quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Paulínia abre editais para retomar produção no Polo Cinematográfico

Estúdios do Polo Cinematográfico de Paulínia
Estúdios do Polo Cinematográfico de Paulínia

Depois de quase dois anos paralisado, a prefeitura de Paulínia dá os primeiros passos para retomar as produções no Polo Cinematográfico da cidade.

Foi anunciado nesta quinta (27) um edital para o financiamento da produção de curtas e longas metragens, no total de R$ 8,98 milhões. O edital contemplará 14 curtas --R$ 70 mil para cada, sendo sete de abrangência nacional e sete de moradores na região de Campinas, incluindo seis de diretores estreantes e ao menos dois documentários, duas ficções e duas animações-- e dez longas, divididos em dois grupos: o primeiro recebe até R$ 1 milhão e o segundo, até R$ 500 mil.

Para receber os valores, as produções deverão utilizar a infra-estrutura do Polo Cinematográfico de Paulínia, que inclui estúdios, escritórios temporários de produção e infraestrutura para facilitar as filmagens na cidade.

As inscrições podem ser feitas nos próximos 45 dias e os editais estão disponíveis no site da prefeitura de Paulínia.

Entre as contrapartidas exigidas estão a realização da primeira exibição pública do filme no Brasil no Theatro Municipal Paulo Gracindo, com a presença do diretor e pelo menos um ator do elenco principal e entrevista coletiva para a imprensa da região durante as filmagens.

Entre as produções que se beneficiaram com verbas de Paulínia nos últimos anos estão filmes como "Bruna Surfistinha", "De Pernas pro Ar", "Ensaio sobre a Cegueira" e "O Palhaço".
 
Hollywood brasileira

O Polo de Paulínia estava paralisado desde abril de 2012, quando o então prefeito José Pavan Junior anunciou o cancelamento do festival de cinema realizado na cidade, que iria para sua quinta edição, alegando que direcionaria a verba para programas sociais.

A retomada das atividades foi anunciada em novembro de 2011, pela secretária de Cultura Mônica Trigo, que na época informou que estúdios, cursos e editais estavam para ser retomados e que o próximo festival de cinema acontecerá em julho de 2014. A curadoria será do crítico de cinema Rubens Ewald Filho e da produtora Tatiana Quintella. "Vamos dar ao projeto nova roupagem para que se estabeleça como uma política permanente", disse.

Idealizada para ser a "Hollywood brasileira", estima-se que cerca de R$ 490 milhões já tenham sido gastos no polo de Paulínia, desde a década de 1990, quando iniciaram as obras. Os recursos são oriundos dos royalties do petróleo.

Entretanto, um imbróglio político interrompeu as atividades do complexo, que possui estúdios de gravação, teatro, escola, escritório de captação de projetos e um restaurante. O projeto foi criado pelo ex-prefeito, Edson Moura (PMDB), que elegeu o filho Edson Moura Júnior (PMDB), na eleição de 2012, como manobra para escapar da Lei da Ficha Limpa.

Moura disputou a eleição por força de uma liminar a seu favor, mas já havia sido condenado duas vezes pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por improbidade administrativa.

Depois de recorrer na justiça, quem acabou ocupando o cargo na ocasião foi o segundo colocado em Paulínia, José Pavan Junior (PSB). Em abril passado, Pavan que já havia abandonado a estrutura do polo e interrompido editais, cancelou o festival de cinema da cidade.

Em julho deste ano, porém, por decisão do TSE, Moura Junior assumiu o cargo e anunciou a intenção de retomar o projeto do polo.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Tática para aumentar indicados transforma Oscar em terrenos para poucos

A lista de indicados ao Oscar 2014 pode ser a prova de que a tática da Academia, que há cinco temporadas aumentou o número de finalistas na categoria principal, pode ter falhado. A desculpa para aumentar as vagas em melhor filme de cinco para dez --e depois para "um número entre cinco e dez", segundo um cálculo maluco inventado pela produção-- era prestigiar uma crescente produção de qualidade, reconhecer filmes que não teriam chance de entrar numa seleção mais fechada e, de uma maneira geral, consagrar mais obras.

Na prática, a ideia era agradar os estúdios, fazer média com o cinema independente e deixar o Oscar mais antenado com o mercado. É bom lembrar que, um ano antes, dois filmes considerados favoritos a aparecer na lista de indicados ("Batman, o Cavaleiro das Trevas" e "Wall-E") foram excluídos, gerando uma revolta geral em Hollywood. O aumento do número de filmes finalistas era uma maneira de não pisar na bola de novo. Mas parece que o efeito foi o contrário, pelo menos neste ano.

Em 2014, apenas 12 filmes conseguiram emplacar indicações no chamado Top 8, as oito principais categorias do Oscar: filme, direção, os quatro quesitos de elenco e os dois de roteiro.  Estas categorias, juntas, representam um total de 40 a 45 indicações, dependendo do número de finalistas a melhor filme. As 44 vagas deste ano foram divididas entre apenas 12 produções. Em outros anos --na época das cinco indicações para melhor filme-- 16, 18, 20 ou até mais longas conseguiam representação no Top 8.

Voto condicionado
Como explicar esse fenômeno? Alguns especialistas acreditam que o problema está na elasticidade da categoria principal. Com o aumento no número de indicados, o eleitor da Academia estaria condicionado, acreditam eles, a enxergar esses filmes como os importantes do ano, aqueles que merecem ser votados. Para se ter uma ideia, dos 12 longas que entraram no Top 8, somente três não disputam o Oscar de melhor filme: "Blue Jasmine", "Álbum de Família" e "Antes da Meia-Noite".

Todos os outros indicados saíram dos nove filmes finalistas ao Oscar, inclusive atores que não estavam entre os favoritos a uma indicação, como Christian Bale, por "Trapaça", entre os atores, e Jonah Hill, por "O Lobo de Wall Street", entre os coadjuvantes. Ambos ficaram fora do Globo de Ouro e do prêmio do SAG, o Sindicato dos Atores, dois termômetros para o Oscar. Como seus longas eram candidatos em potencial para melhor filme, eles terminaram tendo mais sorte do que, respectivamente, Robert Redford, por "Até o Fim", e Daniel Brühl, de "Rush", filmes que já estavam de fora da disputa principal, segundo as premiações anteriores.

