terça-feira, 31 de maio de 2011

Estão todos bem


Estão todos bem é um daqueles filmes com cara de filme para TV, embora o elenco seja de cinema. Não pelo tema em si, ou pela proposta da história. Essa sensação acontece pela narrativa do filme, leveza da situação como um todo, mais investimento na história do que no cenário, na construção dos personagens, enfim, cara de filme de TV.

Mas isso não diminui a qualidade do filme. Muito pelo contrário. A produção remete a acontecimentos recorrentes na atualidade. A falta de tempo para os pais, o investimento na carreira dos filhos, e com isso a projeção dos sonhos dos pais na vida dos filhos, a mentira, a sociedade moderna, o progresso, e o valor da família.

Impossível dizer que o filme não é tocante. Robert De Niro é sensacional em sua atuação. E seus filhos, Drew Barrymore, Kate Beckinsale e Sam Rockwell, mesmo que coadjuvantes, também são determinantes para o andamento da história.

No filme, Frank (Robert De Niro) é um viúvo que achava que a única ligação com o resto da família era por meio da esposa. Em um feriado, após seus filhos não conseguirem visitá-lo decide realizar uma viagem por todo o país a fim de reunir cada um de seus filhos, Amy (Kate Beckinsale), Rosie (Drew Barrymore) e Robert (Sam Rockwell).

Uma produção tocante, real. Para fazer refletir sobre o valor da família e sobre o que buscamos em nossas vidas. Sensacional o paralelo com os fios de telefonia que acompanham Frank por toda a sua viagem (ele encapava fios antes de se aposentar). Em alguns momentos parece que sua vida toda foi construída ao redor disso, fazendo com que esquecesse, em alguns momentos, da importância de seus filhos em sua vida.

Um belo filme para se ver a qualquer momento. Um drama bem dirigido. Rápido. Tocante e real. Vale o valor da locação.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Kirk Jones
Elenco: Robert De Niro, Drew Barrymore, Kate Beckinsale, Sam Rockwell, Katherine Moennig, Melissa Leo, Lucian Maisel
Produção: Vittorio Cecchi Gori, Ted Field, Glynis Murray, Gianni Nunnari
Roteiro: Massimo De Rita
Trilha Sonora: Dario Marianelli
Duração: 110 min.
Ano: 2009
País: EUA/ Itália
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Estúdio: Cecchi Gori Pictures

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Foras-da-Lei





Uma bela produção franco-argelina que apresenta de uma maneira muito particular a formação de três irmãos, desde a sua infância na Argélia, passando por uma revolução política no país (o movimento de independência) que mata o pai e as irmãs, quando um deles é preso, outro vai servir o exército, e o terceiro, com a mãe, se vêem obrigados a mudar para a França.


Novamente, em narrativas paralelas, é possível acompanhar o drama dos três irmãos. Até que acontece a reunião da família e, dessa vez, em terra distante, eles precisam retomar suas vidas. Só que os acontecimentos do passado formaram adultos que buscarão a vingança.


O elenco funciona muito bem. A narrativa alterna sua velocida em momentos de ação e outros que exigem uma atenção extra. A direção e a fotografia de excelente qualidade ilustram muito bem esse momento da história.


No filme, expulsos de suas terras na Argélia, três irmãos e sua mãe são obrigados a se separar. Messaoud (Roschdy Zem) alista-se como soldado na Indochina. Em Paris, Abdelkader (Sami Bouajila) lidera o movimento pela independência da Argélia, enquanto Said (Jamel Debbouze) faz fortuna nos cassinos e nos clubes de boxe de Pigalle. O destino deles, selado em torno do amor à mãe (Chafia Boudraa), se cruza com o de uma nação que luta pela liberdade.


É um filme bastante diferente dos padrões de drama ou ação estilo americano. Uma produção com uma mensagem que por vezes lembra casos recentes de revanchismo (como o caso entre EUA e Afeganistão), mas tem todo o peso da luta entre Argélia e França. Uma boa pedida para quem quer um filme mais intelectual, mas ainda assim com boas doses de ação.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Rachid Bouchareb
Elenco: Jamel Debbouze, Roschdy Zem, Sami Bouajila, Chafia Boudraa, Bernard Blancan, Sabrina Seyvecou, Assaad Bouab, Thibault de Montalembert, Samir Guesmi
Produção: Jean Bréhat
Roteiro: Rachid Bouchareb
Fotografia: Christophe Beaucarne
Trilha Sonora: Armand Amar
Duração: 138 min.
Ano: 2010
País: França/ Argélia/ Bélgica
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: Tessalit Productions
Classificação: 16 anos





sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Mágico





Esse é um caso típico de desenho voltado para o público adulto. Muito bonito, e com um tempo de narrativa sem igual, o filme apresenta de uma maneira deliciosa a mudança dos tempos. O fim do romantismo da era dos mágicos, e o início dos tempos modernos com a TV.


Mais do que isso, o desenho apresenta a diferença das necessidades do artista e de seu público. Como os dois são dependentes entre si, até que ocorra um rompimento. Quando isso acontece, é então o momento para procurar novos públicos. Acontece que com a modernidade, esse público pode ter deixado de existir. Sendo assim, como viveria esse artista? Será que seu antigo público sentirá sua falta?


No filme, a mágica ilusionista e tradicional de Tatischeff está em decadência. Ele passa por várias cidades tentando sobreviver tirando coelho da cartola, fazendo brotar buquês de flores, descobrindo moedas atrás de orelhas de crianças. Sua glória, no entanto, é roubada por estrelas do rock e pelas novidades mostradas pela TV. Diante dessa nova realidade, o mágico se vê forçado a aceitar tarefas cada vez mais obscuras, como se apresentar em bares falidos e festas. Numa dessas apresentações pouco inspiradoras, conhece uma jovem fã, Alice, que vai mudar sua vida para sempre.


É o típico caso de uma produção deliciosa. Com poucos diálogos, e um padrão de desenho com fino acabamento, não se trata de um filme como os desenhos atuais. Ele exige um diálogo com o seu espectador, que faz perguntas e, algumas vezes, se surpreende com as respostas.


Com uma pitada filosófica e uma história com uma mensagem muito atual, este filme está acima de qualquer espectativa. E a cada repetição é possível identificar uma nova lição. Perfeito e sem exageros, é indicação certa para o público que curte pensar junto com o filme. Imperdível.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Sylvain Chomet
Elenco: - Animação -
Produção: Sally Chomet, Bob Last
Roteiro: Sylvain Chomet
Trilha Sonora: Sylvain Chomet
Duração: 80 min.
Ano: 2010
País: França/ Inglaterra
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Ciné B / France 3 Cinéma
Classificação: 12 anos

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cannes 2011: Os Vencedores do 64º Festival de Cannes


O júri do Festival de Cannes, presidido este ano por Robert de Niro, revelou ontem os vencedores do 64º Festival de Cannes.

