quinta-feira, 31 de maio de 2012

Tapete vermelho: saiba como ele se tornou passarela das celebridades do cinema


Ele é um trajeto encantado, caminho das grandes celebridades do cinema mundial e, no passado, foi palco de tragédia grega. Hoje, o famigerado tapete vermelho virou também vitrine de propaganda para grandes grifes. Mas como isso aconteceu?

Muito antes de se estender diante dos candidatos ao Oscar, o tapete vermelho apareceu pela primeira vez na peça grega Agamemnon, de Ésquilo, de 458 a.C., na Grécia Antiga. Nela, o rei Agamemnon é recebido com um tapete de bordados vermelhos em sua volta da Guerra de Troia. O rei diz então que caminhar sobre tal peça é um direito apenas dos deuses. Era o nascimento do status de passarela de VIPs do tapete vermelho.

O tapete vermelho pelo qual entram os famosos para a cerimônia do Oscar tem 152 metros de comprimento e 10 de largura. Desde 1944, quando a atriz Jennifer Jones usou pela primeira vez diamantes emprestados, as roupas e a joias das celebridades são cedidas pelas grifes como forma de divulgação.

A tática funciona. Em 1997, o colar Cartier de diamantes usado por Celine Dion, avaliado em US$ 490 mil, foi vendido antes mesmo do fim da cerimônia.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Homens de Preto 3 tira Os Vingadores do topo das bilheterias americanas



Foram três semanas de liderança absoluta, mas os heróis da Marvel tiveram de se render às forças alienígenas. Calma, não estamos falando que Os Vingadores foram derrotados por Loki e suas tropas, mas que MIB– Homens de Preto 3 tomou a liderança nas bilheterias americanas.

Segundo a prévia do fim de semana divulgada hoje, o filme estrelado por Will Smith fez US$56 milhões entre sexta e domingo. Já a produção da Marvel manteve bons número mas caiu para o segundo lugar, com aproximadamente US$37 milhões de arrecadação.

Ambos os números devem aumentar consideravelmente devido ao feriado americano Memorial Day, que neste ano cai na segunda-feira, criando um fim de semana prolongado por lá.

Apesar da liderança, os números de Homens de Preto 3 decepcionaram o estúdio responsável pelo filme. A produção foi orçada em US$250 milhões, quase o dobro dos gastos com filme anterior da franquia, e mesmo com os ingressos inflacionados graças aos efeitos 3D, o longa não conseguiu números mais expressivos.

Por outro lado, Os Vingadores continua a fazer história e se tornou o filme que mais rápido ultrapassou a marca dos US$500 milhões em território americano, o longa precisou de apenas 23 dias. Com os US$37 milhões deste fim de semana, o filme já soma US$513 milhões e está próximo a ultrapassar Batman – O Cavaleiro das Trevas, que faturou US$533 milhões.

Já na bilheteria mundial, o longa somou cerca de US$100 milhões ao redor do mundo e está apenas a US$33 milhões de ultrapassar Harry Potter e as Relíquias da Morte- Parte 2. Os Vingadores deve se consolidar como a terceira maior arrecadação dos cinemas, ficando atrás apenas das produções de James Cameron: Titanic e Avatar.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Bollywood versus Hollywood: veja como é ser um astro ou estrela do cinema indiano

Salman Khan: notoriedade nos quatro cantos da Índia
Os atores e atrizes retratados nesta página não são novatos em busca de uma chance no cinema. São astros e estrelas consagrados, idolatrados por milhões de fãs e a presença de qualquer um deles num filme é sinônimo de sucesso de bilheteria. A carreira e vida pessoal desses ídolos da telona movimenta um rico mercado de publicações e programas de TV sobre celebridades e, aos seus cachês milionários, somam-se grandes somas em dinheiro vindas da publicidade. Se não os está reconhecendo, não se sinta desatualizado. Estes deuses do cinema são reverenciados em Bollywood, a meca do cinema indiano.

A Índia tem a maior indústria de cinema do mundo, produzindo ao todo cerca de mil filmes por ano. Para se ter uma ideia, Hollywood produz metade disso no mesmo espaço de tempo. Naturalmente, estamos falando de produção em massa. Em termos de faturamento, claro, o cinema norte-americano continua imbatível. Mas quem pensa que os astros e estrelas do cinema indiano só são conhecidos na Índia, engana-se. Nomes como Aamir Khan, Salman Khan, Aishwarya Rai, Kajol e Shahrukh Khan são reverenciados no país e em outras nações onde os filmes indianos são consumidos, como Turquia, Marrocos, Egito, China e Grécia.

Deuses de fato
Na Índia, no entanto, termos como reverência e idolatria tomam outro sentido quando nos referimos ao culto a celebridades do cinema. Se atores como Brad Pitt, Robert De Niro, Julia Roberts e Angelina Jolie são astros em boa parte do mundo, em Bollywood os ídolos do cinema transitam alguns degraus acima: são deuses, e não se trata de uma força de expressão.

No país, atores e atrizes no auge da carreira são vistos como divindades de fato. Alguns têm templos de veneração construídos em sua homenagem, onde os fãs se reúnem para rezar por eles e venerar suas imagens. São espaços muito bem cuidados, limpos quase que diariamente e com imagens de cenas de filmes que consagraram o ator em questão.
 Kajol: uma das estrelas mais disputadas de Bolywood
E como não se pode abandonar um deus, deve-se se acompanhá-lo em todos os seus filmes, o que significa que contratar um desses atores para um longa-metragem pode custar caro ao produtor, mas é garantia de rentabilidade alta.

No livro Diários de Bollywood, do jornalista Franthiesco Ballerini, o professor Kishore Namit Kapoor, criador de uma das escolas de atuação mais famosas do país, compara essa idolatria à paixão do brasileiro por futebol: “No Brasil há intermináveis discussões entre amigos que torcem por times diferentes. Em algumas regiões da Índia acontece o mesmo. Em outras palavras, seu você é fã de Shahrukh Khan e eu sou fã de Aamir Khan, passaremos horas numa mesa de bar discutindo porque meu ator é melhor que o seu e vive-e-versa”.

O difícil acesso ao Olímpo
Se no star system Hollywoodiano muitos tentam chegar ao estrelato, mas pouco conseguem, em Bollywood as coisas podem ser ainda mais difíceis. Num mercado que produz mil filmes por ano há milhares de atores e atrizes, mas são muito poucos os que alcançam a glória. E isso tem relação direta com a prática de idolatria quase religiosa a astros e estrelas. Da mesma forma que um devoto de São Judas Tadeu não será devoto de São Jorge, ou, voltando à analogia com o futebol, dificilmente alguém torce para dois times, tentar se tornar um deus do cinema na Índia não é nada fácil. Se consegue chegar ao Olimpo, no entanto, a consagração é eterna.
Aamir Khan: indianas sonham com o galã número 1 do cinema indiano
Senhores das bilheterias
Como é de se esperar, essa devoção aos astros e estrelas reflete diretamente nas bilheterias dos filmes indianos. Embora o fanatismo se dê em cidades menores ao norte do país e em zonas rurais, mesmo em metrópoles como Mumbai e Nova Déli a disputa dos fãs é acirrada. Para se ter uma ideia, quando a venda de ingressos ou DVD de um filme está menor que outro, fãs promovem campanhas para tentar “vencer” a disputa e ver seu ídolo em vantagem.

