terça-feira, 31 de maio de 2011
Estão todos bem
Estão todos bem é um daqueles filmes com cara de filme para TV, embora o elenco seja de cinema. Não pelo tema em si, ou pela proposta da história. Essa sensação acontece pela narrativa do filme, leveza da situação como um todo, mais investimento na história do que no cenário, na construção dos personagens, enfim, cara de filme de TV.
Mas isso não diminui a qualidade do filme. Muito pelo contrário. A produção remete a acontecimentos recorrentes na atualidade. A falta de tempo para os pais, o investimento na carreira dos filhos, e com isso a projeção dos sonhos dos pais na vida dos filhos, a mentira, a sociedade moderna, o progresso, e o valor da família.
Impossível dizer que o filme não é tocante. Robert De Niro é sensacional em sua atuação. E seus filhos, Drew Barrymore, Kate Beckinsale e Sam Rockwell, mesmo que coadjuvantes, também são determinantes para o andamento da história.
No filme, Frank (Robert De Niro) é um viúvo que achava que a única ligação com o resto da família era por meio da esposa. Em um feriado, após seus filhos não conseguirem visitá-lo decide realizar uma viagem por todo o país a fim de reunir cada um de seus filhos, Amy (Kate Beckinsale), Rosie (Drew Barrymore) e Robert (Sam Rockwell).
Uma produção tocante, real. Para fazer refletir sobre o valor da família e sobre o que buscamos em nossas vidas. Sensacional o paralelo com os fios de telefonia que acompanham Frank por toda a sua viagem (ele encapava fios antes de se aposentar). Em alguns momentos parece que sua vida toda foi construída ao redor disso, fazendo com que esquecesse, em alguns momentos, da importância de seus filhos em sua vida.
Um belo filme para se ver a qualquer momento. Um drama bem dirigido. Rápido. Tocante e real. Vale o valor da locação.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Kirk Jones
Elenco: Robert De Niro, Drew Barrymore, Kate Beckinsale, Sam Rockwell, Katherine Moennig, Melissa Leo, Lucian Maisel
Produção: Vittorio Cecchi Gori, Ted Field, Glynis Murray, Gianni Nunnari
Roteiro: Massimo De Rita
Trilha Sonora: Dario Marianelli
Duração: 110 min.
Ano: 2009
País: EUA/ Itália
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Estúdio: Cecchi Gori Pictures
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Foras-da-Lei
Uma bela produção franco-argelina que apresenta de uma maneira muito particular a formação de três irmãos, desde a sua infância na Argélia, passando por uma revolução política no país (o movimento de independência) que mata o pai e as irmãs, quando um deles é preso, outro vai servir o exército, e o terceiro, com a mãe, se vêem obrigados a mudar para a França.
Novamente, em narrativas paralelas, é possível acompanhar o drama dos três irmãos. Até que acontece a reunião da família e, dessa vez, em terra distante, eles precisam retomar suas vidas. Só que os acontecimentos do passado formaram adultos que buscarão a vingança.
O elenco funciona muito bem. A narrativa alterna sua velocida em momentos de ação e outros que exigem uma atenção extra. A direção e a fotografia de excelente qualidade ilustram muito bem esse momento da história.
No filme, expulsos de suas terras na Argélia, três irmãos e sua mãe são obrigados a se separar. Messaoud (Roschdy Zem) alista-se como soldado na Indochina. Em Paris, Abdelkader (Sami Bouajila) lidera o movimento pela independência da Argélia, enquanto Said (Jamel Debbouze) faz fortuna nos cassinos e nos clubes de boxe de Pigalle. O destino deles, selado em torno do amor à mãe (Chafia Boudraa), se cruza com o de uma nação que luta pela liberdade.
É um filme bastante diferente dos padrões de drama ou ação estilo americano. Uma produção com uma mensagem que por vezes lembra casos recentes de revanchismo (como o caso entre EUA e Afeganistão), mas tem todo o peso da luta entre Argélia e França. Uma boa pedida para quem quer um filme mais intelectual, mas ainda assim com boas doses de ação.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Rachid Bouchareb
Elenco: Jamel Debbouze, Roschdy Zem, Sami Bouajila, Chafia Boudraa, Bernard Blancan, Sabrina Seyvecou, Assaad Bouab, Thibault de Montalembert, Samir Guesmi
Produção: Jean Bréhat
Roteiro: Rachid Bouchareb
Fotografia: Christophe Beaucarne
Trilha Sonora: Armand Amar
Duração: 138 min.