O vencedor da Palma de Ouro foi anunciado na cerimônia de encerramento do festival, tendo sido atribuido a Terrence Malick, pelo seu filme ‘A Árvore da Vida’.

Conheça a lista completa dos vencedores do Festival de Cannes 2011:

Palma de Ouro
‘A Árvore da Vida’, de Terrence Malick

Grand Prêmio (Ex-aequo)
‘Le gamin au vélo’, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
‘Once Upon a time in Anatolia’, de Nuri Bilge Ceylan

Melhor Atriz
Kirsten Dunst por ‘Melancholia’, de Lars von Trier

Melhor Ator
Jean Dujardin por ‘The Artist’, de Michel Hazanavicius

Melhor Realizador
Nicolas Winding Refn, por ‘Drive’

Melhor Argumento
‘Footnote’, de Joseph Cedar

Câmara de Ouro
‘Las Acacias’, de Pablo Giorgelli

Prêmio do Júri
‘Polisse’, de Maiwenn Le Besco

Palma de Ouro para Melhor Curta-Metragem
‘Cross’, de Maryna Vroda

Prêmio do Júri para Melhor Curta-Metragem
‘Badpakje 46′, de Wannes Destoop

Melhor Realizador Un Certain Regard
‘Be Omid é didar’, de Mohammad Rasoulof

Prêmio Especial do Júri Un Certain Regard
‘Elena’, de Andrey Zvyagintsev

Prêmio de Un Certain Regard Ex-aequo
‘Arirang’, de Kim Ki-Duk

Prêmio da Quinzena dos realizadores
‘Les géants’, de Bouli Lanners

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Rede Social



A primeira sequência do filme já avisa o que espectador terá pela frente. Muita falação. Muitos diálogos afiados. Muita discussão. E, por fim, um filme comum, que apresenta um outro lado do mundo virtual, com suas vinganças e decisões equivocadas, mas que justificam o resultado final almejado: o sucesso.


Havia visto algumas críticas do filme, e agora, após assistí-lo, li algumas outras opiniões, e não sei se vi o mesmo filme que as outras pessoas. Na verdade, o filme é inteligente, com umas sacadas interessantes, que apresenta a dura vida do camarada que criou uma rede social, mas tirando o problema de aceitação do cara, e suas próprias dificuldades sociais, o filme não chega a ser uma produção fantástica.


Diálogos inteligentes e desafiadores, daqueles que não observam o respeito por quem está do outro lado. Se você acha que está certo, então vale uma resposta que lhe vier à cabeça. Essa é a base do filme. Ok, você precisa se defender do mundo cão que o cerca, mas às vezes as coisas não funcionam bem assim. Exceto no filme.


A produção conta como em uma noite de outono, em 2003, graduado em Harvard e gênio em programação de computadores, Mark Zuckerberg senta diante de seu computador e, acaloradamente, começa a trabalhar em uma nova ideia. No furor dos blogs e programação, o que começa em seu quarto logo se torna uma rede social global e uma revolução na comunicação: o Facebook. Em apenas seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Mark Zuckerberg é o mais jovem bilionário da história... Mas, para este empresário, o sucesso traz complicações pessoais e legais.


O elenco funciona bem, com Jesse Eisenberg e até Justin Timberlake convencendo em seus papeis. Convivendo em uma relação de amor e ódio muito interessante, que até justificaria a comparação com a realidade... ao menos no mundo dos nerds.


No mais, é um filme cansativo, com uma bela fotografia, mas com suas limitações. Vale assistir, mas sem muitas expectativas. É uma produção interessante, mas que no fundo, não acrescenta muito ao espectador.


FICHA TÉCNICA
Diretor: David Fincher
Elenco: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Rashida Jones, Brenda Song, Justin Timberlake, John Getz, Dakota Johnson, Mark Saul, Brian Palermo.
Produção: Dana Brunetti, Ceán Chaffin, Michael De Luca, Scott Rudin
Roteiro: Aaron Sorkin, baseado no livro de Ben Mezrich
Fotografia: Jeff Cronenweth
Trilha Sonora: Trent Reznor, Atticus Ross
Duração: 117 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Michael De Luca Productions / Scott Rudin Productions / Trigger Street Productions
Classificação: 14 anos

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Descubra quais são os dez filmes mais vistos do fim de semana




"Velozes e Furiosos 5" foi o filme mais visto do último fim de semana (de sexta a domingo) no Brasil. A aventura "Thor" e o terror "Padre" ficaram em segundo e terceiro lugares, nessa ordem.


Abaixo, saiba detalhes sobre cada um dos dez líderes de bilheteria, além de informações completas sobre salas em cartaz e horários.


Mais vistos do fim de semana (13 a 15 de maio):


1 - Velozes e Furiosos 5

No quinto filme da franquia, cuja história se passa no Rio de Janeiro, Dominic, Brian e Mia pretendem roubar 100 milhões de dólares do poderoso Reyes, chefão do crime organizado carioca.


2 - Thor

O guerreiro Thor é expulso do reino de Asgard e enviado para viver entre os seres humanos na Terra.


3 - Padre

Em um mundo devastado por uma guerra entre humanos e vampiros, um padre guerreiro parte em busca ao resgate de sua sobrinha, sequestrada por vampiros.


4 - Rio

Na animação, a arara Blu vai ao Rio de Janeiro para encontrar a última fêmea da espécie. Mas o casal é sequestrado por um bando de contrabandistas de animais e é ajudado por outros bichos para fugir.


5 - O Noivo da Minha Melhor Amiga

Na comemoração de seu aniversário de 30 anos, Rachel acaba bebendo demais e se envolve com Dex, amigo de faculdade e também noivo da sua melhor amiga, Darcy.


6 - Os Agentes do Destino

Homens misteriosos conspiram para manter um político ambicioso longe da mulher por quem ele se apaixonou.


7 - Água para Elefantes

Um órfão entra em um trem de passagem e acaba em um circo, onde se torna responsável pelos animais. Ele conhece uma domadora de cavalos casada, e os três desenvolvem um triângulo amoroso.


8 - A Garota da Capa Vermelha

Uma versão crepuscular da história de Chapeuzinho Vermelho, o longa narra a história de uma jovem, apaixonada por um órfão lenhador, mas que foi prometida pela família a outro homem.


9 - Caminho da Liberdade

Em 1940, sete prisioneiros pegos pelo regime stalinista fogem durante uma nevasca.


