quarta-feira, 30 de novembro de 2011

As Férias de Mr. Bean



Aproveitando o gancho de filmes toscos do último post, encaixo aqui um vídeo que só não é mais tosco por falta de espaço, e que nem por isso deixa de ser divertido. Na verdade, é isso mesmo que o deixa engraçado, a falta de compromisso com qualquer detalhe sério que seja. Vi algumas opiniões contrárias a filmes de Rowan Atkinson, o Mr. Bean, mas vamos pensar no seguinte, você já chegou em casa depois de trabalhar pra caramba durante o dia todo, tomou porrada no ônibus, bronca do chefe, foi mordido pelo cachorro, e a única coisa que quer é assistir um filme sem conteúdo nenhum, só pelo gosto de dar boas risadas? Pois é esse o caminho de As Férias de Mr. Bean.

Nada faz sentido, e a ideia geral é essa mesmo. O personagem caricato não precisa de muitas explicações nem efeitos visuais fantásticos. É o tipo de filme que o todo importa menos do que as situações cômicas que seguem.

E nem por isso o filme é ruim. Belas locações, com uma qualidade de fotografia muito acima da média (ao menos para o filme anterior ou episódios da série de Mr. Bean), e um elenco que acompanha bem o insano Rowan. Nada além disso. Cru, tosco, mas divertido na medida certa.

No filme, Mr. Bean (Rowan Atkinson) ganha em uma rifa uma filmadora e uma semana de férias no sul da França. Durante a viagem ele pede a um passageiro que o filme embarcando. O trem parte e Bean fica com o filho dele, o que o faz ir até a polícia.

Acho que é o tipo de produção que se encaixa bem no estilo de cine trash. Sem sentido, com uma história leve e descompromissada, mas que entrega toda a diversão necessária para agradar o espectador. A menos que você realmente queira um filme mais cabeça, e nada de tiradas cômicas mais absurdas.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Steve Bendelack
Elenco: Rowan Atkinson, Max Baldry, Emma de Caunes, Willem Dafoe, Jean Rochefort, Karel Roden, Pierre-Benoist Varoclier.
Produção: Peter Bennet-Jones, Eric Fellner, Tim Bevan
Roteiro: Richard Curtis, Robin Driscoll, Simon McBurney, Hamish McColl
Fotografia: Baz Irvine
Trilha Sonora: Howard Goodall
Duração: 90 min.
Ano: 2007
País: Reino Unido
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Universal Pictures

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Malditas Aranhas!



Esse é das antigas, mas quem já viu essa pérola dos vídeos também deve sentir falta dessas produções mais trashes que pululavam em nossas TVs anos atrás. Apesar do nome, Malditas Aranhas é uma comédia muito divertida, e acima de tudo, tosca do começo ao fim. Nada daqueles filmes que prometem uma coisa e cumprem outra. Aqui logo fica claro que as coisas não são muito sérias.

Por isso mesmo, não existe muita preocupação com a produção do filme. O elenco é desequilibradamente equilibrado, ou seja, funciona para o tipo de história sem sentido que é apresentada. Nada de efeitos deslumbrantes, tomadas exóticas e fora de série. Tudo é muito básico, como se fosse um filme antido de terror.

Na questão da história, nenhuma surpresa. O próprio título já entrega o que vem por aí. Muitas aranhas, de todos os tamanhos e formatos, todas com apenas um própósito... tentar conquistar o mundo. Ao menos as situações são muito divertidas. Nada de sustos descabidos, apenas acontecimentos inusitados envolvendo aranhas.

No filme, em uma pequena cidade, uma variedade de aranhas venenosas é exposta a um produto químico altamente nocivo, fazendo com que elas cresçam em uma proporção monstruosa. Diante dessa situação, o engenheiro Chris McCormack (David Arquette) e o xerife Sam Parker (Kari Wuhrer) se unem e passam a liderar um eclético grupo de moradores da cidadezinha, que inclui desde os filhos do policial, Mike (Scott Terra) e Ashley (Scarlett Johansson), e o locutor de rádio Harlan (Doug E. Doug). Agora essa turma terá de combater os sanguinários aracnídeos e reestabelecer a paz na cidade. Dos mesmos produtores de Independence Day e Godzilla.

Um filme fora da realidade, que não precisa de muito esforço para divertir. Não é nenhum filme fantástico, e a graça está aí. Um filme que lembra o terror B dos anos 1980. Sem nenhuma vergonha. Talvez não seja a produção ideal para todos os gostos, mas se você procura um filme sem sentido, que diverte, independente da profundidade da sua história, então Malditas Aranhas tem tudo para agradar.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Ellory Elkayem
Elenco: David Arquette, Kari Wuhrer, Scott Terra, Scarlett Johansson, Doug E. Doug, Leon Rippy, Rick Overton, Matt Czuchry.
Produção: Dean Devlin, Roland Emmerich
Roteiro: Ellory Elkayem, Jesse Alexander
Fotografia: John S. Bartley
Trilha Sonora: John Ottman
Duração: 99 min.
Ano: 2002
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Classificação: 12 anos.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bolt



Mais uma animação deliciosa. Diversão na medida certa e entretenimento garantido para toda a família. História atraente, qualidade gráfica excepcional (muito além de muitas outras animações), talvez até pela preocupação em distribuir o filme em 3D, e personagens extremamente atraentes.

A combinação desses elementos resulta em um filme de alta qualidade. O roteiro é muito inteligente, com uma mensagem de fundo que não apela para o sentimentalismo exagerado. A trama tem de tudo, e não pode ser chamada de previsível em nenhum momento. Talvez a variação da narrativa em alguns momentos (principalmente após a metade, quando o filme vem em uma velocidade e diminui para preparar para o fim) pode ser considerado um pouco cansativo, mas isso acontece em apenas algumas passagens, e não estraga o resultado final.

Destaque mesmo para o trio de personagens. Não só o cachorro e a gata são super divertidos, mas quando a eles se junta o ratinho Rhino, a risada é garantida. Nesse ponto, tanto a versão legendada quanto a dublada se equivalem.