A força de um deus do cinema indiano é tanta, que quando está no elenco de um filme todo o resto é dispensável. Não são necessários bom roteiro, efeitos especiais convincentes ou coadjuvantes talentosos. Tudo gira em torno dele e isso basta para fazer da produção um sucesso. Originalidade de roteiro e capricho técnico muitas vezes são vistas como compensações para longas que não têm uma grande estrela no elenco.

Neste status quo do cinema indiano por alterado ao longo de anos, apenas um detalhe vem mudando recentemente. O espectador vem exigindo não só beleza e carisma de seus candidatos a deuses, mas também talento. Esse aspecto vem revolucionado a nova geração de atores do país, que busca aperfeiçoamento numa das muitas escolas de formação de atores abertas nas última décadas no país.
 Aishwarya Rai: beleza que rivaliza com estrelas de Hollywood

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Amour, de Michael Haneke, vence a Palma de Ouro


O Festival de Cannes anunciou neste domingo os vencedores da Palma de Ouro, prêmio máximo do festival. O grande vencedor da noite foi o filme Amour, assinado pelo alemão Michael Haneke. É a segunda vez que o diretor vence a Palma de Ouro de Melhor Filme em Cannes, em 2009 ele levou o prêmio para casa graças ao longa A Fita Branca.

Outro destaque da noite foi o filme romeno Dupa Dealuri, em inglês Beyond The Hills, que conquistou dois prêmios. Cristian Mungiu, que também assina a sua direção, foi condecorado com o Melhor Roteiro, enquanto a dupla Cristina Flutur e Cosmina Stratan dividiram a Palma de Ouro de Melhor Atriz.

O mexicano Carlos Reygadas foi eleito o Melhor Diretor pelo seu trabalho em Post Tenebras Lux, filme muito elogiado pela crítica especializada presente em Cannes. Já na categoria Melhor Ator, o premiado foi o dinamarquês Mads Mikkelsen pelo longa Jagten, traduzido para o inglês como The Hunt, assinado pelo também dinamarquês Thomas Vinterberg.

O Prêmio do Júri, presidido pelo diretor italiano Nanni Moretti, foi entregue para Ken Loach pelo filme The Angel’s Share, enquanto o troféu Gran Prix foi dado para Matteo Garrone pelo longa Reality. Na categoria Melhor Curta-Metragem, a produção turca Sessiz-Be Deng foi a grande vencedora, o filme é assinado pelo diretor L. Rezan Yesilbas.

O brasileiro Walter Salles concorria à Palma de Ouro pelo filme Na Estrada, longa estrelado por Kristen Stewart, apesar de não sair como vencedor foi bastante elogiado pela mídia francesa. O longa apareceu na quinta colocação entre os mais bem avaliados entre os disputantes da Palma de Ouro.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Espelho, espelho meu

Percebi algumas pessoas incomodadas com Espelho, espelho meu. De início, também fiquei com uma pulga atrás da orelha. Imaginei que o filme seria muito melado, ou que seguiria o mesmo molde do inúmeros filmes que tentaram imitar Branca de Neve. Mas confesso que tive uma grata surpresa. Não, o filme não é fantástico. Está longe disso. Mas cumpre muito bem o seu papel e garante boas doses de entretenimento para todos os públicos.

É uma desconstrução muito divertida do clássico Branca de Neve, e como desconstrução, a não ser pelos elementos básicos (o príncipe, a rainha/bruxa malvada, a princesa mocinha, os anões - bem diferentes, diga-se de passagem, o espelho), todo o resto é diferente. A história é explicada do ponto de vista da rainha malvada. Só isso já dá uma narrativa completamente diferente ao filme. E a história não se prende a detalhes. É curta e grossa. Independente de ser o que o espectado quer ver ou não.

Toda a fantasia do roteiro original foi deixada de lado. Em Espelho, espelho meu, a realidade é muito mais crua, e até cruel. O roteiro tenta forçar algumas passagens mais engraçadas. Tem sucesso em algumas delas, em outras nem tanto. Mas nada que faça o filme perder totalmente o seu contexto. A parte visual do filme é bem diferente, com cores fortes e sobressaltadas, sempre com a intenção de dar destaque a certos detalhes da cena. Algumas cenas foram feitas para o mercado 3D. O momento em que a rainha entra no espelho, com certeza é um deles.

Julia Roberts e Lily Collins tomam conta da trama. Uma como rainha má, e outra como a princesa do bem. Não dão muito espaço aos demais personagens. Mas também não acho que isso seja um problema. Cada uma, ao seu estilo, tenta valorizar um pouquinho mais o filme. Julia Roberts parece bem solta em seu papel, se divertindo bastante, a invés de super valorizar seu personagem.

O filme conta que era uma vez uma bela princesa chamada Branca de Neve (Lily Collins). Tudo ia bem até sua madrasta, a Rainha Má (Julia Roberts), assumir o controle do Reino Encantado. A Rainha Má precisa casar com o rico Príncipe (Armie Hammer) para salvar seu reino que está indo à falência. Mas o Príncipe está apaixonado por Branca de Neve e, para conquistá-lo, a Rainha expulsa Branca de Neve para a floresta, onde ela terá a ajuda de divertidos anões para lutar e reconquistar seu trono, além de recuperar o amor de sua vida.


Entendo que algumas mudanças podem ser encaradas como negativas, mas é muito divertido observar uma reformulação da história como nesse caso. A história perde seu encanto como conto de fadas, mais voltada ao público infantil, no entanto recebe uma energia nova, e tenta alcançar um público mais maduro. Embora use elementos e nomes conhecidos, como Branca de Neve e os próprios 7 anões, o filme conta uma nova história, ou recicla a antiga. Não se trata de uma produção impecável, mas é uma filme que garante bom entretenimento. Atuações leves e desapegadas. Efeitos visuais bastante interessantes. E, por fim, uma história que não se prende ao clássico. Boa pedida para a sessão de vídeo em família. A única sugestão talvez seja a de assistir ao filme sem a exigência de compará-lo ao clássico do desenho Disney. É uma tarefa difícil, mas com certeza permitirá que você enxergue mais diversão ao invés de criticar as diferenças.
FICHA TÉCNICA

Diretor: Tarsem Singh
Elenco: Julia Roberts, Lily Collins, Armie Hammer, Sean Bean, Nathan Lane, Mare Winningham, Michael Lerner, Robert Emms, Martin Klebba
Produção: Bernie Goldmann, Ryan Kavanaugh, Brett Ratner
Roteiro: Melissa Wallack, Jason Keller
Fotografia: Brendan Galvin
Trilha Sonora: Alan Menken
Duração: 106 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Relativity Media / Rat Entertainment / Citizen Snow Film Productions
Classificação: Livre

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Locadoras virtuais ou não


Não à toa, nos últimos dias divulguei algumas notícias a respeito da Netflix. Tudo para basear algumas considerações sobre os serviços de locação ou compra de filmes via internet, ou via streaming. Não se trata de uma opinião contrária à Netflix, até porque ela não é a única provedora deste tipo de serviço no Brasil, ou mesmo fora dele. Acontece que se tornaram um modelo, mas um modelo que merece algumas ressalvas.

Primeiramente, acredito que a iniciativa de disponibilizar filmes, séries, ou qualquer tipo de programação via internet, seja uma baita sacada. Todo serviço que facilite ou que permita um acesso melhor ao usuário sempre é válido. Mas esse tipo de opção tem se tornado a única. E é nesse ponto que percebo a disponibilização via streaming como algo negativo.