10 - Todo Mundo Tem Problemas Sexuais

Cinco histórias que tem em comum questões sexuais, como a impotência e perversão em que personagens vivem situações decisivas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Voto do público via internet vai eleger melhor filme do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro



O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro revelou seus finalistas (veja abaixo a lista) e, nesta edição, o voto popular aparece como um elemento importante. Clicando aqui, você pode ir diretamente para o site do evento e escolher seu filme favorito em três categorias distintas: Melhor Longa-Metragem, Melhor Longa-Metragem Estrangeiro e Melhor Documentário.


Entre os longas na competição estão o sucesso de bilheteria Tropa de Elite 2, indicado a sete outras categorias da premiação, a cinebiografia Chico Xavier, 5x Favela - Agora por nós mesmos, As Melhores Coisas do Mundo, Olhos Azuis e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo.


A disputa entre os estrangeiros conta com nomes muito premiados no exterior. A Fita Branca (vencedor da Palma de Ouro em 2009) tem como concorrentes A Origem (4 Oscars), O Segredo dos seus Olhos (Melhor Filme Estrangeiro em 2010), A Rede Social (3 Oscars) e a produção francesa O Pequeno Nicolau.


Os documentários possuem uma grande variedade temática, indo desde os festivais de música de 67 até Rita Cadillac e José Saramago. Os seguintes títulos concorrem na categoria: Dzi Croquettes, O homem que engarrafava nuvens, José e Pilar, Uma Noite em 67 e Rita Cadillac - A lady do povo.


Além do voto popular, também são contabilizadas as escolhas feitas pelos integrantes da Academia Brasileira de Cinema, que contém atores, atrizes, produtores, diretores e técnicos. A cerimônia do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro acontecerá em 31 demaio, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.


Veja a lista:

Melhor longa-metragem:

- "5x Favela - Agora por nós mesmos"

- "Chico Xavier"

- "As melhores coisas do mundo"

- "Olhos azuis"

- "Tropa de elite 2"

- "Viajo porque preciso, volto porque te amo"


Melhor documentário:

- "Dzi Croquettes"

- "O homem que engarrafava nuvens"

- "José e Pilar"

- "Noite em 67"

- "Rita Cadillac - A lady do povo"


Melhor direção:

- Daniel Filho - "Chico Xavier"

- José Joffily - "Olhos azuis"

- José Padilha - "Tropa de elite 2"

- Karin Ainouz e Marcelo Gomes - "Viajo porque preciso, volto porque te amo"

- Laís Bodanzky - "As melhores coisas do mundo"


Melhor atriz:

- Alice Braga - "Cabeça a prêmio"

- Christiane Torloni - "Chico Xavier"

- Ingrid Guimarães - "De pernas pro ar"

- Glória Pires - "Lula, o filho do Brasil"

- Marieta Severo - "Quincas Berro d'Água"


Melhor ator:

- Ângelo Antonio - "Chico Xavier"

- Chico Diaz - "O sol do meio-dia"

- Marco Nanini - "O bem amado"

- Nelson Xavier - "Chico Xavier"

- Paulo José - "Quincas Berro D'Água"

- Wagner Moura - "Tropa de elite 2"


Melhor atriz coadjuvante:

- Cássia Kiss - "Chico Xavier"

- Denise Fraga - "As melhores coisas do mundo"

- Elke Maravilha - "A suprema felicidade"

- Leandra Leal - "Insolação"

- Roberta Rodrigues - "5x favela - Agora por nós mesmos"

- Tainá Muller - "Tropa de elite 2"


Melhor ator coadjuvante:

- André Mattos - "Tropa de elite 2"

- André Ramiro - "Tropa de elite 2"

- Caio Blat - "As melhores coisas do mundo"

- Cassio Gabus Mendes - "Chico Xavier"

- Hugo Carvana - "5x favela - Agora por nós mesmos"

- Irandhir Santos - "Tropa de elite 2"


Melhor roteiro original:

- Braulio Mantovani e José Padilha - "Tropa de elite 2"

- Bruno Mazzeo, João Avelino e Rosana Ferrão - "Muita calma nessa hora"

- José Antonio da Silva e outros - "5x favela - Agora por nós mesmos"

- Karim Ainouz e Marcelo Gomes - "Viajo porque preciso, volto porque te amo"

- Luiz Bolognesi - "As melhores coisas do mundo"

- Marcelo Saback e Paulo Cursino - "De pernas pro ar"

- Melanie Dimantas e Paulo Halm - "Olhos azuis"


Melhor roteiro adaptado:

- Adriana Falcão, Bernardo Guilherme e outros - "Eu e meu guarda-chuva"

- Claudio Paiva e Guel Arraes - "O bem amado"

- Esmir Filho e Ismael Caneppelle - "Os famosos e os duendes da morte"

- Marcos Bernstein - "Chico Xavier"

- Sérgio Machado - "Quincas Berro D'água"


Melhor longa-metragem estrangeiro:

- "A fita branca" (Alemanha), de Michael Haneke

- "A origem" (EUA), de Christopher Nolan

- "O pequeno Nicolau" (França), de Laurent Tirard

- "A rede social" (EUA), de David Fincher

- "O segredo dos teus olhos" (Argentina / Espanha), de Juan José Campanella

terça-feira, 17 de maio de 2011

Em Cannes, filme pornô e em 3D é tudo, menos pornô




Apesar da tecnologia, longa de Hong Kong chama a atenção por história absurda

Ficção científica, ação, animação, documentário... E agora, filme pornográfico. Será que o 3D vai mesmo dominar o mundo? O filme de Hong Kong “Sex and Zen: Extreme Ecstasy”, de Christopher Sun Lap Key, que está sendo vendido no mercado do Festival de Cannes 2011, lotou a sala do cinema Arcades na tarde desta sexta-feira (13).

Primeiro, a parte chata: os efeitos de 3D resumem-se, basicamente, a algumas coisas voando em direção ao espectador. Nada muito pornográfico, diga-se. Aliás, o mais correto seria chamar o longa-metragem de erótico soft. Não há cenas de penetração, e os nus dos genitais, com uma ou duas exceções, são em planos bem abertos (bem de longe, portanto). A produção, mais cara do que é comum para o gênero, ainda tem historinha. Verdade que é uma historinha surreal, mas tem.

Agora, a parte divertida: um homem casado e com ejaculação precoce começa a frequentar bordéis para aprender uns truques. Depois de conhecer uma espécie de feiticeiro, com um pênis tão grande que enrola na perna, resolve se submeter a um transplante de seu membro – como ninguém vai querer trocar com o seu minúsculo, ele resolve que vai ganhar o de um cavalo. Tudo dá errado,claro. Enquanto isso, sua mulher diverte-se com o entregador de carvão.