No filme, Bolt é um pastor alemão que sempre viveu dentro de um programa de TV, onde acredita ter super-poderes. Quando, por acidente, ele é separado do programa, acaba se envolvendo em uma trama onde percebe não ter super poderes, mas nem por isso deixa de ser um herói.

O filme tem tudo para agradar a todos os espectadores, mas é um estilo de animação mais voltado ao público infantil. Mas isso não tira nada da qualidade do filme. Especial pelo esmero na sua qualidade gráfica, pela história, e pelos personagens divertidíssimos. Uma bela animação que cumpre muito bem o prometido. Diversão e entretenimento na medida certa.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Byron Howard, Chris Williams
Elenco: Vozes na versão original: Miley Cyrus, John Travolta, Nick Swardson, Malcolm McDowell.
Produção: Clark Spencer
Roteiro: Chris Sanders
Fotografia: - animação -
Trilha Sonora: John Powell
Duração: 99 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Animação
Distribuidora: Disney
Estúdio: Walt Disney Pictures
Classificação: Livre

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cidade das Sombras



Mais um filme muito bom, mas que não recebeu o merecido destaque das TVs ou cinemas. Com uma trama atual, um roteiro inteligente e surpreendente, o elenco tem personagens envolventes, e o conjunto visual dá bem a impressão de um ambiente apocalíptico ou em crise por causa de recursos.

O roteiro parece acelerar aos poucos, mas nem por isso fica cansativo. Ele não exagera na dose. Tem um início mais descritivo, mas quando você percebe, já está envolvido e quer saber o que virá a seguir. Tudo caminha para uma aventura instigante e uma solução surpreendente.

O elenco, repleto de novos talentos, surpreende e não deixa o conjunto mais fraco. Todos vão bem e criam personagens envolventes, que dão mais valor à produção. O filme se completa com boas doses de mistério e boas cenas de perseguição.

O filme conta que por várias gerações, a população da cidade de Ember tem prosperado num fantástico mundo de luzes brilhantes. De repente, um dos geradores de força começa a falhar e as lâmpadas que iluminam a cidade passam a piscar. É quando dois adolescentes iniciam uma corrida contra o tempo para descobrir pistas que irão revelar antigos mistérios sobre a existência de Ember e ajudar a os cidadãos da cidade a escapar da escuridão eterna.

Uma excelente pedida. Inteligente. Uma história com uma moral super atual e válida. Elenco atraente. Equilibrado e empolgante. Grande pedida para quem procura um filme que abandona a mesmice do gênero. Com certeza, tem tudo para agradar a todo tipo de espectador. Grande produção!!!

FICHA TÉCNICA
Diretor: Gil Kenan
Elenco: Saoirse Ronan, Bill Murray, Tim Robbins, Mackenzie Crook, Martin Landau, Toby Jones, Mary Kay Place, Marianne Jean-Baptiste, Harry Treadaway, Liz Smith, Lucinda Dryzek, Kate Dickie, Simon Kunz, Frankie McCafferty, Ian McElhinney.
Produção: Gary Goetzman, Tom Hanks
Roteiro: Caroline Thompson, Jeanne Duprau
Fotografia: Xavier Pérez Grobet
Trilha Sonora: Andrew Lockington
Duração: 95 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Walden Media

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um faz de conta que acontece



Filmes infantis, geralmente, são aqueles que a criança gosta de repetir, decorar as falas, as cenas, até cansar, ou até que alguém suma com o DVD. No caso de Um faz de conta que acontece, a velha máxima não é bem essa. Não que o filme seja ruim. Ele até que é bem razoável, com um elenco interessante, efeitos de primeira, um roteiro equilibrado, filme de qualidade Disney, de verdade. Mas o conjunto não empolga. Não dá aquele gostinho de quero mais.

É difícil ver Adam Sandler em um filme tipicamente familiar. Não que seja impossível, mas é que o estilo de humor dele sempre foi algo mais pesado. Juvenil, talvez. Ele tenta levar o personagem no seu estilo de sempre. Pode até funcionar em alguns casos, mas algumas vezes parece pegar pesado demais.

Destaque para o lado gráfico do filme. Excelente qualidade de imagem, com excelentes efeitos. Parece levar o espectador para dentro do filme. Tudo muito colorido e "saboroso". Uma fotografia acima da média.

Quanto à história, no geral, um roteiro interessante, com uma proposta inteligente, e uso de saídas diferentes. Mas em alguns momentos o filme parece perder velocidade, ficar lento e se tornar cansativo. Ele se recupera no fim, no desfecho, mas ainda assim, poderia ser um pouco mais forte nesse sentido.

No filme, Skeeter Bronson (Adam Sandler) trabalha num hotel como servente. Ele tem que cuidar dos sobrinhos e conta histórias que ele mesmo inventa para eles dormirem. Tudo muda quando essas histórias começam a se tornar realidade misteriosamente. Ele tenta tirar vantagem do fenômeno, incorporando suas próprias aspirações em histórias cada vez mais bizarras, mas são as contribuições inesperadas das crianças que viram a vida de Skeeter de cabeça para baixo.

Um filme surpreendente pela inovação em sua trama. Um elenco que vai bem ao longo de toda a produção. E com um visual muito bonito. Tem tudo para agradar todos os espectadores. Não fosse por alguns momentos mais lentos, e algumas piadas desnecessárias de Sandler, o filme seria perfeito. Vale a pena assistir, mas não sei se existe pique para um repeteco.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Adam Shankman
Elenco: Adam Sandler, Keri Russell, Guy Pearce, Courteney Cox, Teresa Palmer, Jonathan Pryce, Bob Ross.
Produção: Jack Giarraputo, Andrew Gunn, Adam Sandler
Roteiro: Matt Lopez, Tim Herlihy
Fotografia: Michael Barrett
Trilha Sonora: Rupert Gregson-Williams
Duração: 104 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Happy Madison Productions / Walt Disney Pictures
Classificação: Livre

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Passageiros



Uma produção surpreendente, não só pela atuação de Anne Hathaway em um drama, mas pelas próprias surpresas contidas em seu roteiro. O filme pode ser chamado de tudo, menos previsível. E, por incrível que pareça, mesmo após tanto tempo do seu lançamento, não creio que o filme tenha tido o destaque merecido em vídeo ou na TV.