Amy Adams, também de "Trapaça", foi outra beneficiada pela nova lógica da Academia. Seu filme era forte candidato, mas a corrida das atrizes ficou apertada. Muita gente acreditava que Amy entraria na vaga de Meryl Streep, por "Álbum de Família", filme sem chances na categoria mais importante.

O prestígio da dama de Hollywood, no entanto, fez com que ela conseguisse sua 18ª indicação, deixando com que Amy derrubasse outra veterana: Emma Thompson, já dada como certa entre as atrizes, mas que terminou sem a vaga já que "Walt nos Bastidores de Mary Poppins" ficou minúsculo na campanha até sobrar apenas uma indicação pela trilha sonora.

A lógica de que os filmes "votáveis" são os candidatos a filme do ano também teria garantido uma inesperada indicação em montagem para "Clube de Compras Dallas", em detrimento de filmes mais técnicos --e mais comuns neste quesito-- como novamente "Rush", que passou em branco no Oscar deste ano. O filme de Ron Howard não chegou ao fim da corrida com a força de "Blue Jasmine", que mesmo sem indicação a melhor filme elegeu Cate Blanchett, que ainda puxou a "irmã" Sally Hawkins, ou de "Antes da Meia-Noite", que contou com o efeito "fim de trilogia" e manteve intactas suas chances em roteiro adaptado.

O que deveria preocupar a Academia é que a estratégia para aumentar o número de filmes prestigiados pelo Oscar parece ir por água abaixo. Caso a lógica do "melhor filme" permaneça no ano que vem, corre-se um sério risco de se transformar o Oscar num terreno ainda mais restrito, onde méritos individuais são subtraídos em decorrência do conjunto. Uma reforma parece necessária --e rápido-- inclusive porque ter nove filmes concorrendo a um prêmio não parece coisa muito séria.

Por Chico Fireman, no site UOL Entretenimento, em 26/02/2014.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Morre o ator Harold Ramis, de “Os Caça-Fantasmas”



Ele foi o Egon no clássico Os Caça-Fantamas e infelizmente morreu nesta noite aos 69 anos. Segundo informações do Chicago Tribune, Harold Ramis morreu nesta segunda-feira, dia 24, vítima de uma rara doença autoimune que causa a destruição dos vasos sanguíneos. Ele morreu ao lado de sua mulher, Erica Mann Ramis, e de sua família. Por causa da doença, o ator/diretor/roteirista estava afastado dos filmes e séries de TV desde maio de 2010.
Além de ator, Harold também era diretor e roteirista e escreveu as histórias de O Clube dos Cafajestes (1978), Almôndegas (1979), Os Caça-Fantasmas (1984), Os Caça-Fantasmas 2 (1989), entre vários outros. Também dirigiu longas famosos como Férias Frustradas (1983), A Máfia Volta ao Divã (2002) etc. Como dá para ver, Ramis sempre teve uma forte atuação no mundo das comédias. Como ator, seu último trabalho foi no longa Ano Um, de 2009, do qual também é diretor e roteirista. O protagonista aqui foi Jack Black.

Já há alguns anos existe uma intenção em se produzir um terceiro longa de Os Caça-Fantasmas e Harold Ramis apoiava o projeto. Em 2010, antes de adoecer, ele mesmo deu declarações de que uma nova aventura dos personagens iria acontecer com certeza em algum momento do futuro.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Filmes passam a estrear às quintas-feiras no Brasil



O filmes chegarão agora um dia antes aos cinemas brasileiros. A partir de 13 de março os lançamentos acontecerão às quintas-feiras, e não mais às sextas. Com isso, o Brasil segue países como Argentina, Peru, Bolívia e Chile, na América do Sul. Nos Estados Unidos, as estreias ainda acontecem às sextas-feiras.

"Hoje a quinta-feira é agitada, animada em várias cidades do Brasil. Mas o público interessado em filmes não encontra novidade neste dia. A partir de 13 de março, o cinema entra também no cardápio de opções da quinta-feira", diz Paulo Lui, presidente da Feneec (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas). A mudança surgiu de conversas entre a Feneec, exibidores e distribuidores ao longo do último ano.

Ainda segundo Paulo, a mudança pode influenciar positivamente nos resultados de filmes médios nacionais e internacionais, que nem sempre têm verba para uma comunicação pesada antes da estreia. "Eles ganham mais um dia de boca a boca". 
 
A novidade acontece na semana logo depois do Carnaval, com estreias como os brasileiros "Alemão" (de José Belmonte, da Downtown/Paris) e "Éden"(de Bruno Safadi, da ArtHouse), e os internacionais "About Last Night" (Sony), "Need for Speedy" (Disney), "Prenda-me" (Esfera/Vitrine), "Refém da Paixão" (Paramount), "Vampire Academy" (Diamond Films). 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ministério da Justiça lança programa colaborativo de classificação indicativa para TV e cinema


O Ministério da Justiça lançou neste mês um programa colaborativo de classificação indicativa. A classificação indicativa visa proteger crianças e adolescentes de conteúdo inapropriado em meios de comunicação como cinema e televisão.

Criado por meio da Porta nº 26 da Secretaria Nacional de Justiça e do Ministério da Justiça, o programa tem como objetivo democratizar e trazer mais transparência para o processo de classificação indicativa.

Para participar, é preciso se inscrever em um edital disponível no site Cultura Digital. Os voluntários serão treinados em uma oficina de habilitação feita pela Coordenação de Classificação Indicativa, em Brasília. Após a qualificação, os selecionados se tornam classificadores externos voluntários.