“Sex and Zen: Extreme Ecstasy” divertiu a plateia com sua pegada bem cômica e cenas absurdas como a da transa pendurada em correntes ou da própria aparição do feiticeiro com pênis gigante. Como filme, é uma bobagem. Como curiosidade, é nota dez.



Por Mariana Morisawa, em 13/05/2011, no link http://ultimosegundo.ig.com.br/cannes/cannes+assiste+a+filme+porno+em+3d/n1596950608099.html




segunda-feira, 16 de maio de 2011

Água para elefantes



Água para elefantes deixa bastante a desejar, principalmente para quem leu a bela obra de Sara Gruen, mas mesmo que não tivesse lido, acredito que o filme não seja capaz de convencer como história.


Sei que não é fácil adaptar uma obra literária para o cinema, muito menos uma com tantas idas e vindas, baseadas na memória de seu protagonista. Mas o filme do diretor Francis Lawrence não consegue retratar com fidelidade os acontecimentos. Mais do que isso, existiam infinitas possibilidades de cenas, mas a insistência por tomadas em planos médios e fechados faz com que se perca todo o "romantismo" do circo.


Também temos que apontar as atuações do elenco, com o robotizado Robert Pattinson, Reese Witherspoon quase sem brilho, e o único que se encaixa no papel e convence, Christoph Waltz. Não que isso enfraqueça a trama, mas também não chega a ser um ponto forte.


No filme, Jacob Jankowski (Robert Pattinson) é órfão e vive na era da Grande Depressão. Sozinho, ele decide entrar num trem de passagem e acaba em um mundo maluco de circo e fica responsável por cuidar do zoológico, por sua experiência como estudante de veterinária. Lá, ele conhece a domadora de cavalos Marlena (Reese Whiterspoon), casada com August (Christoph Waltz), treinador dos animais circenses. Surge um triângulo amoroso entre Jacob, Marlena e August.


Tantas opções, e a história foi, de fato, mal abordada. Faltaram elementos de compreensão (por que é que o anão aceitou a amizade de Jacob? ou como descobriram onde o casal se escondia?ou por que August era tão violento?) o que enfraqueceu demais o filme, tornando-o previsível e sem o sabor do livro. Pena, pois o filme poderia ser muito melhor.


Não chega a ser um total fracasso, mas não é daqueles filmes imperdíveis. Talvez isso explique a razão de estar saindo do circuito de cinemas somente com duas semanas de exibição. Fraco, sem apelo, e sem força. Impossível fugir do clichê "o livro é muito melhor que o filme". Vale esperar o vídeo pra assistir em casa e tirar suas próprias conclusões.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Francis Lawrence
Elenco: Robert Pattinson, Reese Witherspoon, Christoph Waltz, Mark Povinelli, Stephen Taylor, E.E. Bell
Produção: Gil Netter, Erwin Stoff, Andrew R. Tennenbaum
Roteiro: Richard LaGravenese , baseado na obra de Sara Gruen
Fotografia: Rodrigo Prieto
Trilha Sonora: James Newton Howard
Duração: 121 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Fox 2000 Pictures / Flashpoint Entertainment
Classificação: 14 anos

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Comédias e animações agitam a alta temporada de lançamentos de Hollywood

Na vida real, ressacas nos fazem prometer nunca mais fazer aquilo de novo, ao menos até a próxima vez. Em Hollywood, os fãs estão ávidos por mais desde que assistiram o sucesso surpresa "Se Beber, Não Case!" há dois anos.

Bradley Cooper, Ed Helms e Zach Galifianakis estão de volta, se reunindo para outra manhã seguinte sem a menor ideia do que aconteceu em "Se Beber, Não Case! Parte II". O filme lidera a programação de comédias, romances e diversão para a família do verão americano deste ano.

Dois desenhos animados também são sequências. Jack Black, Angelina Jolie e Dustin Hoffman novamente lideram o elenco de vozes da comédia de artes marciais "Kung Fu Panda 2", enquanto Michael Caine se junta às vozes que retornam de Owen Wilson e Larry the Cable Guy para a aventura de corrida "Carros 2".

A lista de risos também conta com os animais falantes de Kevin James em "O Zelador Animal"; a história para famílias de Jim Carrey, "Os Pinguins do Papai"; o retorno dos amados personagens animados de "O Ursinho Pooh" e "Os Smurfs"; a crise conjugal de Steve Carell em "Amor a Toda Prova"; e dois títulos que dizem tudo, "Professora sem Classe", com Cameron Diaz, e "Patrões Infernais", com Jason Bateman e Jennifer Aniston.

Também há vários filmes românticos de casamento e noivado: "O Noivo da Minha Melhor Amiga" com Kate Hudson e Ginnifer Goodwin; "Bridesmaids" com Kristen Wiig; e "Jumping the Broom", com Angela Bassett, Paula Patton e Mike Epps.

Muitas comédias de 2011 são destinadas a plateias adultas, o que rende cenas com muitos palavrões.

"Geralmente, quando você fala palavrão no set, eles dizem: ‘Nós não vamos poder usar essa fala’, ou, ‘Nós só vamos usar essa, mas vamos recomeçar desse ponto’", disse Cameron Diaz, de "Professora sem Classe". "Isso não é divertido, retomar do ponto em que você solta um palavrão. Quem faz isso? Você usa palavrões de modo judicioso. Você quer ser liberal, ficar empilhando palavrões. Mandar ver."

Bateman e seus colegas de elenco estão igualmente sem rédeas em "Patrões Infernais" e em uma segunda comédia sua neste verão, "The Change-Up", com Ryan Reynolds.

Enquanto os estúdios geralmente atenuam as comédias para receber uma classificação PG-13, que permite que os espectadores mais jovens possam assistir sem o acompanhamento de um adulto responsável, "Patrões Infernais", "The Change-Up" e "Professora sem Classe" exploram plenamente a classificação R (menores de 17 anos só podem assistir acompanhados por um adulto) por linguagem e tom, disse Bateman.

"Eu acho que a estratégia de editar certas coisas fora de um filme visando obter uma classificação PG-13, na esperança de atingir um público maior, parece uma estratégia antiquada, considerando quanto dinheiro as comédias com classificação R arrecadaram", disse Bateman. "O que estamos tentando fazer é copiar a vida real. E a vida real é bem R."

Por David Germain, em 11/05/2011, no link http://cinema.uol.com.br/ultnot/ap/2011/05/11/comedias-e-animacoes-o-agitam-a-alta-temporada-de-lancamentos-de-hollywood.jhtm

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O mito da sexta-feira 13 na cultura - Como o cinema se apropriou da má fama da data



Este 13 de maio de 2011 torna-se uma data singular por ser a única sexta-feira 13 do ano. A mítica data povoa a cultura pop com lendas e superstições.