Ano: 2010
País: França/ Argélia/ Bélgica
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: Tessalit Productions
Classificação: 16 anos
sexta-feira, 27 de maio de 2011
O Mágico
Esse é um caso típico de desenho voltado para o público adulto. Muito bonito, e com um tempo de narrativa sem igual, o filme apresenta de uma maneira deliciosa a mudança dos tempos. O fim do romantismo da era dos mágicos, e o início dos tempos modernos com a TV.
Mais do que isso, o desenho apresenta a diferença das necessidades do artista e de seu público. Como os dois são dependentes entre si, até que ocorra um rompimento. Quando isso acontece, é então o momento para procurar novos públicos. Acontece que com a modernidade, esse público pode ter deixado de existir. Sendo assim, como viveria esse artista? Será que seu antigo público sentirá sua falta?
No filme, a mágica ilusionista e tradicional de Tatischeff está em decadência. Ele passa por várias cidades tentando sobreviver tirando coelho da cartola, fazendo brotar buquês de flores, descobrindo moedas atrás de orelhas de crianças. Sua glória, no entanto, é roubada por estrelas do rock e pelas novidades mostradas pela TV. Diante dessa nova realidade, o mágico se vê forçado a aceitar tarefas cada vez mais obscuras, como se apresentar em bares falidos e festas. Numa dessas apresentações pouco inspiradoras, conhece uma jovem fã, Alice, que vai mudar sua vida para sempre.
É o típico caso de uma produção deliciosa. Com poucos diálogos, e um padrão de desenho com fino acabamento, não se trata de um filme como os desenhos atuais. Ele exige um diálogo com o seu espectador, que faz perguntas e, algumas vezes, se surpreende com as respostas.
Com uma pitada filosófica e uma história com uma mensagem muito atual, este filme está acima de qualquer espectativa. E a cada repetição é possível identificar uma nova lição. Perfeito e sem exageros, é indicação certa para o público que curte pensar junto com o filme. Imperdível.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Sylvain Chomet
Elenco: - Animação -
Produção: Sally Chomet, Bob Last
Roteiro: Sylvain Chomet
Trilha Sonora: Sylvain Chomet
Duração: 80 min.
Ano: 2010
País: França/ Inglaterra
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Ciné B / France 3 Cinéma
Classificação: 12 anos
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Cannes 2011: Os Vencedores do 64º Festival de Cannes
O júri do Festival de Cannes, presidido este ano por Robert de Niro, revelou ontem os vencedores do 64º Festival de Cannes.
O vencedor da Palma de Ouro foi anunciado na cerimônia de encerramento do festival, tendo sido atribuido a Terrence Malick, pelo seu filme ‘A Árvore da Vida’.
Conheça a lista completa dos vencedores do Festival de Cannes 2011:
Palma de Ouro
‘A Árvore da Vida’, de Terrence Malick
Grand Prêmio (Ex-aequo)
‘Le gamin au vélo’, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
‘Once Upon a time in Anatolia’, de Nuri Bilge Ceylan
Melhor Atriz
Kirsten Dunst por ‘Melancholia’, de Lars von Trier
Melhor Ator
Jean Dujardin por ‘The Artist’, de Michel Hazanavicius
Melhor Realizador
Nicolas Winding Refn, por ‘Drive’
Melhor Argumento
‘Footnote’, de Joseph Cedar
Câmara de Ouro
‘Las Acacias’, de Pablo Giorgelli
Prêmio do Júri
‘Polisse’, de Maiwenn Le Besco
Palma de Ouro para Melhor Curta-Metragem
‘Cross’, de Maryna Vroda
Prêmio do Júri para Melhor Curta-Metragem
‘Badpakje 46′, de Wannes Destoop
Melhor Realizador Un Certain Regard
‘Be Omid é didar’, de Mohammad Rasoulof
Prêmio Especial do Júri Un Certain Regard
‘Elena’, de Andrey Zvyagintsev
Prêmio de Un Certain Regard Ex-aequo
‘Arirang’, de Kim Ki-Duk
Prêmio da Quinzena dos realizadores
‘Les géants’, de Bouli Lanners
sexta-feira, 20 de maio de 2011
A Rede Social
Diretor: David Fincher
Elenco: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Rashida Jones, Brenda Song, Justin Timberlake, John Getz, Dakota Johnson, Mark Saul, Brian Palermo.
