie rosnando era jogada sobre o fonógrafo assim que o logotipo aparecia na tela. Jackie também foi o primeiro leão a aparecer em cor, em 1932.

Nesta época Dietz criou um segundo slogan: 'More Stars than there are in heaven' (“Mais estrelas do que as que estão no céu”), em referência ao grande números de estrelas de cinema que tinham contrato com o estúdio na década de 30.

O terceiro leão foi Tanner, embora na época Jackie ainda fosse usado simultaneamente para filmes em preto e branco da MGM. Depois de um breve uso de um leão sem nome, a MGM apareceu com Leo, que o estúdio vem utilizando desde 1957.

Paramount


Logo Majestic Mountain, usado de 1914 a 1952

Logo Twisted Mountain, usado de 1952 a 1954

Logo Vista Vision Mountain, usado de 1954 a 1967

Logo Majestic Mountain, usado de 1968 a 1975

Logo Blue Mountain, usado de 1975 a 1987

Logo CGI Mountain, usado de 1987 a 2002



Logo Ultra Majestic Mountain, usado de 2002 aos dias atuais




Atualmente com 22 estrelas, duas a menos do que o original, não há informações sobre esta mudança no logo da Paramount


A Paramount Pictures Corporation foi fundada em 1912 como Players Film, por Adolph Zukor e os magnatas teatro, os irmãos Frohman, Daniel e Charles.

O logotipo Paramount 'Majestic Mountain' foi primeiramente desenhado por W.W. Hodkinson durante uma reunião com Zukor, inspirado na montanha Bem Lomond, que lembrava sua infância em Utah, Estados Unidos. Mais tarde, o desenho passou a representar a montanha Artesonraju, que fica no Peru, especula-se que mais pelo seu formato do que por outro motivo qualquer.

O desenho original tinha 24 estrelas, que simbolizavam então as 24 celebridades contratadas da Paramount. Atualmente são 22 estrelas, mas não há informações sobre o motivo da redução. A pintura fosca original também foi substituída por uma montanha gerada por computador.

Warner


Logo Brain Shield, usado de 1923 a 1929

Logo Vitaphone Shield, usado de 1929 a 1936

Logo Zooming Shield, usado de 1936 a 1937

Logo WB Shield, usado de 1927 a 1948

Logo Classic Shield, usado de 1948 a 1967

Logo WB-7, usado de 1967 a 1970

Logo The Kinney Shield, usado de 1970 a 1972

Logo WCI Shield, usado em 1972

Logo The Big W, usado de 1972 a 1984

Logo The Shield Returns, usado de 1984 a 1998

Logo CGI Shield, de 1998 aos dias atuais

A Warner Bros foi fundada por quatro irmãos judeus que emigraram da Polônia: Harry, Albert, Sam e Jack Warner


A Warner Bros foi fundada por quatro irmãos judeus que emigraram da Polônia: Harry, Albert, Sam e Jack Warner. Na verdade, esses não são seus nomes de nascença. Harry nasceu Hirsz, Albert era Aaron, Sam era Szmul, e Jack era Itzhak. Seu sobrenome original também é desconhecido, algumas fontes apontam para Wonsal, Wonskolaser ou mesmo Eichelbaum, antes de ter sido alterado para Warner.

No início, a Warner Bros teve dificuldade em atrair talentos renomados no mundo do cinema. Em 1925, a pedido de Sam, a empresa fez os primeiros longas com fala. Quando soube da ideia de Sam, Harry disse a famosa frase: 'quem se interessaria em ouvir os atores falar?'. Depois dessa inovação, tudo se desenrolou para a Warner, que acabou se tornando uma das empresas mais famosas no mundo do cinema.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Rio



Rio é um filme impecável. Visual maravilhoso. Colorido. Técnicamente, é uma produção chamativa, que tem tudo para agradar a molecada e os marmanjos. Os personagens têm bastante apelo, e são igualmente bonitos, e até mesmo divertidos. Acho que poderiam ser mais explorados, como o hilário cachorrão, que salva a pátria em vários momentos, mas no geral são personagens bastante fortes.

No entanto, é na história que a coisa perde um pouco a sua força. O filme serve bem ao propósito de divulgar o Rio de Janeiro. Seu apelo comercial, antecedendo a Copa e as Olimpíadas que ocorrerão no Brasil, é gritante. Mesmo tentando se distanciar, fica difícil não perceber. As músicas, a maioria delas produzida especialmente para o filme, são direcionadas para valorizar aspectos comerciais.

Sei que isso pode incomodar muitas pessoas, e não quero dizer que por causa disso o filme seja ruim. Apenas imagino que alguns desses elementos poderiam ser minimizados. Todos nós já sabemos que o Brasil é o país do futebol, do samba e das mulheres nas praias. Lá fora também sabem disso. São símbolos culturais, do nosso povo. E o filme retoma tudo isso, de novo. E não é com a intenção de apresentar esses elementos para outros países.

Até porque, o Rio de Janeiro não é a selva que mostram no filme, e a Arara Azul não é um animal típico de lá, muito menos as cacatuas. Outro ponto delicado é o do roubo dos animais, ou mesmo o assalto promovido pelos macaquinhos. Ok, o contrabando de animais é um problema sério. E os macaquinhos realmente costumam se encantar com certos objetos, e os levam embora, ou até promovem trocas. Mas levar todo o ouro de turistas, não é o tipo de coisa que eu acho conveniente mostrar em um filme que trata o nosso país. Problemas existem? É claro, mas em uma animação, não precisaria ser o foco da trama.

No filme, Blu (voz original de Jesse Eisenberg) é uma arara domesticada que nunca aprendeu a voar e tem uma vida tranquila e confortável ao lado de Linda (Anne Hathaway), sua dona e melhor amiga em Minnesota, Estados Unidos. Linda é surpreendida com a visita de Túlio (Rodrigo Santoro), que conta da necessidade de Blu ir ao Rio de Janeiro e se reproduzir com a única fêmea restante da espécie. Começa, então, a aventura pela Cidade Maravilhosa em pleno Carnaval.

Uma animação maravilhosa, com ótimo visual, belíssima técnica, excelentes personagens, mas que deixa um pouco a desejar em seu roteiro. Não é nada grave, que tire todo o valor da produção, mas que derrapa em algumas passagens que poderiam valorizar ainda mais aspectos culturais brasileiros. Mesmo que não seja um filme com apelo mais comercial (o que eu não acredito), eu ficaria mais com elementos que apontassem a característica alegre e festiva do povo. Ainda assim, uma grande pedida para a criançada e para os adultos. Difícil não se espantar, e se encantar, com o nível de detalhes do sambódromo ou da dança das aves.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Carlos Saldanha
Elenco: Vozes de Anne Hathaway, Rodrigo Santoro, Jammie Fox, Jesse Eisenberg, George Lopez, Jake T. Austin, Carlos Ponce, Kate del Castillo, Bernardo de Paula
Produção: Bruce Anderson John C. Donkin
Roteiro: Don Rhymer, Joshua Sternin, Jeffrey Ventimilia, Sam Harper, Carlos Saldanha, Earl Richey Jones, Todd Jones
Fotografia: Renato Falcão
Trilha Sonora: John Powell
Duração: 105 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Blue Sky Studios / Twentieth Century Fox Animation
Classificação: Livre