Um dos objetivos do grupo de voluntários será monitorar atrações regionais de televisao, além de jogos e aplicativos digitais. Como a demanda nacional é enorme, a participação da sociedade contribuirá ainda para aliviar a carga da equipe titular.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Filmes sentimentais podem fortalecer relacionamento, diz estudo

Segundo estudo, assistir a esse tipo de filme tem efeito semelhante à terapia de casal
Segundo estudo, assistir a esse tipo de filme tem efeito semelhante à terapia de casal

Um dos grandes abismos nos relacionamentos entre um homem e uma mulher é aquilo que muitos consideram como "filme para mulher" --um filme como "Laços de Ternura" ou "Diário de Uma Paixão"-- que geralmente leva as mulheres às lágrimas e deixa os homens entediados. Agora, porém, um estudo da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, mostra que os filmes sentimentais feitos em Hollywood podem ajudar a fortalecer relacionamentos na vida real.

A pesquisa, realizada com 174 recém-casados, descobriu que aqueles que assistiram e conversaram sobre questões levantadas em filmes como "Flores de Aço" e "Love Story" tinham menos chances de se separar do que casais em um grupo de controle. Surpreendentemente, a intervenção de "Love Story" foi tão eficiente em manter casais juntos quanto dois métodos intensivos conduzidos por terapeutas.

Os resultados, mesmo sendo preliminares, têm implicações importantes para o aconselhamento a casais com problemas de relacionamento. A intervenção com filmes pode se tornar uma opção de autoajuda para casais relutantes em iniciar sessões formais de terapia, ou àqueles que moram em áreas com menos acesso a terapeutas.
 
"Um filme é uma maneira não ameaçadora de iniciar a conversa", explica Ronald D. Rogge, professor de Psicologia na Universidade de Rochester e principal autor do estudo. "Isso é realmente empolgante, pois torna muito mais fácil atingir os casais e ajudá-los a fortalecer seus relacionamentos em ampla escala". 

O objetivo inicial do estudo era avaliar dois tipos de intervenções terapêuticas, chamadas de CARE e PREP nos Estados Unidos. O método CARE tem como objetivo a aceitação e empatia no aconselhamento de casais, enquanto o PREP é voltado a um estilo específico de comunicação que os casais usam para solucionar problemas. Os pesquisadores queriam uma terceira opção que permitisse uma interação entre os casais sem envolver um aconselhamento intensivo.

Rogge e o autor sênior Thomas N. Bradbury, diretor do Relationship Institute da University of California, em Los Angeles, publicaram as descobertas na edição de dezembro da revista "The Journal of Consulting and Clinical Psychology".

Efeito terapêutico

Os pesquisadores fizeram os casais assistirem a cinco filmes e participarem de discussões orientadas em seguida. Um quarto grupo de casais não recebeu qualquer aconselhamento ou tarefas de autoajuda, servindo como grupo controle.

No início do estudo, os pesquisadores esperavam que os métodos CARE e PREP surtissem um efeito pronunciado sobre os relacionamentos, e que a intervenção com filmes pudesse resultar em algumas melhorias leves à qualidade das relações. Mas a intervenção com filmes funcionou tão bem quanto os dois métodos estabelecidos de terapia para reduzir os divórcios e separações.

Entre os 174 casais estudados, os que receberam aconselhamento matrimonial ou participaram da intervenção com filmes mostraram 50% menos chances de se divorciar ou separar após três anos do que os casais no grupo de controle, que não sofreram nenhuma intervenção. A taxa de divórcio ou separação foi de 11% nos grupos com intervenções, frente a 24% no grupo de controle.
 
Ao determinar a lista de filmes que poderiam ser úteis a casais, os pesquisadores eliminaram comédias românticas populares como "Sintonia de Amor" ou "Harry e Sally – Feitos um para o Outro". Em vez disso, eles fizeram uma lista de filmes que mostram casais em pontos altos e baixos de suas relações.

"Hollywood pode colocar expectativas bastante irreais nos relacionamentos românticos", afirma Rogge. "A ideia de que você precisa se apaixonar de forma fácil e instantânea não é uma realidade, e não é relevante para a maioria dos casais que estão em um relacionamento há dois, três ou quatro anos".

Alguns dos filmes na lista, como "Encontro de Casais", são engraçados e não necessariamente realistas. "Mas eles são suficientes para iniciar um diálogo", explica Rogge.

Desde a conclusão do estudo inicial, Rogge e seus colegas vêm recrutando casais para estudar o efeito da intervenção com filmes sobre diferentes relacionamentos, incluindo casamentos antigos e casais do mesmo sexo.
 
Megan Clifton, estudante de 27 anos de Knoxville, no Tennessee, mora com o namorado há quase dois anos. Mesmo garantindo que os dois têm "uma comunicação excelente", ela decidiu tentar a intervenção com filmes.

Enquanto viam o filme "Uma Noite Fora de Série", com Tina Fey e Steve Carell, o casal riu durante uma cena onde o marido não consegue fechar gavetas e portas de armários. "Ele deixa os armários abertos o tempo todo, e eu me transformo na namorada chata e ele fica meio chateado", explica Megan. "Quando estávamos assistindo ao filme, eu disse: 'Esse é você!', e foi engraçado. Acabamos rindo de tudo, e aquilo nos ajudou a enxergar nosso relacionamento e nossos problemas de forma bem-humorada".

Matt e Kellie Butler de Ashtabula, Ohio, são casados há 16 anos e também acham que a intervenção com filmes ajudou no relacionamento. Até agora, eles assistiram a "Amor e Outras Drogas" e "Ela Vai Ter um Bebê".

"Isso é algo poderoso", diz Matt Butler. "É como acompanhar a criação de personagens em uma sessão de terapia em grupo, mas é um filme --e por isso é menos ameaçador e mais divertido".
Segundo Butler, embora ele e sua mulher tenham um forte vínculo, casais juntos há muito tempo às vezes se esquecem de discutir seus relacionamentos. "Somos casados há 16 anos, mas isso não é algo que você senta e conversa a respeito", diz ele. "Quando você vê um filme, ele te leva a discutir o relacionamento".

Rogge observou que mais pesquisas são necessárias para determinar o efeito sobre uma variedade de casais. Uma falha do estudo é que o grupo de controle não era realmente aleatório. Embora os casais no grupo de controle parecessem similares a outros casais no estudo, em termos de demografia e qualidade do relacionamento, mais pesquisas são necessárias para validar o método dos filmes.