Aparentemente, o negócio de vídeo locadoras entrou em uma nova queda livre, talvez somente comparada à entrada das grandes redes no mercado e da mudança dos formatos de VHS para DVD. A locadora 2001, acostumada com os clássicos, se viu pressionada a entrar no mundo dos lançamentos, mas nunca perdeu o seu foco nos antigos. Isso fez com que, aparentemente, não sofresse o mesmo golpe que a rede Blockbuster. O problema, é que somos vítimas dos modelos estrangeiros e, quando a Blockbuster entrou em crise nos EUA, justamente pelo novo modelo de concorrência que surgia no meio online, a "filial" brasileira também surtou, e acabou nas mãos das Lojas Americanas, que aproveitou seus pontos e criou várias lojinhas meia boca.

O formato online chegou com tudo. O números de pessoas com acesso à internet é cada vez maior. As pessoas consomem via internet cada vez mais. Nada mais justo do que focar somente neste formato, ou aumentar o investimento. Acontece que lá nos EUA, que dita as regras nesse sentido, os serviços de streaming vêm sendo questionados nos últimos tempos. Quer seja pelo acervo, pelos valores cobrados, pela qualidade do serviço. E a quantidade de assinantes caiu (http://info.abril.com.br/noticias/mercado/netflix-perde-800-mil-assinantes-nos-eua-25102011-18.shl). Não sei se pela mesma razão, mas talvez impulsionados pelos resultados de fora, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) divulgou na edição de abril da sua revista, o resultado de pesquisas relacionadas a estes serviços de vídeo online, e os resultados não foram tão bons.

Existem problemas com questões contratuais, acervo disponível, problemas com a propaganda, mudanças nos pacotes dos assinantes, incompatibilidade com equipamentos,entre outros. O que fez com que usuários trocassem de serviço ou buscassem novas alternativas.

Independente de qualquer problema apontado por essa pesquisa, algumas perguntas me vêm à mente. Será que a nossa internet alcançou uma qualidade tão alta, que permite o uso de uma tecnologia de streaming com a mesma qualidade de um DVD ou até mesmo blu-ray? Obviamente, tudo depende da sua parte do negócio. O que eu quero dizer com isso? Bom, o filme, belo e formoso está a sua disposição porém, se a sua internet não é boa, se a sua TV ou computador não são bons, a culpa por qualquer questão de qualidade será somente sua. E o brasileiro, cá entre nós, se vira bem, mas quando precisa tratar entretenimento, quer ligar a TV e esquecer desses detalhes técnicos. O que eu concordo plenamente.

Também existe toda uma questão de concorrência. O acervo dessas empresas não contém lançamentos, diferentemente, por exemplo, dos pay per view fornecidos pelas TVs a cabo. Será que por uma questão de valores, esse detalhe seja tão superficial? Novamente, as pessoas gostam de lançamentos. Dificilmente um assinante busca clássicos ou filmes muito antigos para assistir com a família. Claro que existe um nicho de colecionadores ou saudosistas para isso, mas não chega a ser uma grande maioria.

Quanto à questão dos valores, tudo é uma questão de percepção. R$15 reais pode não ser muito, se você considerar somente a questão de poder assistir quantos filmes quiser. No entanto, a coisa começa a ficar mais cara se você considerar que precisará de um acesso à internet, um bom computador, ou uma TV de qualidade, que sejam compatíveis às exigências da empresa fornecedora dos filmes, e que toda a manutenção desses equipamentos é por sua conta. Sim, você também é o responsável pela saúde do seu aparelho de DVD, mas qualquer problema é infinitamente inferior em um equipamento que custa R$150 reais, perto de outro que custa mais de R$1.000, como é o caso de um computador.

Reforço minha opinião que, qualquer forma de permitir o acesso da população à cultura e ao entretenimento, sempre será válida. Mas aproveitar o oba oba tecnológico pelo qual o país atravessa, talvez não seja a maneira ideal de fazer isso acontecer (não questiono o bum comercial que existe por trás disso). Também acredito que mais importante do que fornecer qualquer serviço, também seja importante manter outras alternativas, que permitam que eu assista um belo filme caso minha conexão de internet tenha caído.

O avanço tecnológico não pode ser esquecido, mas ele tem que servir como mais uma opção, e não como a única. Imaginar que a ferramenta para assistir vídeos online é a única saída para aquele que busca entretenimento (tanto como consumidor como vendedor), é esquecer o deleite da experiência de entrar em uma video locadora física, e poder pegar na mão um DVD, ler sua sinopse, esbarrar em uma fileira onde existe aquele filme que você sempre quis assistir mas que nunca lembrava o nome, comprar a pipoca, o refrigerante e aquele sorvete, tudo ao mesmo tempo. Chegar em casa, se jogar no sofá, e se deliciar com o filme escolhido. E não entrar em um site tendo que saber exatamente o que se quer ver, ou se perder nas opções, nos cliques de um notebook incômodo (ou algo menor e ainda mais difícil de se visualizar), e esperar o download do filme escolhido, torcendo para que a energia não acabe, ou que sua internet não sofra com as variações de velocidade, sentado em sua não tão confortável cadeira de escritório.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Netflix não é mais o inimigo número um da TV por assinatura

Em 2011, o principal evento de TV por assinatura dos EUA foi pautado pelo significado do que representava uma empresa como a Netflix para o modelo tradicional de TV paga. Era o inimigo mais comentado e temido em todas as palestras.

Esse ano, durante a Cable 2012, que acontece esta semana em Boston, o medo se foi e praticamente não se fala mais em Netflix como uma ameaça. Para Craig Moffett, analista de TV paga da Sanford C. Bernstein, entre o evento de 2011 e o deste ano foi possível colocar a ameaça dos serviços over-the-top (OTT) em uma perspectiva melhor, "até por conta dos resultados ruins da Netflix".

Por outro lado, para Peter Stern, principal executivo de estratégia da Time Warner Cable, existe ainda uma questão a ser explorada que é por quê 8 milhões dos 25 milhões de usuários da Netflix não são assinantes de TV a cabo.

"Existe alguma coisa ai, talvez uma oportunidade". Para ele, a migração dos serviços para plataformas IP é uma realidade, e "a resposta das operadoras em uma nova política de empacotamento é crítica para evitar a perda de mercado com os cable cutters. Quando isso for uma ameaça concreta já será tarde". Para ele, o Netflix e outras plataformas over-the-top têm um grande desafio, que é "ocupar todas as TVs da casa", diz Stern. Mas para ele, "nós (operadoras de cabo) temos o desafio de ocupar os espaços fora da casa".

Para Doug Mitchelson, analista do Deutsche Bank, as pessoas estão deixando de ter TV por alguma razão. "E quanto mais se quebra o modelo, mais os custos aumentam", disse. Ele lembrou que os investimentos em rede estão feitos e que é preciso apresentar os novos modelos.

terça-feira, 22 de maio de 2012

CANNES 2012: Fortes chuvas danificam sala do festival


O teto de uma das principais salas de projeção do Festival de Cannes ficou danificado na noite de domingo (20/5) como consequência das fortes chuvas. Isso obrigou os organizadores a cancelar a exibição dos dois últimos filmes programados, Villegas e Beyond the Hills, segundo o site The Hollywood Reporter.

A sala atingida é a Soixantième Theatre e apenas parte da estrutura temporária, montada especialmente para o festival, foi danificada. Os reparos começaram a ser feitos na manhã desta segunda-feira (21/5).

A programação para hoje está confirmada. As exibições dos filmes cancelados serão reagendados, anunciou o serviço de imprensa do Festival.