Não é fácil explicar o motivo pelo qual muitos temem as sextas-feiras 13. As histórias mais conhecidas envolvem a crucificação de Jesus Cristo, que teria ocorrido numa sexta-feira após uma ceia com 13 pessoas - os doze apóstolos e o próprio Jesus -, e um conto da mitologia nórdica, em que um jantar para doze deuses foi invadido por Loki, o espírito da discórdia, e resultou na morte de Balder, divindade da Justiça.


De volta ao cristianismo, historiadores apontam o 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, como o dia em que o rei francês Filipe 4 declarou ilegal a Ordem dos Templários, cujos membros foram torturados e mortos por heresia.


Além das crenças antigas, a propagação do doze como número completo, utilizado para medir os meses, signos do Zodíaco e tribos de Israel, desvalorizou o 13, cujo medo irracional causado nas pessoas ganhou o pomposo nome de triscaidecafobia - e, no caso do temor da própria sexta-feira 13, parascavedecatriafobia.


Seja qual for a versão oficial, o que importa é que seu efeito assusta e seduz a nossa imaginação. Seu mau agouro serve como inspiração para a produção de filmes e músicas no intuito de entreter e assustar.


O mais famoso representante dessa leva é a série de filmes "Sexta-Feira 13", que conta a história do assassino Jason Voorhees, que após morrer afogado ainda jovem, volta para assombrar aqueles que se aventuram pela colônia de férias Crystal Lake.


Apesar das dezenas de tiros, facadas e machadadas, o deformado psicopata, que esconde seu rosto por trás de uma máscara de hockey, sempre sobrevive para mais uma sessão de assassinatos. A lenda ainda afirma que Jason, não por acaso, nasceu em 13 de junho de 1946, uma sexta-feira.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Senna


Aqui vai o registro de um belo documentário que assisti nos últimos dias. Senna, é uma belíssima produção, e prova que a memória de um dos maiores pilotos de toda a história ainda vive, apesar da fatalidade que o matou.

Não cabe nenhuma observação cinematográfica. Vale o peso da lembrança, e o trabalho do diretor Asif Kapadia, em reunir vasto material a respeito do campeão Ayrton Senna, para apresentar ao público uma pequena fatia do que foi esse maravilhoso ser humano.

O documentário apresenta a trajetória do piloto brasileiro Ayrton Senna, passando pelo início da carreira, sua estreia na Fórmual 1, em 1984, a ascensão como piloto e a rivalidade com o francês Alain Prost em busca do título de melhor piloto do mundo. O documentário também mostra as dificuldades enfrentadas pela politicagem dentro do esporte, as críticas da imprensa internacional, a força da figura de Senna como ídolo e sua morte, em 1994, que causou comoção em todo o Brasil.

O conjunto de vídeos de época, acompanhados de entrevistas e depoimentos enriquece a produção. Um belo documentário, pra matar saudade e mostrar um pouco mais do herói Ayrton Senna.



FICHA TÉCNICA
Diretor: Asif Kapadia
Elenco: - Documentário -
Produção: Tim Bevan, James Gay-Rees, Eric Fellner
Roteiro: Manish Pandey
Trilha Sonora: Antonio Pinto
Duração: 107 min.
Ano: 2010
País: Reino Unido
Gênero: Documentário
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Working Title Films / Midfield Films
Classificação: Livre

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dicas para fazer um festival Sophia Loren em casa

Sophia Loren tem 76 anos, quase 60 de carreira, fez uns 90 filmes e, ainda por cima, é linda. Só com esses números já dava pra fazer um gráfico sobre ela, tipo os do Andrew Kuo. Mas não é só isso. Ela foi uma das inventoras dessa sensualidade de mulher italiana, de mulher passional, intensa, alegre, sexy e forte (mesmo, numa das cenas de “Girassóis da Rússia”, ela carrega o Marcelo Mastroianni no colo!). A beleza dela não é do tipo “não estou aqui”, como a de Grace Kelly. Ela é terrena. “Telúrica”, diria a Baby Consuelo. Meus filmes favoritos com ela são os dirigidos pelo De Sica. Se tiver Mastroianni, ganha ponto extra.

Então, pro final de semana, a dica é fazer um festival Loren/De Sica em casa. Mando a lista dos oito filmes que os dois fizeram juntos. Descrições de uma linha, tipo Tweet, tá? Entre uma sessão e outra, espaguete, claro, pois, como diz a atriz italiana (referindo-se a suas formas voluptuosas): “Tudo o que consegui foi graças ao espaguete”.

“O Ouro de Nápoles” (1954)
Filme em seis episódios traz Sophia Loren como vendedora de pizza que perde a aliança do marido

“Duas Mulheres” (1960) **Oscar de melhor atriz**
Drama: mãe e filha perambulam pela Itália destruída pela Guerra e vivem desventuras em série

“Boccaccio 70″ (1962)
Filme com quatro episódios traz Sophia Loren como prêmio de uma rifa

“Ontem, Hoje e Amanhã” (1963) **Oscar de melhor filme estrangeiro**
Sophia Loren faz três personagens neste longa, um deles, a impagável sedutora Mara

“O Condenado de Altona” (1963)
Drama sobre o nazismo baseado em Sartre que traz Maximilian Schell e Robert “Casal 20″ Wagner no elenco

“Matrimônio à Italiana” (1964)
Nesta comédia, Mastroianni enrola Sophia Loren, mas ela é capaz de ir longe para se casar com ele

“Os Girassóis da Rússia” (1970)
Drama com toques de comédia que conta a história de um casal (Sophia e Mastroianni) seperado pela Guerra

“Viagem Proibida” (1974)
Último filme de De Sica reúne Sophia Loren e Richard Burton com roteiro baseado em Pirandello

Por Antonio Farinaci, no link http://antoniofarinaci.blogosfera.uol.com.br/2011/05/13/faca-um-festival-lorende-sica-para-o-final-de-semana/

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Confira lista de candidatos ao MTV Movie Awards; Eclipse lidera com oito indicações

Foi divulgada nesta terça-feira (3/5) a lista dos indicados ao MTV Movie Awards 2011, prêmio que escolhe os melhores do cinema baseado na escolha do público. O líder de indicações foi o longa A Saga Crepúsculo: Eclipse, que concorre em oito das doze categorias. Em seguida vem A Origem, com sete; Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1, com seis, e A Rede Social, com cinco.

O MTV Movie Awards é conhecido pelo clima descontraído e categorias incomuns como Melhor Beijo e Melhor Briga. Este ano, foi incluída também a de Melhor Fala em um Filme.
As votações estão abertas a partir de hoje e vão até 4 de junho.