É uma produção fora do comum. Surpreendente de verdade. Que o tempo todo lida com a dor da perda, mas faz seu espectador entrar nos mistérios da trama, e que alcança o seu ápice com um final inimaginável. Claro que não estragarei a surpresa para aqueles que não assistiram o filme.

O roteiro funciona perfeitamente com o tom da narrativa, que não consegue deixar o filme cansativo. Soma-se a isso belos efeitos especiais, e uma bela fotografia, que fecham com estilo o conjunto da produção.

Claro que o elenco sobressai. Anne Hathaway vai muito bem ao longo de todo o filme. Justamente em um momento em que participa mais de comédias românticas ou filmes mais leves, sua partcipação em um drama desse tipo sai do estilo mais determinante dessa bela atriz. O elenco tem ainda Patrick Wilson, David Morse, Diane Wiest, e o fantástico Andre Braugher.

No filme, após a queda de uma avião, uma jovem psicóloga Claire (Anne Hathaway) é escalada para dar apoio psicológico aos que sobreviveram ao acidente aéreo. Na medida em que conhece suas memórias relacionadas ao acidente, a psicóloga fica particularmente intrigada por Eric (Patrick Wilson), o mais enigmático dos sobreviventes. Quando os passageiros começam a desaparecer misteriosamente, Claire desconfia que um deles pode ter a resposta do mistério.

Um filme imperdível, com história inteligente, elenco de nível, com personagens envolventes, e que deixa o espectador curioso o tempo todo, sem cansar. Uma excelente pedida para quem procura um filme muito acima da média. Altamente recomendável, mesmo não sendo muito divulgado, é uma produção de alto nível.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Rodrigo García
Elenco: Anne Hathaway, Patrick Wilson, Clea DuVall, David Morse, Dianne Wiest.
Produção: Joseph Drake, Nathan Kahane, Julie Lynn, Judd Payne, Matthew Rhodes, Keri Selig
Roteiro: Ronnie Christensen
Fotografia: Igor Jadue-Lillo
Trilha Sonora: Ed Shearmur
Duração: 93 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Classificação: 12 anos

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Bobeou dançou



Mais um filme metido a satirizar outras produções. Como tantos outros que existem no mercado. Aqui, pelo menos, conseguem arrancar algumas risadas. Muito por causa do envolvimento (desde a produção, direção, e por compor quase todo o elenco) da família Wayans, que tem em seu currículo, bons filmes de comédia.

Nesta produção, tudo é mais exagerado. Humor forçado, atuações forçadas, roteiro forçado. Nem por isso chega a ser o pior dos filmes, mas é daqueles que vai agradar mais o espectador que se sente confortável com esse estilo. Talvez, por abusar dos excessos para fazer graça, o que convenhamos, nem sempre se transforma em algo agradável.

Mas o elenco, apesar de forçado, com atuações exageradas, funciona com o tipo de trama. Parecem querer dar a impressão que estão fazendo piada. O que destoa de outros tipos de comédias mais comuns, em que a piada é natural. No mais, é mesmo um filme que não tem muito o que provar. Se presta a fazer piada de outras produções. E para isso, usa e abusa dos exageros e do politicamente incorreto.

No filome, Tracy Transfat (Chelsea Makela) é uma menina inocente que encontra na dança uma forma de concretizar seus maiores sonhos. As confusões pioram quando ela conhece um malandro que não quer saber de se esforçar, preferindo dançar nas ruas.

Uma comédia comum, que consegue algumas risadas, mas que fica bastante abaixo do nível de outros filmes do mesmo gênero, que também têm a intenção de servir de sátira de outras produções. Não é fantástico, pega pelo humor exagerado. Mas vale pela curiosidade. É um filme para a sessão da tarde de sábado. No mais, no conjunto, é apenas uma produção razoável.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Damien Wayans
Elenco: Chelsea Makela, Brennan Hillard, Shawn Wayans, Marlon Wayans, Kim Wayans, Keenen Ivory Wayans, Craig Wayans, Damon Wayans Jr..
Produção: Rick Alvarez, Keenen Ivory Wayans, Marlon Wayans, Shawn Wayans
Roteiro: Damien Dante Wayans, Craig Wayans, Marlon Wayans, Shawn Wayans, Keenen Ivory Wayans
Fotografia: Mark Irwin
Duração: 83 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Home Video
Estúdio: MTV Films

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O caminho para El Dorado



Um dos desenhos animados mais fantásticos de todos os tempos. O caminho para El Dorado é um filme fora do comum, muito acima da média, com tudo para entrar no topo da lista de qualquer espectador. Mesmo dos mais exigentes. História inteligente, excelente humor, personagens cativantes, ótima técnica, direção perfeita, ótima trilha sonora, e uma narrativa que acerta o timing, que deixa aquele delicioso gostinho de quero mais.

O roteiro é brilhante, uma sacada perfeita, inteligente, que leva o espectador para dentro da trama. Piadas engraçadas na medida certa. Sem exageros ou momentos sem sentido. Envolvente, assim como seus personagens. Destaque especial para o cavalo que acompanha os protagonistas (e que se parece demais com o cavalo de Enrolados), com suas feições e atitudes pra lá de engraçadas.

O filme é muito colorido e tem tudo para agradar a criançada, mas o público mais velho também vai aprovar esta produção deliciosa. Outro destaque é para a trilha sonora, com músicas de Elton John, que se encaixam perfeitamente no teor latino da história.

No filme, Túlio e Miguel são dois vigaristas que acabam presos no navio de Cortez, legendário conquistador espanhol, enquanto este procurava o caminho para El Dorado, a cidade perdida do ouro. A sorte sorri para os dois rapazes e eles encontram um povoado no México que acreditam ser El Dorado; no entanto, apesar de acolhidos pelo povo Maia, eles chegaram justamente no momento em que o povo local realiza sacrifícios humanos. O filme é repleto de confusões.

Um filme fantástico, para ser assistido e fazer parte da coleção de todos os cinéfilos. História de alto nível, personagens de primeira linha, excelente música, boa animação, que acerta nas piadas, e supera as espectativas. Diversão e entretenimento de qualidade altíssima para todos os espectadores. Para assistir, repetir até cansar, e voltar a ver mesmo depois disso. Classe A********** !!!