Produção: Dana Brunetti, Ceán Chaffin, Michael De Luca, Scott Rudin
Roteiro: Aaron Sorkin, baseado no livro de Ben Mezrich
Fotografia: Jeff Cronenweth
Trilha Sonora: Trent Reznor, Atticus Ross
Duração: 117 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Michael De Luca Productions / Scott Rudin Productions / Trigger Street Productions
Classificação: 14 anos
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Descubra quais são os dez filmes mais vistos do fim de semana
Abaixo, saiba detalhes sobre cada um dos dez líderes de bilheteria, além de informações completas sobre salas em cartaz e horários.
Mais vistos do fim de semana (13 a 15 de maio):
1 - Velozes e Furiosos 5
2 - Thor
3 - Padre
4 - Rio
5 - O Noivo da Minha Melhor Amiga
6 - Os Agentes do Destino
7 - Água para Elefantes
8 - A Garota da Capa Vermelha
10 - Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Voto do público via internet vai eleger melhor filme do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro
Melhor documentário:
Melhor direção:
Melhor atriz:
Melhor ator:
Melhor atriz coadjuvante:
Melhor ator coadjuvante:
Melhor roteiro original:
Melhor roteiro adaptado:
Melhor longa-metragem estrangeiro:
terça-feira, 17 de maio de 2011
Em Cannes, filme pornô e em 3D é tudo, menos pornô
Ficção científica, ação, animação, documentário... E agora, filme pornográfico. Será que o 3D vai mesmo dominar o mundo? O filme de Hong Kong “Sex and Zen: Extreme Ecstasy”, de Christopher Sun Lap Key, que está sendo vendido no mercado do Festival de Cannes 2011, lotou a sala do cinema Arcades na tarde desta sexta-feira (13).
Primeiro, a parte chata: os efeitos de 3D resumem-se, basicamente, a algumas coisas voando em direção ao espectador. Nada muito pornográfico, diga-se. Aliás, o mais correto seria chamar o longa-metragem de erótico soft. Não há cenas de penetração, e os nus dos genitais, com uma ou duas exceções, são em planos bem abertos (bem de longe, portanto). A produção, mais cara do que é comum para o gênero, ainda tem historinha. Verdade que é uma historinha surreal, mas tem.
Agora, a parte divertida: um homem casado e com ejaculação precoce começa a frequentar bordéis para aprender uns truques. Depois de conhecer uma espécie de feiticeiro, com um pênis tão grande que enrola na perna, resolve se submeter a um transplante de seu membro – como ninguém vai querer trocar com o seu minúsculo, ele resolve que vai ganhar o de um cavalo. Tudo dá errado,claro. Enquanto isso, sua mulher diverte-se com o entregador de carvão.
“Sex and Zen: Extreme Ecstasy” divertiu a plateia com sua pegada bem cômica e cenas absurdas como a da transa pendurada em correntes ou da própria aparição do feiticeiro com pênis gigante. Como filme, é uma bobagem. Como curiosidade, é nota dez.
Por Mariana Morisawa, em 13/05/2011, no link http://ultimosegundo.ig.com.br/cannes/cannes+assiste+a+filme+porno+em+3d/n1596950608099.html
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Água para elefantes
Diretor: Francis Lawrence
Elenco: Robert Pattinson, Reese Witherspoon, Christoph Waltz, Mark Povinelli, Stephen Taylor, E.E. Bell
Produção: Gil Netter, Erwin Stoff, Andrew R. Tennenbaum
Roteiro: Richard LaGravenese , baseado na obra de Sara Gruen
Fotografia: Rodrigo Prieto
Trilha Sonora: James Newton Howard
Duração: 121 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Fox 2000 Pictures / Flashpoint Entertainment
Classificação: 14 anos
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Comédias e animações agitam a alta temporada de lançamentos de Hollywood
Bradley Cooper, Ed Helms e Zach Galifianakis estão de volta, se reunindo para outra manhã seguinte sem a menor ideia do que aconteceu em "Se Beber, Não Case! Parte II". O filme lidera a programação de comédias, romances e diversão para a família do verão americano deste ano.