O 20º MTV Movie Awards vai ao ar no dia 5 de junho, com apresentação de Jason Sudeikis.
Confira a lista completa dos indicados:

Melhor Filme
Cisne Negro
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
A Origem
A Rede Social
Eclipse

Melhor Atriz
Emma Stone, A Mentira
Emma Watson, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Jennifer Aniston, Esposa de Mentirinha
Kristen Stewart, Eclipe
Natalie Portman, Cisne Negro

Melhor Ator
Daniel Radcliffe, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Jesse Eisenberg, A Rede Social
Robert Pattinson, Eclipse
Taylor Lautner, Eclipse
Zac Efron, A Morte e Vida de Charlie

Melhor Revelação
Andrew Garfield, A Rede Social
Chloë Grace Moretz, Kick-Ass - Quebrando Tudo
Hailee Steinfeld, Bravura Indômita
Jay Chou, O Besouro Verde
Olivia Wilde, Tron - O Legado
Xavier Samuel, Eclipse

Melhor Comediante
Adam Sandler, Esposa de Mentirinha
Ashton Kutcher, Sexo Sem Compromisso
Emma Stone, A Mentira
Russell Brand, O Pior Trabalho do Mundo
Zach Galifianakis, Um Parto de Viagem

Melhor Fala de um Filme
Alexys Nycole Sanchez: "Eu quero me acabar em chocolate", de Gente Grande
Amanda Bynes: "Tem um poder maior que irá julgá-la por sua indecência"/ Emma Stone: "Tom Cruise?", de A Mentira
Jesse Eisenberg: "Se vocês fossem os inventores do Facebook, vocês teriam inventado o Facebook", de A Rede Social
Justin Timberlake: "Um milhão de dólares não é legal. Você sabe o que é legal?"/ Andrew Garfield: "Um bilhão de dólares. Isso cala a boca de todos", de A Rede Social
Tom Hardy: "Você não deve ter medo de sonhar um pouco mais alto, querida", de A Origem

Melhor Vilão
Christoph Waltz, O Besouro Verde
Leighton Meester, The Roommate
Mickey Rourke, Homem de Ferro 2
Ned Beatty, Toy Story 3
Tom Felton, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1

Melhor Briga
Amy Adams x Irmãs do Mark Wahlberg, O Vencedor
Chloë Grace Moretz x Mark Strong, Kick-Ass - Quebrando Tudo
Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint x Comensais da Morte, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Joseph Gordon-Levitt x vilão do corredor, A Origem
Robert Pattinson x Bryce Dallas Howard e Xavier Samuel, Eclipse

Melhor Beijo
Ellen Page e Joseph Gordon-Levitt, A Origem
Emma Watson e Daniel Radcliffe, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Kristen Stewart e Robert Pattinson, Eclipse
Kristen Stewart e Taylor Lautner, Eclipse
Natalie Portman e Mila Kunis, Cisne Negro

Melhor Momento de Cair o Queixo
James Franco cortando o próprio braço fora, 127 Horas
Justin Bieber fazendo sua performance, Justin Bieber: Never Say Never
Leonardo DiCaprio e Ellen Page na cena do café em Paris, A Origem
Natalie Portman puxando a pele do seu dedo, Cisne Negro
Steve-O sendo arremessado dentro de um banheiro químico, Jackass 3D

Melhor Performance Assustadora
Ashley Bell, O Último Exorcismo
Ellen Page, A Origem
Jessica Szohr, Piranha 3D
Minka Kelly, The Roommate
Ryan Reynolds, Enterrado Vivo

Personagem Mais Durão
Alex Pettyfer, Eu Sou O Número 4
Chloë Grace Moretz, Kick-Ass - Quebrando Tudo
Jaden Smith, Karate Kid
Joseph Gordon-Levitt, A Origem
Robert Downey Jr., Homem de Ferro 2

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Óculos 3D: saiba para onde vão os que você usa após cada sessão



Desde o lançamento de Avatar, no final de 2009, o cinema em três dimensões voltou a ser um fenômeno. A técnica, criada no século passado e agora aperfeiçoada, depende do uso de óculos especiais que possibilitam a ilusão de ótica que cativa o público. Ao chegar ao cinema, o espectador recebe os óculos na entrada. Estes podem vir embalados ou não. Ao final da sessão, devolve a um dos funcionários do local ou os deposita numa caixa. Mas, o que acontece com eles depois?



O técnico de audiovisual Adriano Rodrigues esclarece que todos os óculos que saem de uma sessão passam por um processo de esterilização após serem utilizados, não podendo ser reaproveitados de uma sessão para a outra. Ele trabalha com máquinas especializadas nesse tipo de higienização na empresa Transisom Cine Eletrônica, responsável por redes de cinema como Cinemas Unibanco e Cinematográfica Araújo. “Todo o processo é feito com luvas e com bandejas separadas para receber os óculos limpos”, explica Adriano, que destaca também que os equipamentos de limpeza já vêm inclusos na compra do pacote de exibição em 3D quando uma sala de cinema o adquire.



As lavagens duram entre 5 e 10 minutos e podem comportar três bandejas com 12 a 15 óculos cada. Todas são mergulhadas em água a 70°C e entram em contato com detergentes e bactericidas especiais. Após serem retirados, os óculos não passam por contato humano até serem entregues novamente para os usuários nas portas das salas.



Embora este seja o procedimento necessário, os cinemas não estão sujeitos a inspeções periódicas segundo a assessoria da COVISA (Coordenação de Vigilância em Saúde), responsável pela Vigilância Sanitária no município de São Paulo. Para que uma sala passe por algum tipo de fiscalização, é necessária uma denúncia ou o desenvolvimento de um programa específico, como o que ocorreu entre agosto e outubro de 2010. Na ocasião, 12 estabelecimentos pertencentes a diversos grupos cinematográficos com salas 3D da capital foram inspecionados.



A COVISA garante que, apesar da ausência de um padrão legal para a higienização de óculos 3D, reforçou junto aos representantes as medidas que devem ser tomadas para a minimização do risco de contaminação, orientando os exibidores em relação a locais de higienização, produtos utilizados, armazenamento e treinamento de funcionários.



Legislação



Desde agosto de 2010, tramita na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) o projeto de lei nº 598, proposto pelo deputado estadual João Caramez (PSDB), que oficializa a padronização dos processos de higienização dos óculos 3D. O documento prevê que todos eles sejam “devidamente higienizados e embalados individualmente em plástico estéril com fechamento a vácuo”, algo que a maioria das redes não cumpre à risca.