FICHA TÉCNICA
Diretor: Eric Bergerone e Don Paul
Elenco: Vozes na versão original: Kevin Kline, Kenneth Branagh, Rosie Perez, Armand Assante, Edward James Olmos.
Produção: Bonne Radford, Brooke Breton
Roteiro: Ted Elliot e Terry Rossio
Fotografia: Animação
Trilha Sonora: Elton John, John Powell, Hans Zimmer
Duração: 89 min.
Ano: 2000
País: EUA
Gênero: Desenho Animado
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Dreamworks
Classificação: Livre

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Numa semana tumultuada, o futuro dos dois prêmios mais importantes da temporada



Mas que semana, hein? Tudo começou sexta feira passada, no final do dia, quando a verificação de dados dos filmes inscritos para a categoria “filme estrangeiro” revelou que Tropa de Elite 2 estava fora do prazo necessário para a competição. E terminou com o anúncio da volta de Ricky Gervais como host dos Globos 2012, pela terceira vez.

Entre uma coisa e outra, a Academia distribuiu seus prêmios honorários num almoço de gala, em clima Star Wars. O presidente Tom Sherak entrou no salão de festas do complexo Hollywood/Highland (onde está o teatro Kodak) vestido de Darth Vader e acompanhado por um pelotão de “storm troppers”. “Como foi a semana de vocês?”, ele disse saudando a ilustre plateia de acadêmicos e convidados, que desatou a gargalhar. Era ao mesmo tempo uma referência a um dos premiados da tarde, James Earl Jones, a eterna voz de Lord Vader, e ao tumulto que quase paralisou os preparativos para o Oscar 2012 e terminou com a troca de produtor e apresentador.

Estas mudanças foram inesperadas, mas fãs da corrida do ouro já podem se preparar para mais novidades a partir de 2013. Com certeza teremos indicados e prêmios mais cedo : a entrega do Oscar de 2013 está marcada para 27 de janeiro, o que pode alterar também as datas dos Globos de Ouro. E, se uma ala muito ativa da diretoria da Academia triunfar, teremos também o exílio dos prêmios técnicos – som, fotografia, efeitos, maquiagem, figurino, direção de arte, montagem – para uma cerimônia separada, prévia, como a que hoje abriga os Oscars honorários.

“Posso ser sincero? Nós estamos no meio do maior tumulto. Vocês, pelo contrário, estão tranquilos”, me confessou um acadêmico (que estava mesmo usando um terno Armani, saindo do almoço).

“Nós”, no caso, somos os votantes dos Globos de Ouro. Que, na verdade, também não passamos uma semana muito tranquila. Entendo perfeitamente os dois lados da discussão pró e contra a volta de Ricky Gervais. Os 16 colegas que votaram contra tem uma metáfora válida: você convidaria para sua festa uma pessoa que só fala mal dos outros convidados? Os Globos tem mesmo um clima de festança informal e divertida, onde astros e estrelas se sentem à vontade - é uma parte importante do charme do evento.

Mas o executivo da NBC e os que votaram a favor também tem razão. Os tempos mudaram, a competição ficou mais agressiva na selva da TV, há mais prêmios que coisas a serem premiadas, e a mistura de estabilidade e crescimento que os Globos tem mantido tem que ser defendida cuidadosamente. Todo mundo – votantes e emissora- concorda que Gervais errou no tom, em janeiro deste ano. Falha de todos porque, ao contrário do que o público pensa, todo show que é transmitido ao vivo é rigorosamente roteirizado e ensaiado. Quem tivesse comparecido aos ensaios saberia em que direção Gervais estava indo.

Sim, o público adora ver os famosos em saia justa. Os Oscars e Emmys, quando acertam, fazem isso muito bem. O segredo está em achar o tom certo, equilibrar a piada de modo a não tirar o gume cortante do apresentador nem deixar na distinta plateia o clima de mal-estar que reinava no salão do Beverly Hilton em janeiro deste ano.

É o desafio dos Globos este ano. A maioria das estrelas vai comparacer, não se preocupem. Na verdade, Kate Winslet e George Clooney já aceitaram convites para apresentar prêmios. Todo mundo é profissional e sabe desenvolver defesas, ser imune a alfinetadas e gozações. É tudo parte do ofício - e da corrida do ouro.

Por Ana Maria Bahiana, em 17/11/2011, no link http://anamariabahiana.blogosfera.uol.com.br/2011/11/17/numa-semana-tumultuada-o-futuro-dos-dois-premios-mais-importantes-da-temporada/

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Eu queria ter a sua vida



Marido troca de corpo com a esposa... mãe troca de corpo com a filha... filho troca de corpo com o pai... cachorro troca de lugar com o dono... menina fica mais velha... menino fica mais velho... e por aí vai... o que esses filmes (ou propostas de filmes) têm em comum? A mesma trama... a mesma aposta em um roteiro que pode ter elementos ou personagens diferentes, mas que no fim, parece causar o mesmo efeito. Mostrar como seria a vida de duas pessoas que mudam de corpos.

O roteiro não é muito inovador, mas é possível imaginar o tipo de enrascadas que os dois amigos que trocam de lugar se meterão ao longo da trama. O que se pode esperar, são momentos bastante previsíveis, e a velha moral da história de sempre. A diferença, talvez, fique na versão mais chula das que já foram lançadas até agora. Humor escatológico é o que não falta.

Jason Bateman e Ryan Reynolds vão bem juntos, e fazem bem o estilo de comédia pastelão com humor mais pesado. Isso não chega a ser um ponto positivo, até porque suas atuações são exageradas. Bem ao estilo já manjado de Bateman.

No mais, é uma comédia bastante normal, com momentos com alguma graça, mas que se perde na intenção de aliviar isso ao longo do filme. A direção se perde em alguns momentos, e o filme é um pouco cansativo em outros.

A história gira em torno de dois melhores amigos. Dave (Jason Bateman) é um marido e pai exausto e frustrado com os afazeres domésticos, enquanto Mitch (Ryan Reynolds) é um solteirão que vai saltando de cama em cama. Ambos invejam a vida do outro, até ao dia em que trocam de corpo.