"Analisando a profundidade das discussões que ocorrem após cada filme, e quanto esforço, tempo e introspecção os casais colocam nessas discussões, acredito que poderemos prever como caminharão os relacionamentos", afirma Rogge.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Anne Hathaway será uma das apresentadoras do Oscar 2014

A atriz Anne Hathaway, com o Oscar de melhor atriz coadjuvante de 2013

A atriz Anne Hathaway será uma das apresentadoras do Oscar 2014, que acontece no dia 2 de março, em Los Angeles, nos Estados Unidos, informaram nesta terça-feira (18) os produtores da cerimônia Craig Zadan e Neil Meron, em comunicado divulgado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos.

A atriz, vencedora da estatueta de coadjuvante em 2013, por "Os Miseráveis", junta-se a Daniel Day-Lewis, Jennifer Lawrence e à apresentadora principal da cerimônia, Ellen DeGeneres, que já havia comandado o evento em 2007.

Tradicionalmente, os quatro vencedores dos prêmios de atuação em uma edição do Oscar são convidados para apresentar essas categorias na cerimônia do ano seguinte, mas a Academia ainda não divulgou oficialmente os papéis de Day-Lewis e Lawrence.

As apresentadoras Robin Roberts e Lara Spencer, do programa "Good Morning America", da rede ABC, e do editor da revista "People", Jess Cagle, serão mestres de cerimônias do tapete vermelho do Oscar 2014. Eles estarão ao lado do ator e modelo Tyson Beckford no "esquenta" da premiação.

No campo musical, a Academia já anunicou as apresentações do músico e produtor Pharell Williams, da banda irlandesa U2, que tocará a canção indicada ao Oscar "Ordinary Love", de "Mandela: Long Walk to Freedom", e de Karen O., vocalista do Yeah Yeah Yeahs, cuja canção que fez junto com Spike Jonze para o filme "Ela" também concorre à estatueta.

 "Trapaça" e "Gravidade" lideram as indicações ao Oscar 2014, concorrendo em dez categorias cada um. "12 Anos de Escravidão" --que ganhou o prêmio de melhor filme no Globo de Ouro-- recebeu nove indicações. Os três longas concorrem a melhor filme e melhor diretor, mas apenas "Trapaça" aparece em todas as categorias principais, entre elas melhor ator (Christian Bale), melhor atriz (Amy Adams), coadjuvantes (Bradley Cooper e Jennifer Lawrence).

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Falta de distribuição ou planejamento deixam filmes nacionais sem salas

"Insônia", novo filme protagonizado por Luana Piovani, estreou nesta sexta-feira (14) após mais de cinco anos do início das filmagens. Em 2008, quando a equipe registrou a última cena sobre a história dos conflitos de uma adolescente, as redes sociais não tinham o papel que tem hoje e Luana, agora mãe, ainda namorava Dado Dolabella.
Remontagens, problemas na captação de recursos e conversões técnicas fizeram com que o longa empacasse, mas outra questão, bastante conhecida de produtores e cineastas brasileiros, também colaborou para a demora: a dificuldade de se distribuir e lançar o filme.

"Ficamos quase um ano com o filme parado. Já sabíamos que teríamos o problema da distribuição pelo fato do filme não ter tanto apelo", conta o produtor de "Insônia", Beto Rodrigues.

O que poderia ser um acidente de percurso, na verdade assola a produção nacional. Uma lista imensa de filmes aguarda o parceiro ideal que "compre" a ideia do longa e se arrisque a lançá-lo. Foi assim com a coprodução sino-brasileira "Destino", com Lucélia Santos e direção de Moacyr Góes. O filme estreou em Xangai em 2009 e passou pelo festival de Paulínia no mesmo ano. No entanto, não se tem notícia de quando ele realmente será lançado. Outro exemplo é o experimental "As Tentações do Irmão Sebastião", de José Araújo, que passou na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2006 e desde então nunca mais se ouviu falar.

Filmado em 2009, "A Primeira Missa", com a filha de Charlie Chaplin, Geraldine Chaplin, no elenco, a volta às telas da diretora Ana Carolina já foi exibido em Portugal. Nas telas brasileiras, por enquanto, nenhum sinal.

"A distribuição é o único problema do cinema brasileiro. É uma tragédia, uma falta absoluta de critérios", reclama o produtor executivo do filme "Anita e Garibaldi", Rubens Gennaro. O filme, protagonizado por Ana Paula Arósio, demorou oito anos para encontrar um lugar seu nas telas. Na época da estreia, o produtor criticou a atriz, que após as filmagens, abandonou a vida de estrela para viver em uma fazenda. Longe da vida pública, Arósio não foi ao lançamento e nem participou de entrevistas que poderiam ajudar na publicidade do filme.

Com o filme em cartaz, Gennaro não aplacou. "Colocaram o filme um dia na sessão das 18h, e no dia seguinte mudaram para às 13h. 90% do interesse é voltado ao cinema americano". Faltou um trabalho de publicidade? Gennaro admite que sim, mas aponta o que considera ser o maior problema: "Eu não tenho dinheiro para pagar mídia, comercialização".
"Anita e Garibaldi", de Alberto Rondalli, retrata a chegada de Giuseppe Garibaldi (Gabriel Braga Nunes) no Brasil, seu encontro com Anita (Ana Paula Arósio) e o aprendizado humano e militar com Luigi Rossetti na luta pela libertação do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina do Império Brasileiro Divulgação

Procurada pelo UOL, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) não respondeu aos questionamentos dos produtos ouvidos pela reportagem. Sabe-se, no entanto, que o órgão possui duas linhas de investimento, dentro do Fundo Setorial, para distribuição e comercialização, mas muitas vezes a distribuidora precisa investir recursos também.

Dependendo do filme, o custo na divulgação é considerado um risco, principalmente se for um filme menor, autoral e distante de blockbusters, como "Tropa de Elite", "Se Eu Fosse Você" ou "De Pernas Pro Ar", títulos cujo gêneros já foram experimentados e que são considerados as verdadeiras galinhas dos ovos de ouro – não à toa, as três sequências figuram entre os 20 filmes nacionais com maior bilheteria da história.
Com "Insônia", foi a mesma coisa. "Tentamos o caminho com muitas distribuidoras, mas não tínhamos um recurso substancial", conta Beto. "Hoje, se você não tem perfil definido como uma comédia de costumes, sem a Globo Filmes e uma distribuidora grande por trás, você quase não tem chances", explica.