O projeto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e também pela Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, mas encontra-se parado desde 23 de fevereiro, aguardando a formação de novas comissões na Assembleia, que recebeu novos deputados após ano eleitoral. A única comissão pendente é a de Finanças e Orçamento. Em caso de aprovação, o projeto será encaminhado ao Plenário, onde será votado. A expectativa, segundo a assessoria do deputado, é que seja aprovado ainda neste semestre.



A principal motivação de Caramez para elaborar o projeto foi um surto de conjuntivite ocorrido na cidade na época da proposta. Ele também se informou sobre uma epidemia do mesmo tipo acontecida na Itália quando do lançamento de Avatar. Para o deputado, “essa é, sem dúvida, uma medida simples, mas que se não for adotada pode causar um sério problema de saúde pública”.



Fontes ligadas à ABRAPLEX (Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas) e ao Sindicato das Empresas Exibidoras no Estado de São Paulo disseram que não há um lobby contra o projeto de lei, embora a medida seja antipática para boa parte dos exibidores, que preveem aumento de gastos e produção de lixo excessiva. Ainda assim, não há uma posição em comum sobre a questão, por cada rede ter sua própria dinâmica, equipamentos e tipo de óculos.



Saúde dos olhos



Para o Dr. Cláudio Domingues de Oliveira, pós-graduado pela USP em Oftalmologia, o uso dos óculos 3D para assistir a filmes não faz mal para a visão por si só. Segundo ele, se a pessoa usar os óculos e sentir problemas durante a sessão é recomendável que procure um oftalmologista para verificar um possível problema pré-existente, que não tem relação direta com o uso do acessório.



No entanto, o médico adverte que se a pessoa desenvolve algum problema posterior de conjuntivite e esteve em contato com os óculos 3D higienizados de forma incorretamente, é grande a chance de ter adquirido o problema pelo contato. “Não há como garantir que a doença tenha vindo dos óculos, já que podemos contrair o problema pelo contato com outros equipamentos públicos, como em caixas eletrônicos, mas ainda assim é muito provável que a conjuntivite tenha sido contraída na ocasião”, afirma Oliveira.



Ele aproveita para destacar que o uso dos óculos 3D por cima de óculos de lente pode trazer desconforto para algumas pessoas. “Se a pessoa coloca duas lentes sobrepostas, são duas superfícies que refratam a luz, e como elas refratam de formas diferentes, isso pode causar alguma confusão na percepção”, esclarece o oftalmologista, que diz que em alguns casos pode haver enjoo e mal estar.




Enquanto a lei não é aprovada, os precavidos podem limpar os óculos usando lenços com álcool em gel antes do início da sessão. Existe também a opção de adquirir seus próprios óculos 3D. Os modelos disponíveis no mercado têm preços que variam entre R$ 30 e R$ 150. Alguns modelos importados podem chegar a surpreendentes R$ 1.200.



quarta-feira, 4 de maio de 2011

Muito mais do mesmo...





Acabo de ver uma relação de filmes a serem lançados nos próximos meses... comparo com uma lista de filmes lançados nos últimos meses... e pergunto: por que o cinema tem dado chance a tantas continuações e remakes? Isso tem acontecido tanto, e a fórmula é tão conhecida, que até desanima. Antes ainda, pelo menos no caso dos remakes, eram histórias ou produções de mais de 30 anos atrás. Agora, estão recorrendo a filmes dos anos 90. Filmes que já foram sucesso de bilheteria. Que já provaram seu valor e, em alguns casos, entraram na história do cinema.



As continuações também não ficam atrás. Você alguma vez imaginou que precisaria esperar até 10 anos para saber o fim de um filme? Pois é isso mesmo que acontece em algumas vezes. Harry Potter é uma saga desse tipo. Foram 6 filmes, um por ano, e no último capítulo, decidiram dividir o cara em vários pedacinhos. E já planejam lançar depois mais um explicando como tudo começou. O mesmo para O Senhor dos Anéis. A trilogia seguiu 3 anos e, quando inventaram de apresentar a história que deu início a tudo, rolou uma espera de mais de 8 anos (O Senhor dos Anéis: O retorno do Rei foi lançado em 2003), e decidiram que a última parte (que na verdade é a primeira) será dividida em outras tantas, cada uma delas lançada em anos diferentes.



O camarada do marketing dirá que isso é um jeito de ganhar um pouco mais de dinheiro. Esticar ao máximo o sucesso de algumas produções, e reaproveitar a fórmula daquelas que já deram certo, com uma nova perspectiva, novos efeitos, mais investimentos. Tá legal... eu entendo que o comercial é a alma do negócio, mas como esperar aquela sensação do "novo", que muitas vezes só o cinema é capaz de proporcionar? E mais, para muitos daqueles que viram as versões originais, ou assistiram os episódios iniciais dessas multitripologias, novas filmagens e continuações intermináveis só servirão para comparações e críticas ao novo. Sim, porque muitas vezes o capítulo seguinte não chega aos pés da produção inicial. E muitas vezes, a regravação abandona elementos e detalhes que fazem toda a diferença.



Alguns casos podem ser considerados hors concours, como os filmes de super heróis e, na melhor das intenções, até alguns filmes de terror (embora ninguém mereça ver a décima sétima continuação de Sexta Feira 13).



O que fazer então quando a situação é parecida com a de Crônicas de Nárnia? A história é dividida em 7 livros. Nos cinemas, a primeira versão foi lançada cheia de pompas em 2005, mas não agradou gregos e troianos. A continuação, lançada 3 anos depois, não agradou gregos. O terceiro episódio, lançado 2 anos depois do segundo, não agradou os poucos troianos que restaram. E por isso mesmo, existe uma grande chance de não gravarem os outros 4 episódios. O que fazer?



Outro exemplo interessante é o da hexalogia de Star Wars. Os 3 filmes finais (que contam o final da história) foram lançados antes dos filmes iniciais (que contam o início da história) com uma diferença de mais de duas décadas. O resultado foi percebido na qualidade dos filmes, e na opinião dos fãs. Obviamente, os filmes mais antigos foram muito superiores, embora os mais recentes tivessem mais efeitos e recursos.



A lista de regravações e continuações é extensa, não cabe listá-los por aqui, mas muitas vezes o espectador fica preso a essa mesmice do cinema, já que o que é "diferente" pode muitas vezes ficar de fora do circuito comercial das redes de cinema e somente ser lançado em DVD. Mais do que isso, o espectador acaba sem opções e precisa fazer número nos lançamentos de grandes blockbusters. Mais do que qualidade, seria importante haver condições de uma escolha justa.