As chuvas da noite de domingo também forçaram o cancelamento da queima de fogos de artifício previstos para festejar o 65º aniversário de Cannes.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CANNES 2012: jornalistas abandonam sessão de Os Infratores


O filme americano de gângster Os Infratores, estrelado por Shia Labeouf (Transformers) e Tom Hardy (A Origem) chocou e fez jornalistas abandonarem sessão em Cannes neste sábado. O longa é um dos mais violentos que já competiram no festival francês.

Ambientado nos anos 30, época da Lei Seca nos EUA, mostra como os irmãos Bondurant comandam uma destilaria de uísque nas proximidades de Virgínia. Quando um oficial corrupto (Guy Pearce) ameaça os irmãos com extorsão, eles não cedem e a guerra toma proporções cada vez mais violentas.

Para o papel, Shia Labeouf e Hardy e foram pra academia malhar juntos. "O filme tem esse clima bagunçado, sujo, mais realista. As brigas não são coreografadas como num balé, e a violência vai aos extremos", disse Labeouf em entrevista coleiva.

O britânico Tom Hardy agradeceu a comparação com Marlon Brando feita por um jornalista. "Não posso dizer que me inspiro nele. Não vi O Poderoso Chefão, nem Sindicato de Ladrões, nem ‘Um Bonde Chamado Desejo. Mas fico feliz, claro."

O roteiro é do músico Nick Cave, que comentou sobre a obra. "O livro tem um sabor que me pegou logo de cara. A violência por si só é entediante, mas essa história tem uma boa mistura de violência e sentimentalismo", explicou.

Ele comparou a época da Lei Seca com os dias de hoje. "Proibição ainda existe, e continua a falhar absurdamente no seu cerco às drogas", declarou na entrevista coletiva.

Os Infratores estreia no Brasil em 14 de setembro.

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Segundo informações do TMZ, o ator chinês Jackie Chan (A Hora do Rush) disse que não quer mais fazer filmes de ação. A declaração ocorreu durante uma conferência sobre o lançamento do seu novo longa, Chinese Zodiac, seu filme de número 100.

"Esse será meu último filme de ação [...] Eu não sou mais jovem... Estou muito, muito cansado. O mundo anda muito violento. É um dilema , porque eu gosto de ação, mas não gosto de violência. Não quero ser apenas um astro de ação... Quero ser um ator de verdade. Quero ser o Robert De Niro asiático. Quero me livrar da minha imagem. Então, nos últimos dez anos tenho feito outros filmes como Karate Kid, em que interpreto um homem velho. Quero que o público saiba que não sei apenas fazer comédias ou lutar, eu também sei atuar.", disse Chan.

Por muitas décadas, o ator, agora com 58 anos, não só têm feito muitos filmes de ação, como também performa suas próprias cenas sem nenhum tipo de dublê, fato que já lhe rendeu diversos tipos de ferimentos. Infelizmente, sentiremos falta do Mr. Nice Guy em longas como Primeiro Impacto, Bater ou Correr e Arrebentando em Nova York.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

CANNES 2012: Saiba quais são os filmes que prometem agitar o festival


O Brasil é convidado de honra do Festival de Cannes deste ano, que começa hoje nesta quarta-feira e segue até o dia 27 de maio. Apesar do tributo ao cinema nacional e de uma presença maior de obras latinas nesta edição, a 62ª edição do festival mantém a tendência dos últimos anos de predomínio de fitas americanas na competição.

São seis produções dos Estados Unidos disputando a Palma de Ouro. Entre elas o filme de abertura, Moonrise Kingdom, de Wes Anderson. Bem contado à Palma de Ouro, Na Estrada, nova produção de Walter Salles, entra nessa conta por ser co-produção daquele país e ter como principal produtor o cineasta Francis Ford Coppola.

Há outros três longas estadunidenses com boas perspectivas no festival: Lee Daniels, do premiado Preciosa - Uma História de Esperança, chega a Cannes com seu segundo filme, The Paperboy, estrelado por Nicole Kidman, Zac Efron e Matthew McConaughey. Jeff Nichols, celebrado em 2011 com o independente O Abrigo, exibirá The Mud, produção sob grande expectativa. O neo-zelandês Andrew Dominik apresentará Killing them Softly, seu terceiro longa-metragem, o segundo em parceria com o ator Brad Pitt. O diretor promete uma releitura dos filme de máfia.

Casal Crepúsculo

Robert Pattinson e Kristen Stewart são dois novos astros a disputar atenção no tapete vermelho de Cannes este ano. E ambos estão em filme muito bem cotados. Ela é protagonista de Na Estrada, adaptação do livro de Kerouac relata uma viagem pelos Estados Unidos no fim dos anos 40, repleta de drogas, sexo, álcool. Pattinson, par romântico de Stewart em Crepúsculo, estreia o aguardado Cosmópolis, do canadense David Cronenberg. Outro forte concorrente este ano, o longa de Cronenberg trata do universo financeiro de Nova York.

América latina

A América Latina aspira à Palma de Ouro com Post Tenebras Lux, do mexicano Carlos Reygadas. O diretor não é o único mexicano na disputa oficial. Também estará presente o jovem realizador Michel Franco com Después de Lucía. O filme será apresentado na seleção oficial Um Certo Olhar, que propõe também filmes de Colômbia, Argentina e Cuba. Na mesma mostra a Argentina estará presente com Elefante Blanco, de Pablo Trapero, com Ricardo Darín. A seleção  inclui também 7 días en la Habana, que retrata essa cidade vista por sete diretores diferentes: Benicio del Toro, o espanhol Julio Medem, os argentinos Pablo Trapero e Gaspar Noé, o cubano Juan Carlos Tabío e o palestino Elía Suleiman.

Outros destaques

Três anos após o Grande Prêmio do Júri ter coroado O Profeta, o diretor francês Jacques Audiard competirá pela Palma de Ouro com De Rouille et d'os, história de um amor atormentado, com Marion Cotillard e Matthias Schoenaerts, adaptado de dois romances da coleção de Craig Davidson, relançados para a ocasião. Dos seis filmes franceses na disputa, outro destaque é Vous n'avez Encore Rien Vu, do quase nonagenário Alain Resnais, que volta a Cannes com uma releitura de Eurídice estrelada por Mathieu Amalric, Sabine Azema e Pierre Arditi.

Entre os favoritos, há ex-ganhadores da Palma de Ouro: o austríaco Michael Haneke, com Amour; o iraniano Abbas Kiarostami, que apresenta o longa Like Someone in Love; o britânico Ken Loach, com The Angels' Share; e o romeno Cristian Mungiu com o seu Dupa Dealuri.

Homenagem ao Brasil

O cinema do Brasil será o principal homenageado, como convidado de honra, no festival. O cineasta Nelson Pereira dos Santos, de 84 anos, será homenageado numa sessão especial em que será exibido o seu mais recente filme, A Música Segundo Tom Jobim. O documentário musical é uma homenagem a Jobim, o criador da bossa nova, através da montagem de uma série de videos com canções do compositor. No âmbito desta homenagem ao cinema brasileiro serão exibidos três filmes clássicos: Xica da Silva, de Cacá Diegues; Cabra Marcado para Morrer; de Eduardo Coutinho, e A Ópera do Malandro, de Ruy Guerra. O cineasta brasileiro Cacá Diegues presidirá o júri da Caméra d'or, prémio destinado a incentivar a jovem criação.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Netflix completa 9 meses com dificuldades no Brasil


Há quase nove meses, a norte-americana Netflix passou a disponibilizar no Brasil seus serviços de streaming. O que parecia natural nos Estados Unidos e no Canadá se tornou um desafio na América Latina por diversos fatores culturais e estruturais, entre eles a baixa qualidade de conexão com a internet, pouco uso de cartões de crédito e o fato de o brasileiro ainda não ter adquirido como hábito pagar para obter conteúdo na web.