Adhemar Oliveira conhece as duas etapas do processo de lançamento de um filme mais importante. Ele é fundador da rede exibidora Espaço de Cinema com salas em Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, e também é distribuidor, com a Espaço Filmes, onde se dedica a exibição de filmes especiais, como o experimental "Viajo Porque preciso, Volto Porque Te Amo", de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes, e agora com "Insônia".

Programa premia distribuidoras para lançar filmes no exterior



O programa Cinema do Brasil, pilotado pelo cineasta e diretor-executivo do MIS (Museu de Imagem e de Som, em São Paulo) André Sturm, desenvolve um trabalho forte de incentivo às distribuidoras que querem lançar filmes nacionais. Mas no exterior. "A gente oferece às distribuidoras que vão lançar filmes brasileiros um valor em dinheiro para ele gastar com despesas do lançamento. Ano passado tivemos 40 inscritos e conseguimos contemplar 20 lançamentos de filmes brasileiros com apoio do Cinema no Brasil". Prova do sucesso do prêmio são os filmes "Praia do Futuro", de Karin Aïnouz, e "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro, todos contemplados pelo programa, e atrações no Festival de Berlim. Guardada as devidas proporções, o risco de lançar uma produção no exterior encontra semelhanças no trabalho de lançamento de um filme no Brasil. "Para lançar um filme no cinema, você tem que correr todos os riscos antes, fazer cópias. Não tem essa coisa de 'não deu certo, vamos guardar o filme e lançar de novo'. Não é uma loja, não tem estoque. Com esse recurso, o distribuidor diz 'meu risco agora é só uma parte'" explica Sturm
 
No entanto, ele não engrossa o coro dos descontentes e aponta falta de planejamento como motivo para os filmes não chegarem ao público. "Há uma produção nacional muito forte, mas não se pensa no público, no lançamento, no mercado, no marketing. Existir produção é bom, mas existir produção e não ter escoamento, é ruim. O que não dá é gerar um filme num formato que não tem futuro", ele explica.

"Você tem uma concorrência violenta de salas, ainda mais no Brasil onde temos 5 mil salas. Dependendo do tipo de filme, ele tem mais resistência ainda. Você acha que a gente não discute com as pessoas: olha o filme vai chegar apenas até aqui [de público e bilheteria]? A vontade do artista é ser visto por milhões"

Especialista em mercado cinematográfico, o jornalista Pedro Butcher avalia que anos atrás a situação era mais drástica. "Filmes que não estreiam existiram e sempre vão existir. Mas a situação já foi muito mais grave. O Fundo Setorial tem complementações e o aumento das salas dá uma respirada. Tem muitas distribuidoras que estão fazendo um movimento bom com o cinema nacional", explica.

Longe dos blockbusters, Pedro dá exemplos de filmes que ficariam restritos aos amigos do diretor em outros tempos, mas que hoje ganham repercussão dentro do seu nicho. "[O documentário] 'O Renascimento do Parto' foi feito via crowdfunding e ganhou uma super adesão. Foi distribuído pelo Espaço Filmes e foi um sucesso. Um filme com financiamento coletivo através de um site".

Outras soluções estão sendo testadas para que os filmes tenham vida pelo menos na tela da TV e do computador. O diretor Roberto Santucci, eleito o atual midas do cinema nacional, pelo estrondoso sucesso de "De Pernas Para o Ar" e "Até que a Sorte Nos Separe" – com média de 4 milhões de espectadores cada um --, tem um filme de 2008 não lançado, "Alucinados", realizado na época em que ele corria de um lado para o outro buscando parcerias com distribuidoras e exibidores, mantém a fé de que o longa pode finalmente ver à luz com um lançamento online.

Filmes como " Não Se Pode Viver Sem Amor", de Jorge Duran, com Cauã Reymond no elenco, não conseguiu espaço na programação das salas e estreou direto em DVD e na grade do Canal Brasil. O segundo filme de Oswaldo Montenegro, "Solidões", com Vanessa Giácomo, é o próximo título da parceria com a emissora de TV por assinatura.

Por Tiago Dias, para o UOL Entretenimento, em 17/02/2014.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"12 anos de Escravidão" é o melhor filme no BAFTA 2014; "Gravidade" lidera

O filme "12 anos de Escravidão" foi escolhido como melhor filme na 67ª edição dos prêmios BAFTA, da Academia Britânica de Artes da Televisão e do Cinema. Com direção de Steve McQueen, o longa também recebeu o prêmio de melhor ator, que foi para Chiwetel Ejiofor. A cerimônia aconteceu na Royal Opera House de Londres, neste domingo (16), e foi apresentada pelo ator Stephen Fry.

Durante discurso de McQueen ao ganhar a estatueta, o diretor destacou o problema da escravidão no mundo. "21 milhões de pessoas em escravidão enquanto estamos aqui sentados", disse ele.

"12 Years a Slave", de Steve McQueen, é baseado nas memórias -- lançadas em 1853 -- de um negro livre que é vendido como escravo. O longo foi eleito o melhor filme do Festival de Toronto e é um dos favoritos na corrida pelo Oscar Divulgação
 
No entanto, "Gravidade", do diretor mexicano Alfonso Cuarón, liderou o ranking de premiações. O longa metragem recebeu seis e foi indicado em 11 categorias. O longa levou o prêmio de melhor filme britânico e concorreu com "Mandela: Long Walk to freedom","Philomena","Rush: No Limite da Emoção","Walt nos Bastidores de Mary Poppins" e "The Selfish Giant".

Já Cuarón tambpem foi premiado como melhor diretor por "Gravidade". O BAFTA de ouro das categorias melhores efeitos visuais, fotografia, música original e som também foram para o longa.  Durante a cerimônia, ele disse que se considerava parte da indústria cinematográfica do Reino Unido, já que tinha vivido na Grã-Bretanha por 13 anos e feito metade de seus filmes no país.