Dois desenhos animados também são sequências. Jack Black, Angelina Jolie e Dustin Hoffman novamente lideram o elenco de vozes da comédia de artes marciais "Kung Fu Panda 2", enquanto Michael Caine se junta às vozes que retornam de Owen Wilson e Larry the Cable Guy para a aventura de corrida "Carros 2".
A lista de risos também conta com os animais falantes de Kevin James em "O Zelador Animal"; a história para famílias de Jim Carrey, "Os Pinguins do Papai"; o retorno dos amados personagens animados de "O Ursinho Pooh" e "Os Smurfs"; a crise conjugal de Steve Carell em "Amor a Toda Prova"; e dois títulos que dizem tudo, "Professora sem Classe", com Cameron Diaz, e "Patrões Infernais", com Jason Bateman e Jennifer Aniston.
Também há vários filmes românticos de casamento e noivado: "O Noivo da Minha Melhor Amiga" com Kate Hudson e Ginnifer Goodwin; "Bridesmaids" com Kristen Wiig; e "Jumping the Broom", com Angela Bassett, Paula Patton e Mike Epps.
Muitas comédias de 2011 são destinadas a plateias adultas, o que rende cenas com muitos palavrões.
"Geralmente, quando você fala palavrão no set, eles dizem: ‘Nós não vamos poder usar essa fala’, ou, ‘Nós só vamos usar essa, mas vamos recomeçar desse ponto’", disse Cameron Diaz, de "Professora sem Classe". "Isso não é divertido, retomar do ponto em que você solta um palavrão. Quem faz isso? Você usa palavrões de modo judicioso. Você quer ser liberal, ficar empilhando palavrões. Mandar ver."
Bateman e seus colegas de elenco estão igualmente sem rédeas em "Patrões Infernais" e em uma segunda comédia sua neste verão, "The Change-Up", com Ryan Reynolds.
Enquanto os estúdios geralmente atenuam as comédias para receber uma classificação PG-13, que permite que os espectadores mais jovens possam assistir sem o acompanhamento de um adulto responsável, "Patrões Infernais", "The Change-Up" e "Professora sem Classe" exploram plenamente a classificação R (menores de 17 anos só podem assistir acompanhados por um adulto) por linguagem e tom, disse Bateman.
"Eu acho que a estratégia de editar certas coisas fora de um filme visando obter uma classificação PG-13, na esperança de atingir um público maior, parece uma estratégia antiquada, considerando quanto dinheiro as comédias com classificação R arrecadaram", disse Bateman. "O que estamos tentando fazer é copiar a vida real. E a vida real é bem R."
Por David Germain, em 11/05/2011, no link http://cinema.uol.com.br/ultnot/ap/2011/05/11/comedias-e-animacoes-o-agitam-a-alta-temporada-de-lancamentos-de-hollywood.jhtm
quarta-feira, 11 de maio de 2011
O mito da sexta-feira 13 na cultura - Como o cinema se apropriou da má fama da data
Não é fácil explicar o motivo pelo qual muitos temem as sextas-feiras 13. As histórias mais conhecidas envolvem a crucificação de Jesus Cristo, que teria ocorrido numa sexta-feira após uma ceia com 13 pessoas - os doze apóstolos e o próprio Jesus -, e um conto da mitologia nórdica, em que um jantar para doze deuses foi invadido por Loki, o espírito da discórdia, e resultou na morte de Balder, divindade da Justiça.
De volta ao cristianismo, historiadores apontam o 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, como o dia em que o rei francês Filipe 4 declarou ilegal a Ordem dos Templários, cujos membros foram torturados e mortos por heresia.
Além das crenças antigas, a propagação do doze como número completo, utilizado para medir os meses, signos do Zodíaco e tribos de Israel, desvalorizou o 13, cujo medo irracional causado nas pessoas ganhou o pomposo nome de triscaidecafobia - e, no caso do temor da própria sexta-feira 13, parascavedecatriafobia.