A Netflix está presente hoje em 47 países e soma mais de 26 milhões de clientes. Seu faturamento trimestral é de cerca de US$ 900 milhões. No Brasil, os serviços começaram a ser disponibilizados em julho de 2011, mas a empresa ainda encontra dificuldades de penetração e considera o mercado da América Latina muito peculiar.

“Passamos um longo período escutando os consumidores e adaptando a Netflix para atender aos pedidos deles da melhor forma possível. Serviços de streaming são novos no Brasil e, por isso, ainda vai levar um tempo até que consigamos convencer as pessoas de como eles são fáceis e seguros de usar”, explica Joris Evers, Diretor de Comunicação Corporativa Global da Netflix.

Mudança de comportamento

Um dos principais obstáculos, no entanto, tende a desaparecer com o tempo. Apesar do público brasileiro ainda não estar habituado a pagar por material vindo da internet, a popularidade dos tablets, smartphones e Smart TVs deve, aos poucos, mostrar ao consumidor que vale a pena investir em conteúdo digital.

“Não existe ainda uma predisposição cultural do brasileiro a pagar por este tipo de serviço, mas isso varia muito de mídia para mídia. O brasileiro que usa tablet está mais disposto a pagar pela propriedade intelectual do que o que usa a internet aberta por uma questão de educação prévia”, comenta Fernando de La Riva, especialista em negócios digitais.

A barreira tecnológica é outro problema enfrentado pela Netflix no Brasil. O país conta com uma internet de baixa qualidade, o que impede uma melhor colocação da companhia no mercado nacional. De acordo com um levantamento do Ibope, 45% das pessoas acessam a internet com velocidades entre 512 Kbs e 2 Mbits. Apenas 10% dos usuários ativos se conectam acima de 8 Mb, enquanto 4% ainda têm conexões de até 128 Kb.

Barreira tecnológica

Em áreas onde a banda larga é pobre ou inexistente, além da pirataria, o serviço de locação de DVD é o campeão. Ao contrário de concorrentes online como a Netmovies e Blockbuster, a Netflix oferece apenas o serviço de streaming e não trabalha com a entrega e coleta de DVDs físicos nas residências dos consumidores.

“Para o mercado atual, um player que trabalhe com distribuição de conteúdo desse tipo teria ainda que ser capaz de fazer entrega de logística física e ir transicionando para um modelo mais definitivo de entrega de conteúdo em rede”, acredita de La Riva.

Outro ponto no qual esbarra a Netflix é a pouca utilização dos cartões de crédito e o fato de muitos bancos ainda considerarem transações de e-commerce como passíveis de fraude. Para tentar contornar a situação, a empresa vem estudando novas formas de pagamento para atender o consumidor brasileiro.

“Estamos considerando novas opções de pagamento, já que descobrimos que nem todos os assinantes no Brasil preferem efetuar a compra no cartão de crédito”, afirma o executivo da Netflix.

Adaptação ao mercado nacional

A própria Netflix considera que algumas estratégias de adaptação ao público não foram bem-sucedidas. Uma delas foi a adequação do conteúdo. Inicialmente, os filmes e séries do catálogo eram oferecidos em versão dublada. A iniciativa não foi bem aceita. Depois de consultar os usuários do serviço, a companhia percebeu que as versões com áudio original são as preferidas e, hoje, quase 100% do conteúdo, com exceção do infantil, é legendado.

“O Brasil tem um mercado bem diferente dos Estados Unidos e aprendemos cada dia mais. Como estamos crescendo no país, procuramos promover a adaptação do conteúdo para satisfazer o gosto dos brasileiros”, ressalta Evers.

Se por um lado as barreiras culturais e de infraestrutura emperram o avanço dos serviços de streaming no Brasil, por outro, o que se observa é um início de mudança na forma de pensar da população, que passa a aceitar com maior facilidade a obtenção de produtos intangíveis. Especialistas atribuem o fato à própria tecnologia, que trouxe para o Brasil os iPhones, iPads e smartphones com sistema operacional Android.

“A App Store e os equipamentos Android, que disponibilizam aplicativos e jogos, vêm ajudando a mudar essa consciência. Tudo isso tende a tornar o brasileiro mais predisposto a pagar. É uma mudança também madura da indústria, que para de ficar em uma posição de questionar o velho modelo e passa a abraçar a mudança”, diz o especialista em negócios digitais.

Continuar investindo no Brasil é um dos principais planos da Netflix, que considera o país, ao lado do México, como um mercado importante. Para os próximos meses, o objetivo é continuar adicionando conteúdo, incluindo filmes recentes, como o último vencedor do Oscar de Melhor Filme, O Artista.

A empresa também disponibiliza mais filmes locais no catálogo, além de documentários, comédias stand-up e programas clássicos esportivos. No início de 2012, por exemplo, foi incluída a seção Só para Crianças, dedicada a menores de 12 anos com programas da Disney e Nickelodeon.

Em 16/05/2012, no link http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/netflix-completa-9-meses-com-dificuldades-no-brasil?page=1&slug_name=netflix-completa-9-meses-com-dificuldades-no-brasil

terça-feira, 15 de maio de 2012

Fracasso de John Carter derruba presidente da Disney

O presidente dos estúdios Disney, Rich Ross, pediu demissão nessa sexta-feira (20/4). O motivo seria o enorme fracasso de bilheteria da ficção científica John Carter. O executivo estava há 15 anos na Disney.

John Carter- Entre Dois Mundos deixou as contas da Disney no vermelho após causar um prejuizo de US 200 milhões - as perdas já devem ser sentidas neste terceiro trimestre. Apesar dos números negativos, no Brasil John Carter tem feito certo sucesso. O longa conseguiu se manter no topo das arrecadações por duas semana.

"Durante os últimos 15 anos, tive a oportunidade de trabalhar com pessoas incrivelmente talentosas para a marca mais amada do mundo", disse no comunicado oficial.

"No entanto, as melhores pessoas devem estar nos postos adequados, nos postos que as apaixonam, fazendo um trabalho que se beneficia de toda a gama de suas capacidades", acrescentou Ross.

"Já não considero que o cargo de presidente seja o mais adequado para mim profissionalmente. Por essa razão, tomei a difícil decisão de pedir demissão do cargo de presidente do The Walt Disney Studios, a partir de hoje".

Bob Iger, chefão da Walt Disney Co., falou sobre Ross: "Por mais de uma década, os instintos criativos de Rich Ross, sua perspicácia para os negócios e sua integridade pessoal renderam negócios importantes para a Disney".

"Sua visão e liderança abriram as portas da Disney em todo o mundo, fazendo da nossa marca parte da vida cotidiana para milhões de pessoas".

"Agradeço-lhe por suas diversas contribuições ao longo de toda a sua carreira na Disney e espero que tenha grande êxito em tudo o que escolher fazer", concluiu.

Baseado no romance A Princess of Mars, do escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs, John Carter: Entre Dois Mundos foi lançado no 100º aniversário do personagem, que se vê em meio a uma Guerra Civil em Marte, planeta habitado por seres de cor verde e criaturas gigantescas.

O longa é dirigido por Andrew Stanton (Wall-E) e estrelado por Taylor Kitsch (X-Men Origens: Wolverine), Lynn Collins (O Mercador de Veneza), Samantha Morton (Minority Report – A Nova Lei) e William Dafoe (Homem-Aranha).

segunda-feira, 14 de maio de 2012

CANNES 2012: Júri da mostra Um Certo Olhar está completo


Com apenas dois dias para o início do Festival de Cannes, a mostra Um Certo Olhar, um dos júris mais importantes, acaba de ter seus componentes anunciados.