                  
Imagens de "Gravidade", do cineasta Alfonso Cuarón. No longa, Sandra Bullock e George Clooney vivem astronautas. Estreia no Brasil em 11 de outubro Divulgação/Warner Bros. Pictures

Já o prêmio de melhor atriz foi para Cate Blanchett, de "Blue Jasmine". Jennifer Lawrence também foi premiada como melhor atriz coadjuvante em "Trapaça". O longa recebeu outra premiação nesta noite: melhor roteiro original. Já para melhor ator coadjuvante, a estatueta foi para o ator somali-americano Barkhad Abd em sua estreia, em "Capitão Phillips", de Paul Greengrass.

Considerado uma prêvia inglesa do Oscar, o Bafta premiou "Fronzen - Uma Aventura Congelante" como o melhor longa-metragem animado.

Leonardo di Caprio, Judi Dench, Helen Mirren, Tom Hanks e a serena Cate Blanchett estavam presentes na premiação e passaram pelo tapete vermelho.

Veja o resultado da premiação:

Melhor filme

    12 Anos de Escravidão
    Trapaça
    Capitão Phillips
    Gravidade
    Philomena

Melhor diretor

    12 Anos de Escravidão - Steve McQueen
    Trapaça - David O. Russell
    Capitão Phillips - Paul Greengrass
    Gravidade - Alfonso Cuarón
    O Lobo de Wall Street - Martin Scorsese

Melhor ator

    Bruce Dern - Nebraska
    Chiwetel Ejiofor - 12 Anos de Escravidão
    Christian Bale - Trapaça
    Leonardo DiCaprio - O Lobo de Wall Street
    Tom Hanks - Capitão Phillips

Melhor atriz

    Amy Adams - Trapaça
    Cate Blanchett - Blue Jasmine
    Emma Thompson - Walt nos Bastidores de Mary Poppins
    Judi Dench - Philomena
    Sandra Bullock - Gravidade

Melhor ator coadjuvante

    Barkhad Abdi - Capitão Phillips
    Bradley Cooper - Trapaça
    Daniel Brühl - Rush - No Limite da Emoção
    Matt Damon - Behind the Candelabra
    Michael Fassbender - 12 Anos de Escravidão

Melhor atriz coadjuvante

    Jennifer Lawrence - Trapaça
    Julia Roberts - Álbum de Família
    Lupita Nyong'o - 12 Anos de Escravidão
    Oprah Winfrey - O Mordomo da Casa Branca
    Sally Hawkins - Blue Jasmine

Melhor filme britânico

    Gravidade
    Mandela - Long Walk to Freedom
    Philomena
    Rush - No Limite da Emoção
    Walt nos Bastidores de Mary Poppins
    The Selfish Giant

Melhor filme britânico de estreia de um roteirista, diretor ou produtor

    Good Vibrations - Colin Carberry (roteirista), Glenn Patterson (roteirista)
    Walt nos Bastidores de Mary Poppins - Kelly Marcel (roteirista)
    Kelly + Victor - Kieran Evans (diretor/roteirista)
    For Those in Peril - Paul Wright (diretor/roteirista), Polly Strokes (produtora)
    Shell - Scott Graham (diretor/roteirista))

Melhor filme em lingua não-inglesa

    O Ato de Matar (Dinamarca)
    Azul é a Cor Mais Quente (França)
    A Grande Beleza (Itália)
    Metro Manila (Filipinas)
    O Sonho de Wadjda (Arábia Saudita)

Melhor longa animado

    Meu Malvado Favorito 2
    Frozen - Uma Aventura Congelante
    Universidade Monstros

Melhor documentário

    O Ato de Matar
    The Armstrong Lie
    Blackfish
    Tim's Vermeer
    We Steal Secrets: The Story of Wikileaks

Melhor roteiro original

    Trapaça
    Blue Jasmine
    Gravidade
    Inside Llewyn Davis - Balada de Um Homem Comum
    Nebraska

Melhor roteiro adaptado

    12 Anos de Escravidão
    Behind the Candelabra
    Capitão Phillips
    Philomena
    O Lobo de Wall Street

Melhor trilha sonora original

    Hans Zimmer - 12 Anos de Escravidão
    John Williams - A Menina que Roubava Livros
    Henry Jackman - Capitão Phillips
    Steven Price - Gravidade
    Thomas Newman - Walt nos Bastidores de Mary Poppins

Melhor fotografia

    Sean Bobbit - 12 Anos de Escravidão
    Barry Ackroyd - Capitão Phillips
    Emmanuel Lubezki - Gravidade
    Bruno Delbonnel - Inside Llewyn Davis - Balada de Um Homem Comum
    Phedon Papamichael - Nebraska

Melhor edição

    Joe Walker - 12 Anos de Escravidão
    Christoper Rouse - Capitão Phillips
    Alfonso Cuarón e Mark Sanger - Gravidade
    Dan Hanley e Mike Hill - Rush - No Limite da Emoção
    Thelma Schoonmaker - O Lobo de Wall Street

Melhor design de produção

    Adam Stockhausen e Alice Baker - 12 Anos de Escravidão
    Judy Becker e Heather Loeffler - Trapaça
    Howard Cummings - Behind the Candelabra
    Andy Nicholson, Rosie Goodwin e Joanne Woodlard - Gravidade
    Catherine Martin e Beverley Dunn - O Grande Gatsby

Melhor figurino

    Michael Wilkinson - Trapaça
    Ellen Mirojnick - Behind the Candelabra
    Catherine Martin - O Grande Gatsby
    Michael O'Connor - The Invisible Woman
    Daniel Orlandi - Walt nos Bastidores de Mary Poppins

Melhor som

    Richard Hymns, Steve Boeddeker, Brandon Proctor, Micah Bloomberg e Gillian Arthur - All is Lost
    Chris Burdon, Mark Taylor, Mike Prestwood Smith, Chris Munro e Oliver Tarney - Capitão Phillips
    Glenn Freemantle, Skip Lievsay, Christopher Benstead, Niv Adiri, Chris Munro - Gravidade
    Peter F. Kurland, Skip Lievsay e Greg Orloff - Inside Llewyn Davis - Balada de Um Homem Comum
    Danny Hambrook, Martin Steyer, Stefan Korte, Markus Stemler e Frank Kruse - Rush - No Limite da Emoção