A questão principal, por aqui, não é nem a de qualidade das novas produções, mas oferecer conteúdos e histórias diferentes e que apresentem, de fato, novas perspectivas do mundo à nossa volta, sem nos enclausurar numa sala lotada de cinema só porque se tornou febre assistir a trigésima primeira versão de determinado filme, só porque agora ele tem 1 minuto e quarenta e dois segundos de cenas extras. E você, o que acha dessa febre de remakes e continuações no cinema?


terça-feira, 3 de maio de 2011

Antes de Partir



Fantástico em todos os sentidos, esse é o tipo de filme que promete trazer uma mensagem de luz aos seus espectadores, e cumpre com maestria sua promessa. Nem é necessário considerar as brilhantes atuações de Jack Nicholson e Morgan Freeman, em seus papés completamente antagônicos, mas pela leveza da história, bela fotografia, tempo perfeito de narrativa, e uma mensagem emocionante e comovente.


Os veteranos Nicholson e Freeman se completam na história. Desconhecidos até então, Edward Cole (Jack Nicholson) e Carter Chambers (Morgan Freeman) são dois homens com câncer em estágio terminal, que fogem do hospital e põem os pés na estrada com uma lista de coisas que gostariam de fazer antes de morrer.


Eles conseguem arrancar risadas da própria situação trágica, e ensinam como enfrentar a adversidade da vida com inteligência e coragem.


O filme tenta apresentar ao seu espectador um lado mais colorido da vida. Na melhor interpretação da velha máxima de "viva seu dia como se ele fosse o último da sua vida". Apesar da situação dramática, o desenrolar da trama é muito divertido e inteligente.


Uma produção deliciosa, pra assistir e repetir. Belíssimo trabalho de direção, com interpretações fantásticas. Um filme muito bonito e inteligente, que emociona e diverte. Recomendadíssimo, com certeza. Vale cada centavinho do valor da locação.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Rob Reiner
Elenco: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Rob Morrow, Hugh B. Holub, Alfonso Freeman, Serena Reeder, Ian Anthony Dale, Richard McGonagle, Christopher Stapleton.
Produção: Alan Greisman, Neil Meron, Rob Reiner, Craig Zadan
Roteiro: Justin Zackham
Fotografia: John Schwartzman
Trilha Sonora: Marc Shaiman
Duração: 97 min.
Ano: 2007
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Classificação: 10 anos

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pipoca e cinema: casamento perfeito para uns, terror para outros

O ato de ir ao cinema mudou no decorrer das últimas décadas. As salas de cinema migraram das ruas para os shoppings e a tecnologia melhorou consideravelmente a qualidade de projeção e de som. O que não mudou ao longo dos anos foi o hábito de comer pipoca assistindo a um filme. Entrar numa sala de exibição e não sentir o aroma - para muitos irresistível - de pipoca quentinha é quase impossível na maior parte do mundo.

Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que a iguaria não era vista com bons olhos pelos donos de cinema, preocupados em manter a limpeza de suas salas. Foi necessário um homem e sua invenção prática para chamar a atenção dos empresários sobre as possibilidades de lucro com esse costume aparentemente inofensivo. De lá pra cá, a pipoca tornou-se carro-chefe de bombonières sofisticadas responsáveis pela maior parte do lucro de um cinema.

A pipoqueira elétrica de Charles Manley

No início do século passado era comum nos Estados Unidos que ambulantes vendessem petiscos como amendoins nas portas de estádios e locais de grande aglomeração. O cinema, por essa época, tornava-se um desses pontos de concentração de público e não demorou muito para que os vendedores de rua oferecessem pipoca e outras guloseimas em frente às salas de projeção.

Para os donos de cinema, o hábito que se criava só começou a ser bem visto a partir de 1925, quando o norte-americano Charles Manley criou a primeira pipoqueira elétrica. Astuto, Manley foi oferecer seu invento justamente para os exibidores, que, a despeito da sujeira e do incômodo causado pelo barulho das mastigadas, perceberam rápido a fonte de receita que tinham em mãos. Diferente da renda obtida com ingressos, dividida com os estúdios e distribuidoras, o faturamento com alimentos ficava inteiramente com o proprietário da sala.

Muitos optaram inclusive por baixar o preço dos ingressos, conseguindo assim mais audiência - que gastava o dinheiro sobressalente com pipoca, bebidas e demais guloseimas. O casamento entre pipoca e cinema estava selado e sobreviveu mesmo nos tempos da Grande Depressão, quando o cinema serviu como fuga da dura realidade, e a pipoca, alimento barato, enganava a fome dando uma falsa sensação de saciedade.

Barulhentas e incômodas

Em Crepúsculo dos Deuses (1950), Gillis, personagem de William Holden, diz em dado momento: “...foi aí que o negócio da pipoca entrou, você compra um saco e tapa as orelhas”. A frase ácida já revelava certa preocupação em combater o ruído vindo da plateia em um ritual que ganhava contornos de hábito. Mas, muitas décadas depois, o que pensam os frequentadores das salas de cinema?

Uma rápida passagem pelos cines da região da Avenida Paulista, em São Paulo, mostra opiniões divididas. “Eu acho que não dá pra ir ao cinema e não comprar uma pipoquinha”, brinca a estudante Mariana Lima, de 21 anos, contrariando seu namorado, o advogado Guilherme Mesquita. “Eu falo pra ela que, além de ser mais caro que o ingresso, isso faz mal, mas ela é teimosa e não me escuta”, diz Mesquita, que revela não gostar nem do cheiro da pipoca.

Cinéfilos tradicionais parecem unânimes no repúdio ao som das mastigadas. “Pra filme com muito barulho, tiro, explosão, pode até ser legal, mas quando a gente quer assistir a algo mais calmo, introspectivo, o barulho da pipoca só serve pra atrapalhar, te tirar do momento, da magia”, afirma a professora aposentada Maria da Graça, de 53 anos. Ela, que tem como filme preferido O Poderoso Chefão II, diz não imaginar como alguém pode apreciar filmes que prezam pelo silêncio, como Gritos e Sussurros, ou até mesmo o recente Homens e Deuses, sufocado pelo ruído da mastigação constante.

Ame-a ou odeie-a, o fato é que a pipoca está indissociavelmente ligada ao hábito de ir ao cinema. Para os desafetos da iguaria, resta ir a salas frequentadas por partidários do “Fora, Pipoca!”. Já para os entusiastas, a receita é a mesma desde o início do século passado: pegar um balde de pipoca quentinha, um copo de refrigerante e se divertir em frente à telona.

Por Paulo Gadioli, em 28/04/2011, no link http://cinema.cineclick.uol.com.br/noticia/carregar/titulo/pipoca-e-cinema-casamento-perfeito-para-uns-terror-para-outros/id/30434/