Quem acompanhará o ator britânico Tim Roth (Cães de Aluguel), que preside o júri esse ano, serão a diretora, produtora e atriz francesa Tonie Marshall, o crítico argentino de cinema Luciano Monteagudo, a atriz francesa Leïla Bekhti e Sylvie Pras, chefe do Cinemas at Centre Pompidou em Paris e diretora de arte do festival de cinema de La Rochelle.

A mostra Um Certo Olhar começa no dia 17 de maio com Mystery, filme do diretor chinês Lou Ye. O júri irá escolher entre vinte filmes esse ano e o anúncio oficial dos vencedores ocorre durante uma cerimônia no dia 26, um dia antes do encerramento do presgiado festival. Renoir, filme francês de Gilles Bourdo (Depois de Partir), fecha a mostra.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Gigantes de Aço


Hoje em dia é bastante difícil você encontrar uma produção completamente inovadora. Sempre haverá algum elemento repetido, algum detalhe que você já viu em outro filme, em outra história. São os famosos clichês. Claro que isso não significa que o filme seja ruim, mas muitas vezes diminui o impacto que uma produção poderia causar em seu espectador.

É um pouco do que acontece em Gigantes de Aço. O filme é bastante divertido, com uma fotografia linda, boas atuações, mas sua história é bastante previsível, o que estraga um pouco o entretenimento. Claro que no conjunto da obra, isso pouco importa, a produção consegue ser muito agradável, mas a falta de surpresas pode decepcionar.

Hugj Jackman consegue domar bem o seu personagem e até mesmo os robôs que são o foco da história, mas é o garoto Dakota Goyo, com toda a sua desenvoltura, que rouba a cena. O menino vai muito bem, e consegue dosar os sentimentos do filme. É engraçado na medida certa, emocional quando necessário, sem exageros.

A parte visual do filme é um destaque à parte. Paisagens maravilhosas, fotografia muitíssimo bem explorada, com belas tomadas de luz e sombra. E belos efeitos visuais. Os robôs funcionam bem, e também interagem de maneira bastante convincente com os seres humanos. Não são apenas um complemento, mas trabalhando também no desenvolvimento da trama.

O filme é um drama futurista envolvendo luta de robôs. Em 2020, o boxe praticado entre humanos foi proibido e robôs humanóides agora dominam o esporte. Charlie (Hugh Jackman) e Max (Dakota Goyo), pai e filho, se unem para treinar um campeão na categoria.


Uma produção bastante agradável, com boas doses de ação, humor e sentimento. O elenco faz toda a diferença, e apesar dos excelentes efeitos especiais, e belos robôs, são os personagens reais que agregam mais valor à trama. A parte visual é espetacular. Belíssimas paisagens e locações. Por se tratar de um filme futurista, a história não se compromete mostrando cidades com carros voadores. A maior parte do tempo toda a ação se passa no campo. Isso também torna tudo mais interessante, como se no futuro, as pessoas passassem a se preocupar ainda mais com a natureza, dando mais lugar a ela. Alguns detalhes já foram vistos em outras produções, mas no geral não afeta a qualidade geral. Um filme bem divertido, que garante bom entretenimento para toda a família.
FICHA TÉCNICA

Diretor: Shawn Levy
Elenco: Hugh Jackman, Dakota Goyo, Evangeline Lilly, Anthony Mackie, Kevin Durand, Hope Davis, James Rebhorn, Marco Ruggeri, Karl Yune, Olga Fonda.
Produção: Shawn Levy, Susan Montford, Don Murphy, Robert Zemeckis
Roteiro: Richard Matheson, John Gatins, Dan Gilroy, Jeremy Leven
Fotografia: Mauro Fiore
Trilha Sonora: Danny Elfman
Duração: 129 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Estúdio: Angry Films / DreamWorks SKG / ImageMovers / Touchstone Pictures / 21 Laps Entertainment / Reliance Entertainment
Classificação: 10 anos

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Missão Impossível - Protocolo Fantasma


A franquia Missão Impossível sempre foi muito atraente. Desde o seriado, até os longas já protagonizados por Tom Cruise. Mas os filmes vinham se tornando muito complexos, pesados, repletos de detalhes, que também eram interessantes, mas deixavam a história mais complexa. Em Protocolo Fantasma, apesar de todas as firulas visuais, muito bem produzidas diga-se de passagem, o filme assume um lado mais leve, simples, e com isso fica muito mais divertido.

Não há excessos. O filme é simples e funcional. vai direto ao ponto, e com isso constrói uma narrativa muito interessante, garantindo boas doses de diversão e entretenimento para o seu espectador.

Tom Cruise sempre foi o ponto central do filme, mas dessa vez ele é ainda mais a grande estrela. O ator que chama para si a personagem e faz com que toda a ação aconteça à sua volta.

A parte técnica é um luxo à parte. As cenas de ação são de tirar o fôlego. Mesmo com alguns exageros, o filme não deixa ninguém dormir. Os efeitos especiais são de primeiríssma. A produção é totalmente visual. Toda a trama depende de cenas que apelam para a adrenalina, tanto dos personagens quanto da audiência. Tudo isso, combinado à excelente seleção musical, deixam o conjunto fora de série.

O filme conta que acusado pelo bombardeio terrorista ao Kremlin, o agente da IMF Ethan Hunt (Tom Cruise) é desautorizado com o resto da agência quando o presidente dá início ao “Protocolo Fantasma”. Deixado sem qualquer recurso ou apoio, Ethan tem de encontrar uma maneira de limpar o nome de sua agência e prevenir um outro ataque. Para complicar mais as coisas, ele é forçado a assumir esta missão com uma equipe de colegas fugitivos da IMF, cujos motivos pessoais não conhece completamente.

Um filme que entrega ao seu espectador, com louvor, exatamente o que promete. Muita ação, muito entretenimento e muita diversão. A história é simples e é aí que acerta em cheio. Se compromete com a ação e a parte visual da produção, sem se perder em uma trama complicada e cheia de detalhes desnecessários. Uma bela continuação, que tem tudo para agradar toda a família. Se bobear, vale até o repeteco.
FICHA TÉCNICA

Diretor: Brad Bird
Elenco: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon Pegg, Paula Patton, Michael Nyqvist, Vladimir Mashkov, Josh Holloway, Anil Kapoor, Léa Seydoux
Produção: J. J. Abrams, Tom Cruise, Paula Wagner
Roteiro: André Nemec, Josh Appelbaum
Fotografia: Robert Elswit
Trilha Sonora: Michael Giacchino
Duração: 132 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Bad Robot / Paramount Pictures
Classificação: 14 anos

quarta-feira, 9 de maio de 2012

... e o vento levou

Acredito que este seja, pelo menos até agora, o filme mais antigo que comento neste blog. E apesar da idade avançada, este velhinho é um monstro dos cinemas. Capaz de ainda hoje mexer com o sentimento dos seus espectadores, e agradar por sua qualidade em praticamente todas as áreas. É um fenômeno que se transformou em clássico, daqueles impossíveis de repetir.

Estou falando de um filme de 1939. Mais de 70 anos. Quando a visão do mundo, em meio ao início da Segunda Guerra Mundial era muito diferente do que temos hoje. Os filmes tinham um acabamento diferente. Os atores e atrizes eram estilosos, e muitas vezes totalmente responsáveis pelo sucesso de uma produção. E acredito que o principal destaque de E o vento levou, além de ter Clark Gable e Vivien Leigh como seus protagonistas, duas grandes estrelas do cinema, tinha como diferencial seu roteiro.