Melhores efeitos visuais

    Tim Webber, Chris Lawrence, David Shirk, Neil Corbould e Nikki Penny - Gravidade
    Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton e Eric Reynolds - O Hobbit - A Desolação de Smaug
    Bryan Grill, Christopher Townsend, Guy Williams e Dan Sudick - Homem de Ferro 3
    Ben Grossmann, Burt Dalton, Patrick Tubach e Roger Guyett - Além da Escuridão - Star Trek

Melhor maquiagem

    Evelyne Noraz e Lori McCoy-Bell - Trapaça
    Kate Biscoe e Marie Larkin - Behind the Candelabra
    Debra Denson, Beverly Jo Pryor e Candace Neal - O Mordomo da Casa Branca
    Maurizio Silvi e Kerry Warn - O Grande Gatsby
    Peter Swords King, Richard Taylor e Rick Findlater - O Hobbit - A Desolação de Smaug

Melhor curta animado britânico

    Everything I Can See From Here - Bjorn-Erik Aschim, Friederike Nicolaus e Sam Taylor
    I Am Tom Moody - Ainslie Henderson
    Sleeping with the Fishes - James Walker, Sarah Woolner e Yousif Al-Khalifa

Melhor curta britânico

    Island Queen - Ben Mallaby e Nat Luurtsema
    Keeping Up with the Joneses - Megan Rubens, Michael Pearce e Selina Lim
    Orbit Ever After - Chee-Lan Chan, Jamie Stone e Len Rowles
    Room 8 - James W. Griffiths e Sophie Venner
    Sea View - Anna Duffield e Jane Linfoot

Melhor atriz/ator em ascensão

    Dane DeHaan
    George MacKay
    Lupita Nyong'o
    Will Poulter
    Léa Seydoux

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Comcast compra Time Warner Cable por US$ 45,2 bilhões



A Comcast, maior operadora de cabo dos EUA, anunciou nesta quinta, 13, que irá adquirir a Time Warner Cable, segunda maior operadora.  O negócio foi confirmado pelas duas companhias após ter sido antecipado pelo canal CNBC(do grupo Comcast) na noite de quarta, 12.

Se o negócio se concretizar, já que há necessidade de aprovação regulatória, será a maior operadora de cabo dos EUA, em uma transação que resultará em uma mega-operadora de 30 milhões de assinantes (22 milhões da Comcast e 12 milhões da TWC, mas a Comcast anunciou que deve abrir mão de cerca de 3 milhões de clientes). A oferta da Comcast para a Time Warner Cable seria bem acima da oferta feita recentemente pela Charter, mas seria apenas em uma troca de ações, ou seja, os acionistas da TWC não receberiam dinheiro em troca da transação. A avaliação feita pela Comcast estabeleceu um valor de US$ 159 por ação, ou US$ 45,2 bilhões no total de participação adquirida (100% das ações).
Naturalmente, o negócio só sai depois de passar pelo crivo das autoridades norte-americanas. Apesar da grande concentração do mercado como um todo, os problemas concorrenciais imediatos não seriam tão grandes, já que nos EUA não existem duas operadoras de cabo operando nas mesmas cidades. Assim, a cobertura da Comcast se complementaria à da TWC. Mas existem preocupações em relação ao poder de mercado que pode se estabelecer na negociação de conteúdos (inclusive porque a Comcast é uma grande programadora de TV paga e também controladora da rede aberta NBC), na definição de preços para o mercado de banda larga e na compra de equipamentos. Segundo o relato da CNBC, a transação teria como cronograma final o segundo semestre deste ano.
Também favorece a intenção da Comcast o fato de que a Time Warner Cable, apesar de ser a segunda maior operadora de cabo, é apenas a quarta maior operadora de TV paga, atrás da DirecTV (20 milhões de assinantes) e da Dish (14 milhões de assinantes. As duas operadoras de DTH são as maiores competidoras das empresas de cabo, e há ainda, em algumas cidades, concorrência com as empresas de telefonia Verizon (4,7 milhões de clientes de IPTV) e AT&T (4,5 milhões).
A nova companhia será dirigida por Neil Smit, atual CEO da Comcast Cable.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Guru em Hollywood, Robert McKee diz que roteiristas brasileiros devem aprender a não explicar tudo

Robert McKee diz que a melhor escrita dos EUA está na televisão atualmente

No filme “Adaptação”, de Charlie Kaufman, o protagonista, um roteirista em meio a uma crise de inspiração, decide se inscrever num famoso curso de roteiro: trata-se de “Story”, de Robert McKee. Conhecido como uma espécie de guru dos roteiristas de Hollywood — seus alunos já ganharam mais de 60 Oscars e 170 Emmys —, ele esteve no Brasil pela primeira vez em 2010 para ministrar as aulas do mesmo curso. Agora, em 2014, pelo segundo ano seguido, passou pelo país dentro do Programa Globosat de Roteiristas, projeto que aposta na formação para o crescimento do mercado audiovisual no país.

No filme, McKee é interpretado por Brian Cox e, embora não seja nada raivoso como o personagem — construído com sarcasmo por Kaufman — ele é sincero ao dizer quais são os principais pontos fracos nos roteiros das séries brasileiras.

— Os roteiristas precisam aprender a não explicar tudo. No Brasil, os personagens dizem exatamente o que estão pensando. Não existe subtexto. É preciso confiar que o ator e o público vão entender o que está sendo dito sem precisar de todas as palavras. Isso é absolutamente fundamental na hora de criar uma série com padrão internacional —afirma.

Já a indústria televisiva dos EUA não tem muito do que reclamar há pouco mais de uma década, quando uma leva de séries encabeçadas por “Família Soprano” deu início à uma Era de Ouro. McKee concorda com a afirmação de que a melhor escrita dos EUA hoje está na TV. E não apenas em comparação com o cinema: com a literatura e o teatro também, diz ele. E os motivos principais para os melhores roteiristas terem migrado do cinema para a TV (e, aos poucos, terem levado diretores e atores também) são dois: poder e liberdade.