Um filme comum, com uma história já explorada à exaustão. Um elenco esforçado, mas que não convence. Sem nada de especial, e que apela para o humor mais pesado para convencer ou se fazer valer. Vale como curiosidade, mas não chega a ser uma produção fantástica. Com alguns momentos um pouco mais engraçados, o filme pode até provocar sono.

FICHA TÉCNICA
Diretor: David Dobkin
Elenco: Jason Bateman, Ryan Reynolds, Olivia Wilde, Leslie Mann, Alan Arkin, Mircea Monroe, Gregory Itzin, Ned Schmidtke, Sydney Rouviere, Dax Griffin
Produção: Neal H. Moritz, David Dobkin
Roteiro: Jon Lucas, Scott Moore
Fotografia: Eric Alan Edwards
Trilha Sonora: John Debney
Duração: 113 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Comédia
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Universal Pictures
Classificação: 14 anos

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os Agentes do Destino



Os Agentes do Destino é uma produção interessante, diferente de muito do que se vê nos filmes atuais, ou que tenta mudar isso. Sua trama é o ponto forte, com uma tirada inteligente que mistura ação com romance, e uma pitada (disfarçada e bem leve) religiosa. Aqui, explico, não é necessariamente e explicitamente o caso de um enredo com teor religioso, mas com uma mensagem que se apóia em elementos de fé, cuja intenção é a de provocar uma reflexão por parte do seu espectador.

Um jeito diferente de encarar um roteiro, e que agrada bastante. Sai da mesmice e é sutil na sua moral da história. Inteligente na medida certa.

O elenco funciona bem. O casal formado por Matt Damon e Emily Bunt é envolvente, e os personagens têm um bom apelo, cativando o espectador.

A direção constrói uma narrativa que não deixa o filme esfriar. O tempo parece voar, e não há momentos lentos e mais chatos. Soma-se a isso uma boa conjunção de efeitos, belas locações em Nova York, com excelentes cenas de perseguição e ação.

O filme questiona quem controla o destino? Este é o ponto que vai atravessar a vida do político David Norris (Matt Damon). Perto de se eleger senador nos Estados Unidos, ele se apaixona pela dançarina Elise Sellas (Emily Bunt). Quando descobre esse amor e decide vivê-lo, David começa a enfrentar homens misteriosos que querem mantê-los afastados: são os Agentes do Destino.

Uma bela produção, que tem tudo para agradar até os mais exigentes. História inteligente, personagens cativantes, boa dinâmica, com belas locações e efeitos especiais. Boa pedida para aquela sessão de vídeo em família.

FICHA TÉCNICA
Diretor: George Nolfi
Elenco: Matt Damon, Emily Bunt, John Slattery, Daniel Dae Kim, Terence Stamp, Anthony Mackie, Shohreh Aghdashloo, Michael Kelly, David Alan Basche.
Produção: Bill Carraro, Michael Hackett, Chris Moore, George Nolfi
Roteiro: George Nolfi, baseado no curta Adjustment Team, de Philip K. Dick
Fotografia: John Toll
Trilha Sonora: James Horner
Duração: 106 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Universal Pictures / Electric Shepherd Productions / Media Rights Capital
Classificação: 12 anos

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Rango



Fantástico é dizer pouco. Rango é uma animação fora de série, que agrada do começo ao fim, em cada pedacinho da trama ou detalhe do seu desenho. Mesmo com personagens pouco usuais (se é que podemos chamá-los assim), feios e mal acabados, os detalhes são riquíssimos. Não me lembro de nada semelhante no mercado.

E por falar em personagens, Rango é dublado (no original em inglês) por Johnny Depp, e também teve seus movimentos copiados para o pequeno camaleão. Para quem gosta de ursinhos, cachorrinhos, gatinhos ou outros animais fofos, aqui a coisa muda de figura. Animais de deserto, "durões" e com feição de maus revezam espaço na tela. Mas tudo de maneira muito divertida e super envolvente.

Por falar em diversão, o roteiro pode até parecer previsível, mas nem por isso deixa escapar a diversão. Garante risadas do começo ao fim. E faz uma sátira/homenagem aos velhos filmes de faroeste. Mesmo para quem não é fã, a trama não se prende a detalhes desse estilo, e surpreende a cada pasagem.

Destaque extra para a qualidade da animação. Os detalhes surpreendem e deixam o espectador boquiaberto. Mesmo que os personagens não sejam muito lindinhos, os detalhes do cenário, de luz e vento, são maravilhosos.

No filme, Rango é um camaleão com crise de identidade que, ao se ver numa cidade do Velho Oeste infestada de bandidos, transforma-se sem querer em herói e é forçado a protegê-la. Naturalmente, acaba enfrentando mais dificuldades do que poderia imaginar.

Uma produção fantástica, pedida certa para todos os públicos. A criançada vai adorar, e os marmanjos se deliciarão. Entrega exatamente o que promete, diversão e entretenimento de alta qualidade e com elementos de primeiríssima linha. Imperdível!!! Vale assistir e repetir até cansar.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Gore Verbinski
Elenco: Vozes de: Johnny Depp, Abigail Breslin, Bill Nighy, Isla Fisher, Claudia Black, Alanna Ubach, Stephen Root, Gil Birmingham, Beth Grant, Kym Whitley, Ian Abercrombie,Maile Flanagan, John Cothran Jr,Hemky Madera, Jordi Caballero.
Produção: John B. Carls, Graham King, Gore Verbinski
Roteiro: James Ward Byrkit , John Logan
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Nickelodeon Movies / Blind Wink / GK Films
Classificação: 10 anos

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Enterrado vivo



Curioso assistir esse filme após ter assistido 127 Horas. Os dois filmes se equivalem em nervosismo e força. Mas o mais interessante, pelo menos com quem conversei, foi que para 127 Horas você não espera que o personagem se salve, mas torce para que ele seja resgatado em Enterrado Vivo. Claro que não estragarei a surpresa ao contar o final do filme para quem não assistiu, mas o caminho é longo, e o espectador chega a sofrer junto com o protagonista.