É sua história, agradável até hoje, que provoca tanto encantamento. Um filme produzido com tanto preciosismo, que apesar de ser tão detalhista, ainda aflora muita emoção em seus diálogos. É o tipo de produção que justifica a existência de clássicos. Não que seja a melhor, mas é, com certeza, um dos principais filmes feitos até a atualidade. Não existem lacunas, todos os momentos estão lá. O filme oferece paixão, ação, drama, emoção, tudo em um único pacote, encantando seu espectador de uma maneira muito especial.

Hoje em dia ele não se encaixaria nos padrões do cinema moderno. As histórias são muito mais dinâmicas e superficiais. Existem muitos elementos que garantiriam que a produção não seguisse os mesmos moldes. Imagino algo como Avatar. Cheio de efeitos especiais, principalmente para justificar a sua produção. E o vento levou não é nada disso. Ele é um estilo à parte. Seu elenco é grandioso. A qualidade técnica de suas cenas, passagens e direção, é algo inimaginável nos dias atuais. E sua história, tão bem amarrada, que eliminar alguma parte seria um pecado mortal.

O filme conta que às vésperas da Guerra Civil Americana, a voluntariosa Scarlett O´Hara (Vivien Leigh) só pensa em colecionar namorados. Mas, quando perde o homem que ama, Ashley (Leslie Howard), frustra-se e acaba se envolvendo com Rhett Butler (Clark Gable), um charmoso aventureiro disposto a tudo por uma aventura amorosa. A explosão da guerra muda a vida da garota, que perde seus luxos e passa de uma menina mimada a uma mulher forte e decidida. Para levantar a fazenda da família, arrasada pela guerra, Scarlett é capaz de tudo, passando por cima das pessoas que a cercam.

Uma produção muito diferente. Um filme que desperta tantos sentimentos, apesar de ser um veterano das telonas. O elenco é de primeira, sua qualidde técnica é superior a muitos dos filmes que se destacam na atualidade. Enfim, um filme para ser "degustado" de uma maneira muito especial. Não é um filme fácil. Sua história é longa e detalhada, por isso mesmo acaba afastando o tipo de espectador mais acostumado aos imediatismos do cinema atual. Ainda assim, uma sessão imperdível para quem aprecia o verdadeiro cinema.

Apenas uma observação, quando a Rede Globo passou o filme, o dividiu em duas partes, criando uma espécie de minissérie. Ainda lembro de levarmos a TV para o quarto, em casa, para que todos pudessem vê-lo. Isso é simplesmente fantástico!!!


FICHA TÉCNICA

Diretor: Victor Fleming
Elenco: Clark Gable, Vivien Leigh, Leslie Howard, Olivia de Havilland, Thomas Mitchell, Hattie McDaniel.
Produção: David O. Selznick
Roteiro: Sidney Howard
Fotografia: Ernest Haller, Ray Rennahan, Lee Garmes
Trilha Sonora: Max Steiner
Duração: 238 min.
Ano: 1939
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Selznick International Pictures / Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Classificação: livre

terça-feira, 8 de maio de 2012

Netflix registra prejuízo no primeiro trimestre


A empresa de locação de vídeos Netflix registrou prejuízo no primeiro trimestre, mas as perdas foram menos exorbitantes do que o mercado esperava. Ainda assim, a ação da companhia caiu após uma previsão desapontadora de novas assinaturas no próximo trimestre.

A ação caiu 13,6 por cento nos negócios do after-market, após fechar a 101,84 dólares.

Investidores estão preocupados com a previsão de novas assinaturas no segundo trimestre da empresa, disse o analista Michael Pachter, do Wedbush Securitie. A Netflix disse que o valor líquido advindo de novas assinaturas domésticas do serviço de streaming no segundo trimestre será menor do que o mesmo dado no segundo trimestre de 2010, embora espere que o valor total no ano seja "aproximadamente o mesmo de 2010".

"Eles estão alertando o mercado de que a história de crescimento acabou", disse Pachter, cuja recomendação relativa ao papel da Netflix é "vender".

A Netflix registrou 870 milhões de dólares em receita no primeiro trimestre, 21 por cento acima do mesmo período no ano anterior. O lucro líquido caiu, e a empresa divulgou prejuízo de 0,08 dólar por ação. Analistas haviam previsto um prejuízo de 0,27 dólar por ação, de acordo com dados do serviço Thomson Reuters I/B/E/S.

Em 23/04/2012, no link http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/servicos/noticias/netflix-registra-prejuizo-no-primeiro-trimestre


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Em busca de vingança - Colombiana

Produção interessante. Moderninha. Daquelas que combina um roteiro básico e funcional com técnicas visuais atrativas, como o uso do parkour em perseguições e fugas, tiroteios estonteantes e algumas vezes inexplicáveis, e uma mensagem de fundo, no mínimo, simpática.

Não vejo Zoe Saldana como uma boa protagonista. Talvez uma razoável coadjuvante, mas como personagem principal ela deixa um pouco a desejar. No caso de Em busca de vingança, a situação pode se acentuar um pouco, visto que o restante do elenco pouco interfere no andamento da trama. Tirando os malvadões, poucos ali são determinantes para o sucesso do filme.

A parte visual é o que garante a produção. As boas cenas de perseguição e os tiroteios malucos e sem sentido. No mais, o roteiro é extremamente previsível, que tenta vender uma mensagem de valorização da família meio estranha. Confesso que o filme me conquistou mais pelo tom bem humorado de algumas passagens (daquelas que você ri, de tão impossíveis), e não tanto pela ação que deveria existir de fato.

É um filme produzido por Luc Besson, e essa parte de valorizar o visual da ação, em detrimento de um roteiro mais bem elaborado é um pouco da sua marca. A produção acaba sendo divertida, mas não se torna um filme imperdível, daqueles que você tem que assistir, e repetir, e ainda sai com vontade de ver mais um pouco.

No filme, depois de ver seus pais serem assassinados em Bogotá, Colômbia, Cataleya (Zoe Saldana) cresce e se profissionaliza como assassina. Ela trabalha para seu tio, mas procura pelos responsáveis pelo massacre que aterrorizou sua infância.

Uma produção interessante, que garante um razoável entretenimento, mas que perde pontos pela superficialidade da história. Como é comum, existe toda aquela estranha visão do que seria a Colômbia, que tira um pouco da verossimilhança que poderia contribuir com o roteiro. É uma história comum, sem nada de especial, previsível e, até, fraca. Vale pela ação e pelo visual das lutas e combate entre mocinhos e bandidos (às vezes até parece um filme de Jackie Chan). Diverte, mas deixa a desejar. Se você não liga para isso e gosta de um filme com belas cenas e uma ação bem regrada, pode ser uma boa pedida.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Olivier Megaton
Elenco: Zoe Saldana, Lennie James, Graham McTavish, Callum Blue, Michael Vartan
Produção: Luc Besson, Pierre-Ange Le Pogam
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Fotografia: Romain Lacourbas
Trilha Sonora: Nathaniel Méchaly
Ano: 2011
País: França/ EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Europa Corp. / A.J.O.Z. Films

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Cada um tem a gêmea que merece


Aparentemente, Adam Sandler queria fazer um filme em que ele podia ser engraçado, ao mesmo tempo que controlava esse nível de graça. Será que era isso? Pelo visto, em Cada um tem a gêmea que merece, a irmã é a coisa mais engraçada no filme, enquanto que o irmão tenta ser o outro lado, um personagem mais comedido, mais equilibrado, mais sem graça.