— No cinema, o roteirista não tem a liberdade de que gostaria. Ele precisa agradar ao diretor, ao produtor, ao dinheiro. E o trabalho fica comprometido. Na TV, o roteirista manda. Porque o tempo para preencher é infinito, mas os verdadeiros talentos são poucos. Para aceitar escrever uma série, além de pedir muito dinheiro, o roteirista normalmente acumula o cargo de produtor-executivo. Além disso, na TV, é possível contar histórias que o cinema não ousaria. Há mais liberdade de criação e experimentação.

Em suas aulas sobre TV, o ensinamento mais valioso é que a chave de tudo é o personagem. Afinal, numa trama que pode chegar a durar 10 anos ou mais, é preciso que o público se mantenha interessado no protagonista.

— A complexidade psicológica é essencial. O personagem precisa ter contradições. Alguém como Dexter, por exemplo. É um cara legal, todos na polícia o adoram, faz bem seu trabalho, é bom pai.... E é um serial killer de precisão nazista. Essa contradição nos fascina. Não é fácil, mas é simples criar isso. Você precisa ter um insight para bolar a ideia, mas a técnica eu explico em dois minutos.

Isso nunca será diferente, ele defende. Mesmo com toda a tecnologia que vem mudando a forma com que os espectadores assistem à TV. No caso de uma série como “House of cards”, cuja temporada inteira fica disponível para quem quiser assisti-la de uma vez só, ele destaca o risco trazido pelo novo formato, já que não é possível “estrear dois ou três, ver a reação do público, e talvez ajustar algo”. Mas ressalta que manter o espectador querendo ver episódios sem parar sempre foi papel dos roteiristas.

— Meu filho insistia para eu assistir a “24 horas”, e eu não queria. Um dia, fui à locadora e aluguei 4 episódios. Comecei a assistir às 20h. À meia-noite, estava pronto para invadir a locadora. A série nos deixa de um jeito que você não consegue parar. Esse é o trabalho do roteirista.

Por Thaís Britto, para O Globo, em 10/02/2014.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Aos 85 anos, morre Shirley Temple

Shirley Temple em 1935 (Foto: Getty Images/Agência)
 
Shirley Temple morreu nesta segunda-feira, 10, nos Estados Unidos, segundo informações da BBC.

De acordo com um comunicado enviado pela família e divulgado pela emissora de TV, a mais famosa estrela infantil de todos os tempos estava em sua casa, em Woodside, na Califórnia, e morreu de causas naturais: "Ela estava cercada por sua família e pessoas que a amavam. Nós a saudamos por sua vida e por toda sua inesquecível história como atriz, diplomata, amada mãe, avó e bisavó".

A atriz e diplomata começou a fazer aulas de dança com apenas 3 anos. Em 1935, aos 6 anos, ela ganhou uma miniestatueta simbólica do Oscar por sua contribuição ao cinema.

Em 1972, aos 44 anos, Shirley descobriu que tinha câncer de mama e foi a primeira celebridade a admitir em público a sua doença. A razão para isso, foi encorajar outras mulheres a prevenirem este problema.

Em 2006 a atriz recebeu uma homenagem no SAG Awards.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Shia LaBeouf vai à sessão de gala de Ninfomaníca com saco na cabeça

Depois de abandonar a coletiva de imprensa do filme Ninfomaníaca - Parte 1, no Festival de Berlim, Shia LaBeouf chegou à avant-première do filme “quase” como manda o figurino. Estava de smoking, gravata borboleta e… um saco de papel na cabeça. “Não sou mais famoso” – estava escrito no “disfarce”.



Horas antes, Shia LaBeouf provocou mais constrangimento durante o encontro com a imprensa. O diretor, Lars von Trier, estava em Berlim, mas não compareceu. Ao ser questionado sobre as cenas de sexo com sua parceira, Stacy Martin, Shia respondeu: “Quando as gaivotas seguem a traineira é porque pensam que as sardinhas serão jogadas ao mar”. E retirou-se do recinto sem mais explicações.

Stacy Martin e Shia em cena de Ninfomaníaca

Sua resposta é exatamente o que disse o jogador de futebol e ator francês Eric Cantona, em 1995, a respeito da condenação a 120 horas de serviço comunitário por causa de uma agressão durante um jogo. Ou seja: Shia, que ficou famoso pela cinessérie Transformers, também pecou pela falta de originalidade. O Festival de Berlim está exibindo as duas partes sem cortes de Ninfomaníaca. A Parte 2, com cortes, estreia no Brasil dia 21 de março.

Por Miguel Barbieri Jr. no site Tudo sobre Cinema, em 09/02/2014.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Quase 80% dos brasileiros não conhecem vídeos ‘on demand’


Os serviços de vídeo “on demand” (sob demanda), VOD, não param de crescer, mas quase 80% dos brasileiros não têm a menor ideia do que é um vídeo “on demand”.

Pelo menos é isso que aponta a 20ª PayTV pop, pesquisa realizada pelo Ibope, que pretende mapear e analisar as transformações nos hábitos dos assinantes de TV por assinatura no país.

Realizado anualmente, o estudo, que entrevistou mais de 18 mil pessoas, em 13 metrópoles do Brasil, mostrou em sua mais recente edição, em 2013, que 79% dos brasileiros desconhecem qualquer tipo de serviço de vídeo sob demanda. Apenas 20% dos entrevistados disseram conhecer o VOD e, desses, somente 2% já utilizaram o serviço. Segundo o Ibope, 1% dos entrevistados não opinou sobre o assunto.

O número de usuários é pequeno se comparado aos investimentos de empresas como Netflix e Net nesse setor.

A Net diz que o nome VOD (vídeo on demand’) é pouco difundido no Brasil pelas empresas e que isso pode ter causado confusão entre os participantes da pesquisa. Segundo a operadora, os conceitos do serviço de vídeo on demand’ já são amplamente conhecidos pelos assinantes de TV paga e por seus clientes.