Seja qual for a versão oficial, o que importa é que seu efeito assusta e seduz a nossa imaginação. Seu mau agouro serve como inspiração para a produção de filmes e músicas no intuito de entreter e assustar.
Apesar das dezenas de tiros, facadas e machadadas, o deformado psicopata, que esconde seu rosto por trás de uma máscara de hockey, sempre sobrevive para mais uma sessão de assassinatos. A lenda ainda afirma que Jason, não por acaso, nasceu em 13 de junho de 1946, uma sexta-feira.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Senna
Aqui vai o registro de um belo documentário que assisti nos últimos dias. Senna, é uma belíssima produção, e prova que a memória de um dos maiores pilotos de toda a história ainda vive, apesar da fatalidade que o matou.
Não cabe nenhuma observação cinematográfica. Vale o peso da lembrança, e o trabalho do diretor Asif Kapadia, em reunir vasto material a respeito do campeão Ayrton Senna, para apresentar ao público uma pequena fatia do que foi esse maravilhoso ser humano.
O documentário apresenta a trajetória do piloto brasileiro Ayrton Senna, passando pelo início da carreira, sua estreia na Fórmual 1, em 1984, a ascensão como piloto e a rivalidade com o francês Alain Prost em busca do título de melhor piloto do mundo. O documentário também mostra as dificuldades enfrentadas pela politicagem dentro do esporte, as críticas da imprensa internacional, a força da figura de Senna como ídolo e sua morte, em 1994, que causou comoção em todo o Brasil.
O conjunto de vídeos de época, acompanhados de entrevistas e depoimentos enriquece a produção. Um belo documentário, pra matar saudade e mostrar um pouco mais do herói Ayrton Senna.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Asif Kapadia
Elenco: - Documentário -
Produção: Tim Bevan, James Gay-Rees, Eric Fellner
Roteiro: Manish Pandey
Trilha Sonora: Antonio Pinto
Duração: 107 min.
Ano: 2010
País: Reino Unido
Gênero: Documentário
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Working Title Films / Midfield Films
Classificação: Livre
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Dicas para fazer um festival Sophia Loren em casa
Então, pro final de semana, a dica é fazer um festival Loren/De Sica em casa. Mando a lista dos oito filmes que os dois fizeram juntos. Descrições de uma linha, tipo Tweet, tá? Entre uma sessão e outra, espaguete, claro, pois, como diz a atriz italiana (referindo-se a suas formas voluptuosas): “Tudo o que consegui foi graças ao espaguete”.
“O Ouro de Nápoles” (1954)
Filme em seis episódios traz Sophia Loren como vendedora de pizza que perde a aliança do marido
“Duas Mulheres” (1960) **Oscar de melhor atriz**
Drama: mãe e filha perambulam pela Itália destruída pela Guerra e vivem desventuras em série
“Boccaccio 70″ (1962)
Filme com quatro episódios traz Sophia Loren como prêmio de uma rifa
“Ontem, Hoje e Amanhã” (1963) **Oscar de melhor filme estrangeiro**
Sophia Loren faz três personagens neste longa, um deles, a impagável sedutora Mara
“O Condenado de Altona” (1963)
Drama sobre o nazismo baseado em Sartre que traz Maximilian Schell e Robert “Casal 20″ Wagner no elenco
“Matrimônio à Italiana” (1964)
Nesta comédia, Mastroianni enrola Sophia Loren, mas ela é capaz de ir longe para se casar com ele
“Os Girassóis da Rússia” (1970)
Drama com toques de comédia que conta a história de um casal (Sophia e Mastroianni) seperado pela Guerra
“Viagem Proibida” (1974)
Último filme de De Sica reúne Sophia Loren e Richard Burton com roteiro baseado em Pirandello
Por Antonio Farinaci, no link http://antoniofarinaci.blogosfera.uol.com.br/2011/05/13/faca-um-festival-lorende-sica-para-o-final-de-semana/
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Confira lista de candidatos ao MTV Movie Awards; Eclipse lidera com oito indicações
O MTV Movie Awards é conhecido pelo clima descontraído e categorias incomuns como Melhor Beijo e Melhor Briga. Este ano, foi incluída também a de Melhor Fala em um Filme.
As votações estão abertas a partir de hoje e vão até 4 de junho.