Aqui, acho que vale uma ressalva. Não se trata de uma questão de gostar do filme e do seu enredo, mas conseguir assimilar bem os sentimentos e as sensações que ele exige de você a todo instante.

O filme se destaca pela música, de alto nível, e que dita a velocidade da trama. No mais, é Ryan Reynolds quem segura o filme com sua atuação, que se concentra dentro do caixão durante a longa hora e meia que dura a história.

Diferente de 127 Horas, por pouco não abandonei o filme. É que no outro filme ainda existia um "jogo" de cenas que tirava a sensação desconfortável e claustrofóbica ao passar pelos momentos de lembrança. Dessa vez, você vai enfrentar junto com Reynolds todo o sofrimento que é ser enterrado vivo.

No filme, Paul Conroy (Ryan Reynolds) é um caminhoneiro e pai de família que, um dia, acorda dentro de um caixão: ele foi enterrado vivo. Sem saber quem o enterrou e o porquê de terem feito isto, Paul tem um celular com bateria e sinal fracos, além de pouco oxigênio, o que acelera a corrida para que ele consiga se salvar.

Mais uma produção forte, que assusta pelo tema e que provoca em seu espectador uma série de sensações angustiantes. Obviamente, a produção tem uma direção impecável. Nada mais justo, uma vez que seria muito difícil segurar a trama com argumentos fracos e uma direção atrapalhada.

Não é uma produção para todos os públicos. Seu desconforto é muito forte e chega a incomodar. Se você é fã do gênero, e quer dividir o espaço no caixão vá em frente, mas se o tema não faz seu gosto, fique longe.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Rodrigo Cortés
Elenco: Ryan Reynolds, Robert Paterson, José Luis García-Pérez, Stephen Tobolowsky, Samantha Mathis, Warner Loughlin, Erik Palladino.
Produção: Adrián Guerra, Peter Safran
Roteiro: Chris Sparling
Fotografia: Eduard Grau
Duração: 97 min.
Ano: 2010
País: Espanha
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: Versus Entertainment
Classificação: 14 anos

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

127 horas



Inquietante. Um filme que provoca, causa muita aflição, e que exige um esforço sobrenatural do seu espectador. Não para aguentar a trama, mas para suportar a força do roteiro, e o sofrimento do seu protagonista. Justamente após escrever a respeito da importância do elenco de um filme, chega James Franco e, praticamente sozinho, segura uma baita onda em um filme pra lá de complexo.

Não é uma produção fácil, mas nem por isso é ruim. Confesso que adiei um tempão antes de assisti-lo, pois não achei que conseguiria aguentar sua trama. E devo confessar que não foi tão assustador. Claro que não é para os de estômago fraco, mas o trabalho de direção é impecável.

A trilha sonora e as combinações de cenas entre atualidade e lembrança do personagem mesclam perfeitamente, dando uma dinâmica espetacular, cheio de recortes, que provocam ainda mais quem o assiste. A fotografia é belíssima, com locações deslumbrantes.

O filme é uma cinebiografia de Aron Ralston (James Franco), alpinista que, ao se aventurar pelas montanhas de Utah, ficou preso por 127 horas - cinco dias - com uma pedra em cima de seu braço. Não aguentando mais a dor e sem ninguém que pudesse ajudá-lo, Ralston decidiu amputar o membro superior com uma faca que levava consigo. Sem o braço, o alpinista escalou cerca de 20 metros até conseguir ser resgatado.

Não se trata de um terror, ou suspense, mas de um drama real, que atormenta o espectador, que sofre junto com o personagem. Por isso o tom inquietante que o filme assume, que incomoda e exige um esforço grande para que a pessoa não desista de vê-lo antes mesmo que chegue à metade. É uma grande pedida, principalmente se você gosta de filmes fortes... muito fortes...

FICHA TÉCNICA
Diretor: Danny Boyle
Elenco: James Franco, Lizzy Caplan, Kate Mara, Amber Tamblyn, Kate Burton, Darin Southam.
Produção: Danny Boyle, Christian Colson, John Smithson
Roteiro: Danny Boyle, Simon Beaufoy
Fotografia: Enrique Chediak, Anthony Dod Mantle
Trilha Sonora: A.R. Rahman
Duração: 100 min.
Ano: 2010
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Cloud Eight Films / Darlow Smithson Productions / Pathé
Classificação: 16 anos

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Red - Aposentados e Perigosos



Fantástico... simplesmente fantástico. Daqueles filmes que entrega exatamente aquilo que promete, entretenimento de qualidade, com elementos suficientes para agradar até aquele espectador mais exigente. Algumas pessoas com quem conversei criticaram a superficialidade do roteiro, mas acredito que talvez isso ocorra principalmente pelo tom de comédia da produção.

O elenco é um fator á parte. Ver trabalhando juntos, Bruce Willis, Mary-Louise Parker, Morgan Freeman, John Malkovich, Helen Mirren, Richard Dreyfuss, e Ernest Borgnine, é simplesmente delicioso. Monstros do cinema atuando lado a lado com personagens agradáveis e envolventes.

O roteiro mescla muito bem ação, aventura e comédia, em uma história agradável, que consegue prender a atenção do espectador. O resultado é uma trama forte, consistente, que deixa um gosto de quero mais. E pelo visto a fórmula agradou, e já se cogita uma continuação, de verdade.

No filme, Frank Moses (Bruce Willis) é um agente aposentado da CIA que leva uma vida sossegada com a família até que um grupo de assassinos tenta matá-lo. Para manter a família salvo, ele decide ressuscitar seu antigo time de campo (Morgan Freeman, John Malkovich e Helen Mirren).

Uma excelente pedida. Filme certo para quem procura diversão. Excelente elenco, roteiro enxuto e inteligente, boa narrativa (sem detalhes desnecessários), com excelentes doses de ação e humor. Um filme que coloca em ação um elenco que faz exatamente aquilo que sabe. Para assistir e repetir até cansar. Classe A!!!!!