Isso não faz com que o filme seja melhor. Por sinal, devo dizer que perto de muitas outras produções protagonizadas por Sandler, essa é uma das mais sem graça, e aredito que isso aconteça justamente por esse contraponto sério que tentou-se dar à trama. Se irmão e irmã fossem engraçados, a coisa podia deslanchar, mas como um rebate o outro do comecinho do filme, até praticamente o fim, a coisa perde o seu senti e a sua graça.

Além de Adam Sandler, o filme conta ainda com Al Pacino, Katie Holmes, e todos os amigos atores que costumam aparecer nas produções de Adam, e o elenco pouco influencia no resultado final da trama. Acho que esse é o ponto fraco da produção. Se os personagens tivessem um apelo maior, fossem mais fortes, aumentariam a qualidade do filme. Como isso não acontece, a coisa desanda em vários momentos e, quando poderia haver um filme com uma sugestão interessante, bastante engraçado, o que aparece é um filme fraco, com piadas sem muito entusiasmo.

No filme, o calmo Jack é surpreendido pela visita de sua irmã gêmea, Jill. Inicialmente, ela passaria apenas o Dia de Ação de Graças com a família de seu irmão mas, para a infelicidade de Jack, Jill acaba ficando muito mais tempo do que o esperado.

Não se trata de uma produção fantástica. Como expliquei, perto de outros filmes de Sandler, este é bastante fraquinho. Cheio de excessos e detalhes desnecessários, o filme é lento e não garante o tanto de risadas que se imagina no começo. Tenta ser daqueles filmes com mensagem com mais valor do que o desenvolvimento da história. O resultado disso é um filme fraco, sem graça, e que não consegue divertir seu espectador da maneira mais eficiente. É uma comédia leve, que aposta nos elementos errados para tentar agradar. Foi destaque no Prêmio Framboesa de Ouro deste ano, o Oscar dos piores filmes, batendo o recorde de prêmios. Não sei se seria para tanto, mas o filme não é grande coisa. Vale assistir, mas sem muitas expectativas.


FICHA TÉCNICA

Diretor: Dennis Dugan
Elenco: Adam Sandler, Al Pacino, Katie Holmes, Dana Carvey, Natalie Gal, Shaquille O'Neal, Santiago Segura, Elodie Tougne, Rohan Chand, Eugenio Derbez, David Spade
Produção: Todd Garner, Jack Giarraputo, Adam Sandler, Bettina Sofia Viviano
Roteiro: Steve Koren, Robert Smigel, Ben Zook
Fotografia: Dean Cundey
Trilha Sonora: Rupert Gregson-Williams
Duração: 91 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Broken Road Productions / Happy Madison Productions
Classificação: 10 anos

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Catch .44


Não sei se Catch .44 tenta parecer algum filme de Quentin Tarantino, mas o resultado final não é lá essas coisas. Se a ideia era imitar e alcançar o mesmo patamar de qualidade, acho que as coisas não se desenvolveram muito bem.

Ok, você apostou em nomes conhecidos do cinema. Colocou lá Bruce Willis, Forest Whitaker e Malin Akerman (ainda desenvolvendo sua carreira), mas a partir daí as coisas ficaram meio confusas. O roteiro é meio bagunçado, e não é pelas constantes idas e vindas da história. Afinal de contas, o que é que eles queriam contar ao espectador?

O filme tenta ser "cabeça", com um roteiro metido a intelectual, como se isso fosse necessário para explicar a relação entre os personagens e o desenvolvimento da história. O resultado final é bastante decepcionante, com diálogos em exagero, detalhes que não servem para nada, e um filme lento e chato.

A fotografia pode ser bonita, a direção tenta dar outra nuance ao filme, mas não existe nada que segure o roteiro. É um filme que não conta nada, com personagens muito fracos, e que no fim, não convence, deixando uma sensação de tempo jogado no lixo.

No filme, três amigas são contratadas para interceptar um carregamento de drogas em um restaurante isolado. Entretanto, o que parecia um trabalho simples se transforma em uma cadeia de eventos incontroláveis e logo elas percebem que a situação se tornou muito maior do que imaginavam.


Uma produção confusa, fraca, com personagens com problemas pessoais e inter pessoais, que tentam justificar a violência por causa de relacionamentos esquisitos, que começam do nada e, aparentemente, devem acabar no nada. Falta ação, falta sentido, falta dinâmica à história. Tudo parece ser exagerado, e o resultado final é bastante fraco e, até, irritante. Se você não curte violência barata sem sentido, esse não é o seu tipo de filme.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Aaron Harvey
Elenco: Bruce Willis, Forest Whitaker, Malin Akerman, Reila Aphrodite, Kevin Beard, Amanda Bosley, Edrick Browne, IJimmy Lee Jr., P. J. Marshall, Nikki Reed, Michael Rosenbaum
Produção: Michael Benaroya, Megan Ellison, Randall Emmett
Roteiro: Aaron Harvey
Fotografia: Jeff Cutter
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Annapurna Productions / Sakonnet Capital Partners

quarta-feira, 2 de maio de 2012

The Big Year


Steve Martin, Jack Black e Owen Wilson juntos pode parecer meio estranho de início, mas o resultado de suas atuações surpreende e promove um resultado final fantástico.

Particularmente, imaginava um filme mais "lambão", daquelas comédias mais apelativas (apesar de saber que não fazem muito o estilo de Martin), que arrancam boas risadas, mas que no fim, a história não tem muito sentido. Puro engano. O filme tem um tom mais familiar, com uma história que, de fato, apela para o sentimento positivo e para o valor da família. Sua mensagem é valiosa e o filme seduz seu espectador em uma trama deliciosa.

A parte visual é fantástica. Excelente fotografia, excelentes locações com paisagens maravilhosas, e situações muito bem retratadas em vídeo. Não existem exageros. A história é enxuta o suficiente e não se perde em detalhes desnecessários ou muito longos e cansativos.

Da parte das atuações, principalmente por Jack Black e Owen Wilson, acostumados com papeis mais exagerados, ficaram muito bem na história. Seus personagens acrescentam valor à trama, sem sua idiotices comuns e situações constrangedoras.

O filme conta que três ávidos observadores de pássaros competem para encontrar o mais raro pássaro da América do Norte, em um prestigiado evento anual. Eles se colocam em várias situações inusitadas e precisam pesar suas escolhara para alcançar o resultado desejado.

Uma produção deliciosa, com atores que se destacam com papeis que valorizam a trama, ótima seleção visual, com lindas paisagens, e uma narrativa que acerta em cheio. Sem excessos, sem exageros, que entregam ao espectador boas doses de diversão e entretenimento. Um filme acima da média, divertido, e com uma mensagem bastante valiosa, que surge no momento certo da história sem estragar o andamento da trama. Excelente pedida para quem curte uma comédia que valoriza mais o todo do que apenas algumas tiradas engraçadas.

FICHA TÉCNICA

Diretor: David Frankel
Elenco: Jack Black, Zahf Paroo, John Cleese, Owen Wilson, Rosamund Pike, Steve Martin, Kevin Pollak, Joel McHale, JoBeth Williams, Paul Campbell
Produção: Stuart Cornfield, Carol Fenelon, Curtis Hanson, Karen Rosenfelt, Ben Stiller
Roteiro: Howard Franklin
Fotografia: Lawrence Sher
Trilha Sonora: Theodore Shapiro
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Deuce Three Productions / DreamWorks SKG / Fox 2000 Pictures / Red Hour Films / Sunswept Entertainment