O 20º MTV Movie Awards vai ao ar no dia 5 de junho, com apresentação de Jason Sudeikis.
Confira a lista completa dos indicados:
Melhor Filme
Cisne Negro
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
A Origem
A Rede Social
Eclipse
Melhor Atriz
Emma Stone, A Mentira
Emma Watson, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Jennifer Aniston, Esposa de Mentirinha
Kristen Stewart, Eclipe
Natalie Portman, Cisne Negro
Melhor Ator
Daniel Radcliffe, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Jesse Eisenberg, A Rede Social
Robert Pattinson, Eclipse
Taylor Lautner, Eclipse
Zac Efron, A Morte e Vida de Charlie
Melhor Revelação
Andrew Garfield, A Rede Social
Chloë Grace Moretz, Kick-Ass - Quebrando Tudo
Hailee Steinfeld, Bravura Indômita
Jay Chou, O Besouro Verde
Olivia Wilde, Tron - O Legado
Xavier Samuel, Eclipse
Melhor Comediante
Adam Sandler, Esposa de Mentirinha
Ashton Kutcher, Sexo Sem Compromisso
Emma Stone, A Mentira
Russell Brand, O Pior Trabalho do Mundo
Zach Galifianakis, Um Parto de Viagem
Melhor Fala de um Filme
Alexys Nycole Sanchez: "Eu quero me acabar em chocolate", de Gente Grande
Amanda Bynes: "Tem um poder maior que irá julgá-la por sua indecência"/ Emma Stone: "Tom Cruise?", de A Mentira
Jesse Eisenberg: "Se vocês fossem os inventores do Facebook, vocês teriam inventado o Facebook", de A Rede Social
Justin Timberlake: "Um milhão de dólares não é legal. Você sabe o que é legal?"/ Andrew Garfield: "Um bilhão de dólares. Isso cala a boca de todos", de A Rede Social
Tom Hardy: "Você não deve ter medo de sonhar um pouco mais alto, querida", de A Origem
Melhor Vilão
Christoph Waltz, O Besouro Verde
Leighton Meester, The Roommate
Mickey Rourke, Homem de Ferro 2
Ned Beatty, Toy Story 3
Tom Felton, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Melhor Briga
Amy Adams x Irmãs do Mark Wahlberg, O Vencedor
Chloë Grace Moretz x Mark Strong, Kick-Ass - Quebrando Tudo
Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint x Comensais da Morte, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Joseph Gordon-Levitt x vilão do corredor, A Origem
Robert Pattinson x Bryce Dallas Howard e Xavier Samuel, Eclipse
Melhor Beijo
Ellen Page e Joseph Gordon-Levitt, A Origem
Emma Watson e Daniel Radcliffe, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Kristen Stewart e Robert Pattinson, Eclipse
Kristen Stewart e Taylor Lautner, Eclipse
Natalie Portman e Mila Kunis, Cisne Negro
Melhor Momento de Cair o Queixo
James Franco cortando o próprio braço fora, 127 Horas
Justin Bieber fazendo sua performance, Justin Bieber: Never Say Never
Leonardo DiCaprio e Ellen Page na cena do café em Paris, A Origem
Natalie Portman puxando a pele do seu dedo, Cisne Negro
Steve-O sendo arremessado dentro de um banheiro químico, Jackass 3D
Melhor Performance Assustadora
Ashley Bell, O Último Exorcismo
Ellen Page, A Origem
Jessica Szohr, Piranha 3D
Minka Kelly, The Roommate
Ryan Reynolds, Enterrado Vivo
Personagem Mais Durão
Alex Pettyfer, Eu Sou O Número 4
Chloë Grace Moretz, Kick-Ass - Quebrando Tudo
Jaden Smith, Karate Kid
Joseph Gordon-Levitt, A Origem
Robert Downey Jr., Homem de Ferro 2
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Óculos 3D: saiba para onde vão os que você usa após cada sessão
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Muito mais do mesmo...
terça-feira, 3 de maio de 2011
Antes de Partir
Diretor: Rob Reiner
Elenco: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Rob Morrow, Hugh B. Holub, Alfonso Freeman, Serena Reeder, Ian Anthony Dale, Richard McGonagle, Christopher Stapleton.