FICHA TÉCNICA
Diretor: Robert Schwentke
Elenco: Bruce Willis, Mary-Louise Parker, Morgan Freeman, John Malkovich, Helen Mirren, Karl Urban, Richard Dreyfuss, Brian Cox, James Remar, Julian McMahon, Ernest Borgnine, Michelle Nolden, Amber Gaiennie, Audrey Wasilewski.
Produção: Lorenzo di Bonaventura, Mark Vahradian
Roteiro: Warren Ellis, Cully Hamner, Erich Hoeber, Jon Hoeber.
Fotografia: Florian Ballhaus
Duração: 105 min.
Ano: 2010
País: EUA/ Canadá
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paris Filmes
Estúdio: Summit Entertainment / Di Bonaventura Pictures / DC Entertainment
Classificação: 12 anos

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Space Chimps 2 - O retorno de Zartog



Uma animação para esquecer. O primeiro episódio ainda tinha algumas pegadas engraçadas, animação simples, mas que funcionava. Dessa vez a coisa ficou ainda mais simples. Os personagens são cheios de clichês insuportáveis, e a velha moral da história, fraca e sem graça. Talvez tenha tudo para agradar a garotada bem novinha, mas não se espante se o seu filho abandonar a sessão de vídeo no meio do filme.

Particularmente, achei tudo um grande desastre, e eu até tinha gostado do primeiro. Nessa continuação, você precisará de nervos de aço para aguentar até o fim. Personagens fracos, roteiro sem sentido, em uma história bagunçada, cujo ponto mais valioso é, sem dúvida nenhuma, o fato de ser muito rápida.

A nova "aventura" acompanha um jovem chimpanzé que adora tecnologia e sonha se tornar um Space Chimp. Ele viaja ao Planeta Malgor onde estreita seus laços com os alienígenas, vivendo a sua maior fantasia. Mas o seu grande desafio será colocado à prova quando o temido governante Zartog assume o controle da missão. O jovem deve mostrar suas habilidades ao se juntar com os companheiros Ham, Luna e Titan, para salvar o dia.

Uma animação muito abaixo da média. Personagens fracos e uma história que não consegue prender a atenção. Existem outras muitas opções melhores no mercado, por isso, se puder, fique o mais longe possível. Cá entre nós, o filme é insuportável......

Ficha técnica
Título Original: Space Chimps 2 - Zartok Strikes Back
Gênero: infantil
Lançamento: 27/09/2011
Duração (tempo): 76 minutos
Classificação Indicativa: livre
País / Ano de Produção: EUA - 2011
Distribuidor (Produtora): Paris
Diretor: John H. Williams
Elenco: Carlos Alazraqui (Houston/Piddles The Clown/Camera Guy), Zack Shada (Comet), Cheryl Hines (Luna), Patrick Warburton (Titan), Tom Kenny (Ham/Reporter #1), Noreen Reardon (Alien #1), Omid Abtahi (Dr. Jagu/Reporter #2), Jane Lynch (Dr. Poole), John Di Maggio (Zartog/Human #1/Human #2), Patrick Breen (Dr. Bob), Laura Bailey (Kilowatt/Computer Voice/ Instar Receptionist/Girl Reporter), David Michie (Alien #2)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O mundo imaginário do Dr. Parnassus



Se alguém ainda acha necessário reforçar, esse foi o último filme de Heath Ledger, que morreu durante as filmagens. Tanto que você perceberá que o diretor teve uma baita sacada ao utilizar outros atores para interpretar a fase "imaginária" do personagem, tornando quase imperceptível (se é que isso é possível) a falta de Ledger.

O mais curioso, e não sei se alguém mais teve essa sensação, foi que o filme me pareceu demais com O Diabólico Dr. Fu Manchu, com Peter Sellers. Claro, guardadas as devidas proporções. Mas a questão de mesclar realidade, sonho, imaginação e desejos, no roteiro, deu essa sensação de "eu já vi isso antes".

Obviamente, o filme tem diversos pontos positivos, começando por esse roteiro mais abusado, que exige do seu espectador uma entrega maior. No mais, o elenco, que além de Ledger, ainda conta com Christopher Plummer, Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell, torna a questão imaginária muito interessante. Soma-se a isso a questão gráfica do filme, que além de efeitos deslumbrantes, usa um jogo de cores, em que a realidade é mais escura, cheia de sombras, "suja", enquanto que o mundo imaginário é colorido, iluminado, parecendo um desenho animado de Disney.

No filme, Dr. Parnassus (Christopher Plummer) é um imortal contador de histórias que viaja pelo mundo com seus companheiros, em uma espécie de teatro itinerante, e sofre pelo fato do mundo não precisar mais de seus contos. Abençoado com o extraordinário dom de guiar a imaginação dos outros, o Doutor Parnassus é amaldiçoado com um sinistro segredo. Jogador inveterado há milhares de anos, ele fez uma aposta com o diabo, o Sr. Nick (Tom Waits), em troca da imortalidade. Séculos depois, ao conhecer o seu verdadeiro amor, o Dr. Parnassus faz outra aposta com o diabo, na qual ele trocaria a imortalidade pela juventude, desde que, ao atingir 16 anos, sua filha Valentina (Lily Cole) se tornasse propriedade do Sr. Nick. A jovem está prestes a completar 16 anos e o Dr. Parnassus fica desesperado para protegê-la do seu destino iminente. O Sr. Nick chega para cobrar a dívida, mas, como não pode deixar passar uma boa aposta, resolve renegociar o prêmio. Agora, o destino de Valentina será decidido por aquele que seduzir as cinco primeiras almas. Seguido por uma série de personagens loucas, cômicas e fascinantes, o Dr. Parnassus promete a mão da sua filha àquele que o ajudar a ganhar a aposta. Nesta luta cativante, explosiva e maravilhosamente imaginativa contra o tempo para salvar a sua filha o Dr. Parnassus deve enfrentar uma série de infinitos obstáculos surrealistas e desfazer, uma vez por todas, os erros que cometeu no passado.

É uma produção que acabou perdendo um pouco do seu encanto pela tragédia ocorrida com um dos seus protagonistas, e que, no fundo, não tem muito a cara tradicional do circuito de cinema. O filme tem um lado mais artístico, mais filosófico.

Uma belíssima produção, que consegue prender a atenção do seu espectador. Excelente elenco, excelente roteiro, ótimos efeitos, em uma combinação que garante o entretenimento. Não é o tipo de filme fácil, mas também não é daqueles filmes "cabeça" insuportável e cheio de detalhes. Uma excelente pedida para quem procura um filme inteligente e bem estruturado. Acredito que com o tempo ganhe o título de filme cult, pela estrutura do seu roteiro, e até pelos artifícios utilizados pelo diretor terry Gilliam, para finalizar o filme com a "improvisação" de outros atores no elenco.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Terry Gilliam
Elenco: Johnny Depp, Heath Ledger, Jude Law, Colin Farrell, Christopher Plummer, Verne Troyer, Tom Waits, Lily Cole, Andrew Garfield.
Produção: Amy Gilliam, Samuel Hadida, William Vince
Roteiro: Terry Gilliam, Charles McKeown
Fotografia: Nicola Pecorini
Trilha Sonora: Jeff Danna, Mychael Danna
Duração: 122 min.
Ano: 2009
País: França/ Canadá/ Reino Unido
Gênero: Fantasia
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Davis-Films / Grosvenor Park Productions / Infinity Features Entertainment / Parnassus Productions / Poo Poo Pictures
Classificação: 14 anos

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Matador em perigo



Mais uma ótima pedida de sessão da tarde. Na verdade, esse misto de filme inglês e francês tem um humor bastante agradável, boas piadas, e um roteiro que não tem sentido nenhum.

É uma daquelas produções que não promete muito, muitos pegam na mão, mas poucos têm coragem de assisti-la em casa. Quer seja pelo jeito "impessoal" do filme, da proposta absurda da trama, ou por ser um filme típico europeu, com fotografia européia, humor europeu, elenco europeu.

E por não ser uma produção do circuito hollywoodiano, ela perde qualidade? Não, muito pelo contrário. O filme tem tudo para agradar. Com pitadas de humor negro, o roteiro pode ser chamado de tudo, menos previsível. Momentos bem engraçados, tiradas inteligentes e, quando você menos espera, algum viés absurdo que sacode toda a trama e tira o espectador da sua zona de conforto.

O elenco se destaca pela atuação de Emily Blunt. Seu personagem maluco tem tudo para deixar a história ainda mais absurda. E até Rupert Grint, de Harry Potter, que se transforma em um aprendiz de assassino fora do comum (muito interessante ver o ator fora de Harry Potter). No mais, belas locações e belas tomadas enriquecem um pouco mais a produção.

No filme, Victor Maynard é um assassino já em fim de carreira, solitário, que vive apenas para agradar sua mãe. Sua rotina sanguinária é interrompida quando ele se sente atraído por uma de suas vitimas e decide poupar sua vida, a partir daí ele revê todos os conceitos e inicia o treinamento de um aprendiz.

Uma produção absurda, mas divertida na medida certa. Um roteiro diferente do que normalmente é apresentado nos filmes de circuito americanos, com um elenco igualmente amalucado, mas que tem funciona muito bem. Um filme bastante interessante, leve, mas com um humor bem peculiar. Boa pedida para quem procura boa diversão e algumas boas risadas. O filme cumpre o prometido e funciona muito bem como entretenimento.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Jonathan Lynn
Elenco: Bill Nighy, Emily Blunt, Rupert Grint,Rupert Everett, Eileen Atkins, Martin Freeman, Gregor Fisher
Produção: Martin Pope, Michael Rose
Roteiro: Lucinda Coxon
Fotografia: David Johnson
Trilha Sonora: Michael Price
Ano: 2010
País: EUA/ França
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Cinema Four / Matador Pictures / Isle of Man Film / CinemaNX / Regent Capital / Entertainment Film Distributors

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Eu sou o número 4



Um filme que tem tudo para agradar a garotada. Me parece, de verdade, um filme voltado ao público adolescente, com um "romance" moderninho entre um alien e uma humana. Poderia ser uma história melhor explorada, mais forte, mas ficou com cara de sessão da tarde.

Isso não é um ponto negativo, na verdade, até que o filme consegue ter uma boa dose de entretenimento. Um elenco cheio de novidades, mas esforçado, efeitos e jogos de cenas que dão boa tônica à trama, e um roteiro superficial, mas eficiente. E nesse ponto, creio que faltou profundidade na história. Com um pouco mais de elementos e uns vilões mais cabeludos/assustadores, a produção seria muito melhor.

No filme, nove jovens alienígenas, que se parecem muito com humanos, saem de seu planeta-natal, Lorien, que está ameaçado, para se esconder na Terra. Os Mogadorians são a espécie invasora responsável pela destruição de Lorien e decidem perseguir os sobreviventes até o planeta Terra.

Cada um dos nove alienígenas tem um número e só podem ser mortos na sequência certa. Até agora, Um, Dois e Três já foram mortos. Número Quatro (Alex Pettyfer), conhecido entre os humanos como John Smith, disfarça-se de estudante colegial. Na escola, conhece Sarah Hart (Dianna Agron), uma doce garota que quer ser fotógrafa. Após fugir durante toda a sua vida, Número Quarto se apaixona por Sarah e agora tem um motivo para parar de fugir.

Dá a entender que o filme terá alguma sequência/continuação. Por isso, o fim é meio naquela atmosfera do eu voltarei. Nada contra, mas se o filme inicial já não deu conta do recado, é possível que sua (ou suas) continuação fique ainda mais superficial e previsível que o seu original.

Um filme interessante como passatempo. Não chega a ser uma pedida imperdível, mas também não é um filme de todo ruim. Pode agradar, desde que você não esteja atrás de um filme com roteiro super mega ultra elaborado. O elenco é bastante razoável, os efeitos e as cenas de luta e perseguição são interessantes, e o resultado final é bom. Uma boa pedida para o vídeo de sábado com toda a família. tem tudo para agradar a criançada e os adolescentes.

FICHA TÉCNICA
Diretor: D.J. Caruso
Elenco: Dianna Agron, Timothy Olyphant, Teresa Palmer, Kevin Durand, Alex Pettyfer, Callan McAuliffe, Jake Abel
Produção: Michael Bay
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar, Marti Noxon
Fotografia: Guillermo Navarro
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Estúdio: DreamWorks SKG / Road Rebel