Produção: Alan Greisman, Neil Meron, Rob Reiner, Craig Zadan
Roteiro: Justin Zackham
Fotografia: John Schwartzman
Trilha Sonora: Marc Shaiman
Duração: 97 min.
Ano: 2007
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Classificação: 10 anos
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Pipoca e cinema: casamento perfeito para uns, terror para outros
Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que a iguaria não era vista com bons olhos pelos donos de cinema, preocupados em manter a limpeza de suas salas. Foi necessário um homem e sua invenção prática para chamar a atenção dos empresários sobre as possibilidades de lucro com esse costume aparentemente inofensivo. De lá pra cá, a pipoca tornou-se carro-chefe de bombonières sofisticadas responsáveis pela maior parte do lucro de um cinema.
A pipoqueira elétrica de Charles Manley
No início do século passado era comum nos Estados Unidos que ambulantes vendessem petiscos como amendoins nas portas de estádios e locais de grande aglomeração. O cinema, por essa época, tornava-se um desses pontos de concentração de público e não demorou muito para que os vendedores de rua oferecessem pipoca e outras guloseimas em frente às salas de projeção.
Para os donos de cinema, o hábito que se criava só começou a ser bem visto a partir de 1925, quando o norte-americano Charles Manley criou a primeira pipoqueira elétrica. Astuto, Manley foi oferecer seu invento justamente para os exibidores, que, a despeito da sujeira e do incômodo causado pelo barulho das mastigadas, perceberam rápido a fonte de receita que tinham em mãos. Diferente da renda obtida com ingressos, dividida com os estúdios e distribuidoras, o faturamento com alimentos ficava inteiramente com o proprietário da sala.
Muitos optaram inclusive por baixar o preço dos ingressos, conseguindo assim mais audiência - que gastava o dinheiro sobressalente com pipoca, bebidas e demais guloseimas. O casamento entre pipoca e cinema estava selado e sobreviveu mesmo nos tempos da Grande Depressão, quando o cinema serviu como fuga da dura realidade, e a pipoca, alimento barato, enganava a fome dando uma falsa sensação de saciedade.
Barulhentas e incômodas
Em Crepúsculo dos Deuses (1950), Gillis, personagem de William Holden, diz em dado momento: “...foi aí que o negócio da pipoca entrou, você compra um saco e tapa as orelhas”. A frase ácida já revelava certa preocupação em combater o ruído vindo da plateia em um ritual que ganhava contornos de hábito. Mas, muitas décadas depois, o que pensam os frequentadores das salas de cinema?
Uma rápida passagem pelos cines da região da Avenida Paulista, em São Paulo, mostra opiniões divididas. “Eu acho que não dá pra ir ao cinema e não comprar uma pipoquinha”, brinca a estudante Mariana Lima, de 21 anos, contrariando seu namorado, o advogado Guilherme Mesquita. “Eu falo pra ela que, além de ser mais caro que o ingresso, isso faz mal, mas ela é teimosa e não me escuta”, diz Mesquita, que revela não gostar nem do cheiro da pipoca.
Cinéfilos tradicionais parecem unânimes no repúdio ao som das mastigadas. “Pra filme com muito barulho, tiro, explosão, pode até ser legal, mas quando a gente quer assistir a algo mais calmo, introspectivo, o barulho da pipoca só serve pra atrapalhar, te tirar do momento, da magia”, afirma a professora aposentada Maria da Graça, de 53 anos. Ela, que tem como filme preferido O Poderoso Chefão II, diz não imaginar como alguém pode apreciar filmes que prezam pelo silêncio, como Gritos e Sussurros, ou até mesmo o recente Homens e Deuses, sufocado pelo ruído da mastigação constante.
Ame-a ou odeie-a, o fato é que a pipoca está indissociavelmente ligada ao hábito de ir ao cinema. Para os desafetos da iguaria, resta ir a salas frequentadas por partidários do “Fora, Pipoca!”. Já para os entusiastas, a receita é a mesma desde o início do século passado: pegar um balde de pipoca quentinha, um copo de refrigerante e se divertir em frente à telona.
Por Paulo Gadioli, em 28/04/2011, no link http://cinema.cineclick.uol.com.br/noticia/carregar/titulo/pipoca-e-cinema-casamento-perfeito-para-uns-terror-para-outros/id/30434/